quinta-feira, 27 de dezembro de 2012

É REVOLTANTE!

Políticos safados, tidos como moralistas e defensores das causas sociais, não têm escrúpulo de extorquir do Erário o que faz muita falta para investimento em Educação, Saúde, Segurança, Habitação, Saneamento Básico etc. Esses políticos salafrários fazem da vida pública meio de se locupletar com o dinheiro público e tiram o pão de cada dia de cada cidadão pobre desta nação, e depois não querem ser chamados de corruptos. Este país não tem solução...

Zero Hora lista políticos petistas aboletados nos Conselhos de Administração das estatais
Jornalista Políbio Braga

Tem dimensões oceânicas a lista levantada pelo jornal Zero Hora, relativamente aos políticos do PT e seus aliados do RS que ocupam funções remuneradas nos Conselhos dos chamados órgãos colegiados do Estado, sobretudo empresas estatais. São 99 colegados e 1.386 vagas de livre nomeação.

.Alguns poucos abriram mão dos ganhos, como o ex-governador Olívio Dutra, que integra o Conselho de Administração do Banrisul, onde faturaria 6.837,00 por mês. Olívio fatura R$ 24 mil como ex-governador e R$ 5 mil como ex-funcionário do próprio Banrisul.

. 23 secretários de Tarso Genro aboletaram-se em Conselhos, inclusive a jornalista Vera Spolidoro, que recebe R$ 3.220,00 mensais da Corsan.

. Estes valores suplementam os salários mensais normais de cada um.

. Os pagamentos mensais de conselheiros gaúchos são modestos quando comparados com os valores pagos na área federal (Alceu Collares, na Itaipu, recebe R$ 19,4 mil por mês), mas alguns políticos acumulam várias vagas, como Claudiomiro Bragagnolo, PSB, que integra cinco Conselhos, recebendo R$ 12,8 mil por mês. Nas vagas existentes, onde o trabalho exige uma tarde por mês, quando muito, estão nomes conhecidos como Ivar Pavan, Flávio Koutzi, Fabiano Pereira, Vinicius Wu, Carlos Pestana (o chefe da Casa Civil fatura R$ 6,8 mil apenas na CEEE), Stela Farias e Luiz Mainardi. O governo gasta R$ 500 mil por mês para garantir todas as boquinhas.


Reportagem completa de Zero Hora, inclusive a lista dos conselheiros
Remuneração dos conselheiros
Conselhos de estatais gaúchas pagam a seus membros até R$ 6,8 mil por reunião
Levantamento mostra quanto secretários e outros nomes indicados recebem a cada reunião
Carlos Rollsing
carlos.rollsing@zerohora.com.br

Dos 99 conselhos estaduais vinculados a empresas estatais e a políticas públicas, 50 remuneram os seus integrantes pela participação nas reuniões.
Os pagamentos variam entre R$ 16 e R$ 6,8 mil por encontro, sendo que a maioria dos colegiados se reúne uma vez por mês.

Se na origem os conselhos foram criados para ajudar a administrar e fiscalizar o poder público, na prática são marcados por indicações políticas. E também acabam servindo para engordar contracheques. Dos 29 secretários de Tarso Genro, 23 são integrantes de conselhos remunerados, além de dezenas de secretários adjuntos, diretores e assessores.

O menor valor é pago no Conselho de Transporte Metropolitano Coletivo de Passageiros e o maior, no Conselho de Administração do Banrisul. Depois do banco, CEEE, Corsan, Badesul, Ceasa, Corag, Cesa, Procergs e EGR são as estatais que asseguram as remunerações mais elevadas.

Os dados fazem parte de um levantamento pedido por ZH ao governo estadual por meio da Lei de Acesso à Informação. A tabela mostra a composição de cada conselho e o valor pago por reunião. O gasto mensal com os conselheiros é de cerca de R$ 500 mil.

Na lista dos integrantes com maior remuneração, se destacam Claudemir Bragagnolo e Baltazar Balbo Teixeira, ambos do PSB. O primeiro integra cinco conselhos e recebe, no total, R$ 12,8 mil ao mês. O segundo participa de três e ganha R$ 8,8 mil mensalmente. A jornalista Fabiana Calçada, assessora de imprensa do deputado federal Beto Albuquerque (PSB), é conselheira de administração da Companhia Riograndense de Mineração (CRM) e recebe R$ 1,7 mil por reunião.

Secretário pessoal de Tarso há 20 anos, Celso Alberici está lotado no gabinete do governador e participa do conselho de administração da Corsan. Recebe R$ 3,2 mil por reunião.

Os colegiados também abrigam candidatos derrotados — caso de Christopher Goulart (PDT), no Banrisul Consórcios — e ex-deputados como Flávio Koutzii (PT), na CRM, e Aldo Pinto (PDT), no Banrisul.

quarta-feira, 26 de dezembro de 2012

Os sinos devem saudar os verdadeiros heróis

Os sinos devem saudar os verdadeiros heróis, os verdadeiros estadistas, mas não os falsos demiurgos, os falsos Messias, os falsos profetas.
Qual o presidente brasileiro que governava sob a ótica de analistas que editam pautas de jornalões? São exageros como esses que se perdem em credibilidade. Não devemos ser obcecados ao ponto de enaltecer um falso demiurgo, que apenas soube dar continuidade à economia estabilizada do Plano Real.

Neste momento, milhões de brasileiros respiram uma economia equilibrada porque o governo Lula não mexeu no Plano Real para começar tudo do marco zero. No entanto, quantidade indeterminada de brasileiros está endividada, e vai ficar por muito tempo, por ter realizado compras acima de sua capacidade de endividamento e dado ouvido à política irresponsável do Lula/Guido Mantega que recomendava o povo gastar para aquecer o mercado brasileiro. Por exemplo, nunca se vendeu tanto carro financiado no Brasil, para satisfazer a vontade de grupos de empresários brasileiros, e isso que não se trata de bem de extrema necessidade.

Moral da história, temos hoje um contingente expressivo de incautos brasileiros endividados até o pescoço, porque foram atender ao apelo governamental para gastar o pouco que tinham. Só que esses pobres endividados deveriam agora levar as suas contas para o governo pagar.

O exagero não deve inebriar a cabeça de pessoas esclarecidas, que menosprezam a qualidade do adversário de Lula em 2002. Pelo que consta, o senhor José Serra é um homem preparado, político experiente e íntegro, logo se fosse eleito em 2002, certamente, teria feito um bom governo e não teria levado para os ministérios indivíduos corruptos e nem partidarizaria ou inundaria os órgãos públicos de pelegada petista ou de outros elementos devassos, como os fatos foram testemunhados por brasileiros. Por exemplo, jamais o Banco do Brasil foi alvo de tanta ingerência política. Tratava-se de um órgão sério sem atmosfera político-partidária.

Os cegos não enxergam, é verdade. Mas é só percorrer através do Brasil, das grandes às pequenas metrópoles, para se conhecer o verdadeiro Brasil real que não é difundido no exterior: milhões de brasileiros descamisados vivem abaixo da linha de pobreza em favelas, mocambos, palafitas, em praças públicas etc.; não há infraestrutura básica em grande parte das cidades e esgotos correm a céu aberto; não existe serviço público de saúde de dignidade humanas e muitos brasileiros continuam morrendo por falta de atendimento médico e hospitalar; o serviço de nossa escola pública é de péssima qualidade e se cria o sistema de cotas universitárias para negros, pardos, índios etc., visando mascarar a péssima qualidade do ensino público brasileiro; e sem esquecer o sistema caótico em que se encontra a segurança pública nacional.

E para encerrar o ano, veja a herança do Lula: foi descoberta a relação promíscua dele com Rosemary Noronha, ex-chefe de gabinete da representação paulista da Presidência da República, que comandava um esquema corrupto na administração pública. Precisa dizer mais?

sexta-feira, 21 de dezembro de 2012

O Brasil contra a impunidade

Como se faz força no Brasil para impedir a apuração de falcatruas principalmente de ordem política! Não se compreende como ainda existem parlamentares com posições contrárias ao entendimento da maioria da população brasileira, que não aceita a continuação de cometimento de irregularidades por agentes públicos. Ora, quanto maior for o grupo investigativo, maior será o efeito positivo da investigação, afinal, no combate à moralização do país, todos os órgãos investigativos deveriam estar irmanados no firme propósito de combater essa pouca-vergonha que vem desmoralizando o país, pois está passando dos limites essa politicagem de idiotas, mascarados de políticos que não honram a defesa da sociedade. Quem sabe muitos desses parlamentares idiotas, que desejam ver o Ministério Público longe do serviço investigativo, não estejam sendo investigado pelo próprio órgão? Assim, transcrevo abaixo, para reflexão contra a impunidade no Brasil, e-mail recebido da Equipe Senador Pedro Taques (PDT-MT):

“Hoje viemos pedir a sua ajuda para juntos tentarmos barrar a PEC 37/2011, que está tramitando no Congresso Nacional! A proposta objetiva retirar do Ministério Público o poder investigativo em diligências criminais, o que para nós é um grande retrocesso democrático.

Sabemos que no Brasil, o trabalho conjunto do MP com a Polícia Federal e as instituições administrativas encarregadas de promover diligências resultou em operações de grande repercussão como Anaconda, Satiagraha, Monte Carlo e o Mensalão.

Queremos que ações como essas, que combatem a corrupção e tem como consequência a busca pela transparência, continuem. Para tanto, precisamos impedir o avanço da PEC 37!

Pensando nisso, o senador Pedro Taques iniciou a coleta de assinaturas contra a aprovação da PEC em tramitação no Congresso Nacional. A iniciativa pretende chamar a atenção da sociedade para a gravidade da proposta.

Em apenas 5 dias, a petição eletrônica de autoria do senador reuniu mais de 3.800 assinaturas. Queremos superar a meta de 5 mil adesões.

Exerça a sua cidadania! Ajude-nos a fortalecer este movimento e sensibilizar os parlamentares contra a aprovação da PEC!

Assine a petição eletrônica: http://migre.me/cmFv3 .
Lembramos que para validar a assinatura é necessária confirmação por e-mail.”

quinta-feira, 20 de dezembro de 2012

FHC responde provocações de Lula

FHC responde provocações de Lula: "Ele está perturbado, coitado". Lula ataca porque tem medo de ir para a cadeia como chefe do Mensalão.

O clima de tensão na política nacional levou os ex-presidentes Lula e Fernando Henrique Cardoso a trocar farpas nesta quarta-feira. Em movimento de defesa contra os ataques gerados pela julgamento do mensalão e a Operação Porto Seguro, da Polícia Federal, Lula disse, a durante posse do novo presidente do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, em São Bernardo (SP), que FHC teria torcido para que seu primeiro mandato fosse um fracasso, para, assim, voltar novamente a ser presidente .FHC respondeu após se reunir com empresários cariocas na Associação Comercial do Rio de Janeiro, no centro do Rio de Janeiro : "Imagina se eu iria torcer para ele ganhar. Eu torci para o Serra ganhar. Eu tinha medo que ele fosse destruir tudo que eu fiz", disse Fernando Henrique. "O presidente Lula provavelmente está perturbado por outras razões", completou.

O ex-presidente tucano ainda disse que o julgamento do mensalão foi positivo ao País, mas teve seu lado ruim. "É positivo o que tem acontecido. Por outro lado, [é] preocupante. Se transforma em um fato insólito um julgamento que deveria ser rotina", disse, em referência aos "peixes graúdos" julgados.

Para criticar o atual momento político, FHC apelou a uma metáfora: "O rei está nu, e nós temos medo de dizer que o rei está nu". O tucano também criticou a visita de solidariedade do governado de Alagoas, Teotônio Vilela (PSDB), a Lula -- ele estava entre os oito governadores que foram ao Instituto Lula na terça-feira 18. "Eu lamento, eu acho que nessa hora a gente tem que separar as coisas. O governador tem que ser grato, mas a solidariedade não é pelo o que ele fez por Alagoas", disse.

* Clipping Brasil 247

sexta-feira, 14 de dezembro de 2012

Como sempre a educação brasileira é relegada

Para os senhores verem como o dinheiro público é jogado fora. Agora mesmo (14), 21h10min, a Rede Globo noticiou ao país que, em Natal-RN, o ano letivo escolar encerrou-se antecipadamente por falta de verba para pagar os funcionários e professores da rede pública, deixando crianças sem aula e cooperando para a má formação do ensino nacional. Vejam a gravidade: trata-se de Educação, que continua sendo considerada, no país, como produto de segunda categoria. Uma vergonha!

A prefeitura e o governo estadual de Natal têm dinheiro para pagar os vereadores, os deputados estaduais, o prefeito, o governador e demais corpo funcional, mas as autoridades alegam não ter recursos para custear a despesa educacional de pobres meninos brasileiros de Natal. Enquanto isso, grupo de parlamentares federais – Jô Moraes (PCdoB-MG), Perpétua Almeida (PCdoB-AC) e Gonzaga Patriota (PSB-PE), gastando dinheiro público à toa, vai passear no Haiti sob desculpa esfarrapada de prestar ajuda humanitária.

Este país é complicado e não se corrige nunca. Os parlamentares deveriam se preocupar mais com a vida socioeducacional do Brasil e não com os problemas do Haiti. Esse quadro deplorável, da falta de verba para custear as despesas educacionais de Natal, tem que ser reflexionado pelos governos e Parlamento brasileiro com maturidade e seriedade.

Os nossos parlamentares têm que ficar apreensivos é com os “Haitis” brasileiros e não tratar os problemas nacionais com fingimentos e irresponsabilidades. Dinheiro o país tem de sobra, só que é muito mal administrado por governos corruptos e políticos safos. O descaso público com a educação escolar de Natal é um fato comum nas regiões brasileiras.
Júlio César Cardoso

quinta-feira, 13 de dezembro de 2012

Ao 'Le Monde', Dilma diz que 'não tolera corrupção' e elogia Lula

A presidente Dilma Rousseff disse, em entrevista publicada nesta quinta-feira (13) pelo jornal francês "Le Monde", que não tolera corrupção, e defendeu o governo de seu antecessor Luiz Inácio Lula da Silva.

"Eu não tolero a corrupção e meu governo também não", disse Dilma.

Em entrevista concedida ao diário antes de deixar a França, onde concluiu na quarta uma visita de Estado de dois dias, Dilma explicou que no Brasil, para se candidatar a uma eleição, um cidadão não pode ter acusações pendentes contra si.

"'O Ministério Público é independente, a Polícia Federal investiga e prende e a Justiça pune", disse. "E aquele que iniciou esta nova etapa de governança foi o ex-presidente."

Afirmando que a corrupção "é uma praga que afeta todos os países", a presidente brasileira considerou que, além das pessoas, "as instituições devem ser virtuosas".
Segundo ela, "a sociedade deve ter acesso a todos os dados governamentais" e aqueles que utilizam recursos públicos "têm que prestar contas".

Por isso, o Brasil criou um "Portal da Transparência" que registra os gastos públicos dia a dia, acrescentou.

"Eu não tolero a corrupção, e meu governo também não. Se há suspeitas fundadas sobre a pessoa, ela tem que sair. Mas, certamente, não se pode confundir essas investigações com uma caça às bruxas própria de regimes autoritários", disse.

Dilma já havia defendido na terça seu antecessor, considerando "lamentáveis" as acusações contra o ex-presidente e afirmando que são "tentativas de manchar o imenso respeito que o povo brasileiro tem por Lula".

Crescimento fraco
Questionada sobre os fracos números do crescimento do PIB, Dilma afirmou que o país está atravessando um "período de transição".

"A crise internacional provocou uma desaceleração da economia brasileira em junho de 2011", disse. "Nós tivemos que adotar medidas estruturais, como a redução das taxas de juros. Pela primeira vez em 20 anos, elas se aproximaram das do mercado internacional. Isso trouxe mudanças na rentabilidade. O aumento dos investimentos produtivos ainda não compensou a queda dos investimentos financeiros."
Fonte: Do G1, com agências internacionais

CONSIDERAÇÕES
Até se compreende o paroxismo da presidente Dilma ao defender o seu criador Lula, afirmando que não tolera corrupção. Metida numa saia curta não pode mesmo contrariar o seu ex-chefe para dizer que no governo dele havia corrupção, mesmo porque ela era a ministra-chefe da Casa Civil.

É bastante intrigante a declaração da presidente de que o governo dela não tolera corrupção. Mas o governo é dela ou do PT? Ela pode até estar defendendo a sua gestão, mas que no governo Lula existia corrupção é fato consumado e comprovado agora pelo STF.

Até quando a presidente Dilma vai suportar o fardo corrupto deixado pelo governo Lula, só o tempo dirá. Mas que ela não deve dormir um sono tranquilo com tanta bomba de efeito retardo explodindo, como o caso Rosemarygate, isso deve incomodá-la muito.

terça-feira, 11 de dezembro de 2012

Valério diz que esquema pagou despesa de Lula

O empresário Marcos Valério Fernandes de Souza disse no depoimento prestado em 24 de setembro à Procuradoria-Geral da República que o esquema do mensalão ajudou a bancar "despesas pessoais" de Luiz Inácio Lula da Silva. Em meio a uma série de acusações, também afirmou que o ex-presidente deu "ok", em reunião dentro do Palácio do Planalto, para os empréstimos bancários que viriam a irrigar os pagamentos de deputados da base aliada.

Valério ainda afirmou que Lula atuou a fim de obter dinheiro da Portugal Telecom para o PT. Disse que seus advogados são pagos pelo partido. Também deu detalhes de uma suposta ameaça de morte que teria recebido de Paulo Okamotto, ex-integrante do governo que hoje dirige o instituto do ex-presidente, além de ter relatado a montagem de uma suposta "blindagem" de petistas contra denúncias de corrupção em Santo André na gestão Celso Daniel. Por fim, acusou outros políticos de terem sido beneficiados pelo chamado valerioduto, entre eles o senador Humberto Costa (PT-PE).

A existência do depoimento com novas acusações do empresário mineiro foi revelada pelo jornal O Estado de S. Paulo em 1.º de novembro. A reportagem teve acesso à íntegra do depoimento, assinado pelo advogado do empresário, o criminalista Marcelo Leonardo, pela subprocuradora da República Cláudia Sampaio e pela procuradora da República Raquel Branquinho.

Valério disse ter passado dinheiro para Lula arcar com "gastos pessoais" bem no início de 2003, quando o petista já havia assumido a Presidência. Os recursos foram depositados, segundo o empresário, na conta da empresa de segurança Caso, de propriedade do ex-assessor da Presidência Freud Godoy, uma espécie de "faz-tudo" de Lula.

O operador do mensalão afirmou ter havido dois repasses, mas só especificou um deles, de aproximadamente R$ 100 mil. Segundo o depoimento de Valério, o dinheiro tinha Lula como destinatário. Não há detalhes sobre quais seriam os "gastos pessoais" do ex-presidente.

Ainda segundo o depoimento de setembro, Lula deu o "ok" para que as empresas de Valério pegassem empréstimos com os bancos BMG e Rural. Segundo concluiu o Supremo, as operações foram fraudulentas e o dinheiro, usado para comprar apoio político no Congresso no primeiro mandato do petista na Presidência.
Fonte: Felipe Recondo - Agência Estado

segunda-feira, 10 de dezembro de 2012

NO QUE VAI DAR ISSO AÍ?

Para reflexão!
Autor: Percival Puggina
Não sou nenhuma celebridade, nem gostaria de ser. Mas volta e meia alguém me pára na rua. Felizmente não querem autógrafos. Querem saber no que vai dar isso aí. A pergunta se refere a essa coisa em que transformaram o Brasil. Minha resposta acaba sendo comprida. Então, doravante, para simplificar as coisas, passarei a responder por escrito. Andarei com a resposta no bolso.

O Brasil está no olho de um furacão e não toma conhecimento. Como nunca antes neste país os problemas são graves e têm efeitos cumulativos. Mencionarei apenas os principais, relacionando-os à nossa posição no contexto mundial: a) estamos em 88º lugar no ranking da educação básica e no 66º da educação superior; b) este ano, pela primeira vez, entramos na lista das 50 economias mais competitivas, com um modestíssimo 48º lugar; c) nossas péssimas instituições nos deixam no 79º lugar em relação ao quesito qualidade das instituições nacionais; d) ocupamos o 99º lugar no ranking da liberdade de imprensa; e) somos o país lanterna do BRIC quanto ao número de registro de patentes nos Estados Unidos (apenas 7% do total obtido pela China no ano passado); f) ocupamos o 84º posto entre 187 países no ranking do desenvolvimento humano (IDH); g) somos o 69º país mais corrupto, com uma vergonhosa nota pouco superior a três. Junto com a proverbial impunidade, os sucessivos casos de corrupção, na novilíngua oficial, viraram "malfeitos" - assim como se fossem travessuras de gente grande.

Não bastasse isso, 2012 foi um ano perdido. Nossa economia cresceu uma ninharia, pouco mais de um por cento, índice que nos coloca em penúltimo lugar entre os 20 países ibero-americanos. Como consolação, ganhamos do Paraguai. As tarefas centrais de qualquer governo - Educação, Saúde, Segurança e Infraestrutura - vão de mal a pior. Um governo desses só pode ser bem pontuado distribuindo dinheiro para os pobres e para os ricos, e mandando a conta para a classe média. Dos primeiros vêm os votos; dos segundos a grana.

A alegria dos criminosos brasileiros é a falta de policiais e presídios. Milhares de condenados operam livremente, ora por falta de quem os capture, ora porque não tem onde ficar detidos. Assim, convivemos com tenebrosa sensação de insegurança. E o governo aplicou, até o mês de novembro de 2012, apenas um por cento do que estava previsto no orçamento federal para construção de estabelecimentos penais. Aliás, em relação ao orçado para investimentos neste ano, o governo da União, em todos seus setores de atuação, só conseguiu usar 34%. Quanto ao ano de 2013, é visível que o governo esgotou os truques para fazer a economia crescer à base do consumo interno: baixou juros, ampliou prazos de financiamento, concedeu substanciais reduções de IPI e chamou à sociedade ao endividamento. Haverá algo mais, na cartola das demagogias oficiais, além do nunca feito dever de casa?

Não obstante tudo isso e muito mais, o governo e a população não têm tal percepção. E ninguém está mais longe de resolver um problema do que quem sequer sabe que ele existe. Os sucessivos escândalos que enxovalham o momento histórico e atingem danosamente nossa imagem internacional parecem não afetar as figuras centrais da república. Os patifes vivem à vida regalada, convictos da perenidade do regabofe em que se lambuzam.

Então, as pessoas me perguntam: no que vai dar isso aí? Minha resposta é política. Quem está no poder só sabe fazer mais do mesmo. As expectativas relacionadas a uma possível implosão do núcleo duro desse poder dependem exclusivamente da combinação de dois fatores: o que vier a acontecer com a imagem de Lula junto à opinião pública e dos rumos que forem tomados pela economia. Se, contrariando todas as probabilidades, a galinha que voou em meados da década passada, sair por aí planando como um falcão,continuaremos com mais do mesmo. O brasileiro, com dinheiro no bolso, pouco quer saber de democracia e de princípios morais. Mas nem a economia, como fator isolado, será suficiente para desconstruir a imagem do governo se a imagem de Lula não desabar.

E Dilma? É preciso compreender que Dilma, assim como precisou de Lula para subir, precisará de Lula para descer. Se e quando a imagem de Lula desabar, Dilma cai junto. Fora disso não há salvação.

quinta-feira, 6 de dezembro de 2012

País sem segurança pública

Os ministros da Justiça, José Eduardo Cardoso (PT), e dos Direitos Humanos, Maria do Rosário (PT), parecem que não pertencem a este governo. Ou são demagogos. Por que o governo petista, do qual eles são expoentes, há tanto tempo no comando da nação, tendo ampla liderança política no Congresso, até agora não arrostou o problema da segurança nacional aos brasileiros, que não é somente de responsabilidade estadual e municipal, mas também do governo federal? Está na Constituição Federal, Art. 144, que a segurança pública é dever do Estado. Se é dever da União, não justifica a falta de investimento para que as cadeias públicas brasileiras não tenham padrão humano de receber com dignidade qualquer apenado.

Assim, soam estranhas as tergiversações explícitas dos ministros da Justiça e dos Direitos Humanos ao reprochar as péssimas condições de nossos presídios, chegando a afirmar Eduardo Cardoso que prefere morrer a cumprir pena em prisões brasileiras, bem como Maria do Rosário ao fazer conexão entre os maus tratos dentro dos presídios e as violências nas ruas. Esses ministros deviam morrer de vergonha de participar de um governo que abandonou a segurança pública dos brasileiros para só cuidar de atos e fatos políticos de seu interesse. E não deixam de ser sintomáticas as manifestações dos ministros sobre as condições de nossos presídios, mormente agora com a condenação em regime fechado de expoentes do PT.

Eduardo Cardozo e Maria do Rosário são do time benevolente dos direitistas humanos que tanto tem protegido bandidos de todos os calibres. Falam que são contra a pena de morte, prisão perpétua, castração química de estupradores e pedófilos. Mas será que teriam o mesmo discurso, caso os seus familiares mais próximos: pais, mães, filhos, filhas etc. fossem vítimas da violência descomunal desses criminosos? Esses mesmos representantes petistas falam também de medievalidade de nossas casas prisionais. E o que fizeram até agora para contornar essa situação? O outro petista do STF, ministro Dias Toffoli, bradou também contra o estado medieval da prisão brasileira, talvez preocupado com a condenação em regime fechado de seu amigo José Dirceu.

Ora, um país que chegou ao ponto crítico do descontrole e não consegue combater de forma eficiente essa onda de barbaridades a que assistimos, tem que passar por um bom período de endurecimento de exceção e adotar medidas extremas contra esses delinquentes, que desafiam a sociedade e as nossas autoridades. Com esse discurso vazio e "humanista" dos ministros da Justiça e dos Direitos Humanos, o Brasil está caminhando para uma convulsão social incendiada pela coordenação da bandidagem que agora dá ordens de dentro de nossos presídios, porque conta com a simpatia dos hipócritas defensores dos direitos humanos.

Por que temos de continuar a aceitar a opinião de meia dúzia de políticos e juristas, hipócritas e demagogos, que se posicionam contrário à implantação de medidas punitivas definitivas, quando a sociedade continua sendo violentada cruelmente pela bandidagem instalada no país? Um criminoso sádico, frio e cruel se arroga no direito de exterminar vidas, mas a sociedade não tem o direito de se defender e exigir que o Estado crie as condições constitucionais para a segregação definitiva desse facínora, aplicando-lhe a pena de morte ou prisão perpétua?

Estamos numa democracia de fachada, em que a sociedade é impedida de exigir a forma como deseja ser disciplinada. A norma continua vindo de cima para baixo e não ao encontro do que pensa a nossa população. Por que não é realizada consulta popular acerca da implantação da pena capital ou prisão perpétua no Brasil, por quê? Qual a razão plausível? Então, continuaremos sendo comandado pela cabeça de meia dúzia de políticos e juristas, que se declaram contrários ao endurecimento da penalidade no Brasil? Que país é este? Mas a coisa está muito confusa em nossa República: até um partido político faz desagravo a favor de políticos corruptos condenados pelo STF. Aonde vamos chegar?

segunda-feira, 3 de dezembro de 2012

Rosemarygate, o affair de Lula

QUE ORDINÁRIO É ESSE LULA. NÃO RESPEITAVA NEM A SUA ESPOSA. COM ESSE PERFIL PRESIDIU O PAÍS E AINDA TEM GENTE QUE BATE PALMAS PARA ELE. QUANTO DINHEIRO PÚBLICO ROLOU NESSE “AFFAIR”, OU SEJA, NESSE ESCANDALOSO CASO AMOROSO?
JORNAL DECIDE CONTAR AO LEITOR O QUE OS JORNALISTAS E O GOVERNO SABIAM HÁ MUITO: LULA E ROSEMARY, NO CENTRO DO NOVO ESCÂNDALO, ERAM AMANTES DESDE 1993

Um homem público ter uma amante é ou não assunto relevante? Nos EUA, basta para liquidar uma carreira política, como estamos cansados de saber. Foi um caso extraconjugal que derrubou o todo-poderoso da CIA e quase herói nacional David Petraeus. Desde quando estourou o mais recente escândalo da República, todos os jornalistas que cobrem política e toda Brasília sabiam que Rosemary Nóvoa Noronha tinha sido — se ainda é, não sei — amante de Lula. Assim define a palavra o Dicionário Houaiss: “Amante é a pessoa que tem com outra relações sexuais mais ou menos estáveis, mas não formalizadas pelo casamento; amásio, amásia”. Embora a relação fosse conhecida, a imprensa brasileira se manteve longe do caso. Quando, no entanto, fica evidente que a pessoa em questão se imiscui em assuntos da República em razão dessa proximidade e está envolvida com a nomeação de um diretor de uma agência reguladora apontado pela Polícia Federal como chefe de quadrilha, aí o assunto deixa de ser “pessoal” para se tornar uma questão de interesse público. O caso, com todos os seus lances patéticos e sórdidos, evidencia a gigantesca dificuldade que Lula sempre teve e tem de distinguir as questões pessoais das de Estado. Como se considera uma espécie de demiurgo, de ungido, de super-homem, não reconhece como legítimos os limites da ética, do decoro e das leis. Outro dia me enviaram um texto oriundo de um desses lixões da Internet em que o sujeito me acusava de “insinuar”, de maneira que seria espúria, uma relação amorosa entre Rose e Lula. Ohhh!!! Não só isso: ao fazê-lo, eu estaria, imaginem vocês!, desrespeitando Marisa Letícia, a mulher com quem o ex-presidente é casado. Como se vê, respeitoso era levar Rose nas viagens a que a primeira-dama não ia e o contrário. Mas isso é lá com eles. A Rose que interessa ao Brasil é a que se meteu em algumas traficâncias em razão da intimidade que mantinha com “o PR”. Lula foi o presidente legítimo do Brasil por oito anos. A sua legitimidade para nos governar não lhe dava licença para essas lambanças. Segue trecho da reportagem da Folha. Volto para encerrar.
*
A influência exercida pela ex-chefe do escritório da Presidência da República em São Paulo, Rosemary Noronha, no governo federal, revelada em e-mails interceptados pela operação Porto Seguro, decorre da longa relação de intimidade que ela manteve com o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Rose e Lula conheceram-se em 1993. Egressa do sindicato dos bancários, ela se aproximou do petista como uma simples fã. O relacionamento dos dois começou ali, a um ano da corrida presidencial de 1994. À época, ela foi incorporada à equipe da campanha ao lado de Clara Ant, hoje auxiliar pessoal do ex-presidente. Ficaria ali até se tornar secretária de José Dirceu, no próprio partido. Marisa Letícia, a mulher do ex-presidente, jamais escondeu que não gostava da assessora do marido. Em 2002, Lula se tornou presidente. Em 2003, Rose foi lotada no braço do Palácio do Planalto em São Paulo, como “assessora especial” do escritório regional da Presidência na capital. Em 2006, por decisão do próprio Lula, foi promovida a chefe do gabinete e passou a ocupar a sala que, na semana retrasada, foi alvo de operação de busca e apreensão da Polícia Federal. Sua tarefa era oficialmente “prestar, no âmbito de sua atuação, apoio administrativo e operacional ao presidente da República, ministros de Estado, secretários Especiais e membros do gabinete pessoal do presidente da República na cidade de São Paulo”. Quando a então primeira-dama Marisa Letícia não acompanhava o marido nas viagens internacionais, Rose integrava a comitiva oficial. Segundo levantamento da Folha tendo como base o “Diário Oficial”, Marisa não participou de nenhuma das viagens oficiais do ex-presidente das quais Rosemary participou. (…) Procurado pela Folha, o porta-voz do Instituto Lula, José Chrispiniano, afirmou que o ex-presidente Lula não faria comentários sobre assuntos particulares.
Encerro
Como se vê, Lula considera Rosemary um “assunto particular”, o que soa como confissão. Só que ela era chefe de gabinete do escritório da Presidência em São Paulo. O Brasil pagava o salário do “assunto particular” do Apedeuta. Ainda assim, ela poderia ter sido uma funcionária exemplar. Não parece o caso… É um modo de ver a República. O mesmo Lula que classifica a chefe de gabinete da Presidência em São Paulo de “assunto particular” não distingue a linha que separa o interesse público de seus impulsos privados.
Por Reinaldo Azevedo