sábado, 19 de junho de 2010

Dilma Rousseff, a soberba governamental

A empáfia do governo Lula se mede pelo não reconhecimento da política econômica estável do governo FHC, que foi copiada e aprimorada. Por mais que a candidata Dilma Rousseff tente desqualificar a gestão administrativa anterior, ela deveria reconhecer que o seu partido não tinha um programa econômico de governo pronto para por em ação em substituição ao programa anterior. E seria um suicídio político a implantação de uma nova estrutura econômica diante de uma economia com moeda estável com inflação controlada.

A candidata Dilma Rousseff sabe que o grande mérito do presidente Lula foi não tentar reinventar a roda. Ele mostrou a sua esperteza política ao dar continuidade ao programa econômico do governo anterior, introduzindo algumas pinceladas de verniz petista como era esperado naturalmente. E se não fosse a robustez da política econômica austera anterior, hoje ela não estaria falando que o Brasil tem estabilidade macroeconômica. Não se faz mágica em economia de um dia para o outro.

A candidata Dilma Rousseff sofisma ao dizer que o governo do PT recebeu de seu antecessor um Brasil fragilizado. Mas como fragilizado se tinha uma moeda estável com a inflação sob controle, reflexo de uma política positiva?

A candidata Dilma Rousseff já aprendeu com o chefe Lula jogar para a plateia eleitoral. Ao afirmar que "temos de garantir que 190 milhões de brasileiros virem consumidores", ela faz o seu marketing político visando a atrair a simpatia eleitoral de incautos brasileiros beneficiários de programas assistencialistas, bem como de parcela expressiva de outros sem nenhuma cultura política incapazes de entender a sua linguagem sofismática, enganadora.

E por falar em consumidores, os velhinhos aposentados do INSS, clientes do empréstimo consignado, instituído pelo governo Lula para satisfazer a alegria dos cofres dos banqueiros, estão hoje todos endividados até o pescoço, e só Deus poderá saldar as suas dívidas. E podem estar certos, brasileiros, de que não tardará para que milhões de consumidores, que embarcaram e continuam embarcando nas propagandas comerciais consumistas do governo Lula, se vejam mergulhados em dívidas comerciais impagáveis com cartões de créditos, crediários etc. Pois, sem nenhuma responsabilidade com o endividamento social, o governo da candidata Dilma Rousseff recomendou que o brasileiro consumisse mais, para mostrar, nos índices estatísticos, o aumento de seu poder de compra e a pujança do setor comercial e industrial brasileiro.

segunda-feira, 14 de junho de 2010

Petista no varejo

Os petralhas continuam a aprontar mais safadezas e traições. Aos poucos os petistas decentes vão deixando o partido. Já deixaram, por exemplo, Heloisa Helena, Cristovam Buarque, Luciana Genro, Babá, Chico Alencar, Ivan Valente e, mais recentemente, Marina Silva e Flávio Arns.

Agora, a petista histórica mineira Sandra Starling deixa o partido e chama o presidente Lula de caudilho ao impor Hélio Costa (PMDB) como candidato da base governista em Minas. No Maranhão, uma vergonha, petista tem cotação. Compram-se lá petistas no varejo. Os mais caros podem custar R$ 40 mil, ou na promoção podem sair por menos de R$ 20 mil.

Imaginem, senhores, a irmandade espúria do PT com Roseana Sarney (PMDB), o que há de pior na política nacional: o clã Sarney. Os petistas deveriam se envergonhar com a companhia negativa e desqualificada do maior trapaceiro político do Maranhão. É só ler o livro de Palmério Dória, Honoráveis Bandidos. Não se sabia, mas agora se ficou sabendo que Sarney, o marimbondo de fogo maranhense, também manda no PT. E a coisa anda tão séria que o deputado maranhense, o petista Domingos Dutra, fez greve de fome em repúdio ao apoio do PT à candidatura da governadora Roseana Sarney.

Lamentavelmente, para o PT política é como moeda de troca. Tudo tem seu preço. Já não bastava petista com dinheiro na cueca, agora temos petista sendo comprado, no Maranhão, em balcão de negócios, no varejo. Já dizia Lênin: "Onde termina a política começa a trapaça".

Cabe aos maranhenses, principalmente aos mais novos, soerguerem a terra de Gonçalves Dias, exorcizando os maus espíritos políticos da família Sarney, elegendo cidadãos competentes e não comprometidos com a velha forma viciada de se fazer política no Maranhão, para que o Estado possa se desenvolver e sair do longevo atraso em que se encontra, escravizado por políticos aproveitadores.

quinta-feira, 10 de junho de 2010

Nunca é tarde para se corrigir um erro

O deputado Luiz Alberto (PT-BA) é o relator do Projeto de Emenda Constitucional (PEC 555/06) que tem por objetivo acabar com a cobrança de contribuição previdenciária dos servidores públicos aposentados. "É preciso reparar essa injustiça contra os servidores aposentados", afirmou o relator, com o equilíbrio da razão.
Lamentavelmente, grupos de parlamentares (petistas) não tiveram o mesmo equilíbrio da razão em 2003, ao coagir o presidente Lula a propor a PEC de confisco de parte das aposentadorias e pensões dos servidores federais, sob o falso argumento de que a Previdência Social era deficitária e não poderia suportar o peso pecuniário dessas aposentarias e pensões.

Diante dessa situação que afrontou os direitos adquiridos de servidores, o governo conseguiu subverter a seriedade do STF, através do político de toga e então presidente da suprema corte, ministro Nelson Jobim, que colaborou de forma decisiva para cooptar colegas ministros a votar favoravelmente pela instituição da taxação de 11%. E foi por causa dessa PEC confiscatória que os ex-políticos petistas, que não aceitaram votar a favor do governo, foram defenestrados do PT: Heloisa Helena, Luciana Genro, Babá e outros.

Hoje, podemos dizer: nunca na história deste País se cometeu tamanha injustiça (jurídica) respaldada pelo governo federal, por grande parte de parlamentares (petistas) e pelo STF, contra a classe de trabalhadores aposentados, que foram atingidos nos seus direitos sagrados conquistados e alicerçados na Constituição e leis vigentes.

O ilustre deputado relator se fosse um dos atingidos com a taxação, certamente, estaria agora reivindicando a correção total de suas perdas, ou exigindo o imediato retorno da situação jurídica anterior à instituição da famigerada PEC do confisco. Então, por que pretender propor a fixação em 70 anos, como a idade para o aposentado se livrar definitivamente do pagamento da CPSS, imposta em 2003, conforme declarou o relator, em breve entrevista à jornalista do Sindicato dos Funcionários do Banco Central (SINAL)? Vá lá que o relator da PEC 555/06 estenda essa idade para aqueles que ainda não se aposentaram ou que se aposentaram após 2003. Mas para os aposentados e pensionistas anteriores a 2003, que estavam sob a égide dos direitos adquiridos à luz de dispositivos constitucionais então vigentes, não deveria essa idade de 70 anos atingi-los.

Veja que curiosidade. Enquanto se taxou com 11% as aposentadorias e pensões de servidores públicos, o Decreto 4897, que trata da aposentadoria dos anistiados políticos, assinado pelo próprio presidente Lula, o isenta de Imposto de Renda. Não dá para entender essa balança de justiça governamental.

Dom Quixote brasileiro

"Os grandes não sabem parar o vazamento. Acho engraçado, se fosse a Petrobras, na Baía de Guanabara, seria um escândalo o que o mundo desenvolvido faria contra nós", disse o presidente Lula em evento recente no Riocentro. Somente incautos brasileiros podem extasiar-se com as presepadas manifestações do presidente Lula. Ao ridicularizar as ações americanas de combate ao vazamento de petróleo no Golfo do México, dizendo que os grandes não sabem parar o vazamento, o presidente Lula mostra a sua arrogância e deslumbramento com poder, como se fosse ele o onisciente solucionador dos problemas mundiais. O vento que sopra lá poderá soprar aqui, presidente. Não faça média com a plateia. O senhor é muito esperto. Não se divirta com os acidentes alheios. Respeito e canja de galinha não fazem mal a ninguém. Amanhã, poderemos precisar de apoio do governo americano. Subestimar o imponderável é uma grande irresponsabilidade.

A verdade é que o presidente não aguenta ficar com a língua coçando, e perde a oportunidade de ficar calado. Com efeito, acostumado com a sua língua afiada de sindicalista bravateiro xingando banqueiros (hoje é amigo deles), deveria respeitar o vazamento no Golfo do México porque também, no Brasil, se pratica o mesmo tipo de exploração petrolífera e sujeito a acidentes. E Deus queira que o ambicioso e caro projeto do pré-sal, se for aprovado, não venha trazer muitas dores de cabeça ao País, na hipótese de acidentes semelhantes ao do Golfo do México.

Lula, se "os grandes não sabem parar o vazamento", por que o senhor ainda não foi lá tapar com o dedo o buraco do vazamento? O presidente Lula se comporta como Dom Quixote, dando cabeçada em moinhos e querendo consertar o mundo.

terça-feira, 1 de junho de 2010

Netinho e outros oportunistas políticos

"Temos obrigação de manter o ciclo do Lula", dizia o cantor Netinho de Paula (PCdoB) no lançamento de sua candidatura ao Senado Federal por São Paulo. Aliás, o candidato Netinho, que demonstra não ser um pouco modesto ao almejar logo uma vaga no Senado, deveria ter se candidatado pelo PT para ser mais fiel ao Lula. Alguma coisa está errada. Ou o PT e o PCdoB são apenas siglas petistas com desenhos diferentes?

Lamentavelmente, o perfil de nossos políticos é formado por oportunistas em busca das glórias do poder. Gente sem formação cultural, sem ter nem o segundo grau escolar, procura o Parlamento como cabide de emprego ou para defender os seus inconfessáveis interesses. Jogador de futebol e cantor em decadência geralmente tentam uma boquinha rica na política. É uma vergonha a composição do quadro político nacional.

Eleitores, aprendam a votar, já que o voto infelizmente é obrigatório. Cuidado com os fichas sujas. Leve ao Parlamento pessoas com boa formação cultural e honradas, que querem trabalhar em prol da sociedade. E por favor, não reelejam ninguém. Ninguém mesmo. Não existem pessoas insubstituíveis. O Parlamento não é profissão. É desempenho de mandato transitório. A continuidade de políticos " profissionais" tem enfraquecido e corrompido o Legislativo nacional. Novas cabeças, novas ideias, novas mentalidades, nova visão política e um basta ao continuísmo de programas partidários, tentando ditar os contornos de nossas vidas, são elementos indispensáveis para a consolidação da seriedade política brasileira. Não seja conivente com a continuação do estado atual de nossa política. Se for para votar, vote bem, escolha os melhores dentro de suas concepções. Não aceite interferência na sua forma subjetiva de decidir. A decisão é apenas sua.