sexta-feira, 28 de agosto de 2009

Sigilo bancário já era

O STF é um órgão de indicação política. Não julga com imparcialidade. Com raras exceções, os seus ministros julgam - não com o equilíbrio da balança da razão -, mas considerando o status das pessoas que estão sendo julgadas. Ademais, as pendengas envolvendo políticos costumam dormitar por muito tempo no STF como estratégia para arrefecer os ânimos da sociedade e os casos caírem no esquecimento, facilitando aos ministros um julgamento sem clamor social e com menos responsabilidade, é o que se pode inferir.Como o político influente goza de notoriedade e respeito, independentemente da ilegalidade que tenha praticado, dificilmente será condenado por coisa alguma. Mas a corda poderá arrebentar sempre nas costas da parte mais fraca. E, no caso em questão, poderá até o coitado do caseiro ainda vir a ser condenado por ter tido a coragem de denunciar um, que eu considero, casca-grossa da política brasileira.Lamentável País de contrastes sociais e de descriminação de penas! Aos pobres, negros e desafortunados o rigor da lei. Às fístulas de colarinhos brancos e de poderes políticos, todas as garantias legais, salvo-condutos e muito etc. nisso. Afinal, nós pagamos as contas desses políticos fajutos para continuarem transgredindo, rindo de nossa cara, violando os nossos sigilos bancários e ainda com toda cara de pau exercer mandato político e com grandes pretensões futuras.Quem manda sermos trouxas? Na realidade, está tudo contaminado: STF, Executivo e Congresso Nacional. Moral da história: o caseiro mentiu, o seu sigilo bancário não foi violado e o Palocci está aí, leve e faceiro absolvido. E não se surpreendam se ele não vier solicitar do Estado uma indenização por danos morais. Era só o que faltava!

quarta-feira, 26 de agosto de 2009

As invasões defendidas pela CTB/RS*

Todo o tipo de ação que não respeite os limites democráticos dos direitos legais não pode ser racionalmente aceito. Se no País vigora uma Constituição que garante o direito de propriedade, esta sem dúvida deve ser respeitada. E a sua violação, sob qualquer pretexto, é inadmissível porque afronta a normalidade do Estado Democrático de Direito. Ademais, a manutenção da ordem democrática deve atingir a todos independentemente de posição filosófica, partidária e política.
Na ocorrência de qualquer incidente social se a autoridade pública deixar de intervir, ela é tachada de incompetente e omissa. Se agir com rigor, no estrito cumprimento do dever legal, para restabelecer a ordem social e democrática, é considerada por alguns de violenta.
Lamentamos a morte de invasor rural, no município de São Gabriel (RS), durante a desocupação pela Brigada Militar na fazenda Southall. Mas cabe aqui uma observação: os segmentos sociais urbanos, por exemplo, de desempregados, de sem tetos etc., são ordeiros e se manifestam sem o emprego agressivo das invasões. Por que os segmentos rurais dos sem-terra se acham no direito de desrespeitar a ordem democrática e legal, e decidem pela invasão de propriedades públicas e privadas?
Não sou político e nem tenho preferência partidária, por isso não vejo o tal jeito tucano covarde de agir do governo gaúcho como querem rotular. A ordem social e democrática sempre que for violada tem que ser restabelecida.
Quanto aos movimentos ditos sociais dos sem-terra e similares, é necessário enfatizar que o governo Lula sempre trazia patente em sua bandeira o compromisso de fazer a real reforma agrária no País, e até agora não a realizou. Logo, a CTB deveria se dirigir ao Planalto e exigir do governo federal e seus políticos o cumprimento assumido em campanha.
Os movimentos sociais ordeiros e democráticos são legítimos e devem ser respeitados. Mas não podemos aceitar as manifestações antidemocráticas que são empregadas em invasão de propriedades alheias como solução para os problemas agrários no País.
Ao contrário do que afirma a CTB/RS, o governo (federal, estadual e municipal) e o Judiciário têm o dever de defender todas as propriedades públicas e privadas. É o mínimo que se pode exigir dessas autoridades. Todavia, cabe ao Judiciário examinar os excessos de defesas porventura empregados por essas autoridades.
*Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil-CTB/RS

sábado, 22 de agosto de 2009

Política sem seriedade

A política deveria ser tratada com mais seriedade. Quando alguém se presta para desmoralizar as instituições públicas, denegrindo a imagem, por exemplo, do Senado Federal, com manobras espúrias e de mau exemplo, só temos a lamentar a qualidade moral de nossos políticos. O presidente Lula e seus acólitos (deputado Ricardo Berzoini e senadores Ideli Salvatti, João Pedro e Delcídio Amaral) deveriam não fazer política de baixo nível, para manter o indecoroso senador José Sarney no trono do Senado, como peça estratégica, no PMDB, de apoio à candidatura da ministra Dilma Rousseff, aquela que não foi diplomada pela Unicamp. A política não deveria ser tratada com trapaça, mas como compromisso sério diante do eleitor e da nação. O que temos constatado - e a recente decisão do Planalto e da direção do PT ao Conselho de Ética do Senado corrobora - é que onde termina a política começam infelizmente a trapaça, o jogo sujo e os interesses escusos pelas glórias do poder. Tenho observado muitos jovens desinteressados pela política. Por quê? Porque atitudes como a do presidente Lula e seus acólitos contribuem para enxovalhar a seriedade política brasileira. E isso é muito preocupante. O governo petista não deveria confundir política com trapaça. O senador Mercadante fez muito bem recusar-se a participar de ignóbil apoio ao arquivamento das acusações contra o senador José Sarney. Há pessoas ilustres no PT, como o equilibrado senador Eduardo Suplicy. Mas são poucas. E aquelas poucas vão deixando paulatinamente o partido. Sai a injustiçada senadora Marina Silva, combatente defensora das florestas, do meio ambiente. O outro equilibrado e respeitável senador Flávio Arns, envergonhado com o comportamento do PT, também está indo embora. O que está ficando é a escória petista que aceita ser manipulada pelo governo federal a participar de conchavos espúrios. Mas todas essas manobras imorais custarão caro nas próximas eleições. Ninguém engana a todos por muito tempo. O eleitor, aos poucos, está mais atento. E o tiro poderá sair pela culatra nesse apoio ao senador Sarney em prol da candidatura da não-diplomada pela Unicamp Dilma Rousseff. E não se esqueçam, presidente Lula e seus acólitos, de que, caso a senadora Marina Silva seja também concorrente ao Planalto, muito votos do PT deixarão de ir para as urnas de Dilma Rousseff.

sexta-feira, 21 de agosto de 2009

Senador Aloízio Mercadante amarelou

O senador Mercadante faz tipo no Senado. Deveria ter palavra e cumprir com a sua decisão de renunciar a liderança da bancada do PT. Demonstrou ser um senador lero-lero, obediente ao rei Lula, o qual faz de seus acólitos verdadeiros atores mambembes ou fantoches, que não têm discernimento próprio. Antigamente, o fio de bigode merecia respeito, seriedade e cumprimento de palavra.É assim que se comportam os nossos senadores da República: sem seriedade. Por isso o questionamento da sociedade, que não é beócia como alguns senadores arguem, acerca da continuação do Senado Federal, dispendioso, cheio de político lero-lero e sem credibilidade.

sábado, 8 de agosto de 2009

Epa, não somos beócios!

Um fato me chama a atenção nos entreveros do Senado Federal. Por que o senador Fernando Collor, do alto de sua vanglória de valentão, não aparteia senadores antagônicos para refutar insinuações de que ele e outros fazem parte da tropa de choque que protege o senador Sarney por ocasião do término dos trabalhos? Ao senador Pedro Simon, se arvorou e teve aquele lamentável comportamento, o qual servirá de momentos inesquecíveis e peça de mau exemplo parlamentar, presenciados por muitos, no Senado Federal.E nesse contexto de enegrecimento do Senado, que culminou na quinta-feira, dia 6/8/2009, com o pronunciamento acusatório do senador Renan Calheiros contra senador Arthur Virgílio, eis que o ilustre senador Demóstenes Torres faz veemente manifestação censurando o comportamento de membros daquela Casa. Tudo seria elogiável se o respeitável representante goiano não tachasse de beócios (ignorantes) muitos brasileiros que desejam o fechamento do Senado Federal. Foi uma indelicadeza com a qual não concordamos, pois as manifestações democráticas devem ser respeitadas. Há poucos dias, o presidente Lula chamou os opositores do Bolsa Família de imbecis e ignorantes. Se a moda pegar...O senador Demóstenes Torres deveria se retratar, pois: ou se respeita quem tem cultura política para ter coragem de dizer que esta ou aquela instituição pública não cumpre os seus deveres constitucionais, o que recomendaria, portanto, a sua inexistência; ou deverá prevalecer, no País, a sociedade alienada, politicamente, que não se importa com nada, elege qualquer um, fica calada e aceita como está o trôpego, dispendioso e inoperante Senado Federal. "To be or not to be".Vejam, senhores, que a falta de vergonha tomou conta do Senado. O senador José Sarney se considera um injustiçado e a gente tem que "engolir e digerir" todas as suas inverdades. O Senado não pode se transformar num circo de atores mambembes. O seu Conselho de Ética, formado por muita gente em dívida com a Justiça e compromissada com o senhor Sarney, é o espelho da desmoralização. Para que serve, então, o Senado? Para gastar o dinheiro do contribuinte? Logo, para que votar em senador?As práticas viciadas, a subsistência, em pleno século 21, da força dos coronéis do (sertão) Norte/Nordeste, o olhar furioso e mordaz do senador Collor, o deboche explícito de Renan Calheiros, Wellington (suplente) Salgado, Paulo (suplente) Duque, Gilvam Borges e outros indecorosos dão o tom da falta de decoro da Casa. O Senado Federal é o retrato preto e branco desbotado da imagem política brasileira, maltratada por mau comportamento de políticos que só querem tirar proveito das benesses públicas, sugam o dinheiro da Nação e enganam o povo. Há políticos honestos no Senado, mas são poucos.O que nos resta? Só Deus sabe... porque enquanto o regime presidencialista, o sistema político e bicameral não forem modificados e introduzidos princípios de democracia direta e semidireta, tudo continuará como está. E nós não podemos ou poderemos ser chamados de beócios.

domingo, 2 de agosto de 2009

Quem é mais ignorante?

O presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, se comporta como o "ditadorzinho" da Venezuela, Hugo Chávez. Não respeita a opinião pública. Pensa que ainda está no ambiente de sindicalistas e que manda no País. E com seu vocabulário chulo tenta desmoralizar cidadãos brasileiros, que não vivem das benesses públicas e são diuturnamente explorados com altas cargas tributárias incidentes sobre os seus salários.Deveria ter a educação de respeitar o contraditório democrático. Chamar de ignorante e imbecil quem não concorda com a sua política assistencialista do Bolsa Família não é posição civilizada de um presidente da República, mas de um déspota.
Recentemente, em discurso, a presidente da Argentina, Cristina Kirchner, declarou que pobreza se combate com emprego digno. Aqui no Brasil, se combate com bolsa eleitoreira.Como o presidente sabe manipular muito bem a população miserável, que se contenta com qualquer ajuda e com isso não vai procurar trabalho, Lula faz do bolsa esmola a sua bandeira de governo. Deveria ter dignidade de propiciar trabalho honesto para todos, em vez da fazer proselitismo político e atingir com palavras despropositadas quem não concorda com as suas ideias assistencialistas e eleitoreiras.A pátria não é o Lula. A pátria somos todos nós, que também viemos do nada, mas não tivemos a indolência de estudar para adquirir educação social, bem como formal para enfrentar o mercado de trabalho. O que hoje somos e temos, contribuintes brasileiros, não é decorrente de nenhuma facilidade ou esperteza política, como muitos se beneficiam. Por isso, o presidente Lula equivoca-se e deveria ter mais respeito com a opinião pública.Nós, contribuintes brasileiros, somos pessoas especiais e comuns de acordo com o Art.5° da Constituição, e merecemos muito, muito respeito. Podemos não ser (graças a Deus) iguais a José Sarney, Lula, Renan Calheiros, Fernando Collor e outros indecorosos, mas somos cidadãos brasileiros honestos e sérios, que não aceitamos que ninguém venha nos enganar e bravatear.

O passado e o presente político

O mundo dá muitas voltas. Mas deveria ser para melhorar o caráter das pessoas. A política, infelizmente, é a arte da trapaça, dos compadrios espúrios e dos interesses inconfessáveis que conspurcam a imagem dos políticos, do Parlamento e da Nação. O cidadão brasileiro, trabalhador, sem comprometimento político ou partidário, que é diariamente esfolado por tanto imposto cobrado para manter indecorosos políticos em atividade usufruindo as benesses públicas, já está cansado com essa pouca-vergonha que permeia a nossa classe política sem caráter e trapaceira. Em dados momentos, os adversários políticos se odeiam e se xingam; em outros, se irmanam audaciosamente, porque os interesses políticos (sujos) revelam a trapaça recôndita em que se transforma a política.
Vejam as nuanças do cenário político brasileiro com as suas metamorfoses: o ex-presidente Fernando Collor de Melo por muito menos corrupção em seu governo foi defenestrado do poder com a participação dos cara-pintadas; o presidente Lula defende a imoralidade corrupta de seu governo, blinda José Sarney, e os cara-pintadas não mais aparecem para pedir a sua exclusão, porque a UNE está hoje subvencionada pelo governo federal; o José Sarney, uma vergonha unânime nacional de imoralidade pública, está sendo defendido pelo Lula, pelo Renan Calheiros e pelo senhor Collor de Mello, e não mais existem os cara-pintadas para exigir a cassação de seu mandato.Assim, a gente fica perplexo ao ver hoje Lula, Collor e Sarney de aliança feita. Essa realidade nos leva a dizer que a política é a arte da trapaça; a arte de conquistar e manter o poder a qualquer preço. E é com essa finalidade que se disputam eleições no Brasil. A luta pelo poder inebria tanto o ego do político que as punhaladas maquiavélicas do passado se tornaram indolores, como se pode observar na presente aliança Lula, Collor e Sarney, antigos desafetos políticos.

Aqui se faz, aqui se paga

Tudo não é por acaso. As coisas acontecem positiva ou negativamente como uma moeda de duas faces: a face do bem e a face do mal. O Criador dá oportunidade a todos. Ou você caminha pelo lado do bem, ou pelo lado do mal. As consequências quem vai sentir será o próprio agente e/ou também os seus agregados familiares.Transportando isso para o plano político, encontramos hoje no topo das denúncias a emblemática família Sarney. E é muito preocupante quando, em pleno século 21, oligarquias continuam a resistir e a interferir danosamente na vida política brasileira. E a gente fica perplexo com a frialdade com que o velho lobo maranhense tenta amenizar a sua situação, como se tudo fosse conspiração da sociedade e da mídia contra os políticos brasileiros. Mas o senador Sarney, no recôndito de suas emoções, certamente deve estar sofrendo muito, não só pelo desgaste nacional de sua imagem política e exposição pública dos procedimentos suspeitos de sua família, como também pela fragilidade de saúde da sua filha política, Roseana Sarney, saída de delicada cirurgia, mas nem por isso deixou de assumir o governo do Maranhão, por manobras políticas. E ainda para completar o drama, a sua esposa, Marly Sarney, fraturou o ombro em uma queda doméstica.Aqui se faz, aqui se paga. O Criador não caminha com maus peregrinos. Principalmente com aqueles que só querem tirar vantagem.