quarta-feira, 26 de setembro de 2012

Paulo Paim extasia-se com Lula



Considerar Lula uma liderança quase divina, alto lá, senador Paulo Paim! Vamos devagar com o andor que o santo é de barro.

A manifestação do senador Paulo Paim (PT-RS), no jornal Folha de Caxias (25), - “Lula é uma liderança que está para o mundo como Gandhi esteve para o império britânico e liberou a Índia, como Nelson Mandela esteve para a África do Sul e liberou a África do Sul do Apartheid” - é um delírio de petista solidário ao seu chefe. Logo ele que relutou em aceitar a PEC, que taxou em 11% os aposentados e pensionistas federais, mas não teve a coragem da ex-senadora Heloísa Helena de não concordar com as imposições corruptas do Lula e rompeu com o PT.

Tenho-o como um político sério, mas se acovardou em relação aos aposentados e pensionistas que tiveram os seus direitos constitucionais violados por uma PEC comprada por dinheiro do mensalão.

Senador Paulo Paim, os impostores não enganam a todos por toda a vida. O ex-presidente Lula enganou o Brasil, ele sabia de tudo que se passava em seu governo em matéria de corrupção, tinha consciência dos acordos espúrios feitos com Marcos Valério, o financiador do esquema do mensalão, para angariar recursos para as suas manobras promíscuas de conseguir apoio de parlamentares no Congresso para aprovação de suas propostas de governo. O ex-presidente soube se manter incólume durante a sua gestão, mas se esqueceu de que não existe crime perfeito. E agora que o operador do esquema foi condenado pelo Supremo, só lhe restou contar a verdade: “O PT me fez de escudo, me usou como um boy de luxo. Mas agora vai todo mundo para o ralo”, verberou Valério. E por isso o ex-presidente está calado e mandou as suas luletes saírem a campo em sua defesa.

segunda-feira, 24 de setembro de 2012

As luletes em ação



Petistas e partidos da base de apoio ao governo, diante das ameaças de Marco Valério, já condenado pelo STF, de contar os segredos do mensalão envolvendo o ex-presidente Lula, Zé Dirceu, Delúbio Soares e outros, resolveram sair a campo para defender o chefe Lula.

Não adianta agora a manifestação de desagravo em defesa do ex-presidente, sob as mais ridículas justificativas: afronta ao Estado Democrático de Direito, golpe dos partidos de oposição, julgamento de exceção pelo STF, mídia conservadora a serviço de uma elite suja e reacionária etc. Não se engana a todos por toda a vida. Os farsantes sempre serão desmascarados. Vejam a que ponto chega o estado de sandice. A argumentação de que a transmissão pública do julgamento do mensalão põe em risco a democracia revala o desespero de quem vê se confirmar o que o chefe do PT e toda a trupe envolvida sempre negaram.

O risco da democracia seria a falta de transparência do julgamento pelo STF sem o acompanhamento da sociedade. Os políticos mequetrefes e safos têm mais é que ser desmascarados, julgados e condenados na forma da lei, para que sejam resgatados os valores éticos e morais de nossa cultura política.

Os petistas que preparem as fortalezas, pois muito chumbo grosso vem aí. Se o Lula pensou que estava isento do mensalão, enganou-se. Com a condenação pelo STF do empresário Marcos Valério, apontado como o operador financeiro do maior esquema de corrupção da história política brasileira, com certeza ele vai botar a boca no trombone para falar a verdade e denunciar mais gente para sua companhia no xilindró. Já avisou que contará direitinho as peripécias do Lula e do Zé Dirceu com o valerioduto, tramadas no 4º andar do Palácio do Planalto, e indignado alertou: “O PT me fez de escudo, me usou como um boy de luxo. Mas agora vai todo mundo para o ralo”.

Assim, o tempo se encarrega de desmascarar os impostores. O atentado contra a democracia, ao contrário do que em delírio os governistas denunciam, caracteriza-se pela a reação desequilibrada de um bando de hipócritas sectários do governo, que não se conforma em ver a condenação de suas lideranças na maior rede de corrupção política de que se tem notícia no país, cujo objetivo sórdido era a fabricação de dinheiro para custear as ações corruptas do PT e garantir a perpetuação no poder. Por isso, as luletes, em desagravo vazio, entraram em ação em defesa do chefe.

segunda-feira, 17 de setembro de 2012

Caminhada da paz na Praia Central

Demagogia à parte, a caminhada da paz deveria ser a eterna bandeira da segurança brasileira. Não se fala de paz só em época política. O prefeito é muito esperto, falta-lhe seriedade. Albert Einstein em seu sábio aforismo já denunciara os maus administradores políticos: “As cabeças que criaram o caos não serão as mesmas que vão restabelecer a ordem”.

A criminalidade está crescendo na cidade. Antes, aqui não havia assaltos, agora temos que nos preocupar. Os pichadores estão se dando bem em Balneário. Os flanelinhas, que aqui inexistiam, já são vistos pela cidade. O eterno barulho das construções civis infernizam os ouvidos dos moradores porque os senhores prefeitos não se preocupam com o bem-estar da cidade e permitem que os construtores gananciosos desfigurem o município. Os engarrafamentos de carros pela cidade assustam e não se vê iniciativa positiva municipal para combater. Pessoas desempregadas, remexendo o lixo da cidade, agora é o que mais tem, e assim por diante as mazelas da cidade vão pipocando.

O prefeito Piriquito é um estabanado metido a JK de Balneário Camboriú. Com efeito, quem anda pra trás e caranguejo. Mas o prefeito pensa que administra pra frente. Ao contrário, a sua administração vai deixar um legado de muita dívida ao município. Somente a irresponsabilidade de um político, que faz politicagem sem medir as reais consequências de endividamento público, pode ter a pachorra de gastar 23 milhões de reais – e muito mais dinheiro ainda vai rolar – para construir uma ponte, cujo único objetivo deveria ser o de proporcionar principalmente o acesso dos moradores da Barra, por preço razoável e responsavelmente menor.

Obras faraônicas, acabadas ou inacabadas, de políticos irresponsáveis, são muitas pelo Brasil. Esse tipo de político, metido a arrojado, já é por demais conhecido no país.

domingo, 16 de setembro de 2012

A cobra vai fumar



A propósito do artigo do deputado federal Ervino Bohn Gass (PT-RS) "Este país tem governo", publicado no jornal Zero Hora de sábado (15), abordando a performance do governo federal, pergunto: tudo de positivo que a presidente Dilma está fazendo é porque o Lula não teve competência de fazê-lo? Ou a escolha dele era apenas proteger ministros corruptos, apaniguados safos, acobertar as irregularidades do governo e cuidar de sua propaganda política?

Dilma Rousseff nunca foi petista. Agora ela está petista e deve, sim, sua ascensão ao Dr. Lula. Mas tem demonstrado outra perspicácia administrativa que supera longe a estreiteza intelectual do Lula. O “Lulapolítico” foi trocado pela “Dilmatrabalhadora”, mais útil ao país. E tomem nota: muita dificuldade terá o ex-metalúrgico de voltar ao Planalto, se a presidente Dilma continuar direcionada a trabalhar com seriedade, diferente de seu inventor que só vivia fazendo politicagem.

Petistas de todas as querências, preparem as fortalezas: vem muito chumbo grosso por aí. Se o Lula pensou que estava isento do mensalão, enganou-se. Com a condenação pelo STF do empresário Marcos Valério, apontado como o operador financeiro do esquema, com certeza Valério vai botar a boca no trombone pra falar a verdade e denunciar mais gente para sua companhia no xilindró. Já avisou que vai contar direitinho as peripécias do Lula e do Zé Dirceu com o valerioduto: “O PT me fez de escudo, me usou como um boy de luxo. Mas agora vai todo mundo para o ralo”. A cobra vai fumar..., aguardem o próximo capítulo!

quinta-feira, 13 de setembro de 2012

Políticos sem respeito

A politicagem brasileira é uma indecência. É formada por políticos mesquinhos, indecorosos, de baixo caráter e que só se preocupam com os seus interesses ou daqueles grupos que lhe deram sustentação política em suas eleições. O político nacional geralmente não tem escrúpulo. Depois de eleitos fazem do mandato o que bem entendem. Ao eleitor dão uma banana de satisfação, interrompem quando querem os seus mandatos, são uns verdadeiros fanfarrões com o voto do povo e ficam melindrados quando são reprochados.

Agora mesmo, mais uma oportunista política, travestida de representante do povo, dá as costas ao seu mandato de senadora da República para exercer o ministério da Cultura: Marta Suplicy (PT-SP), aquela do “relaxa e goza”. Tudo um joguete político para costurar os interesses de Dilma Rousseff e do PT. Uma vergonha!

Por que não convidar um representante da sociedade civil para preencher os ministérios em vez de políticos em exercício de mandatos? Essa politicagem mesquinha tem que acabar! É constitucional, mas imoral, e a Constituição deveria ser corrigida. Não corrigem porque os artifícios instituídos em nossa Carta Magna foram preparados para servir a classe política.

E o Senado está se transformando na casa dos suplentes (senadores biônicos): já são 18 e poderá aumentar... Sem esquecer de que o esfolado contribuinte nacional custeia não só o plano de saúde gratuito dos senadores titulares, como também dos suplentes e familiares. Brasil vergonhoso! Por isso, muitos jovens vão para o exterior.

Balneário Camboriú, crianças, política etc.

Usar crianças como bandeira de propaganda política é uma ação irresponsável, uma apelação condenável, que só pode partir de candidatos sem senso de responsabilidade. Crianças têm que estar ocupadas é com brincadeiras e trabalhos escolares. Em vez de as crianças, em noites estreladas, estarem em comícios políticos, elas deveriam estar em casa se preparando para dormir e, no dia seguinte, acordarem saudáveis para ir à escola. Por aqui se vê a baixa qualidade do intelecto político dos candidatos brasileiros. São capazes de tudo, até de manipularem a ingenuidade de quem ainda não tem poder de decisão e de discernimento político. Políticos fajutos e irresponsáveis.

Mudando de enfoque. Quem anda pela cidade não pode se conformar com a falta de qualidade do material e serviço que foram utilizados para a construção das novas calçadas e pisos de Balneário Camboriú. Calçadas feitas de forma açodada e com material ordinário. Por exemplo, na Avenida do Estado as lajotas das calçadas estão em sua maioria soltas, quebradas e irregulares. Foram executadas apressadamente sem se importarem com a qualidade do material e serviço, e tudo isso é dinheiro público mal empregado e jogado fora.

Rebaixamento das calçadas para os cadeirantes. Uma vergonha. Gostaria que o senhor Piriquito, se tivesse algum parente cadeirante, que o levasse para passear pelas calçadas da cidade, para sentir na pele o problema. Dar dignidade ao trânsito dos cadeirantes é também cuidar da mobilidade da cidade.

Calçadas da Avenida Atlântica. Os rebaixamentos existentes para cadeirantes foram mal feitos e muitos estão se quebrando. Por outro lado, a calçada da avenida, do lado da praia, está sendo refeita de forma inadequada. Em vez de consertarem toda a calçada, os funcionários, mal orientados, trabalham apenas para repor as pedras no espaço danificado pelas obras, e não se preocupam em consertar uma série de buracos, com falta de pedras, ao redor do serviço onde estão trabalhando. Trata-se de serviço relapso, sem fiscalização, que o prefeito deveria, de vez em quando, fazer uma inspeção no local em vez de só se preocupar com a sua reeleição.

Chuveiros da Avenida Atlântica. Uma boa iniciativa, mas não se entende por que razão a água usada do chuveiro não foi projetada para correr diretamente para as galerias que foram instaladas, em vez de correrem para a areia.

Ciclovia. Por exemplo, na Avenida do Estado foi feito um arremedo de ciclovia e posicionada em local inadequado. Por que ela não foi construída ao lado da pista de trânsito de carros, no lugar do estacionamento de carros, que é exíguo? Ocorre que o local em que foi construído o arremedo de ciclovia tornou-se muito perigoso para pedestres, cuja ciclovia fica ao lado da calçada, e sujeita a atropelamento.

Ademais, o arremedo de ciclovia não tem continuidade, ela é interrompida geralmente nos pontos de ônibus, obrigando as bicicletas invadirem as calçadas, pondo em risco a integridade dos pedestres.

Largura das avenidas. Balneário pelo pequeno espaço físico não poderia comportar grandes avenidas. Deveria continuar a existir o canteiro central, dividindo as duas pistas. O que estamos presenciando é, em alguns pontos, grande volume de carros devido ao alargamento da rua, mas no final todos passando por um gargalo (estreito), e por isso muitos engarrafamentos, por exemplo, na Avenida do Estado.

Avenida Brasil. Jamais se viu tanto engarrafamento, o que era sentido apenas nos fins de semana. O que tem a dizer o senhor prefeito?

O crescimento assustador de Balneário é uma consequência irresponsável dos prefeitos e vereadores - que deveriam fixar um limite populacional e de construção de prédios -, os quais são responsáveis pela perda de qualidade de vida que aos poucos estamos sentindo. Se a metade, ou um pouco menos, vier aqui morar, a cidade entrará em colapso por falta de condições de a prefeitura dar atendimento às necessidades básicas de sua população. E isso, senhor prefeito, o senhor e outros não se preocupam e continuam promovendo propagando para Balneário continuar mais adensada, inchada e com perda de qualidade de vida.

segunda-feira, 10 de setembro de 2012

Politicagem indecorosa



A candidata ao Paço Municipal de Porto Velho, vereadora Mariana Carvalho (PSDB), médica e bacharel em Direito, com toda essa bagagem acadêmica, para se inclinar pela carreira política é porque, certamente, não revala competência profissional médica e jurídica. Só pode ser! Desconfio de suas boas intenções na carreira política. Sem nenhuma experiência, já pretende ser uma administradora pública. Na realidade, está em busca do famigerado cabide de emprego político, das luzes da ribalta do poder, de prestígio e de excelentes salários pagos pelos contribuintes.

A interrupção de mandato é um desrespeito ao eleitor e revela falta de caráter eleitoral daqueles políticos que desonram a seriedade do voto. Cometem o chamado "estelionato eleitoral". Mas o que nos chama a atenção é saber que novéis políticos já iniciam a vida pública tirando partido do mundo viciado da política brasileira, descumprem mandato e se apresentam sobremaneira ambiciosos pelas glórias do poder. Por isso, Lênin, muito bem sintetizou: "Onde termina a política começa a trapaça". E de trapaceiros políticos o Brasil está cheio.

Quando se pensa que o país pode contar com a seriedade de políticos jovens, eis a nossa decepção: já nascem viciados, com os mesmos defeitos da velha-guarda de políticos oportunistas, interesseiros e corruptos, lamentavelmente.

domingo, 9 de setembro de 2012

Políticos trapaceiros


Como se pode acreditar em política séria no Brasil, se, por exemplo, o candidato à prefeitura municipal de Curitiba deputado federal Ratinho Júnior (PSC-PR), que surfa na onda do pai em popularidade, não demonstra seriedade em cumprir integralmente o mandato que recebeu do povo? Mas essa falta de respeito eleitoral é comum no país. Em Porto Alegre, temos a deputada federal Manuela D’Ávila (PC do B), tentando pela segunda vez o trampolim político municipal. Uma imoralidade que deveria ser rejeitada pelo eleitor.

Esse é o traço de falta de caráter observado na maioria de nossos políticos, infelizmente. Eles só querem as glórias do poder. São oportunistas em busca de suas realizações pessoais. O povo que os elegem, verdadeiros mentecaptos, são os culpados, através do deformado voto obrigatório, de darem espaços a esses senhores, maquiavélicos, traidores da confiança eleitoral.

Eles, os puladores de galhos, quando estão no Parlamento, não fazem nada pela população e pela nação. Só pensam em suas reeleições ou nas disputas das administrações públicas. São gazeteiros, recebem demais e pouco produzem, não têm escrúpulo com o dinheiro público e não se importam com maus exemplos dados aos mais jovens. Em vez de servirem de paradigma em suas gestões políticas, continuam a cometer os mesmos erros de políticos da velha-guarda fisiologista e de interesses escusos, que até hoje envergonham a nação.

Esses são os políticos solertes, sagazes, manhosos e velhacos, que fazem da política cabide de emprego ou meio de tirar vantagem, esquecendo-se dos valores éticos e morais e conspurcando a imagem de nossa política. E por isso, não é descabido dizer que política no Brasil é a arte de tirar vantagem da coisa pública, de enganar incautos eleitores, de trabalhar apenas em interesse próprio ou de grupos de sua freguesia promíscua. Como muito bem sintetizou Lênin: “Onde termina a política começa a trapaça”. E de trapaceiros a política brasileira está cheia.

quinta-feira, 6 de setembro de 2012

fale sério, prefeito!



Recebi da Assessoria de Imprensa do prefeito Edson Piriquito relato da reunião, realizada na noite de quarta-feira (5), promovida pela Associação Regional de Engenheiros, Arquitetos e Agrônomos (AREA), onde o prefeito municipal fez uma breve apreciação de sua trajetória política e de seu desempenho no exercício de mandato.

O senhor prefeito vendeu o seu peixe direitinho, mas cabem aqui alguns comentários. Com relação ao alargamento da praia, tenho comigo declaração do prefeito que diz o seguinte: “o aumento do espaço será exclusivamente para o lazer, tais como espaço para os mais diversos esportes, ciclovias, pista de Cooper, arborização e novos quiosques, ampliaremos nossa grande praça e manteremos a mesma condição de banho que temos atualmente”.

Vamos falar sério, prefeito. Diferente do acima exposto, o senhor Edson Piriquito vem agora iludir a população afirmando que o aumento da faixa de areia se faz necessário “para prevenir futuros danos decorrentes do aumento da maré”. Que desculpa esfarrapada!

Não seja parlapatão. Seriedade, em todos os sentidos, é o que se espera de um administrador público, e isso está faltando ao prefeito. Ademais, o senhor é algum profeta para prever o futuro das marés em nossa cidade? Ao contrário, o senhor com sua gana irresponsável de esvaziar o erário municipal, provocando a natureza, com a tentativa de obra faraônica e desnecessária, deveria era mandar fazer uma dragagem no fundo do mar, de ponta a ponta da praia, para limpar a quantidade de sujeira acumulada, que sempre o mar expele para a faixa de areia, dando balneabilidade aos seus usuários, porque somente a correção das águas fétidas que corriam para o mar não é suficiente para atestar que a Praia Central está despoluída.

Por outro lado, a sua promessa de abrir novas vagas de emprego é uma declaração inconsistente de candidato em busca de voto. Não é da função municipal a obrigação de gerar emprego. Isso é tarefa da iniciativa privada. Apenas o município tem que garantir as condições necessárias básicas para as empresas se instalarem e trabalharem. Não use falácia para enganar os incautos eleitores.

terça-feira, 4 de setembro de 2012

A ponte quebrada

Dói-me ver as injustiças sociais. Angustia-me continuar a assistir o descaso com que os agentes públicos (governos) e políticos tratam a sociedade mais carente no Brasil. Não se fortalece a infraestrutura básica social – Educação, Saúde, Segurança, Habitação, Desemprego etc. -, mas o governo e os políticos se preocupam muito com a macroeconomia, e se esquecem de fazer o dever de casa, onde cidadãos brasileiros ainda vivem de forma rudimentar em pleno século 21.

Realmente, a gente tem que duvidar da seriedade de nossos políticos e governos. Temos um inchado e inoperante Congresso Nacional, que não se preocupa com as mazelas sociais, ou seja, com o que está ocorrendo com a sociedade carente em todo o rincão brasileiro. Mas para fazer política mesquinha, estreita, de interesse pessoal ou de grupos que representam, os ditos ilustres parlamentares são muito hábeis.

Agora mesmo, estamos assistindo deputados e senadores eleitos, em pleno exercício de mandato, interromperem as suas obrigações parlamentares para disputar as eleições municipais, ou para ajudar as campanhas políticas de seus correligionários candidatos. É só com politicagem que eles se preocupam. Enquanto isso, a realidade brasileira - desconhecida no resto do mundo - dos descamisados, dos desassistidos, dos infortunados e dos que não tiveram a sorte de ser político para desfrutar as benesses públicas contrasta com o status opulento dos congressistas e de nossos governantes, que fingem combater a miséria nacional e não dão a devida atenção, por exemplo, ao problema educacional brasileiro.

A educação nacional, verdadeiramente, é tratada apenas sob o prisma da propaganda política: Universidades para Todos, Cotas Raciais, deixando-se de fortalecer a escola pública com ensino básico de alta qualidade, que nivele cidadãos em competência independente de estrato social ou de cor da pele.

Veja o autêntico retrato do Brasil, que se questiona. Recentemente, a televisão apresentou cena patética da forma como o poder público – políticos e governos – trata a questão educacional. Na zona rural de Brasília - nas barbas do governo federal, próximo ao Congresso Nacional, e não nas paragens longínquas do Amapá, Rondônia etc. – crianças para se deslocarem à escola têm que caminhar em estradas empoeiradas por cerca de cinco quilômetros até o ponto onde se encontra uma passarela de madeira, em péssima condição e intransitável a qualquer veículo, para poderem tomar o ônibus que as levará à escola, e isso se repete diariamente na volta das aulas.

Pois bem, uma das crianças, de seis ou sete anos, se manifestou de forma melancólica e disse: “A gente é criança e cansa muito andar na poeira para ir à escola”. Ora, isso punge o coração de qualquer cidadão, mas, certamente, não abala o empedernido político brasileiro. Então, aquela ponte toda deteriorada, de conhecimento das autoridades distritais, único acesso possível das crianças à escola, jaz sem conserto há muito tempo, sem que o poder público tivesse a gentileza e o respeito constitucional de mandar restaurar imediatamente aquela passarela. Não fosse a contestada mídia nacional denunciar a situação, a autoridade pública não teria imitido informação de que iria tomar as providências cabíveis. Assim, para que servem os políticos e administradores eleitos, que negligenciam assistência contínua aos cidadãos brasileiros responsáveis por suas eleições e não se preocupam com os problemas internos de suas regiões?

É simplesmente lamentável presenciar que os senhores políticos, depois de eleitos, dão uma banana ao eleitor, trancam-se em seus gabinetes refrigerados, fingem visitar as suas bases eleitorais ou ficam em intermináveis discussões no recinto do Parlamento, não tratando de assuntos sociais, mas de fisiologismos ou de outros interesses inconfessáveis, enquanto os graves problemas sociais continuam a pulular sem solução no Brasil.

A “ponte quebrada” da zona rural de Brasília é apenas um exemplo negativo da incompetência, da negligência e do desrespeito da classe política para com a sociedade. No caso em questão, fica evidente o desinteresse dos políticos distritais em saber o que está ocorrendo dentro de seu próprio território de atuação. Mas isso, infelizmente, é uma prática corrente no Brasil.

Assim, pergunto a todos os representantes distritais e demais políticos no Congresso Nacional: por que “pontes quebradas” e outros que tais pertinentes, que dificultam a vidada dos cidadãos, são sempre relegadas e tratadas com menoscabo pelos senhores políticos? Respondam!

segunda-feira, 3 de setembro de 2012

Dinheiro público não é confete

Prefeito Edson Piriquito, dinheiro público deve ser tratado com muita responsabilidade. O senhor deveria administrar o erário municipal com o zelo que qualquer família prudente e responsável empregaria para cuidar de suas despesas domésticas.

O fato de o senhor dispor de uma excelente arrecadação municipal não lhe dá o direito de sair gastando com obras suntuárias porque o dinheiro público não lhe pertence. Quando o senhor se gaba da “Passarela da Barra”, deveria ser mais comedido. A passarela era necessária e não se discute, mas a sua construção deveria obedecer exclusivamente a padrões normais de edificação para a finalidade destinada, e não ser construída com requintes megalomaníacos, com elevadores e restaurantes panorâmicos, porque isso é perfeitamente desnecessário para a construção de uma ponte. Por isso, o absurdo do valor da obra. Como o dinheiro não vai sair de seu bolso, o senhor pensa que pode gastar a bel-prazer e descapitalizar irresponsavelmente o município de recursos, que poderiam ser aplicados em outras finalidades necessárias. Por essa razão, o seu oponente, Rubens Spernau, tem toda a razão quando afirmou, em debate político, que construiria a passarela com dois ou três milhões de reais.

Se as duas crianças, moradoras da Barra, que lhe entregaram cartas de agradecimento – e com certeza não foram elas que idealizaram as missivas - soubessem ou tivessem consciência de que a passarela decantada pelo prefeito estaria sendo construída com requintes de luxos desnecessários ao custo de R$23 milhões, certamente, essas crianças teriam questionado a extravagância do valor da obra.

Prefeito, a cidade de Balneário Camboriú já é linda por natureza. Não precisa de monumento estaiado requintado, com dinheiro público, para deixar gravado que foi obra de sua administração. A propósito, sugeriria que o senhor mandasse afixar na extensão da passarela o seu retrato. Pois é assim que o outro dilapidador do dinheiro público, Jose Sarney, opera no Maranhão.