terça-feira, 30 de junho de 2020

O balcão de negócios na distribuição de cargos ao Partido Social Cristão



 Com nove deputados na Câmara, integrantes da bancada do PSC cobraram nesta quarta-feira, 24, mais espaço no governo em troca do apoio que tem dado em votações – cerca de 90%, segundo as contas dos parlamentares. A reivindicação foi feita por integrantes da legenda em café da manhã com o presidente Jair Bolsonaro no Palácio da Alvorada. Fonte: Por Agência Estado.

Triste país de políticos (corruptos) mais interessados na distribuição do butim ou na fatia dos cargos do governo.

É a velha política em ação continuando a dominar a nação em busca de seu espaço para tungar o Erário através da nomeação de cupinchas para os caragos da República.  

Não tem jeito. Renova-se o Parlamento, mas os vícios e as safadezas continuam impregnados no tecido político brasileiro.  A alternativa seria, talvez, a instituição do voto facultativo, a candidatura avulsa sem vinculação partidária e a criação do voto distrital puro. Ressaltando-se que  o voto obrigatório, uma excrecência democrática, é o responsável pela eleição e reeleição de políticos mequetrefes, bem como pela baixa qualidade dos políticos  nacionais.

Este país vai de mal a pior. Sai o Lulismo e entra o Bolsonarismo com promessas falaciosas de combater a velha política, o toma lá, dá cá, a corrupção, mas logo em seguida, em  busca de apoio político para não ser cassado, vai procurar o colo do Centrão, que o general de pijama Augusto Heleno cantarolou de ladrão.

Diferente do que pensam o deputado Gilberto Nascimento (PSC-SP) e o senador Ciro Nogueira (PP-PI) não é nada natural sob a ótica da moralidade pública parlamentar ir reivindicar espaço no governo para obter  cargos ou outros benefícios. Os interesses políticos, eleitorais devem respeitar os princípios republicanos. Os interesses partidários não podem se sobrepor aos interesses da República, aos interesses da coletividade social.

Votar as propostas positivas de qualquer governo é dever ético e moral do parlamentar comprometido com o fortalecimento e desenvolvimento do país. Condicionar apoio ao governo, no Parlamento,  mediante a troca de interesses quaisquer,  é praticar a velha política que tanto tem denegrido a imagem dos congressistas e que o presidente Bolsonaro prometeu combater, mas decepciona ao procurar o Centrão. 

Parlamentar  que se preze tem de se preocupar apenas com as suas funções constitucionais no Legislativo  e não ficar pressionando governos a distribuir cargos a quem quer que seja, pois este filme já é velho conhecido da corrupção política brasileira.

Assim, quando se presencia o governo reunir-se com representantes do PSC para  negociar a distribuição de cargos, a cena nos remete a um bando de urubus disputando o seu pedaço de carniça na mesa da imoralidade.

segunda-feira, 22 de junho de 2020

A Covid-19 e a liberação do comércio e de outras atividades



Ninguém sinceramente gostaria de estar no lugar de prefeitos e governadores para administrar, agradando a gregos e troianos, o comportamento da população e o funcionamento dos estabelecimentos comerciais, escolas etc., diante da gravidade da Covid-19.

Encontrar o ponto de equilíbrio - eis a questão – que atenda ao interesse das fontes produtoras de riquezas responsáveis pelo mercado de trabalho sem comprometer as medidas recomendadas pelas autoridades mundiais de saúde no combate ao coronavírus, é uma questão desafiadora ainda sem solução.

Liberar as atividades  sem pareceres técnicos dos profissionais da saúde favoráveis,  quando a doença ainda está em escala ascendente, representa uma grande irresponsabilidade.

Sem a colaboração efetiva da população, as consequências de agravamento da epidemia tendem a se estender no tempo, comprometendo a rede pública de saúde, como também a privada, sem condição de dar pronto atendimento aos doentes.

A situação é gravíssima. Nos últimos cinquenta anos, qual foi a epidemia que ceifou tantas vidas em tão curto espaço de tempo? Segundo o Ministério da Saúde, em 26 de fevereiro ocorreu o primeiro caso de coronavírus no Brasil.

É  relevante registrar que só no Brasil mais de 1,9 milhão de pessoas  já foram infectados e mais de  75 mil indivíduos foram a óbitos, em tão pouco  tempo.

Atentem: 75 mil vidas perdidas por coronavírus representam populações inteiras de muitas cidades,  ou um estádio do Maracanã repleto de torcedores.

Ou você é daqueles empedernidos, recalcitrantes, que não acreditam na doença e compartilham a falsa ideia de que se trata apenas de uma gripezinha badalada pele mídia interessada em derrubar o governo,  mesmo diante de evidente quadro dantesco de multidão de enfermos e mortos no planeta?

Ou você só irá se conscientizar da doença quando alguém de sua família  mais próxima – pai, mãe, filho, filha, esposa, esposo etc. – for atingida e estiver  no sufoco de não encontrar hospital e aparelho respirador para amenizar a agonia moribunda?

Se por meios pedagógicos são impossíveis convencer a população dos cuidados contra o coronavírus  -  relaxamento no uso de máscaras ou usá-las de  forma inadequada, aglomeração de pessoas em qualquer ambiente etc. -, só resta como alternativa, para  minimizar a proliferação da doença, a adoção de medida radical e desagradável: multar os transgressores e sujeitá-los às demais cominações legais.

sexta-feira, 19 de junho de 2020

O mundo nunca mais será o mesmo

O mundo nunca mais será o mesmo.

Como será o trabalho remoto no pós-pandemia?
Com a pandemia de Covid-19, tivemos que nos adaptar à distância, ao isolamento e à mudança completa de rotina. Quem estava acostumado a acordar cedo, tomar um rápido café da manhã e encarar longos minutos – às vezes, horas – no trânsito para chegar ao trabalho ficou com uma sensação estranha ao ouvir o despertador tocar mais tarde. Isso lá no começo da quarentena. As empresas, por outro lado, tiveram de criar mecanismos para que as atividades continuassem sendo cumpridas, com preocupação com os funcionários e a saúde financeira do negócio. Um verdadeiro caos.
Hoje, com todas as incertezas que ainda nos esperam, já aprendemos a lidar com este novo cenário. Reuniões virtuais, videoconferências e plataformas digitais de organização de tarefas integraram nosso dia a dia e, quanto mais tempo passa, mais nos perguntamos: saberemos voltar ao que era normal? Ou, melhor, vamos querer voltar ao que éramos antes?
De acordo com a FGV, 67,4% dos brasileiros com trabalho formal estão trabalhando remotamente. Além disso, uma pesquisa da ISE Business School mostra que o home office tem gerado experiências muito positivas para as empresas. Segundo o levantamento, 80% dos gestores disserem gostar da nova maneira de trabalhar. As equipes também elogiam o home office, como mostra o Instituto Renoma. Um levantamento recente aponta que 44% dos funcionários formais aprovam o trabalho a distância, enquanto apenas 16% dos empregados mostraram-se contrários.
Se, por um lado, a pandemia atrasou diversos planos, no âmbito do trabalho, ela acelerou muitas tendências. Agora, começam as dúvidas: como se preparar para o futuro iminente do trabalho remoto? Que habilidades são importantes para líderes e colaboradores? Que outras competências o home office exige, em relação ao trabalho presencial?
Em um mundo com predominância de home office, três habilidades são essenciais. A primeira é o planejamento. As relações de trabalho tendem a se tornar muito mais horizontais, pensando nos objetivos a serem cumpridos e destacando o papel fundamental de cada colaborador. Por isso, os gestores deverão ser verdadeiros líderes, dividindo as tarefas e fazendo um acompanhamento direto de tudo que acontece na empresa. Deve haver um crescimento da utilização de softwares e plataformas de acompanhamento de atividades, calendário e lista de pendências, inclusive com estabelecimento de prazos.
Em seguida, a organização. Para que tudo caminhe conforme os planos, todos devem estar alinhados ao propósito da organização. Outra coisa que deve mudar é a necessidade de todos cumprirem o mesmo horário de trabalho. Por exemplo: empresas que decidirem manter seus escritórios e permitirem o home office alguns dias por semana deverão ter suas equipes trabalhando em escalas, para evitar aglomerações. Isso exige comprometimento e colaboração de todos.
Por fim, manter uma boa comunicação talvez seja o mais importante dos itens. A quarentena está deixando todos mais vulneráveis ao estresse, à ansiedade e a doenças psicossomáticas, de modo geral. O trabalho não pode ser mais uma sobrecarga. O novo momento pede também novas relações entre empresas e colaboradores, buscando a compreensão e a flexibilização de jornadas, prazos e rotinas. Deve-se humanizar as relações de trabalho.
Apesar de ainda estarmos na parte turbulenta do voo com destino ao incerto, parte da tripulação já começa a aceitar a nova realidade e o que ainda está por vir. Devemos nos manter otimistas, afinal não é a primeira grande mudança que experimentamos como sociedade. Sairemos mais fortes de tudo isso e mais preparados para possíveis instabilidades.
* Marcos Yabuno Guglielmi é coach empresarial certificado da ActionCOACH, empresa número 1 do mundo em coaching empresarial.

Fonte: Informa Midia

quarta-feira, 17 de junho de 2020

Presidente recria o Ministério das Comunicações e falseia a verdade



Tomou posse no dia de hoje (18) como ministro das Comunicações o deputado federal Fábio Faria (PSD-RN). Trata-se de recriação de ministério cujas atividades estavam a cargo do Ministério de Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações.

A recriação do ministério com a indicação de um membro do Centrão – que o general de pijama Augusto Heleno cantarolou de ladrão - para conduzir a pasta é mais uma jogada presidencial em busca de apoio político para barrar eventual processo de impeachment, bem como representa um gasto desnecessário à nação em tempos de dificuldades financeiras.

O velho Centrão é um bloco de partidos que reúne políticos sem identificação ideológica e está sempre servindo a todos os governos mediante a prática deletéria do fisiologismo do toma lá, dá cá, que o presidente prometeu combater.

O presidente ao aderir ao balcão de negócios para distribuir cargos a partidos trai o povo brasileiro pelo compromisso assumido de combater a velha política.

Quando o presidente acenou com uma nova política, ela apenas estava blefando para atrair  incautos seguidores e conquistar votos. Mas a política a ser praticada seria a mesma de todos os dias: vistas grossas ao combate da corrupção senão não teria se indisposto com o ex-juiz Sérgio Moro; proteção aos seus filhos mimados de não serem investigados (feke news e “rachadinha” na Alerj); balcão de negócios para distribuição de cargos a partidos e a novidade: interferência na Polícia Federal e Ministério da Justiça a favor de interesses do governo, familiares e de amigos.

Quanto à nova atividade do deputado Fábio Faria, impende registrar que  - embora seja legal, mas imoral – a interrupção de mandato para o exercício de cargos fora do Parlamento configura-se numa grande excrescência que deveria ser proibida,  revogando-se o Art.  56-I da CF. Ademais, trata-se de  traição  e  estelionato eleitoral praticados por políticos inescrupulosos.

O político que foge de suas obrigações parlamentares para trabalhar em governos deveria renunciar ao mandato, assim recomenda a boa ética e moralidade.

Somente políticos sacripantas, biltres e sem compromissos eleitorais deixam  de cumprir a integralidade de mandatos. Mas em épocas de eleições, os candidatos se apresentam como pobres cordeirinhos desmamados   para mendigar votos nas casas dos eleitores.

Portanto, como se pode acreditar na seriedade de nossos políticos se depois de eleitos se comportam como verdadeiros moleques diante dos eleitores? Respeitamos obviamente algumas exceções.
                                     
No Brasil, já estamos calejados de ver políticos desonrarem os seus compromissos e nada lhes acontecer. E o pior: respaldado pelo imoral instituto do voto obrigatório que elege e reelege qualquer mequetrefe, incautos e irresponsáveis eleitores continuam a votar nesses pulhas que enganam o eleitor e a nação.

Nas eleições de 2018, Bolsonaro disse que se fosse eleito a escolha de ministro seguiria critérios técnicos. Assim, que  embasamento técnico tem o deputado Fábio Faria para comandar a área das comunicações? O presidente novamente  falseia  a verdade.

Cartunistas se unem em defesa de chargista e fazem ação contra Bolsonaro


André Mendonça, ministro da Justiça, também solicitou que o jornalista Ricardo Noblat, que compartilhou nas redes sociais a charge, seja investigado. "O pedido de investigação leva em conta a lei que trata dos crimes contra a segurança nacional, a ordem política e social, em especial seu art. 26", escreveu Mendonça em uma rede social.
O cartunista Carlos Latuff foi um dos participantes do ato. Em novembro do ano passado, ele teve uma de suas obras retirada de exposição no Congresso e rasgada pelo deputado federal Coronel Tadeu (PSL-SP).
"Noblat e Aroeira merecem a minha total solidariedade", diz.
"Primeiro, a organização de policiais de São Paulo atacou a Folha [uma entidade de policiais militares interpelou o jornal e quatro cartunistas por charges críticas à entidade]. Policiais de uma linha bolsonarista. Quatro chargistas da Folha, que tem sido alvo constante do Bolsonaro. Na verdade, os chargistas servem também de bode expiatório de um ataque à imprensa", afirma Latuff.
Com Mariana Carneiro e Guilherme Seto

Senhores e Senhoras, que papelão do ministro da Justiça ao se colocar a serviço exclusivo do presidente da República. Aliás, em sua posse, ele deixou bem claro que seria fiel ao presidente Bolsonaro. E está sendo.
Lamentavelmente, o ministro de forma ingênua argui com base no artigo 26 da lei 7.170/83 suposta ofensa na mensagem do chargista, esquecendo-se ele de que se trata de um direito constitucional garantido a todos de poder manifestar as suas opiniões. E a charge é apenas uma mensagem interpretativa.
Mas curiosamente o ministro não demonstra o mesmo tratamento ao silenciar quanto às manifestações de subversivas, com a complacência do presidente Bolsonaro e de outros ministros, na Esplanada dos Ministérios, que dirigiam ofensas desairosas ao STF e ao Congresso Nacional. Por que, então, dois pesos e duas medidas?
A conduta do ministro da Justiça é um verdadeiro ataque à liberdade de expressão e própria de Estado antidemocrático. Mas a sociedade saberá reagir.
A propósito, mandar invadir hospitais para satisfazer as atitudes despóticas de um presidente, não é crime, senhor ministro?

quinta-feira, 11 de junho de 2020

Temos de comemorar a ciência na busca da vacina contra a Covid-19


Cada dia histórico  da ciência contra o coronavírus deve ser comemorado por todos os seres humanos vulneráveis à Covid-19.

Enquanto SP se preocupa com a vida e a economia, o seu governo, em parceria com o Instituto Butantã e o laboratório internacional Sinovac  Biotech, vai produzir vacina contra o novo coronavírus.

Por outro lado, entretanto, em plena pandemia com milhares de mortes e doentes em escala ascendente,  que também atinge com intensidade a vida e a economia de outros países, temos um governo federal beligerante mais preocupado  com o desempenho da economia e demonstrando o seu total desprepara para comandar  o país.

Por falta de um governo conciliador – que vive em briga com governadores e prefeitos no momento em que as divergências políticas deviam ser superadas para orientar o país a combater a Covid-19 – o Brasil sofre as suas consequências ao mergulhar desnecessariamente em crise política.

A tensão política provocada pela forma destemperada com que o presidente da República trata os adversários, os ministros, as pessoas, a imprensa, os profissionais da saúde, as instituições STF e Congresso, fazendo vistas grossas e também participando dos movimentos subversivos na Esplanada dos Ministérios, tudo isso tem contribuído para  atual crise política nacional.

A gripezinha que o presidente da República entende que pode ser tratada com simples doses de cloroquina, quando se tomasse Tubaína pelo menos não viria a óbito, se a fase inicial tivesse sido arrostada com seriedade, certamente o quadro nacional da doença seria hoje bem melhor.

O país precisa desarmar as suas divergências políticas e procurar governar com a mesma bandeira nacional que orgulha cada brasileiro. Brasileiros não podem ser instigados a ser adversários de seus próprios irmãos por governantes não alinhados totalmente ao espírito democrático.

Ademais, exigimos lealdade com os compromissos assumidos pelos governantes durante as campanhas políticas. Pois até aqui o que vimos foi o governo federal descumprir promessas em combater a velha  política, a corrupção, o fisiologismo e descer ao submundo político para se ancorar no Centrão, que o general de pijama Augusto Heleno cantarolou de ladrão, bem como interferir na Polícia Federal e Ministério da Justiça e dificultar as investigações contra os seus filhos mimados (fake news e “rachadinha” na Alerj).

sábado, 6 de junho de 2020

Ninguém é arrogante por acaso, por exemplo: Bolsonaro

COVID-19 - Até 04/05/2020, o país registrava  615.870 casos com 34.039 mortes,  passava a Itália e ocupava  no 3º país com mais vítimas no mundo
Enquanto isso, o presidente em sua habitual destemperança despótica comparecia em Águas Lindas de Goiás, sem máscara, para inaugurar com atraso hospital de campanha.
E sem desperdicar a oportunidade, aproveitou o momento  para destilar o seu veneno contra as manifestações das torcidas organizadas em SP pró-democracia e, também em Curitiba, chamando os participantes de depreciadas considerações, esquecendo ele que, na Esplanada dos Ministérios, os seus séquitos subversivos afrontam contra profissionais da saúde e da imprensa, bem como contra as instituições STF e Congresso Nacional e tudo isso com a sua complacente participação presencial, montado a cavalo e em voo de helicóptero.
Para quem não conhece, é bom trazer à lume um pouco da origem explosiva e destemperada do presidente Bolsonaro, para que tirem as suas conclusões. Ninguém é arrogante por acaso.
(1) Ex-mulher de Bolsonaro, mãe de Flávio, Carlos e Eduardo - Rogéria Nantes Nunes Braga - acusou-o de mandar espancar assessor e colegado Exército. 
(2) Em entrevista, a ex-mulher de Bolsonaro, Ana Cristina Siqueira Valle, diz que ele “é um pouco machista e autoritário”.
(3) Bolsonaro admitiu atos de indisciplina e deslealdade no Exército. 
DIARIODOCENTRODOMUNDO.COM.BR
Postado originalmente em outubro de 2018 e republicado à luz da demissão do ministro Gustavo Bebianno, desafeto de Carlos Bolsonaro Rogéria Nantes Braga Bolsonaro, mãe dos parlamentares Carlos, Flávio e Eduardo Bolsonaro, acusou o pai de seus filhos, Jair Bolsonaro (PSL), de ter sido o mandante...

A deputa que profetizou a operação da Polícia Federal no Rio de Janeiro


A ferina língua humorística não deixa passar batido e sempre com a sua pitada sarcástica não perde a oportunidade de homenagear a bola da vez, ou seja, a profética deputada Carla Zambelli (PSL-SP), o oráculo presidencial, que vaticinou a operação da PF contra Wilson Witzel, no RJ.

“Carla Zambelli é contratada pela OMS para adivinhar quando a pandemia vai acabar”

A deputada Carla Zambelli vem demonstrando inacreditáveis dotes de clarividência. Um dia antes de a PF bater à porta de Wilson Witzel, ela disse em entrevista que governadores e prefeitos seriam alvo de operações.

O vidente João Bidu disse que vai processar Zambelli por exercício ilegal da profissão – de vidente e de deputada. Desde Uri Geller e o Homem do Rá não se via tanto interesse em uma pessoa com poderes sobre-humanos. Ela vem sendo interpelada nas ruas para que adivinhe os números da próxima Mega-Sena e foi contratada pela OMS para cravar o dia em que a pandemia vai embora. “Graças, em grande parte, ao governo, a pandemia acabou para quase 30 000 brasileiros”, disse. Fonte: Por Sensacionalista.

segunda-feira, 1 de junho de 2020

Celso de Mello compara o Brasil à Alemanha nazista



Leia a íntegra da mensagem de Celso de Mello:

"GUARDADAS as devidas proporções, O “OVO DA SERPENTE”, à semelhança do que ocorreu na República de Weimar (1919-1933) , PARECE estar prestes a eclodir NO BRASIL! É PRECISO RESISTIR À DESTRUIÇÃO DA ORDEM DEMOCRÁTICA, PARA EVITAR O QUE OCORREU NA REPÚBLICA DE WEIMAR QUANDO HITLER, após eleito por voto popular e posteriormente nomeado pelo Presidente Paul von Hindenburg, em 30/01/1933, COMO CHANCELER (Primeiro Ministro) DA ALEMANHA (“REICHSKANZLER”), NÃO HESITOU EM ROMPER E EM NULIFICAR A PROGRESSISTA, DEMOCRÁTICA E INOVADORA CONSTITUIÇÃO DE WEIMAR, de 11/08/1919, impondo ao País um sistema totalitário de poder viabilizado pela edição, em março de 1933 , da LEI (nazista) DE CONCESSÃO DE PLENOS PODERES (ou LEI HABILITANTE) que lhe permitiu legislar SEM a intervenção do Parlamento germânico!!!! “INTERVENÇÃO MILITAR”, como pretendida por bolsonaristas e outras lideranças autocráticas que desprezam a liberdade e odeiam a democracia, NADA MAIS SIGNIFICA, na NOVILÍNGUA bolsonarista, SENÃO A INSTAURAÇÃO , no Brasil, DE UMA DESPREZÍVEL E ABJETA DITADURA MILITAR!!!."

Nada mais sublime, verdadeira e oportuna a comparação feita a Bolsonaro pelo decano do STF, Celso de Mello, ao associar o governo atual à ascensão nazista. Celso de Mello apenas quis chamar a atenção do país para o risco que corre a estabilidade da democracia brasileira.

É preciso ter sensibilidade crítica para saber distinguir o joio do trigo. O país passa por um momento conturbado de crise política, que se agravou com o comportamento de rebeldia do presidente da República diante da Covid-19 e se acentua com a sua adesão aos movimentos subversivos contra a Suprema Corte e ao Congresso Nacional.

Bolsonaro foi apenas uma alternativa de momento para impedir a continuação do PT no poder. Elegeu-se com a bandeira de combater a velha política, a corrupção e o fisiologismo, mas tudo não passou de uma grande falácia ao se aliar ao Centrão – que o general Augusto Heleno cantarolou de ladrão - para distribuir cargos mediante apoio político.

Uma pergunta que se impõe: por que Bolsonaro tenta impedir que seus filhos sejam investigados (fake news e “rachadinha” na Alerj, com interferência na Polícia Federal, no ministério da Justiça)?

Somente incautos ou desavisados podem não perceber que o objetivo solerte e pérfido de Bolsonaro é pretender dar um golpe no país para implantar os seus métodos despóticos de agir e proteger os seus filhos de não serem investigados.