terça-feira, 28 de novembro de 2023

Um representante político no STF

Um representante político no STF: Flávio Dino (PSB). Como esperar isenção e imparcialidade dos ministros da Suprema Corte diante do atual critério de escolha política do presidente da República? Recentemente, o ex-advogado de Lula, Cristiano Zanin, foi entronizado no STF. Agora, provavelmente, será o político e ministro da Justiça Flávio Dino, já indicado por Lula.  

O Brasil é um país das imoralidades constitucionais, em que o corpo político do Congresso Nacional é omisso e nada faz para corrigir as inúmeras incongruências, aprovadas pelos constituintes de 1988. 

Qual o ser humano que não guarda gratidão a alguém por algum benefício recebido? Assim, são os ministros do STF, que devem favores aos presidentes da República, responsáveis por suas indicações. E quando têm oportunidades, ao analisar questões envolvendo tais presidentes, naturalmente, esses ministros serão benevolentes nas decisões para com os seus patrocinadores. 

Uma Corte de indicação política do presidente da República não pode transmitir à sociedade garantia de isenção e imparcialidade. 

Até quando esse processo imoral continuará a empalidecer a grandeza que se espera da Suprema Corte? Muitas propostas de alteração de critério de escolha dos ministros do STF dormitam no Congresso Nacional, sem solução. 

Por outro lado, é deveras desmoralizante um aspirante ao STF sair em peregrinação nos gabinetes de senadores para angariar votos à sua aprovação. O Senado deveria sustar tal imoralidade. 

Assim, a despolitização do STF é uma necessidade inadiável. E solução existe: as vagas do STF deveriam ser preenchidas apenas por indivíduos pertencentes ao quadro de carreira da magistratura, sem indicação do presidente da República. Os magistrados deveriam ter mandatos fixos de oito ou dez anos e não poderiam ser reconduzidos ao cargo. Dessa forma, caberia ao Quadro de Juízes (juízes de carreira) indicar, sem interferência política, os membros da Suprema Corte. E ponto final à interferência política no STF.

 

 

 

 

 

 

quinta-feira, 23 de novembro de 2023

Lugar de agente ou servidor público concursado não é na política


No Parlamento nacional existem muitos profissionais da administração pública direta e indireta que estão exercendo mandatos políticos, quando deveriam estar prestando serviço nas instituições para as quais fizeram concurso público. 

O fato remete à prática imoral do político que se ele, interrompe o mandato e vai exercer outras atividades nos governos. 

No entanto, ambas as situações são legais, mas deveriam ser corrigidas. O país precisa rever os seus equívocos constitucionais. 

A Constituição Federal se equivoca ao permitir que um agente ou servidor público concursado interrompa as suas funções para se candidatar a mandato eletivo. Todos os agentes ou servidores públicos concursados, para exercerem mandatos políticos, deveriam pedir demissão dos serviços após a diplomação dos mandatos. 

Não é justo que as entidades onde tais agentes ou servidores públicos trabalham fiquem desfalcadas devido ao exercício político. O exercício político deveria ser para aqueles descompromissados com as obrigações públicas, assumidas por concurso público. 

A administração pública direta e indireta não deveria ser contaminada com posições político-partidárias de seus agentes, interessados em disputar mandatos políticos. 

Os altos salários e mais vantagens têm contribuído para que agentes ou servidores públicos concursados, em exercício de mandato, continuem na política e não queiram voltar para as suas origens trabalhistas. Não é a representação de suas classes trabalhistas no Parlamento que motiva tanto os servidores ou agentes públicos de optarem pela política, mas o que fascina são os alentados salários e mordomias à disposição de parlamentares.  

A título ilustrativo, os deputados federais e senadores no Brasil têm direito a auxílio moradia, ao ressarcimento integral de suas despesas com saúde (benefício estendido ao cônjuge e dependentes com até 21 anos de idade). Eles também têm direito à cota para o exercício de atividade parlamentar, que cobre passagem aérea, hospedagem, combustível, verba para contratação de pessoa e a outros penduricalhos. 

Esses benefícios colocam os parlamentares brasileiros entre os mais bem pagos do mundo e da América Latina. Sendo importante ressaltar que, quando se fala apenas de salário, a renda dos parlamentares está muito além da realidade nacional, isto é, 528 vezes a renda média da população. 

Com efeito, ser político no Brasil é um grande negócio, dadas as grandes vantagens concedidas. 

segunda-feira, 20 de novembro de 2023

Case do primeiro bairro público inteligente do Brasil será apresentado no 9º Congresso de Cidades Digitais e Inteligentes

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Case do primeiro bairro público inteligente do Brasil será apresentado no 9º Congresso de Cidades Digitais e Inteligentes

Principal encontro estadual de tecnologia para Prefeituras reúne gestores públicos nesta semana em Londrina

A experiência do primeiro bairro público inteligente do Brasil por meio de Sandbox, a Vila A, de Foz do Iguaçu, será tema da palestra de Marcos Cesar dos Santos, analista de Tecnologias do Parque Tecnológico Itaipu, no 9º Congresso Paranaense de Cidades Inteligentes e Digitais. Ele será um dos palestrantes do evento, que acontece em Londrina, dias 23 e 24 de novembro, realizado pela Rede Cidade Digital, em parceria com Prefeitura de Londrina, por meio do Instituto de Desenvolvimento de Londrina de Desenvolvimento de Londrina (Codel).

Marcos César adianta que a palestra, com o tema "Vila A Inteligente - O primeiro bairro público inteligente do país" discutirá a origem da ideia de transformar um bairro em um laboratório vivo de inovação e desenvolvimento tecnológico. “Serão apresentadas as soluções implantadas e seus impactos, assim como o ecossistema de inovação criado para atrair startups e empresas de base tecnológica, promovendo testes e validações de produtos e serviços no bairro, além de gerar oportunidades de negócios e impulsionar o desenvolvimento tecnológico local”, comenta ele.

O conceito SandBox, que vem sendo difundido no país, nada mais é que um ambiente de testes de programas, aplicativos, plataformas. É onde a tecnologia pode ser testada na prática, em ambiente já existente. No caso de Foz do Iguaçu, a Vila A é um bairro histórico, criado na época de construção da Usina de Itaipu. Hoje, vivem no local entre 10 mil e 12 mil habitantes, num ambiente onde há escolas, hospitais, universidade, área de lazer, comércio estabelecido e zona residencial.

Várias tecnologias foram implantadas no bairro, como semáforos inteligentes, pontos de ônibus inteligentes, câmeras com reconhecimento de placas de veículos. Também, por meio do edital Smart Vitrine, startups são atraídas e selecionadas para apresentarem soluções que possam facilitar a vida dos cidadãos.

Todos os detalhes da implantação, desenvolvimento e resultados alcançados com o primeiro bairro SandBox do Brasil serão apresentados a partir das 15h10,  dia 23, no auditório da Unifil, em Londrina.

CongressoAs inscrições para o 9º Congresso Paranaense de Cidades Digitais e Inteligentes são gratuitas para servidores públicos, universidades, entidades e vereadores e devem ser feitas pelo https://www.sympla.com.br/rcd.

A programação do congresso traz ainda uma feira de soluções tecnológicas, que acontece paralela ao ciclo de palestras. Os gestores poderão conhecer ferramentas voltadas para diversas áreas da administração pública, disponibilizadas pelas empresas 1Doc, CTMGEO, Aprova, IGTECH, Softplan, Evolution Tecnologia Funerária, Voxcity Tecnologia, Placarsoft, Partner Telecom, Instituto das Cidades Inteligentes, Headnet Tecnologia, Sistema Traz Valor e Ahgora. O congresso tem o apoio institucional da governança Londrina Inteligente, Associação dos Municípios do Paraná, Sebrae e das associações regionais de municípios Assomec, Amocentro, Amcespar, CANTU, Amsop, Amunop, Amusep, Amuvi, Comcam, Amop, Amunorpi, Amsulep, Amepar e Amsulpar; Associação das Câmaras Municipais do Sudoeste do Paraná (ACAMSOP) e União de Câmaras, Vereadores e Gestores Públicos do Paraná (UVEPAR). O Ibis Londrina Shopping é o hotel oficial do evento.

Serviço:9º Congresso Paranaense de Cidades Digitais e InteligentesLondrina – 23 e 24 de novembro de 2023Local: Teatro Colégio Londrinense - UnifilInscrições gratuitas para servidores públicos, universidades e entidades: http://sympla.com.br/rcdInformações pelo WhatsApp (41)3015-6812

Fonte: Rede Cidade Digital / Foto Divulgação PTI

segunda-feira, 13 de novembro de 2023

Pena de morte ou prisão perpétua para homicídios dolosos


A banalização criminal tomou proporções alarmantes diante de uma tendência judicial leniente e complacente com alguns criminosos cruéis. Não se tem mais respeito com a vida humana.

Nos crimes dolosos contra a vida (consumados) – quando o agente tem a intenção de provocar o resultado - após a condenação do réu pelo Tribunal do Júri, o criminoso deveria perder a liberdade para sempre.

Ora, quem mata pessoa inocente, ou que não tenha dado motivo para morrer, não deveria ter direito de continuar a viver. Pena de morte ou prisão perpétua deveria ser a punição.

O Direito é dinâmico e tem de acompanhar as exigências sociais diante das agressões sofridas. Ademais, as chamadas cláusulas pétreas são apenas ficções jurídicas, não podem se perpetuar no tempo e servir de pretexto a empedernidos juristas ou hipócritas defensores dos direitos humanos, contrários a mudanças na área penal.

Chegamos a um ponto que temos de ter remédios amargos para enfrentar a barbaridade criminal no Brasil. A legião de opositores à implantação da pena de morte e prisão perpétua é muito forte, principalmente por parte de segmentos defensores dos direitos humanos.  

Considerar a pena capital e perpétua como ato medieval é um conceito subjetivo puramente de quem se solidariza com a criminalidade e não deseja ver criminosos cruéis afastados do meio social.  

Temos plena consciência de que a adoção da pena de morte e prisão perpétua para homicídios dolosos bárbaros não extinguiria a criminalidade, mas, seguramente, impediria que esses criminosos voltassem a praticar os mesmos ou outros delitos.  

Dentre os princípios em que se baseia a finalidade da pena no Brasil está o da ressocialização, isto é, a reintegração do infrator à sociedade. Mas um homicida que pratica assassinato por motivo torpe ou vil, sem que a vítima tenha dado causa, não poderia ter o direito à ressocialização. Ele deveria permanecer proscrito da sociedade, em respeito à memória da pessoa assassinada, e não deveria ser objeto de perdão jurídico.

Assim, pela importância da matéria, deveria ser dado ao cidadão o direito democrático de se manifestar, por meio de consulta popular (plebiscito ou referendo), acerca da implantação ou não de pena de morte e prisão perpétua no país.


Marcelo Uchôa defende expulsão do embaixador de Israel após evento com Bolsonaro: "afronta"

Marcelo Uchôa defende expulsão do embaixador de Israel após evento com Bolsonaro: "afronta": "É um escândalo", afirmou o jurista

segunda-feira, 6 de novembro de 2023

A Câmara aprova a criação da bancada negra


A Câmara dos Deputados aprovou o projeto que cria a bancada negra, composta por parlamentares negros. Com a aprovação, a proposta segue para promulgação.  

Trata-se de aprovação despropositada, controversa, pois todos os segmentos sociais ou raciais deveriam ser tratados com observância ao princípio da isonomia e igualdade. Por outro lado, prega-se no mundo a inclusão de todos os povos, independentemente de posição social ou racial, agora surge no país a bancada negra, tipo apartheid tupiniquim, que pode gerar discriminação no Parlamento. 

A bancada negra, que representar 24% na Câmara, jamais foi impedida de ter voz no Parlamento. As alegações de dificuldades enfrentadas para defender seus interesses e pautas fazem parte das discussões no Congresso e nada têm a ver com restrição de natureza racial. 

A bancada negra, de acordo com Constituição Federal (art.5º), não deveria ter tratamento diferenciado, por exemplo, das bancadas temáticas. As bancadas temáticas são grupos de parlamentares que se organizam em torno de temas específicos, como saúde, educação, meio ambiente, direitos humanos, etc., não têm base legal, mas são reconhecidas pelo regimento interno da Câmara e do Senado. Elas têm o objetivo de influenciar as decisões legislativas e fiscalizar as políticas públicas relacionadas aos seus temas de interesse. Logo, a bancada negra deveria seguir o modelo das bancadas temáticas.

A diferença entre bancada negra e bancadas temáticas é que a bancada negra, além de respaldo legal, terá direito a voto nas reuniões de líderes, onde são definidas as pautas e as prioridades do plenário.

Segundo os defensores, a bancada negra pretende combater o racismo, a desigualdade e a violência que afetam a vida de negras e negros no país. Ora, essa preocupação já está sacramentada no art. 3º da Constituição Federal, que trata dos objetivos fundamentais da República Federativa do Brasil, e deveria ser observada pelos governos e políticos. Por que também não é oficializada, por lei, a bancada indígena, cujo povo é marginalizado, menosprezado e representa o verdadeiro proprietário deste país?

O racismo contra o negro no Brasil está relacionado principalmente às condições sociais em que vivem, como também os brancos pobres, em decorrência da ausência de políticas públicas educacionais de qualidade, pois somente a educação é capaz de dar dignidade de vida a todos. Ademais, a questão racial contra o negro, infelizmente, é um problema mundial e de característica específica de pessoas de índoles incivilizadas. E nenhuma medida ou lei vai corrigir o problema.