Não se discute a necessidade de se corrigir distorções na folha de pagamento ou nas vantagens auferidas pelos servidores públicos municipais, se comparado ao que recebe o trabalhador na iniciativa privada. Mas o problema também existe em todos os níveis das áreas públicas estaduais e federais, que deveriam merecer revisão.
Diante das dificuldades financeiras municipais, o que ocorre também no plano estadual, o prefeito municipal por coerência deveria autorizar a redução de seu próprio salário, dos salários dos secretários municipais e dos servidores de gabinetes não concursados, inclusive reduzindo a quantidade desses servidores.
Por outro lado, a Câmara de Vereadores, através de seus parlamentares, que aprovou a proposta municipal que interfere no plano de carreira dos servidores, deveria também se adequar à contenção de despesas e realizar correções reduzindo os salários dos próprios vereadores, bem como extinguindo os penduricalhos que recebem.
Coerência, escrúpulo, igualdade de tratamento etc. deveriam ter o prefeito municipal e os vereadores ao aprovarem medidas que interferem na vida de outrem e não na deles.
Assim, neste momento em que o município sinaliza que precisa enxugar a máquina pública, chamando o servidor municipal para tal, reitero: por que a Câmara de Vereadores não reduz a sua folha de pagamento para com as despesas dos vereadores, por quê? Por que também igual providência não tomou o prefeito municipal com as despesas de seu staff?
Ora, senhores vereadores e prefeito Nelson Marchezan Júnior, pau que bate em Chico tem que bater também em Francisco!