sexta-feira, 30 de outubro de 2020

Bolsonaro faz piada preconceituosa no Maranhão

 

De forma recorrente o presidente Jair Bolsonaro vem desrespeitando com as suas piadas irreverentes a sociedade brasileira. E isso já se tornou rotineiro, mas tem que ter um basta. 

 

Sem postura de estadista e com comportamento preconceituoso, Bolsonaro faz piada no Maranhão ao tomar um copo de Guaraná Jesus, bebida típica estadual cor-de-rosa: “Virei boiola igual a maranhense”.   

Sarcástico metido a engraçado. Bolsonaro devia ser convidado a se apresentar em circo. E ainda há imbecis que dão  audiência a esse sacripanta.  

 

Espera-se que o governo maranhense e seus políticos ingressem com representação processual de crimes de homofobia, racismo e difamação  praticados por Bolsonaro contra o povo maranhense.  

 

Lamentavelmente, elegemos um cidadão que não prima pela liturgia do cargo e comporta-se como parvajola desrespeitando as regras básicas de  cidadania.  

 

Durante visita do presidente à Bahia para inaugurar a usina de Sobradinho, Bolsonaro fez considerações jocosas em tom de brincadeira, dentro de seu estilo, respondendo ao deputado Cláudio Cajado (PP-PE), que o saudava por visitas reiteradas ao Nordeste: “Só tá faltando crescer um pouquinho a cabeça”, referindo-se ao estereótipo de que nordestino tem “cabeça chata”. 

 

Em vídeo que circula nas redes sociais, o presidente Bolsonaro chama o Nordeste de ‘paraíba’, de forma pejorativa. "O trecho do vídeo foi divulgado pelo perfil oficial do PCdoB no Twitter e por outros integrantes da oposição, como os deputados Paulo Pimenta (PT-RS), Paulo Teixeira (PT-SP) e Perpétua Almeida (PCdoB-AC)."Fonte Jornal Gazeta do Povo. 

 

Em outro vídeo, Bolsonaro faz piada com a cabeça do nordestino, tirando sarro com a sua proverbial destemperança verbal: https://poenaroda.com.br/comportamento/politica/em-video-bolsonaro-faz 

Parafraseando o escritor Raimundo Correia, Bolsonaro guarda secreto o pavilhão da maldade que conforta o seu ego delirante de espezinhar o seu semelhante. Com as suas tiradas sarcásticas de ser superior, talvez, consigo, guarda um atroz, recôndito inimigo, como invisível chaga cancerosa. E quem sabe esse atroz inimigo não seja um trauma psicológico sofrido na infância ou adolescência? Ainda é tempo de se tratar. 

 

Assim, essa incompreensível ojeriza homofóbica e racial que de forma ululante permeia o seu cérebro deveria ser patologicamente investigada pelo presidente, principalmente agora que tem ao seu dispor todo um aparato médico-hospitalar. 

O que não pode é a sociedade continuar a assistir calada aos desrespeitos gratuitos do presidente da República ao tratar os indivíduos e as instituições de forma incivilizada. 

Os contrapassos e derrapadas de um mandatário na condução do país só podem agravar o estabelecimento da convivência e da paz social. 

Espera-se que o comportamento antissocial e desrespeitoso do presidente Jair Bolsonaro seja levado à instância superior da Justiça.  


quinta-feira, 29 de outubro de 2020

A irracionalidade humana


Por Cândido Coelho

 

«A irracionalidade humana é uma manifestação consciente e brutal, a qual não se observa nos seres considerados irracionais. Quando um animal selvagem pratica acções abruptas investindo furiosamente, ou está a defender o seu território, ou a caçar para se alimentar, ou a reagir a uma agressão externa.

O animal por instinto defende-se. Já o ser humano, com a sua mente perversa e um instinto atávico e pré-histórico, premedita as suas acções abruptas, independentemente do seu estado actual de sociabilidade.

O comportamento humano à face do Planeta, prova sem a mínima dúvida, que ele é uma excrescência animal que não se coaduna, como espécie, à vida que com ele compartilha a mesma biosfera, fomentando guerras, genocídios, massacres, agressões ao meio ambiente, desprezo pelas demais espécies e tudo o mais, que faz do homem o vírus maligno que, como os demais vírus, destrói a célula que o abriga, neste caso, o Planeta Terra que o acolhe, e sem a noção de que ao destruir a Terra, está-se auto-destruindo a si.

Todavia, as acções excessivas do homem, dito civilizado, fazem parte de um contexto mais complexo da sociedade em que vive.

Mesmo em países considerados de Primeiro Mundo, com uma educação primordial e dita exemplar, assistimos a notícias de actos irracionais praticados por seus habitantes.

Em suma, o homem é o pior dos animais.»

 

Fonte:

https://www.facebook.com/photo.php?fbid=450082005059822&set=a.459183360816353.1073741828.100001740791934&type=1&theater


sexta-feira, 23 de outubro de 2020

Começou a festa da democracia municipal de 2020


 país já deu início à corrida de candidatos postulantes aos cargos de vereadores e prefeitos municipais, cujas eleições ocorrerão em novembro de 2020.  

A festa da democracia, por exemplo, em Porto Alegre, contará com 13 candidatos ao Paço Municipal - uma extravagância - e representa o maior número de pretendentes desde a redemocratização.  

Poderia comentar a candidatura em outras cidades brasileiras, mas elegi a capital gaúcha apenas por simbolizar os mesmos problemas verificados nos demais municípios e não solucionados por várias administrações.   

Parece até que o expressivo número de postulantes ao Paço Municipal porto-alegrense representa o real interesse pelo fortalecimento da administração municipal local, visando a uma Porto Alegre saudável e progressista, mas que os candidatos não passam de abutres vorazes pelas benesses púbicas, pois depois de eleitos pouco ou nada fazem pela cidade.    

E a prova é o atual estado precário e decrépito da Capital: envelhecida, suja, esburacada, mal cuidada, mendigos por toda a cidade, lixos pelas calçadas, Centro Histórico e Cidade Baixa em decadência etc.   

Faltam administradores públicos de formação para administrar as cidades brasileiras e não essa trupe de oportunistas que se apresenta para tirar proveito da coisa pública. Muitos candidatos são políticos em curso de mandatos e não têm nenhum escrúpulo de interromper as suas obrigações para as quais foram eleitos. 

Outros políticos nem bem esquentam o banco no Legislativo e já se lançam para dirigir o Município, e o resultado já é bastante conhecido: péssima administração com reflexo negativo na prestação de serviços públicos

Há os velhos políticos, como o ex-prefeito José Fortunatti (PTB), que perderam a noção do tempo e continuam teimando em voltar a administrar a Capital. Ora,  se não fizeram uma boa administração em seus mandatos anteriores, não será agora que se sairão melhor.  

A Constituição Federal deveria ser revisada para impedir a reeleição de todos em qualquer momento. Política não é profissão. Mandato é transitoriedade com prazo certo. A oxigenação constante na vida pública é salutar. A mesmice de candidatos representa a estagnação da renovação democrática. Ninguém é insubstituível.   

Já passa da hora de ser implantado o voto facultativo, o voto de qualidade, pois o voto obrigatório tem sido a causa da eleição e reeleição de políticos inescrupulosos, incompetentes, bem como servido de cabide de emprego.  



quarta-feira, 14 de outubro de 2020

Coisa imunda: dinheiro público escondido nas nádegas de senador


Segundo a revista Crusoé, o então vice-líder do governo,  senador Chico Rodrigues (DEM-RR), foi flagrado pela Polícia Federal com dinheiro escondido entre as nádegas. 

O dinheiro foi encontrado durante a operação Desvid19, que apura esquema de desvio de verbas públicas destinadas ao combate à pandemia da covid-19 em Roraima. A operação cumpriu sete mandados de busca e apreensão em Boa Vista (RR). 

Triste país dilapidado por políticos corruptos que o voto obrigatório irresponsável elege e reelege, para a desgraça do Brasil.  

Já se teve notícia de político com dinheiro escondido nas cuecas e nas meias. Agora, até nas nádegas sujas desses malfeitores, travestidos de políticos, o dinheiro da nação é encontrado. 

Por isso, essa cambada de mequetrefes vai para a vida pública. Vai apenas para roubar o Erário. Muito vergonhoso.  E depois querem ser chamados de homens públicos honestos. São honestos, sim, mas com a sua forma fraudulenta de agir, de tirar proveito da coisa pública.  

Enquanto isso, temos um país repleto de miseráveis e desempregados, muita gente passando fome e necessidade porque elementos desqualificados como esse “senador” continuam a fazer a festa com o dinheiro público: dinheiro da saúde,  da educação etc.  

Quem já assistiu a esse sacripanta senador discursar no Senado, reprovando com veemência a corrupção política, fica desapontado, mas ao mesmo tempo ciente de que o país está diante de um bando de patifes, travestidos de políticos, que não se cansam de desmoralizar a República e de se locupletar com o dinheiro dos contribuintes, respeitadas, obviamente,  algumas exceções de políticos honrados.

No período pós-redemocratização, o que se viu mais é político larápio se locupletando com o dinheiro da nação. E isso pode ser comprovado com a eclosão do Mensalão e da Lava-Jato, instrumentos que desmascararam um verdadeiro sindicado de criminosos políticos, que este governo tenta agora desmontar. 

A política no país é uma farra de desperdício do dinheiro público. Os gabinetes de parlamentares são um antro do empreguismo imoral.  Léo Índio, parente da família Bolsonaro, é empregado, desde abril de 2019, no gabinete do senador Chico Rodrigues e recebe quase R$ 15 mil mensais. Portanto, está tudo contaminado pela gangue política que se apoderou do Brasil.

Caso se confirme a irregularidade praticada pelo  senador Chico Rodrigues, a sua cassação  e prisão são  providências necessárias. Aliás, o ministro STF, Luís Roberto Barroso, em boa hora,  determinou a suspensão de mandato do parlamentar por três meses, porque se for esperar atitude moralizante do estamento, como sói acontecer, nada aconteceria ao senador.

O senador Chico Rodrigues é mais um exemplo de parlamentar eleito pelo instituto do voto obrigatório, responsável pela eleição e reeleição de elementos inescrupulosos. Cabe ao eleitor, no entanto, mais responsabilidade aos escolher os candidatos.

Como medida extrema inibidora,  deveria haver, no país,  pena de morte ou prisão perpétua para criminoso político. 

sexta-feira, 9 de outubro de 2020

Desembargador KASSIO NUNES, o turbinador de currículo ao STF

O Brasil tem que prestigiar as suas instituições com seriedade, indicando pessoas de gabarito profissional e moral respeitáveis para os postos mais elevados da República. Os dois elementos "profissional e moral" são condições indispensáveis para qualificar o servidor. A falta de um dos elementos, desaconselha a sua indicação.

Têm razões os senadores que questionam o exagero curricular do desembargador Kassio Nunes.


Ora, a escolha não pode ser feita de uma articulação do presidente Bolsonaro com líderes do Centrão - que o ministro Augusto Heleno já rotulou de ala de ladrões - e de diversas forças políticas. A escolha tem que levar em conta a nobreza que deve representar a instituição Supremo Tribunal Federal, que deve ser provida de profissionais do Direito de alta envergadura profissional e moral.


E lamenta-se que mais uma vez um ministro indicado para assumir assento em cargo de relevância na República também tenha turbinado currículo para impressionar incautos.


Assim, o Senado Federal tem o dever de impugnar essa indicação. Afinal, a Suprema Corte deve ser composta dos melhores juristas. O STF não pode se transformar em casa de mãe Joana. O presidente da República tem a obrigação republicana de honrar o STF, indicando para a Corte elemento comprovadamente gabaritado na área jurídica.

quarta-feira, 7 de outubro de 2020

Supremo Tribunal Federal sem indicação política do presidente da República

 

Causa estranheza a razão por que  o Senado Federal continua insolúvel em relação ao critério constitucional que outorga poder ao presidente da República de indicar politicamente os membros do STF. 

 

Esse erro constitucional compromete moralmente a independência dos poderes,  tendo em vista que o Judiciário é dependente do chefe do poder Executivo na indicação dos onze membros do STF. Ou seja, é o Executivo sobrepujando o Judiciário, embora ambas as instituições atuem de forma harmônica.

 

Há PECs lá no Senado sobre a matéria mofando sem solução. Ou o assunto não é tão importante e sério? Então, para que se gasta tanto tempo e dinheiro público com criação de PECs se elas depois vão todas  para o lixo sem apreciação em Plenário? 

 

No critério atual de o presidente indicar os membros do STF, se o presidente Bolsonaro conseguir se reeleger, vamos ter uma Corte Suprema praticamente toda de "interesse" do presidente, pois este é o seu  propósito. Uma vergonha!  

 

Por outro lado, jamais o Senado desaprovou um nome indicado para o STF. Essa sessão do Senado é apenas uma figura decorativa de cumprimento de uma liturgia constitucional.  

 

A despolitização do STF é uma necessidade que se impõe para que o órgão diante da sociedade tenha credibilidade em suas decisões.

 

Enquanto os membros do STF partirem de indicação política do presidente de República, sempre pairará desconfiança da atuação  do magistrado ao apreciar qualquer caso envolvendo o presidente ou interesse do presidente responsável por sua indicação.    

  

Pois bem, com a indicação antecipada à Corte Suprema do desembargador Kassio Nunes Marques, para substituir o ministro Celso de Mello, que se aposentará em 13/10/2020, o país assiste imoralmente ao cortejo explícito do presidente da República ao provável integrante do STF, certamente, já preparando o terreno visando a obter decisões favoráveis no tribunal em pendengas de seu interesse.   


Vejam, o presidente Jair Bolsonaro  
se reuniu na noite de sábado (3/10) com o ministro do STF Dias Toffoli, o presidente do Senado Davi Alcolumbre (DEM-AP) e com o desembargador Kassio Nunes Marques. A reunião ocorreu na residência do ministro Dias Toffoli.  

  

O que foi tratado não foi divulgado.  Mas tudo indica que assuntos concernentes a interesse presidencial foram ali alinhavados em clima de alta cortesia, o que surpreende a República, tendo em vista a presença do futuro membro do STF.    


O senhor presidente da República pode ter habilidade política, mas devia ser comedido diante do cargo que exerce. A reunião de que se trata traz em seu bojo a marca do jeitinho político  brasileiro de contornar situações desfavoráveis. O presidente da República joga as suas cartas para obter o aval do presidente do Senado na aprovação de seu indicado ao Supremo. É tudo uma patifaria só.   

  

Na minha ótica, não resta duvida de que o desembargador Kassio Nunes Marques está sendo preparado para servir aos desejos do presidente Bolsonaro na Suprema Corte, como, aliás, o presidente da República conseguiu granjear a simpatia do anterior presidente do STF, Dias Toffoli.   

 

Assim, temos que moralizar a indicação e preenchimento dos membros dos tribunais superiores, notadamente do STF, sem mais a necessidade da interferência do presidente da República.  

  

Todas as vagas dos tribunais superiores deveriam ser preenchidas apenas por elementos pertencentes ao quadro de carreira da magistratura, sem indicação presidencial.  São os juízes que têm o perfil técnico de julgar: nem advogados nem  promotores. Os ministros dos tribunais superiores deveriam ter mandatos fixos de dez anos e não poderiam ser reconduzidos ao cargo.