quinta-feira, 31 de outubro de 2013

O governo Dilma entrou em parafuso?


Em entrevista a rádios mineiras, presidenta disse que, para disputar a Presidência da República, candidatos precisam se preparar e “estudar muito”. Petista afirmou também que intenção é governar até o último minuto. Fonte: Congressoemfoco.

Conversa fiada para boi dormir! Então, o Lula estudou muito para ser presidente? Ele estudou, sim, mas muita malandragem para trabalhar pouco e ser presidente. A presidente Dilma deveria comedir a sua oratória. É dela a seguinte declaração, dada na campanha presidencial de 2010: “É um crime privatizar a Petrobras ou o pré-sal. Isso seria um crime contra o Brasil, porque o pré-sal é o nosso grande passaporte para o futuro. Eles só pensam em vender o patrimônio público”. E o que foi feito no leilão de Libra?

A presidente tem que descer do palanque e governar o país, pois o dragão da inflação já despertou, o custo de vida está subindo e o país estagnou porque o governo se esqueceu de canalizar recursos para a produção de riquezas. Ora, um governo que não aproveitou a situação favorável para produzir riquezas, mas só se preocupou com o consumismo da população e deixou de modernizar a infraestrutura do país, tem mesmo de ser censurado nas ruas pelos jovens brasileiros.

Vejam a frase do economista americano Paul Krugmann, ganhador do Nobel de 2008: “A produtividade não é tudo, mas a longo prazo é quase tudo”. E explica “A capacidade de um país de ampliar o seu padrão de vida depende quase inteiramente de sua capacidade de aumentar a produção por trabalhador”. Ora, a produtividade média brasileira permanece praticamente estagnada há duas décadas. Ouve avanços em alguns setores, como agricultura, mas no resto é pífio. Segundo Dani Rodrik, economista da universidade americana de Princeton, a produtividade brasileira apresentou crescimento anual de apenas 1,8% nas últimas duas décadas, perdendo para o México (2,2%), o Chile (3,8%), o Peru (3,7%), a Correia do Sul (5%) e até para a Turquia (4%).

Observem também o que disse o diretor de pesquisas do Insper, escola de economia e negócios em São Paulo, Sérgio Lazzarini, ao responder a pergunta se o intervencionismo estatal está aumentando no Brasil: “Sem dúvida. Há um retorno ao que chamo de ‘Leviatã majoritário’ (o filósofo inglês Thomas Hobbes definiu o Estado como um monstro, o Leviatã, com poder absoluto sobre os indivíduos). Foi esse modelo que preponderou durante a ditadura militar. Com Dilma Rousseff, a intromissão estatal se acentuou. Ela decidiu-se pela intervenção direta na Petrobras para conter o aumento no preço da gasolina. No setor bancário, obrigou a Caixa Econômica Federal e o Banco do Brasil a cobrar juros mais baixos. No elétrico, pressionou as empresas a reduzir o valor das contas de luz, o que reforçou o papel da Eletrobras, estatal. Dilma está levando o Brasil novamente em direção ao Leviatã majoritário.”

Quando uma presidente se espanta com as manifestações de ruas, no mês de junho passado, pensando que estava governando bem o Brasil, e demagogicamente passou a elogiar as manifestações democráticas, para não dizer que teve de engolir as verdades emanadas de um povo não satisfeito com os resultados de mais de 10 anos de governo petista, e em seguida resolveu acenar que iria atender às reivindicações reclamadas, o quadro bem demonstra, com todas as letras, a fragilidade de um governo que não teve competência para atender às demandas sociais. Ou a presidente Dilma Rousseff só sabe governar sob pressão?

terça-feira, 29 de outubro de 2013

Falta de mão de obra qualificada


O Brasil precisa rever a qualidade de seu ensino técnico e formal. Vejam a reportagem abaixo.

Encontrar mão de obra qualificada tem sido um problema para as empresas brasileiras nos últimos anos, de acordo com pesquisa da Confederação Nacional da Indústria (CNI), divulgada hoje (28). O levantamento, que ouviu 1.761 empresas entre 1º e 11 de abril, mostra que 65% das empresas dos segmentos extrativos e de transformação apontaram a falta de trabalhador qualificado como um problema.

Segundo a pesquisa Sondagem Especial – Falta de Trabalhador Qualificado na Indústria, da CNI, o problema é ainda maior para as empresas de grande e médio porte. Na comparação com a edição anterior da pesquisa, feita em 2011, o percentual de empresas de grande porte que relataram dificuldade em encontrar trabalhadores qualificados passou de 66% para 68%.
Entre as de médio porte, o índice se manteve em 66%, enquanto para as de pequeno porte, o percentual de entrevistados com problemas para contratar mão de obra qualificada ficou em 61%, ante 68% do último levantamento.

Para a CNI, o problema pode se agravar caso a economia do país volte a crescer. “Desde o fim de 2010, a indústria não cresce e, ainda assim, os empresários têm dificuldade para encontrar trabalhadores qualificados. À medida que a indústria voltar a crescer, o problema vai se acirrar”, disse o gerente-executivo de Pesquisa e Competitividade da CNI, Renato da Fonseca, responsável pelo levantamento.

Conforme o levantamento, a dificuldade em encontrar candidatos com capacitação atinge todas as áreas das empresas, dos postos da base aos de nível gerencial. Para preencher cargos de operadores, 90% das empresas ouvidas admitiram enfrentar dificuldade, e para os de técnicos, o relato foi igual em 80% das empresas. As duas áreas juntas correspondem por aproximadamente 70% dos contratados na indústria.

De acordo com a pesquisa, 68% das empresas afirmaram ter dificuldade para encontrar profissionais preparados na área administrativa, 67% informaram déficit de contratação de engenheiros, 61% de profissionais de venda e marketing, 60% para postos gerenciais e 59% para trabalhadores na área de pesquisa e desenvolvimento.

Para superar a escassez de mão de obra qualificada, segundo a CNI, as empresas têm investido na capacitação dos próprios funcionários. De acordo com o levantamento, 81% das empresas informaram que desenvolvem programas de treinamento, 43% investem na política de retenção do trabalhador, com oferta de bons salários e benefícios, e 38% promovem capacitações fora das empresas.

Algumas empresas (24%) adotam a estratégia de substituir a mão de obra humana por máquinas. Essa solução é usada por 26% entre as de pequeno porte, 24% entre as médias e 21% entre as grandes.
Fonte: Ivan Richard – Repórter da Agencia Brasil

sexta-feira, 25 de outubro de 2013

O Brasil precisa de respeito


Será o Benedito? Ó pobre Brasil comandado por políticos sem escrúpulos! Se não houver um movimento social voltado para exorcizar todos os políticos desbragados em atividade, que já se envolveram ou que continuam envolvidos em negócios ou operações indecorosas, este país continuará sendo conspurcado, achincalhado e desafiado pela máfia política aqui instalada.

Cada vez que se mexe no chiqueiro, novas imundices são descobertas. Por isso, o mérito da imprensa livre investigativa para denunciar e levar ao conhecimento da população o mundo subliminar chafurdado das instituições públicas, comandadas por políticos sem ética e moralidade pública.

Pois bem, vejam a notícia da revista Veja (16/10) “Além de ter contratado a namorada de José Dirceu, o presidente do Senado, Renan Calheiros, deu emprego a uma afilhada de Fernando Collor, seu aliado na política alagoana. Desde 2011, a jornalista Tainá Falcão, recebe 4 200 reais para, segundo a assessoria de Renan, ‘produzir textos jornalísticos sobre o trabalho do senador’. Mas no Senado, são poucos os que conhecem ou já ouviram a moça na Casa. Quem acompanha a rotina no gabinete de Renan diz que é mais fácil encontrar Tainá – que é filha do ex-deputado Cleto Falcão – na Record, onde ela de fato dá expediente como repórter dos telejornais locais”.

A corrupção com o dinheiro público parece incontrolável, porque quem nos representa no Parlamento, que deveria ser o principal fiscal, é justamente aquele que lidera o rateio do Erário entre os seus amigos, parentes, familiares e demais apaniguados. E, vergonhosamente, ficam os políticos brasileiros, uns menos e outros mais, tergiversando que o país não tem dinheiro para suprir com eficiência a educação, a saúde, a segurança pública etc., quando, em verdade, recursos existem de sobra, só que eles são mal empregados em atividades desnecessárias, como manter a farra dos gastos de servidores fantasmas nos gabinetes de parlamentares.

Que credibilidade tem um político, presidente do Senado Federal, que não demonstra austeridade com a coisa pública, negligencia o desempenho do múnus público, não serve de exemplo aos jovens brasileiros que há poucos meses saíram às ruas exatamente para reprochar o cenário corrupto da política nacional? Não senador, o Brasil precisa de respeito!

sexta-feira, 18 de outubro de 2013

Coitado, Renan Calheiros está sem comida!


Aqui está a manchete: “ O presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), está sem comida em casa há cerca de uma semana devido à suspensão de licitação de R$ 98 mil para a compra de alimentos para a sua residência oficial, segundo informou sua assessoria de imprensa nesta quinta-feira (17). Com a interrupção - há aproximadamente um mês - do pregão, que previa também fornecimento de materiais de cozinha, copa e equipamentos de limpeza, Renan tem feito as refeições fora de casa nos últimos dias, de acordo com seus assessores. Fonte: Correio do Estado.

O país não tem dinheiro para aplicar em investimentos educacionais, na saúde, na segurança pública, enfim, em saneamento básico, na maioria das cidades brasileiras, mas sobram recursos para aprovisionar as residências de nossos políticos. É uma grande indecência!

Coitado! O Renan deve estar passando fome, pois ganha muito pouco no Senado. E quem sabe agente faz uma vaquinha para amenizar a sua pindaíba? Que grande canastrão! Deveria se envergonhar com a situação de pobreza da maioria dos descamisados brasileiros e demonstrar hombridade para romper com esse escandaloso estado de mordomias em que vivem os políticos nacionais.

Ora, nada justifica que um político que recebe religiosamente os seus salários continue a morar de graça em residências públicas e ainda por cima é abastecido com mantimentos e outras necessidades, pagas pelos contribuintes. Trata-se de abismal contraste social. Em vez de se fazer licitação par dar comida de graça ao povo desempregado e desassistido, a fajuta legislação presenteia os nababos políticos nacionais com cestas de alimentação.

Nós somos os culpados por permitir, passivamente, essas imoralidades assistencialistas públicas. No mínimo, deveríamos cobrar por e-mails ou outros meios mudança de comportamento dessa casta política que dilapida o Erário. Enquanto isso, o Parlamento sueco está aí para ensinar os nossos políticos princípios de moralidade pública. É só acessar a internet em “Parlamento sueco dá exemplo de transparência-You Tube”, para se ter a noção de quanto se gasta desnecessariamente com as mordomias de nossos políticos.

segunda-feira, 14 de outubro de 2013

O exame da OAB não seleciona o bom advogado

A votação de uma emenda do líder do PMDB, deputado Eduardo Cunha (RJ), com o objetivo de acabar com o exame da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) foi o ponto mais tenso da discussão dos destaques da Medida Provisória (MP) do Programa Mais Médicos (621/13), aprovada nesta quarta-feira (9) pela Câmara. Vários deputados protestaram contra o texto por considerar que ele não guardava relação com o tema da MP, que trata da formação dos médicos e da contratação de profissionais estrangeiros. Fonte: Câmara Notícias.

O deputado Eduardo Cunha teve mérito ao apresentar proposta para acabar com a exigência do exame da OAB, apenas o expediente utilizado foi inadequado, ou seja, a Medida Provisória. Trata-se de uma prática viciada que os parlamentares usam para introduzir sutilmente no projeto original a aprovação de outra matéria, que deveria ser coibida.

Mas com referência ao exame da Ordem, o deputado tem toda a razão ao dizer que a prova da OAB é um caça-níquel. E aqueles que defendem a realização do exame apregoam sob frágil argumentação que sem a prova teremos péssimos advogados. Ora, profissionais medíocres de níveis superiores existem em todas as áreas. Então, como explicar a quantidade de advogados, aprovados pela OAB, que demonstram pouco saber jurídico, escrevem e se expressam em mau português e nem sequer sabem redigir razoavelmente uma petição judicial? O exame da Ordem é uma exigência excrescente que não guarda equidade com as demais licenciaturas.

A verdade é que existe um corporativismo incrustrado na OAB, que fatura com o exame da Ordem. Sem contar que muitos profissionais do Direito têm interesse na preservação do exame porque eles também lucram monetariamente ministrando aulas em cursinhos pelo país afora.

A exigência do exame da Ordem só denuncia que os cursos de Direito, no país, são fracos, mal ministrados e precisam ser periodicamente reavaliados pelo MEC e pela própria OAB. As faculdades de Direito se constituíram em um lucrativo negócio aos seus proprietários e que precisam ser reduzidas no país. Não adianta quantidade sem qualidade. E evocando a expressão latina “pauca, sed bona”, isto é, poucas (faculdades), porém boas, é o de que precisamos para formar bons bacharéis e advogados. Assim, não é o exame da Ordem que vai selecionar o bom advogado, mas a qualidade do ensino jurídico brasileiro que urge modificação.

Para revigorar o ensino jurídico, bem como eliminar a figura da exigência do exame da Ordem, o curso de Direito deveria ser periodicamente fiscalizado pela OAB, para atestar a qualidade do ensino jurídico, e a sua conclusão deveria ser estendida por mais um semestre, para reforço de aulas práticas jurídicas. Concluída esta etapa complementar, os alunos se submeteriam a uma prova final, elaborada e corrigida pela OAB. Aqueles que fossem aprovados já sairiam com o Diploma de Advogado. E os não aprovados, ou repetiriam o ultimo semestre para se submeterem à nova prova, ou sairiam apenas com o Diploma de Bacharel em Direito, pois muitos não desejam exercer a profissão. E dessa forma, acabar-se-iam com o malfadado exame da OAB e os cursinhos espraiados pelo país.

quinta-feira, 10 de outubro de 2013

Marina continuará a velha República

Continua a velha política. Se Marina Silva tivesse realmente ideologia partidária não teria se filiado ao PSB, pois este partido não professa as suas ideologias políticas. É tudo uma grande sem-vergonhice.

É o vale-tudo da encardida política. Quando necessário os fins justificam os meios, não importam se estes sejam éticos ou morais. Quem não se lembra de o Lula ter procurado o Paulo Maluf para apoiar a candidatura de Fernando Haddad à prefeitura de São Paulo? Os antigos desafetos hoje estão abraçados: Lula, Sarney e Collor. Recentemente, o deputado federal Márcio França (PSB-SP), sem pudor, defendeu a adesão de Marina ao PSB, justificando os ensinamentos do ex-governador Miguel Arraes e de Lula, abordados no site do Congresso em Foco: “Um dos principais articuladores da aliança de Marina Silva e Eduardo Campos, o deputado Márcio França (PSB-SP) afirma que não é possível ganhar eleição no Brasil sendo “purista” na construção das coligações ou adotando “redutor ideológico”. Presidente do PSB em São Paulo, o deputado diz que aprendeu com o avô de Eduardo, o ex-governador Miguel Arraes (PSB), e com o ex-presidente Lula (PT) que, para vencer uma eleição, não se pode recusar nenhum apoio”.

Ou seja, na política se você não fizer amizade com o diabo não conseguirá êxito. E ainda querem que o voto seja obrigatório e que a sociedade acredite nas “boas intenções” de nossos políticos. É evidente que muitos estão esfuziantes com a entrada da Marina, pois representa mais uma frente para tentar destronar o PT do governo. Mas política deveria ser tratada com mais seriedade e não continuar sendo um jogo de interesses subjacentes, pois o resultado dessas coligações e adesões, depois da eleição, fatalmente obrigará o governo eleito a lotear os cargos públicos como os seus colaboradores.

Marina e outros estão somente em busca do poder sem se importar com os meios utilizados para chegar aos seus objetivos. São todos maquiavélicos. Se puderem nos apunhalar pelas costas para alcançar os seus desideratos, fazem-no sem acanhamento. É como bem sintetizou Lênin: “Onde termina a política começa a trapaça”. E de trapaceiros políticos o país está cheio.

Marina, em verdade, é petista formada nas hostes lulista & Cia. e blefa que pretende sepultar a velha República para chegar ao poder. A adesão de Marina ao PSB revela que os partidos políticos estão falidos em matéria de identidade ideológica. Os partidos deveriam se extintos. Sobraria mais dinheiro para aplicar no social. Em seu lugar, implantar-se-ia o sistema de candidatura avulsa, sem partido político. Aliás, o senador Cristovam Buarque já tem uma PEC versando sobre a matéria.

A extinção dos partidos políticos poria fim a esse cipoal de siglas partidárias inúteis, bem como contribuiria para elidir o fisiologismo indecente da troca de favores, que obriga os governos repartirem os cargos públicos.

segunda-feira, 7 de outubro de 2013

O voto facultativo assusta os políticos

A Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado rejeitou a proposta de emenda constitucional, que estabelecia o voto facultativo no país.

O senador Randolfe Rodrigues (Psol-AP) declarou que faz parte da cultura brasileira participar do processo eleitoral. “O brasileiro, por natureza gosta de eleição. Só há três coisas que mobilizam os brasileiros: carnaval, futebol e eleições. É uma imposição também democrática”, disse. Congresso em Foco.

Ora, que tamanho despautério ao afirmar que a sociedade brasileira gosta de eleição. Quem gosta de eleição é político, interessado no cabide de emprego ou em outras vantagens pessoais. O cenário negativo do fisiologismo político de troca de favores entre o Parlamento e os governos tem contribuído para distanciar o eleitor da política. E é por isso que a cada eleição cresce a quantidade de votos nulos, porque votar no Brasil é perda de tempo. Tanto faz quem está no Congresso ou no Governo, porque as reformas necessárias ao país não são feitas. Ainda mais com essa quantidade de partidos, que mais parece um cipoal de siglas, com políticos sem identificação ideológica partidária, mas em busca das luzes da ribalta do poder. O exemplo mais presente é o da ex-senadora Marina Silva, que não conseguindo emplacar o seu partido “Rede Sustentabilidade”, se filiou ao PSB.

Por outro lado, muito me admira o senador Randolfe Rodrigues, que se diz professor de Direito Constitucional, vir afirmar que a eleição é uma imposição também democrática. Em democracia não pode haver imposição de forma alguma. Isso é um conceito deformado, que não se coaduna com o espírito de democracia. A liberdade de expressão, a liberdade de criticar, a liberdade de votar ou não votar são elementos de um Estado Democrático de Direito puro. A nossa Constituição ao estabelecer o voto obrigatório comete um golpe na democracia, trai os ideais democráticos. Diferente dos EUA que são um exemplo de democracia.

Assim, um bando de parlamentares velhacos e sem argumentos apresentam as mais estapafúrdias justificativas para continuarem com um sistema de país totalitário, que tem uma constituição dita democrática, mas obriga o cidadão a votar. Nos EUA o voto é facultativo, no entanto, o cidadão não deixa de se interessar pela política de seu país, e para contrariar os demagogos senadores brasileiros, os americanos comparecem em peso, por livre manifestação de vontade, ao pleito nacional.

O voto obrigatório no Brasil é o responsável pela eleição e reeleição da corja política nacional, composta por gente incompetente, que mama no cabide de emprego e muitos têm ficha suja com dívidas a pagar na Justiça. É o voto obrigatório - trocado por qualquer moeda, por qualquer oferta de emprego ou promessas não cumpridas pelos candidatos - uma das fortes causas da corrupção política nacional.

O voto facultativo constrói uma sociedade mais responsável com a vida política nacional, porque o eleitor voluntário quando se dispõe a votar é porque ele tem consciência do que quer e demonstra amadurecimento por aquilo que por livre manifestação de vontade deseja fazer sem nenhuma imposição legal. O voto facultativo é o voto de qualidade, dado com consciência e com prazer ao candidato certo e não o voto de ocasião, ao léu, em que muitos eleitores, por obrigação de votar, escolhem o seu candidato em boca de urnas. Passada a eleição, a maioria não sabe em quem votou.

Ao passo que o voto obrigatório é o voto da punição, se você não votar estará sujeita às cominações legais, um grande absurdo. É o voto que continuará a eleger um Parlamento viciado e fraco. Os mequetrefes parlamentares são contra o voto voluntário porque têm medo de não se reelegerem.

O Senado, com as respeitosas exceções, está repleto de políticos indiferentes às manifestações de ruas, realizadas no mês de junho, ao rejeitar a proposta de emenda constitucional instituindo o voto facultativo no país. As pesquisas são favoráveis ao voto facultativo, mas os teimosos e empedernidos senadores são contra as decisões da população, esquecendo-se de que o povo, o principal agente da democracia, precisa ser respeitado.

sexta-feira, 4 de outubro de 2013

Leilão de parlamentares

Parabéns ao pronunciamento do senador Álvaro Dias (PSDB-PR) que chamou de picaretagem explícita o leilão de parlamentares.

Aos parlamentares picaretas que trocaram de partidos e que agem como macacos pulando de galho em galho na ribalta do Legislativo Federal, desrespeitando o eleitor e emporcalhando a imagem já encardida do político nacional, a sociedade deseja que os senhores apodreçam no quinto dos infernos e não consigam as suas reeleições. Políticos lacaios, calhordas, imorais e solertes que usam de meios velhacos para ludibriar o eleitor nacional.

Essa imoralidade política só afasta o eleitor. E depois querem que o voto ainda seja obrigatório para eleger candidato que você não sabe qual será a sua conduta durante a vigência do mandato.

O que está faltando na Constituição para que o Parlamento tenha seriedade? Respondo: mais princípios de Democracia Direta dando ao povo poder de interferir diretamente no Legislativo para cassar o mandato de políticos descumpridores de suas obrigações parlamentares: (1) que interrompem o mandato para exercer cargos nos governos; (2) que trocam de partidos em plena vigência de mandato; (e) que não têm conduta ilibada no exercício de suas funções; (4) e que não tenham assiduidade regular no Legislativo. Enfim, falta maior fiscalização externa ao Parlamento nacional.

Por outro lado, temos muitos partidos políticos no Brasil sem necessidade. E estamos criando mais. O dinheiro que vai abastecer os partidos políticos poderia ser direcionado para atendimento das necessidades sociais. Ademais, a quantidade de partidos políticos beira a irresponsabilidade das normas vigentes que permitem essa excrescência. A verdade é que no Brasil não existem partidos políticos, mas sim um cipoal de siglas partidárias, com políticos sem identificação ideológico-partidária, que só visam às luzes da ribalta do poder.

Para o bem da nação e economicidade de recursos, deveriam ser extintos os partidos políticos, os quais só dão despesas ao Erário. Em seu lugar deveria ser implantado o instituto da candidatura avulsa, sem vinculação partidária. Com isso, desapareceria a figura nefasta do fisiologismo político do toma lá, dá cá, que tem sujeitado os governos ao loteamento político dos cargos públicos com os partidos que lhes deram sustentação para eleição.