segunda-feira, 28 de dezembro de 2009

Tudo continua errado

Semiaberto para delinquente contumaz, ou que não tenha condição de se manter lá fora, deveria ser pedagogicamente coibido em defesa da segurança da sociedade. E está mais do que comprovado que o regime semiaberto é uma porta de entrada e saída para o indivíduo continuar com sua vida pregressa na atividade criminal, com raríssimas exceções. Dificilmente, alguém dará emprego a um apenado. Ou é uma inverdade? Por isso, os jornais estão cheios de notícias criminais envolvendo os "semiabertos".

Por outro lado, jamais um presidiário deveria ficar trancafiado sem ocupação de trabalho para custear as suas próprias despesas carcerárias. Deveria haver punição com trabalho, por exemplo, em mais colônias agrícolas ou em outras atividades laborais, e principalmente para os jovens infratores. Não obstante já tenha ouvido de autoridades policiais afirmarem que preso urbano não tem perfil para trabalho agrícola. Grande absurdo! Se não tiver esse perfil passará a adquiri-lo. Todo o serviço pedagógico penal visa à recuperação do apenado independente do ambiente de sua realização. O que não se compreende, por inércia ou negligência de política pública, é a não preocupação de nossas autoridades políticas, judiciárias e governamentais com a construção de mais instituições agrícolas ou de outras atividades laborais para direcionar o apenado a atividades produtivas, construtivas e recuperativas, em vez de ficarem trancafiados, com vida sedentária, em convívio com deliquentes perigosos, e só esperando uma oportunidade de fugir para cometer novos delitos. Se a sociedade já não tem emprego para todos os legais, imaginem para os ilegais ou semilegais?

Falo como cidadão comum, que paga imposto regulamentar como todos os demais brasileiros e não vê o seu dinheiro ser aplicado em serviços públicos de qualidade em benefício social. A coisa chega ao ponto de acusarem a sociedade de ser também corresponsável pelas injustiças sociais. Mas como corresponsável se contribuímos regularmente com impostos para justamente serem aplicados de acordo como o recomendado na Constituição Federal? Se não temos uma escola de educação de alta qualidade para formar competentes cidadãos ao mercado de trabalho; um sistema público de saúde humanitário; um serviço de segurança pública nacional para defender a sociedade etc., se nada disso existe, não somos nós os culpados e nem corresponsáveis porque já cumprimos com a nossa obrigação constitucional de pagar impostos. E como pagamos!

quinta-feira, 24 de dezembro de 2009

Luz para iluminar a escuridão política e judiciária

Não se pode deixar de passar em branco para mostrar como jeitinho maroto brasileiro e oportunista atinge os mais diferentes segmentos de nossa estrutura pública. Já foi por demais divulgada que a festa de posse do imberbe ministro do STF, José Antônio Dias Toffoli, foi bancada com dinheiro público (R$ 40 mil) da Caixa Econômica Federal.É evidente que isso é mínimo se consideramos as grandes notícias de irregularidades envolvendo figurões e entes (políticos) da administração pública brasileira. Mas o que nos chama a atenção é a disposição "inocente" e irresponsável com que representantes políticos do governo vêm defender essas disfunções patrocinadas por uma instituição pública.Pois bem, o deputado federal Cândido Vaccarezza (PT-SP) aduz que a Caixa Econômica Federal está disputando mercado com todos os bancos e patrocina eventos em vários ramos. Tudo seria aceitável se o nosso dinheiro não estivesse sendo empregado para deleite de entidades públicas. Enquanto isso, a pobreza vicejante nos moradores de ruas e sob viadutos de todas as cidades brasileira amarga a incompreensão política, judiciária e governamental.Por outro lado, se a Justiça considera isso legal e moral, está explicada a razão por que crimes de corrupção ou falcatruas políticas permanecem impunes, e na maioria das vezes os processos políticos prescrevem nos armários ou gavetas dos tribunais. Assim, só lamentamos a triste constatação: quando for para tirar proveito em benefício próprio, o Judiciário se mostra democrático, quer dizer, conivente com as mesmas práticas irregulares. Estamos perdidos. O jeitinho corrupto nacional parece que está no DNA brasileiro.Feliz Natal e próspero Ano Novo! E que novas luzes se acendam para iluminar a escuridão de muitos políticos e de nosso Judiciário.

sexta-feira, 18 de dezembro de 2009

STF decepciona governo americano

Tem que acabar com essa burocracia judiciária brasileira. Em pleno século 21, o nosso Judiciário trabalha a passo de tartaruga. Quando não se trata de volume de processos, surgem posicionamentos de certos ministros que gostam de alimentar polêmica para demonstrar saber jurídico superior aos demais. Daí o veredicto do ministro Marco Aurélio de Mello (STF) que concedeu liminar para que o menino americano Sean Goldman fique no Brasil, contrariando decisão do Tribunal Regional Federal da 2ª região do Rio de Janeiro, que autorizou o seu retorno para companhia de seu pai.Ora, todo corpo judiciário brasileiro cursou escola superior de Direito. Logo, subtende-se que todos são portadores de saber jurídico. Então, por que o STF se arvora no direito de cassar decisão de uma instância inferior dessa natureza?Soberba ou outros interesses inconfessáveis de seus ministros?Por que os casos considerados escabrosos não vão logo para o STF? A vida do cidadão não pode ficar sob joguete de entendimento jurídico qualquer no âmbito de nossos tribunais. As coisas têm que fluir com maior rapidez, e os exibicionismos de fluência jurídica manifestados por alguns magistrados não podem ser peça principal no desfecho de uma lide. Estamos cansados desta chicana jurídica: de um lado, renomados e bem remunerados advogados com as suas mirabolantes teses e (muitos) versados nas brechas da lei, e do outro, a verve dos tribunais superiores cujos ministros esforçam-se para esbanjar conhecimentos jurídicos.Esse rito processual de muitas instâncias tem que ser corrigido. Deveriam existir apenas duas: o juizado de primeira instância (Tribunal inferior) e o de instância superior (STF). Para que serve o STJ, se os casos divergentes vão morrer mesmo no STF? Se a pendenga jurídica envolvendo o garoto americano já tivesse sido submetida ao STF, não se estaria agora diante de um impasse de repercussão nacional e internacional.Mas nem todas as decisões do Supremo são regras obrigatórias, e vale aqui registrar a recente decisão do STF que autorizou a extradição do italiano Cesare Batistti ainda não cumprida pelo presidente da República.

quarta-feira, 16 de dezembro de 2009

A qualidade do Congresso só depende da sociedade?

"A sociedade não pode se eximir da responsabilidade pela qualidade da representação no Congresso", afirmou o senador Arthur Virgílio (PSDB-AM) ao receber o "Prêmio Congresso em Foco 2009", como o segundo melhor senador do ano.

Realmente, a qualidade do Congresso depende da sociedade. Mas a qualidade de nosso Parlamento também é o reflexo da grande falha constitucional criada por muitos políticos em atividade: o defectivo voto obrigatório.

A verdadeira democracia não pode vir revestida de obrigação política ao povo. Democracia não é obrigação. E é justamente essa grande incoerência constitucional, avalizada pelos constituintes políticos de 1988, sem a participação efetiva da sociedade organizada, a responsável pelo estado presente de um Parlamento brasileiro fraco e descomprometido com a ética e a moral.

O voto obrigatório - inequivocamente - tem servido de moeda de troca ou de favores para políticos se elegerem. Assim, cabe aos ilustres parlamentares reverem o instituto esdrúxulo do voto obrigatório, bem como não esquecerem também de mudar as normas vigentes dos tribunais eleitorais e partidos políticos que deveriam impedir a candidatura ou filiação de elementos não portadores de conduta ilibada ou que estejam respondendo a processo judicial, mesmo sem trânsito em julgado.

Por que até hoje não foi feita a revisão Constitucional prevista na Carta Magna? Seria o momento para enxugar a Constituição, corrigindo as suas imperfeições políticas e deixá-la apenas como uma norma concisa, sucinta, sintética etc, estabelecendo a sua espinha dorsal básica, essencialmente constitucional, ou seja, abordando princípios gerais da organização fundamental do Estado sem descer a pormenores. A sua parte analítica seria realizada por legislação infraconstitucional (lei complementar ou ordinária), evitando-se assim o grande número de emendas constitucionais.

Concomitantemente, deveria ser realizada a grande reforma política, com a participação efetiva da sociedade. Por que falo de participação efetiva da sociedade? Porque o povo como agente principal da democracia não pode continuar na posição secundária, isto é, servindo de coadjuvante de luxo para apenas eleger políticos, sem ter o poder de interferência direta para, quando necessário for, cassar políticos indecorosos. Porque a história tem demonstrado que o nosso Parlamento, em verdade, não cassa ninguém de comportamento inadequado. São princípios de democracia direta e semidireta que estão faltando em nosso sistema constitucional e político

O PT tem inveja do Camelódromo

As observações da vereadora Sofia Cavelon (PT) em plenário, censurando o Camelódromo, são palavras jogadas ao vento e sem consistência. São acusações bizantinas. Isso apenas vem revelar a forma reiterada de atuar do partido dito dos trabalhadores: muitas bravatas ou acusações vazias como se fosse o partido de pura vestal, mas que na verdade tem um telhado de vidro tênue e quebradiço. A representante petista não pode sair jogando pedra no telhado de ninguém. Seu partido não tem moral!Não tenho preferência partidária. Aliás, os partidos políticos brasileiros são uma vergonha. Só servem para agasalhar o cabide de emprego e incompetentes que não têm êxito no mercado de trabalho. O exemplo mais patente é o presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva. Trabalhou pouco na vida. E com sua esperteza precoce escolheu os microfones dos sindicatos para fazer a sua carreira política, fácil, enganando incautos, e hoje arrota "grande mérito" ser presidente do Brasil, eleito por trupe de beócios sem cultura política.Mas os petistas passaram mais de 20 anos administrando Porto Alegre, e pouco fizeram. Transformaram o centro da cidade numa feira livre de camelôs, que emporcalhavam a Capital, dando-lhe um aspecto degradante das feiras livres de características de cidades do sertão nordestino. Não tiveram competência para dar dignidade e local de trabalho salubre a esses trabalhadores informais. E agora, de forma estapafúrdia e irresponsável, vem essa vereadora cuspir fogo ao dizer que os camelôs foram jogados aos leões. Que aleivosia! A vereadora, certamente, tem resquício de inveja por não ter tido competência e coragem, junto com o seu partido, para ter encontrado solução factível àquele antigo quadro que denegria a imagem do centro da cidade.Fala também de injustiça com os carroceiros. Veja só: a vereadora tem mentalidade da idade da pedra. Então, em pleno século 21, com a ebulição do crescimento da cidade, com a frota de carros e motos aumentando vertiginosamente, a vereador Cavelon não tem dó dos animais que são açoitados, têm os seus cascos abrasados pelo atrito do asfalto e vivem estressados se locomovendo, fracos e esfomeados, com carga pesada pela Capital? Tudo tem o seu tempo. E Porto Alegre não pode ficar, sob qualquer pretexto, teimando em manter um retrato preto e branco desbotado de um passado já distante. A Capital não tem mais espaço para carroças. Por causa dessa mentalidade petista retrógada Porto Alegre experimentou mais de 20 anos de atraso, como se constata no envelhecimento da cidade. E o exemplo mais decadente da administração petista foi ter construído um circo de lona no Auditório Araújo Viana, hoje uma vitrine triste no Parque da Redenção.Independente de quem seja o prefeito da cidade, o centro da Capital está mais limpo e menos poluído de vendedores informais.

sexta-feira, 11 de dezembro de 2009

Brasil em missão oficial a Copenhague

A senadora Serys Slhessarenko (PT-MT) vai representar o Senado na 15ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP-15), em Copenhague (Dinamarca). Não sei o porquê de sua indicação. Pois, enquanto o mundo clama por operação de energia limpa para salvar o ecossistema, o clima etc. de nosso planeta, o governo federal - do qual a senadora é representante partidária - vai na contramão e com muita sede para explorar o pré-sal: fonte de petróleo, mas de energia suja, poluente, degradante.
Não entendo a sua indicação ao evento, em Copenhague, para tratar de acordo climático mundial. A senadora representa o pensamento do PT governamental, que está mais preocupado com os dólares que virão da queima de petróleo do pré-sal do que para tratar de energia limpa visando socorrer o nosso combalido planeta. Assim, não compreendo a sua viagem em missão oficial para participar com isenção de um evento dessa magnitude porque a senadora representa o pensamento do pré-sal do governo Lula.Por outro lado, a senadora Serys não vai querer desobedecer ao "seu chefe Lula", condenando, no COP-15, a continuação insana da queima de petróleo como um dos elementos nocivos que têm contribuído para o efeito estufa e desequilíbrio climático mundial, cujos resultados já são sentidos, principalmente na região Sul brasileira, com fortes vendáveis, ciclones, tufões etc., que têm intranqüilizado muito as famílias dessas regiões conflagradas.

terça-feira, 8 de dezembro de 2009

Telhado de vidro

O PT propõe abertura de CPI contra a senadora Kátia Abreu (DEM-TO), em represália ao papel ativo da senadora na criação da CPI do MST que investiga os repasses de verba federal a cooperativas ligadas ao Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra. Quem é o PT para reclamar da CPI do MST? Partido de telhado de vidro não pode querer jogar pedra no telhado de ninguém!Por que esses movimentos subversivos dos Sem Terra tomaram fôlego no País? Porque são alimentados com dinheiro do governo federal, isto é, com o dinheiro de nossos impostos. Preciso dizer mais? Por isso não se toma medida dura contra essa corja de bandoleiros e malandros travestidos de humildes camponeses.No entanto, todas as CPIs envolvendo a "companheirada" - e a CPI do Mensalão da Câmara Federal foi o exemplo mais marcante envolvendo a trupe petista, o dito partido da vestal, que de vestal não tem nada: no PT só tem vivaldino igual a Lula, José Dirceu, José Genoino, Palocci, Delúbio Soares, João Paulo Cunha e outros espertalhões - foram dificultadas pelo PT. Como agora o deputa federal, Anselmo de Jesus (PT-RO), tem a pachorra, a cara de pau e audácia de pretender abrir processo parlamentar contra a senadora Kátia Abreu, que investiga desvio de conduta do governo federal, grave, ao alimentar com dinheiro público cooperativas que sustentam despesas de invasores de propriedades particulares e públicas?Deputado, vá procurar o que fazer de útil à nação. Empregue melhor o seu mandato para defender as verdadeiras causas nacionais. Não sirva de representante dos descumpridores de leis, de regras de conduta, enfim, de subversivos. O seu governo, Lula, não faz a reforma agrária porque não quer. Ele alimenta essa onda de invasões no campo porque tem interesse solerte contra aqueles que produzem na terra. São teorias comunistas ultrapassadas querendo tirar de quem trabalha. Macaco que não olha para seu rabo (sujo) não pode pisar no rabo de ninguém.

domingo, 6 de dezembro de 2009

Previdência Social deficitária?

O Brasil padece por ser administrado por políticos. A sensibilidade política está voltada apenas aos seus interesses e de grupos que representam. Há políticos sérios, mas são exceções minoritárias. Desses que estão no Congresso, destaco o senador Paim, que exerce o seu mandato independente da orientação "burra" de seu partido. É um grande defensor dos trabalhadores em geral: ativos, aposentados e pensionistas.O presidente Lula, com as suas bravatas sindicalistas, sempre defendeu a bandeira de reversão das injustiças sociais e da indignidade salarial das classes trabalhadoras. Parecia conhecer os velhos problemas da Previdência Social. Mas o seu primeiro gesto de traição a direitos de trabalhadores foi confiscar parte dos proventos de aposentadoria de servidores e pensionistas do serviço público, instituindo a taxação de 11%, respalda por um tribunal (STF) de indicação política, que era liderado por outro político de toga, Nelson Jobim.Por que o governo até hoje não abriu a caixa-preta da Previdência Social para mostrar os verdadeiros e poderosos devedores da Previdência Social? O governo federal deve ser um dos potenciais devedores. Todos os previdenciários são credores desses, vamos dizer assim, estelionatários ou ladrões de nossas contribuições. Existe, por acaso, algum parecer técnico do Tribunal de Contas atestado a veracidade do déficit previdenciário? Já ouvi o senador Paim dizer que não existe. O Brasil deveria conhecer a real situação da Previdência, através de demonstração pública de fluxo de caixa, contabilmente, desde a época da construção de Brasília.A incompetência dos gestores políticos de governos que malversam e malversaram a Previdência Social é uma dívida que temos de continuar cobrando. Não podemos aceitar que os políticos continuem a falar sobre o suspeito déficit previdenciário sem mostrar o seu fluxo de caixa e os seus devedores. Alguém tem que ser responsabilizado para pagar o prejuízo causado à Previdência Social, e não o contribuinte previdenciário.Como pode um país, dito organizado constitucionalmente, não dispor a cada contribuinte previdenciário o extrato de suas contribuições com os respectivos saldos de previsão para suas aposentadorias? Toda contribuição previdenciária funciona como um seguro pago, durante a vida trabalhista, para receber mais tarde (no futuro) quando se aposentar. Logo, tal contribuição tem que ser devolvida, no prazo certo ao trabalhador e atualizada monetariamente. E nada justificam os critérios políticos de aviltamento dos valores das aposentadorias e pensões previdenciárias, as quais e por equidade devem ser atualizadas pelo menos em função do índice de reajuste do salário mínimo. Pois a razoabilidade e a lógica apontam que se você se aposentar, por exemplo, com três salários mínimos, estes deveriam ser sempre o quantitativo a receber.A Previdência Social não pode continuar sendo objeto de mudanças de regras ao gosto do sabor político. E nem o seu contribuinte sujeito aos efeitos desses balões de ensaios. Já está passando da hora de a caixa-preta previdenciária ser aberta à visitação pública. Assim, o senhor presidente Lula deveria salvar sua bandeira de campanha política, respeitando a dignidade salarial dos aposentados e pensionistas previdenciários, reajustando condignamente os valores de suas aposentadorias e pensões com base no índice de reajuste do salário mínimo. E a possível ingratidão do presidente Lula deverá ser respondida nas urnas por todos os aposentados e pensionistas previdenciários.

sábado, 5 de dezembro de 2009

Bobo da corte internacional

No rumoroso esquema de corrupção do governo do Distrito Federal, segundo Lula as imagens não falam por si. Genial, presidente! Somos, patuléia, por acaso um bando de cegos, beócios e desvairados, para não atestar que naquelas cenas está o triste retrato do comportamento de boa parcela de nossos políticos?
Essas ocorrências nefastas, proporcionadas por indignos cidadãos políticos, têm contribuído negativamente para a imagem parlamentar brasileira. Mas o que nos chama a atenção é a forma contemplativa como tem se posicionado o nosso governo federal na tentativa de amenizar a culpabilidade de políticos envolvidos. Esse comportamento presidencial cortesão representa um grande desrespeito à ética e à moralidade, porque envolve a coisa pública.
Em vez de o presidente da República, precipitadamente, vir tecer comentários descabidos, como se fosse o juiz da verdade, em defesa de indecorosos, deveria comedir suas palavras, para não ferir a decência pública. O presidente fala pelos cotovelos como se ainda estivesse empunhando um microfone nas épocas de militância sindical.
No plano de políticas externas, o presidente da República se comporta como o bobo da corte internacional tentando cooptar platéia. Faz muito bem o papel de truão, divertindo com suas chalaças os chefes de governos estrangeiros em suas andanças. É o cara! Talhado para ser mambembe. Ele é o próprio contraditório. Vende no exterior a imagem de um Brasil irreal. Não sabe o que diz, aliás, quando esquece a decoreba do texto, dana-se a dizer estultices. Quem já considerou Sarney um exemplo de passado político não pode mesmo ter noção do que diz.

terça-feira, 1 de dezembro de 2009

Arruda continua o mesmo

Cada dia que passa, mais os políticos nos envergonham. Existem pessoas sérias desempenhando mandatos, mas são poucas. Quando se questiona o caso dos candidatos ou políticos "ficha-suja", que deveriam ser impedidos de disputar qualquer pleito, o nosso Parlamento e Judiciário não demonstram boa vontade para corrigir imoral erro, respaldado na Constituição brasileira, quando trata do "trânsito em julgado (Art.5º-LVII)". Por essa generalidade constitucional, pagamos um preço muito alto ao assentarmos na ribalta do poder elementos inescrupulosos que deveriam ser reprovados na inscrição do vestibular à carreira ou mandato político. E aqui está, gozando de privilégios e imunidades parlamentares, uma plêiade de cidadãos sem conduta ilibada, que desdenham de nossas caras, gastam o dinheiro da nação e ainda são eleitos graças à incoerência democrática (constitucional) do voto obrigatório. Quando o governador do Distrito Federal, José Roberto Arruda (DEM), foi flagrado no episódio do painel do Senado, em 2001, e negou categoricamente por toda a sua geração que não cometera irregularidade e depois veio pedir desculpas pelas mentiras cometidas e perdão ao País, aos filhos, esposa e a todos os diabos que o protegem, ali ficou tisnada a marca de sua personalidade indecorosa política. E a sua carreira política deveria ter se encerrada naquele momento, não fosse a leniência reinante de nossos tribunais eleitorais e dos frágeis partidos políticos, que fazem vistas grossas às condutas dos candidatos. E agora, vergonhosamente, o País assiste a mais uma presepada ou espetáculo ridículo em que é protagonista o Sr. José Roberto Arruda, mergulhado em maracutaia ao receber propina juntamente com outros elementos de seu governo e políticos distritais. Antes havia o "homem da cueca”, agora temos o "homem da meia" e o ''homem do panetone". É tudo gente fina da melhor estirpe botando a mão na boca da botija cheia de grana e sem o menor escrúpulo. O Código Penal é pouco para esses almofafinhas de colarinho branco.Mas não culpemos somente os nossos tribunais eleitorais e partidos, mas também o voto obrigatório, que é trocado por qualquer moeda ou promessa, bem como a qualidade de nosso irremediável eleitor, que continua a eleger qualquer um.Assim, o DEM deveria incontinenti expulsar do partido o senhor Arruda, porque o caso é muito grave. Tão grave que a OAB está pedindo o seu impeachment.Julio César Cardoso

sábado, 28 de novembro de 2009

Emprego de luxo de ex-políticos

Muitos privilégios políticos têm que ser mudados nas regras constitucionais brasileiras. E somente através da introdução de princípios de democracia direta e semidireta, atribuindo ao povo (sociedade organizada) poder, como fiscal público e do Parlamento, poderá haver mudanças substantivas de critérios constitucionais e políticos no Brasil.
É uma incoerência que um tribunal técnico, que fiscaliza as contas públicas, não seja constituído por cidadãos concursados, sem laivos de favorecimento político, e que tenham formação superior em auditoria pública.
Os Tribunais de Contas têm se constituído em emprego de luxo e/ou "depósito" de ex-políticos (bem remunerados) não reeleitos ou que prestam ou prestaram serviços aos governos. E qualquer cidadão brasileiro mais atento a essas promiscuidades das benesses públicas, conferidas a políticos ou ex-políticos, se revolta ao ver o País continuar mergulhado no jeitinho safado de sempre tirar vantagem, com o respaldo do Congresso Nacional.
Temos hoje o STF e os Tribunais de Contas, com pouca credibilidade pública, porque os seus membros são forjados por indicações políticas. Essa forma política de preenchimentos dos cargos superiores de nossos tribunais é constitucional, mas imoral. Era para já ter sido corrigida.
E só para rememorar. Recentemente, tivemos o caso emblemático de indicação política ao STF do advogado José Antônio Dias Toffoli, "imberbe" na vida jurídica, sem maturidade, sem obra escrita, sem pós-graduação, com duas condenações, portanto, sem reunir as condições exigidas na Constituição: notório saber jurídico e conduta ilibada. Tivemos também a indicação ao TCU do Ministro de Relações Institucionais José Múcio Monteiro (PTB-PE). E agora, no Rio grande do Sul, a indicação do deputado estadual Marco Peixoto (PP) ao Tribunal de Contas Estadual (TCE).

quinta-feira, 26 de novembro de 2009

Eles só querem mamar

Segundo o jornal Folha de S. Paulo, a análise de duas mil notas fiscais teria detectado endereços falsos de empresas que prestam serviços a vários parlamentares, que utilizam da benévola verba indenizatória (cerca de R$ 15 mil) para cobrir as despesas relativas às suas atividades.

O deputado Marco Maia (PT-RS), vice-presidente da Câmara, fica irado com essas notícias investigadas pela imprensa, da mesma forma como ficou raivoso quando foram reveladas as estripulias dos gazeteiros.

Lamentavelmente, esse é o triste perfil da maioria de nossos parlamentares: só querem mamar nas tetas da nação. Poucos são aqueles que realmente trabalham e respeitam o dinheiro público. A maioria dilapida o erário pelas facilidades que encontram dentro de um sistema de leniência longevo e montado para fazer vistas grossas a essas bandalheiras.

Ser parlamentar, no Brasil, é um grande negócio e uma dádiva caída do céu: muita mordomia, muito dinheiro à disposição. Mas votar as leis importantes de interesse da coletividade, isso não interessa, quer dizer, se for para barganhar um "toma lá, dá cá", dentro do espírito fisiologista vigente no Parlamento, aí sim poderá ser votada alguma coisa.

Os senhores parlamentares deveriam se espelhar na Suécia. Lá, os parlamentares têm consciência do dinheiro público. Não vivem de mordomias. Não dispõem de apartamentos funcionais requintados. E não escapam dos serviços para viajar nas quintas-feiras a seus redutos estaduais.

Se os nossos parlamentares fossem mais responsáveis não estariam sendo objeto de críticas na imprensa.

segunda-feira, 23 de novembro de 2009

Para que serve uma decisão do Supremo?

Um grupo de parlamentares e membros da Comissão de Justiça da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) pretendem interceder junto ao presidente da República pela permanência do ex-ativista político italiano Cesare Battisti no Brasil. No dia 18 último, o Supremo Tribunal Federal (STF), por cinco votos a quatro, votou por sua extradição, cabendo a Lula decidir se Battisti, condenado pela Justiça Italiana à prisão perpétua por participação em quatro assassinatos, permaneça no País ou será extraditado.

Para os demais mortais nacionais, uma decisão do Supremo é uma ordem: cumpra-se. Então, para que criar uma exceção, uma excrescência sem necessidade? Estão querendo abrir um precedente perigoso a uma decisão do Supremo. E ademais um desconforto internacional com a Itália, cujo País reclama o direito de punir um cidadão que à luz dos preceitos italianos cometeu crimes.

O sentimento de humanidade é uma manifestação plausível. Mas não podemos ser juiz de procedimentos perpetrados por cidadãos alienígenas dentro de seus territórios, porque senão estaremos nos intrometendo em regramentos internos de países estrangeiros.

Por outro lado, em caso da não extradição pelo presidente da República, como ficará a credibilidade de decisão da Corte brasileira perante o cenário internacional das nações, bem como diante de nossos cidadãos que poderão arguir também tratamento similar?

quinta-feira, 19 de novembro de 2009

A cobrança da sociedade é um direito constitucional

Existem no Congresso Nacional parlamentares - mas são poucos - que exercem seus mandatos com dignidade, sabem cumprir com as suas obrigações parlamentares e respeitam o voto de cada eleitor. Mas a maioria não deveria estar no Parlamento. E é graças ao voto obrigatório, trocado por qualquer "moeda", que esses parlapatões se elegem para enxovalhar a imagem do Congresso Nacional.Os maus políticos não deveriam ser defendidos. Quando o deputado Marco Maia (PT-RS) e outros saem em defesa, por exemplo, de "gazeteiros", não podem esperar da sociedade aplauso. Mas sim revolta de todos aqueles contribuintes nacionais que continuam pagando alta carga tributária, sem retorno em serviços públicos de boa qualidade, e ainda são espoliados para pagar os salários de muitos parlamentares, com pouca produção, e que só se interessam por seus negócios particulares e políticos ou de grupos que representam. Aqueles que trabalham com dignidade no Congresso Nacional não estão fazendo nenhum favor, mas cumprindo com suas obrigações. Foram eleitos para isso. E a sociedade sabe muito bem distinguir o joio do trigo, para poder criticá-los.Os senhores políticos estão mal-acostumados e pensam que podem tudo, inclusive fazer gazeta ou proteger os amigos gazeteiros. O que os senhores querem é o nosso silêncio e a nossa omissão para continuarem agindo sem fiscalização. E se não fosse o trabalho investigativo do jornalismo brasileiro - contrariando muitos interesses políticos e principalmente do PT - a sociedade não ficaria sabendo dos procedimentos irregulares da vida política nacional. Temos consciência da lisura do trabalho de parlamentares, mas muitos deixam a desejar no cumprimento de suas obrigações. Não temos desrespeito para com o Congresso. Mas dentro de nossos direitos constitucionais não deixaremos de cobrar os deveres dos senhores parlamentares. Falar que trabalham quatro anos sem férias é pura falácia: gozam de 55 dias por ano por recesso parlamentar.O vice-presidente da Câmara, deputado Marco Maia (PT-RS), pode não gostar de ser observado, mas como se aceitar, por exemplo, a atitude do deputado Olavo Calheiros (PMDB-AL), que, segundo reportagem de Evandro Éboli para o Globo deste domingo, foi flagrado às 09h18min batendo o seu ponto e às 09h45min do mesmo dia pegando o avião de volta para Maceió?

quinta-feira, 12 de novembro de 2009

Gazeteiros da Câmara Federal

Esses parlamentares que faltam aos trabalhos ou transigem com os gazeteiros na Câmara Federal deveriam respeitar o contribuinte, que é surrupiado para, entre outras coisas, bancar o salário de políticos. Em qualquer empresa privada quem não comparecer ao trabalho ou não ficar até o final do expediente - sem justa causa - é penalizado. Por que no Parlamento brasileiro é diferente? Nas segundas-feiras já não fazem nada e nas quintas idem porque muitos só vão ao plenário bater ponto e logo debandam a seus estados. Aos políticos brasileiros falta fiscalização externa da sociedade, com poder de punir e cassar, por exemplo, os gazeteiros inescrupulosos. Essa leniência com procedimentos irregulares de parlamentares demonstra a falta de seriedade da política brasileira, formada por parlapatões esmerados em enganar o eleitor nacional.
Os senhores deputados Michel Temer (PMDB-SP) e Marco Maia (PT-RS), respectivamente, presidente e vice-presidente da Câmara Federal, dão maus exemplos de dirigentes políticos (irresponsáveis) ao condescenderem com os políticos gazeteiros. E isso não é surpresa, pois no caso dos "passeadores" com cotas de viagem, o presidente da Câmara Federal, Michel Temer, não teve a coragem de chamá-los à responsabilidade e passou uma borracha imoral naquele episódio. Da mesma forma contestamos o corregedor da Câmara, deputado Antônio Carlos Magalhães Neto (DEM-BA), bem como o procurador, deputado Sérgio Barradas Carneiro (PT-BA), que também defendem os gazeteiros.
Lamentavelmente, este é o quadro deplorável de comportamento do Parlamento brasileiro: políticos irresponsáveis, não cumpridores de suas obrigações, e sem respeito social, arvoram-se em poderosos para mandar e desmandar, e trabalham quando querem, mas recebem mensalmente suas benesses custeadas às nossas custas. Há exceções de políticos responsáveis, mas são poucos.
Triste País onde proliferam políticos oportunistas, parlapatões e que só sabem tungar o dinheiro da nação. E graças ao voto obrigatório, trocado por qualquer dinheiro ou promessa, elementos indecorosos vão continuar sendo eleitos.

terça-feira, 10 de novembro de 2009

Dignidade aos aposentados do INSS

O deputado Michel Temer declarou que acordo entre governo e aposentados é a melhor solução para o impasse do reajuste salarial. Faz-me rir com a sua saída salomônica! Mas para reajustar os salários políticos dos senhores parlamentares o Tesouro está sempre à disposição e nunca haverá problema ao caixa do governo. Vamos deixar de ser hipócrita, deputado Temer, e passe a respeitar a dignidade de reajuste salarial de quem trabalhou a vida toda e não precisou das benesses políticas para viver.

Aprove a proposta do senador Paulo Paim que, mesmo sendo do PT, representa um dos poucos homens públicos de caráter, de respeitabilidade, de sensibilidade social, no Parlamento nacional, e que sabe defender os direitos dos trabalhadores. Os demais compõem uma trupe de oportunistas que só vive de politicagem querendo sempre bajular os governantes ou dele tirar vantagem.

O aposentado deve ser respeitado. Ele não está pedindo favor, mas exigindo os seus direitos constitucionais de reajuste salarial. E nada mais plausível e lógico que seu reajuste obedecer ao mesmo índice de reajuste do salário mínimo, para recompor o seu poder de compra.

A proposta do deputado Henrique Fontana é sempre indecorosa porque ele só está preocupado em defender os interesses governamentais. Ele é um parlamentar abonado que não precisa de aposentadoria da Previdência Social para viver. A sua proposta "conciliatória" nada mais é do que uma manifesta atitude fascista contra as reivindicações legítimas da classe dos aposentados e pensionistas. Se o deputado Henrique Fontana estivesse na oposição, certamente estaria agora defendendo os aposentados. Trata-se, portanto, de um parlamentar politiqueiro a serviço do governo federal, e sem sensibilidade social. Ele é da mesma escola do Guido Mantega: só quer punir a sociedade.

terça-feira, 3 de novembro de 2009

Maranhão do Sul

É preciso muita prudência nesses projetos ambiciosos de criação de mais Estados federativos. Geralmente, grupos políticos interessados enxergam a oportunidade de tirar vantagem sob todas as formas. Para que mais Estados se os entes federativos existentes já não conseguem resolver os seus graves problemas sociais?O problema do Maranhão e de outros Estados similares está relacionado à falta de implementação de mudança comportamental e cultural de natureza política. Enquanto não forem combatidos os velhos vícios que locupletam políticos oportunistas e venais, não sobrará dinheiro para investimento social e cultural.
Não é através da fragmentação estadual visando à emancipação política de algumas cidades com nova roupagem de ente federativo que esses municípios crescerão. Mas mudando o perfil estadual de políticas públicas com a participação substantiva da sociedade organizada.
O povo não pode permitir que o engodo de interesses políticos tente direcioná-lo a este ou àquele lugar. Quanto custa a criação de um novo Estado federativo? O Brasil não resolve os seus graves problemas sociais, pela incompetência de nossos políticos, e ainda querem "brincar" fundando novo Estado?
Estados como o Maranhão precisam sepultar a sua forma viciada de eleger velhos e ladravazes dirigentes políticos e que até hoje só se locupletaram em detrimento da pobreza estadual. Cabe, portanto, à sociedade maranhense selecionar melhor os seus políticos para que o Estado cresça em riqueza, cultura e política, sem a necessidade de se fragmentar para atender aos apelos de ambiciosos políticos.

domingo, 25 de outubro de 2009

Lula reclama de fiscalização

É muita pieguice as extravagantes considerações do presidente da República acerca da burocracia ou entraves de natureza administrativa brasileira. Ele revela não conhecer os velhos problemas burocráticos de nossa administração pública. Se realmente conhecesse, desde o início de seu governo já teria tomado providências para dar continuidade ao projeto de desburocratização do País, iniciado há 30 anos pelo ex-ministro da desburocratização Hélio Beltrão.
Como o presidente Lula estava acostumado a conviver na vida sindical, onde com as suas bravatas falava o que queria contra todos os governos, inclusive enganando os incautos brasileiros de que seria a solução para os crônicos problemas nacionais, agora sob a vigilância de regras constitucionais se vê tolhido de implementar a sua maneira de agir. Por isso, cospe fogo declarando que encontra dificuldade para governar ao não poder chancelar obras governamentais para a sua vitrine política, chegando ao ridículo de desqualificar a autoridade de um funcionário público de quarto escalão que - por erro ou má fé - tenha causado a paralisação de uma construção.
Ao afirmar, durante a cerimônia de posse do novo advogado-geral da União, que o país está "travado" por órgãos de fiscalização, ele deveria saber que preside uma Nação constituída por regras constitucionais. E que a Constituição brasileira ainda não foi alterada para satisfazer o seu sabor político. Talvez insinue ou tenha inveja da forma dissimulada ditatorial de seu amigo Hugo Chávez, que manipula a Constituição venezuelana ao seu modo de governar.
Lula sugeriu que fosse instituído um comitê ou câmara "inatacável", para decidir sobre paralisação de obras públicas de seu governo. Bem, o que ele deseja mesmo é que a "competente" companheirada do PT assumisse esse posto para, à revelia legal, dar andamento a seu projeto expositivo político de inaugurar obras, visando fortalecer a candidatura da ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff, à Presidência da República.

quinta-feira, 1 de outubro de 2009

STF não pode ser órgão de bondade política

Respeita-se a opinião contrária, mas o STF não pode se transformar numa casa de bondade política do governo (petista) para atender aos amigos, pois o advogado José Antônio Dias Toffoli é um conhecido prestador de serviços advocatícios do Partido dos Trabalhadores. E a sua suspeição para julgar casos de interesse do governo, no STF, é mais do que um indicativo que recomendaria a desaprovação de seu nome ao tribunal. Tantos brasileiros existem e não são lembrados - com grande formação jurídica, cursos de pós-graduação, obras publicadas, experientes, amadurecidos e com perfil de julgador - para fazer parte de nossa Academia Jurídica, onde deveriam estar, apoliticamente, as grandes autoridades do saber jurídico do País. E o governo vem dar oportunidade, por critérios esdrúxulos e suspeitos, a um cidadão que ainda não reúne a competência jurídica necessária que se espera de um membro da última instância de nosso Judiciário? Causa espécie, portanto, tal indicação, o que expõe e compromete a seriedade de nosso maior tribunal. Ter apenas experiência diária forense não credencia um profissional do Direito para estar preparado a desempenhar a nobre e complexa função de ministro do STF.
Lamentavelmente, o STF é um órgão de indicação política governamental. Uma incoerência constitucional que já deveria ter sido corrigida pelo Congresso para preservar a isenção, a neutralidade, a imparcialidade e a seriedade das decisões da Suprema Corte do País.Quem se julga com grande saber jurídico, para fazer parte do mais importante tribunal do País, não pode revelar desconhecimento comezinho de legislação trabalhista. Veja a reportagem abaixo.Toffoli comete gafe durante sabatina no SenadoEUGÊNIA LOPESAgencia Estado BRASÍLIA - Acusado pelos adversários de não ter notório saber jurídico, o futuro ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), José Antonio Dias Toffoli, cometeu pelo menos um erro hoje durante sua sabatina de quase sete horas na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado. Toffoli afirmou que as empregadas domésticas têm direito hoje a 20 dias de férias. O novo ministro está atrasado em três anos: desde 2006, pela Lei 11.324, que as empregadas ganharam o direito a 30 dias de férias, como os demais trabalhadores. O "escorregão" de Toffoli sobre a legislação trabalhista ocorreu quando os senadores perguntaram sua opinião sobre as férias de 60 dias da magistratura."Por que a empregada não tem férias de 30 dias como qualquer outro trabalhador? Por que as empregadas domésticas têm apenas 20 dias de férias?", indagou Toffoli. Ele se esquivou de dar sua opinião sobre as férias de dois meses dos juízes. Lembrou que essas férias maiores são legais e que esse é um tema que deve ser debatido pela sociedade e pelo Congresso.

segunda-feira, 28 de setembro de 2009

Tribunal de Contas ou cabide de emprego de ex-políticos?

Muitas coisas têm que ser mudadas nas regras constitucionais brasileiras. Não se vê interesse político por essas moralizações. Somente com a investidura constitucional - através da introdução de princípios de democracia direta e semidireta - conferida ao povo (sociedade organizada), como fiscal público e do Congresso etc., poderá haver mudanças substantivas de critérios políticos no Brasil.É uma excrescência que um tribunal técnico que fiscaliza as contas públicas não seja constituído por cidadãos concursados, sem laivos de favorecimento político, e que tenham formação superior em auditoria pública.Os tribunais de contas têm se constituído em emprego de luxo e/ou "depósito" de ex-políticos (bem remunerados) não reeleitos ou que prestam ou prestaram serviços aos governos. E qualquer cidadão brasileiro mais atento a essas promiscuidades das benesses públicas, conferidas a políticos ou ex-políticos, se revolta ao ver o País continuar mergulhado no jeitinho safado de sempre tirar vantagem, com a farra de privilégios públicos sendo escancaradamente oficializada ao sabor do gosto político de governos irresponsáveis, e o pior, com o respaldo do Congresso Nacional.Temos hoje duas instituições, de pouca seriedade, que são o STF e o TCU por terem os seus membros forjados por indicações políticas. Até quando os senhores parlamentares compactuarão com essa forma vergonhosa de preenchimento de nossos tribunais? Agora mesmo temos mais um caso emblemático de indicação política do governo de um cidadão (Toffoli) "imberbe" na vida jurídica, sem maturidade, sem obra escrita, sem pós-graduação, com duas condenações, portanto, sem reunir as condições exigidas na Constituição: notório saber jurídico e conduta ilibada; bem como a recente aprovação ao TCU do Ministro de Relações Institucionais José Múcio Monteiro (PTB-PE).Que a sociedade se manifeste para denunciar e coibir essa distribuição política de empregos públicos - verdadeira benesse de cabide de emprego altamente remunerado - respaldada em nossa benevolente Constituição.

quinta-feira, 24 de setembro de 2009

Congresso garante a farra de vereadores

Finalmente, o trem da alegria de vereadores foi aprovado, para garantir o curral de votos de muitos parlamentares que não pensam no Brasil. Só pensam em tirar vantagem das benesses públicas que são custeadas com o suor de brasileiros honestos e trabalhadores que pagam altos impostos neste País. Realmente, é uma grande sorte ser político no Brasil: para mamar e quase não fazer nada. Vejam: 81 senadores e 513 deputados federais. Um Congresso inchado e inoperante que só dá despesa desnecessária, quando esse dinheiro seria mais bem utilizado em programas sociais.Quando a sociedade reclama pela redução do inchado Congresso Nacional, eis que a corporação legislativa federal, na contramão da opinião pública, para satisfazer interesses paroquiais espúrios, decide aumentar a quantidade de vereadores no País, contrariando decisão do STF. Uma vergonha, principalmente sabendo-se que em muitas cidades brasileiras eles não fazem nada.
Por que, democraticamente, através de consulta popular, plebiscito, a sociedade brasileira não foi ouvida? Respondo: porque os nossos parlamentares, com raras exceções, são hipócritas e covardes, e dão as costas ao eleitor brasileiro. À farra dos vereadores prevaleceu a máxima prerrogativa de o Legislativo votar as leis ao sabor de seus inconfessáveis interesses.Esse é o Congresso Nacional corporativo, do jeitinho espúrio, da pouca-vergonha, e que não serve de exemplo para nada. Enquanto legião de brasileiros está à procura de emprego honesto, estudando, fazendo concurso público ou lendo os anúncios de empregos nos jornais, parasitas e oportunistas são bafejados com "empregos" de vereadores proporcionados por parlamentares federais que não respeitam os gastos públicos.Esses parlamentares que aprovaram a PEC dos vereadores são uns imorais e prepotentes. Foram eleitos pelo povo, mas não respeitam a opinião da maioria dos cidadãos brasileiros que são contrários a essa farra de emprego de vereadores. Os senhores políticos são o câncer maligno dos gastos públicos. Se o eleitor tivesse um pouco de cultura política e vergonha não votaria em ninguém nas próximas eleições.
Estamos enojados desses parlamentares hipócritas e parlapatões iguais ao José Sarney, que só querem tirar vantagem.

segunda-feira, 21 de setembro de 2009

Lula, respeite o STF

Senhor presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, não esqueça de que as instituições públicas brasileiras devem ser preservadas dos interesses de políticas partidárias, principalmente o Supremo Tribunal Federal.

A lógica e a seriedade jurídica recomendam que os membros do STF sejam pessoas (probas) sem laivos que desabonem a sua conduta e inclusive na Justiça. Ora, o advogado-geral da União, José Antônio Dias Toffoli, foi recentemente condenado pela Justiça do Amapá por conta de um contrato firmado pelo então governador do Amapá, João Capiberibe, com o escritório do advogado em Brasília. Logo, o presente fato, por si só, não credencia o Dr.Toffoli para assumir uma cadeira na Suprema Corte Judicial brasileira.

E como fica o grande saber jurídico? Consta que o referido advogado já foi reprovado em dois concursos públicos para ingresso na carreira de juiz. E não tem pós-graduação. Cabe aqui reproduzir as considerações do presidente do STF, Gilmar Mendes, em defesa do dr. Toffoli: "Não vale a pena ficar especulando sobre isso. A questão fundamental é: isso tem relevo para eventualmente justificar uma recusa? Em princípio, não me parece que seja o caso."

Que vergonha as considerações do ministro Gilmar Mendes! Então, qualquer cidadão (ficha suja) com condenação na Justiça já pode ter assento na Suprema Corte? As coisas no Brasil vão de mal a pior. Por isso, as instituições públicas estão desacreditadas. O STF é um órgão político. Os seus membros não deveriam ser indicados pelo presidente da República. Já está na hora se alterar o respaldo constitucional.

Causa espécie, portanto, a indicação - para o quadro de ministro do STF - de um advogado que já prestou serviços advocatícios ao PT. Ademais, é preciso que os ministros do STF sejam pessoas suficientemente experientes, com tempo de vida jurídica, que tenham condição de saber avaliar com o equilíbrio da razão as mais diversas situações. Não basta apenas ser possuidor de grande saber (teórico) jurídico. Para ser ministro do STF tem que ter perfil de juiz, de julgador.
Dentro do bom senso, a indicação do Dr. Toffoli ao STF não deveria merecer aprovação do Senado Federal.

sexta-feira, 18 de setembro de 2009

Violência no futebol

O Santos anunciou a contratação do zagueiro Edu Dracena, de 28 anos, que teve como seu último clube o Fenerbahce, da Turquia. A diretoria confirmou a negociação através do Twitter do alvinegro. Edu Dracena chegará ao Santos na próxima segunda-feira, quando realizará exames médicos antes da assinatura do contrato, no CT Rei Pelé. A contratação do zagueiro foi um pedido do técnico Vanderlei Luxemburgo, que afastou Domingos da equipe por considerá-lo violento. O zagueiro se envolveu em disputa de bola com o goleiro Rafael, que acabou com a perna fraturada. A CBF deveria eliminar o jogador Domingos do esporte profissional. Só assim, servindo de exemplo de disciplina esportiva, se reduziria a violência dentro de campo entre jogadores profissionais.

terça-feira, 15 de setembro de 2009

Candidatura à Presidência da Repúlica

Conforme notícia da Agência Senado, o senador Cristovam Buarque (PDT-DF) defendeu, nesta sexta-feira (11), que o PDT tenha candidatura própria à Presidência da República e colocou seu nome à disposição do partido. Cristovam também defendeu o surgimento de outros candidatos que falem em "mudar a cara do Brasil" e afirmou que o que se precisa buscar agora, mais do que continuidade, é avanço.
- O governo do presidente Lula é um avanço em relação ao que acontecia no passado, mas um avanço insuficiente. Precisamos que o Brasil avance mais - sustentou o senador, afirmando que, dos nomes hoje na disputa, só o de Marina Silva vem com a ideia de mudar a cara do país.
Para Cristovam, o importante é que os eleitores tenham a opção de votar em candidatos com propostas alternativas, que apresentem uma dimensão transformadora, que não representem continuísmo e muito menos o retrocesso.
- Não importa se [o candidato] será viável ou não do ponto de vista eleitoral, se chegará ao segundo turno, mas que traga sua marca de um Brasil diferente. Se meu partido quiser, estou pronto para carregar essa bandeira de novo - declarou ele.
Não posso entender partidos políticos que não tenham condição de se apresentar com candidatura própria em todos os pleitos. Por isso, só a favor do enxugamento dessa proliferação de agremiações ou, simplesmente, siglas partidárias.Numa eleição de dois turnos, todos os partidos deveriam lançar seus próprios candidatos. É o mínimo que se deve esperar da razão de existência de um partido político. Num segundo turno, aí sim poderia haver a liberdade de apoio aos partidos que disputarão o pleito.
Chega a ser vexaminoso, por exemplo, o maior partido político brasileiro, o PMDB, não ter candidatura genuína à Presidência da República. Deveria ser uma exigência constitucional, para justificar a permanência de um partido político, que ele sempre tivesse candidatura própria para disputar todos os pleitos.

terça-feira, 8 de setembro de 2009

Pré-sal:responsabilidade ou irresponsabilidade?

Senhor presidente Lula, ser prudente é demonstrar responsabilidade e racionabilidade. Afirmar que o pré-sal será a independência do Brasil não deixa de ser uma jogada política conhecida de persuasão social.
Não se deve brincar com a população com propostas mirabolantes. Enquanto se tem dinheiro para aplicar numa “tentativa” de longo prazo, cresce a quantidade de pessoas miseráveis dormindo como “porcos imundos” por todas as ruas das cidades brasileiras.
Então, o presidente da República prefere ver morrer à míngua uma legião de brasileiros paupérrimos, desempregados, esfarrapados, alcoolizados, esfomeados e sem um teto para morar por todo o Brasil a dar logo dignidade de viver a esses cidadãos brasileiros que não tiveram a sorte de serem políticos como vossa excelência? Quantos irmãos brasileiros vivendo abaixo da linha de pobreza ou que não encontram emprego para custear as suas necessidades vitais, vítimas de políticas governamentais irresponsáveis, poderão morrer por inanição precocemente porque a megalomania de um governo prefere investir altas somas no imponderável, ou seja, num “pré-sal” que não se pode avaliar com certeza, no curto prazo, o retorno do capital aplicado?
Gostaria de saber se vossa excelência administrasse a sua casa teria coragem de aplicar o seu dinheiro numa empreitada arriscada? A não ser que vossa excelência seja um desses malucos que arriscam na Bolsa de Valores. Tudo indica que vossa excelência quer usar o pré-sal como combustível para campanha política ao Planalto, e ter o seu nome cunhado numa obra que poderá ser considerada faraônica pelo volumoso custo de um empreendimento de retorno incerto. É o que se pode depreender.
E não se esqueça, presidente Lula, de que as pesquisas por energias alternativas não poluentes deveriam merecer maior atenção, e que um país só se tornará forte quando o seu governo se voltar à responsabilidade de fazer investimentos maciços em educação.

sexta-feira, 4 de setembro de 2009

Saúde pública, uma vergonha

Senadora Serys Slhessarenko (PT/MT), a saúde pública de Cuiabá, como em todo o Brasil, enfrenta uma séria crise, por quê? Essa resposta, com certeza, a senhora sabe responder na ponta da língua. Claro que sabe! Qualquer cidadão tupiniquim (nacional), que paga imposto, e como paga neste País, sabe muito bem que se o total da arrecadação da CPMF, instituída por lei federal, tivesse sido canalizada exclusivamente para o sistema público brasileiro de saúde, a situação de Cuiabá e do País seria completamente outra, ou seja, haveria um sistema de saúde pública de excelente qualidade.Quem foram os verdadeiros culpados por esse caos na saúde pública nacional que irresponsavelmente autorizaram o desvio de finalidade da CPMF? Respondo: foram dois irresponsáveis presidentes da República (FHC e Lula), coadjuvados por outros irresponsáveis políticos do Congresso Nacional, que através de jogo político sujo das compensações espúrias de troca de favores deixaram propositalmente de fiscalizar as ações governamentais no gerenciamento do dinheiro público da saúde. Esses dois presidentes deveriam ser chamados à responsabilidade se tivéssemos tribunais competentes, sérios, justos, apolíticos e exercendo com isenção e neutralidade os seus deveres de guardiões das leis, do ordenamento Constitucional.Mas o que nos chama a atenção é que políticos como senadora Serys que hoje fazem observações sobre a crise do sistema de saúde se esquecem que no passado recente fizeram vistas grossas ao problema do desvirtuamento da CPMF e jamais contestaram essa anomalia praticada pelos governos. Ao contrário, há pouco tempo se armaram com unhas e dentes para tentar prorrogar aquela contribuição, que seria novamente desencaminhada, mas foram derrotados pela maciça parcela da população brasileira que não concordou com a prorrogação dessa contribuição.Agora, o ministro Temporão, da Saúde, intempestivamente também reclama da falta de verba e vem defender a volta da CPMF. Já desde o início da vigência da CPMF, ele deveria como médico, inclusive a ilustre senadora, ter se posicionado de forma contundente contra os governos FHC e Lula pela não aplicação total da arrecadação da CPMF na saúde. Em vez de o ministro se posicionar agora como mocinho, para fazer média, defendendo a instituição de outra tributação, sob o eufemismo de Contribuição Social para a Saúde, para cobrir o buraco deixado pelos governos no setor de saúde pública brasileira, deveria sim ele exigir, inclusive a senadora Serys, do governo Lula e de FHC que todo o valor da CPMF, que foi surrupiado para outras finalidades, fosse devolvido para cumprimento de finalidade legal. Chega de taxar a sociedade!Dessa forma, por que o ministro Temporão e a senadora Serys não exigem que o governo federal reduza os gastos públicos do Planalto, isto é, dos ministérios, das empresas públicas, dos poderes Executivo, Legislativo e Judiciário, para aplicar a sobra em saúde pública? O médico e ex-ministro Jatene idealizou a CPMF para a saúde, mas FHC e Lula juntamente com os políticos do Congresso Nacional desvirtuaram os seus sagrados objetivos. E agora querem ressuscitá-la com novo batizo para novamente ser desviada? Parem com isso, deixem disso, ó Temporão e senadora Serys Slhessarenko! O dinheiro roubado da saúde (CPMF), num país sério, levaria à cadeia muitos políticos e governos solertes que praticaram malversação.

quarta-feira, 2 de setembro de 2009

A corrida pelo pré-sal

O Congresso Nacional tem que examinar com muita atenção essa questão do pré-sal. O governo está com muita sede para cunhar o seu nome e encabeçar a sua campanha política ao Planalto.Um assunto dessa magnitude não pode ser analisado açodadamente por parlamentares. Consultar especialistas apolíticos sobre a matéria com estudos profundos demandará tempo e é necessário. É muito dinheiro a ser investido (U$ 111 bi) numa empreitada que não se tem a devida segurança de retorno do capital aplicado. Por que criar outra empresa? Para o governo alocar os seus apaniguados nos postos-chaves e, quem sabe, até o Lula, após a eleição, vir a ser o seu presidente? A lógica recomenda que o pré-sal deveria ser uma extensão das atividades desempenhadas pela Petrobras. Logo, não haveria necessidade de uma nova empresa.
Tanto se fala na necessidade de descobertas de fontes de energias alternativas puras, pelas óbvias razões ambientais do planeta, e o Brasil parte para uma exploração das muitas que até hoje só comprometeram a vida aqui na Terra? País como o Brasil sempre condenou potências como os Estados Unidos da América pela emissão de gases de suas indústrias, mas demonstra cometer os mesmos erros de outros países ao se lançar ao pré-sal, e tudo pela ganância da exploração lucrativa.
Há muita apelação demagógica, para enganar incautos, na constituição de fundo específico do pré-sal para combater a pobreza. Trata-se, na verdade, apenas de uma forma especiosa para cativar o apoio popular ao projeto. Assim como a CPMF, criada por lei federal, não canalizou o total de seus recursos para a saúde, da mesma forma o suposto fundo de pobreza do pré-sal não atenderá a sua finalidade.
Eu comparo, guardadas as devidas proporções, a exploração dessa fonte suja de energia (pré-sal) com o volumoso dinheiro arrecadado com a exploração do tabaco, que mata tanta gente diariamente no mundo. É um dinheiro poluente que não nos interessa. E deveríamos servir de exemplo para o mundo cooperando com o oxigênio de nossa combalida vida aqui na Terra. Em vez de evoluirmos com a preservação do meio ambiente, preferimos continuar a degradá-lo, sob pretextos ensandecidos da exploração comercial, quando temos fontes alternativas renováveis de energia no Brasil para explorar comercialmente.É muito dinheiro a ser jogado numa loteria de longo prazo, que poderá não dar certo, quando melhor seria aplicar esses recursos em educação, que - com certeza - traria retornos positivos ao País.

sexta-feira, 28 de agosto de 2009

Sigilo bancário já era

O STF é um órgão de indicação política. Não julga com imparcialidade. Com raras exceções, os seus ministros julgam - não com o equilíbrio da balança da razão -, mas considerando o status das pessoas que estão sendo julgadas. Ademais, as pendengas envolvendo políticos costumam dormitar por muito tempo no STF como estratégia para arrefecer os ânimos da sociedade e os casos caírem no esquecimento, facilitando aos ministros um julgamento sem clamor social e com menos responsabilidade, é o que se pode inferir.Como o político influente goza de notoriedade e respeito, independentemente da ilegalidade que tenha praticado, dificilmente será condenado por coisa alguma. Mas a corda poderá arrebentar sempre nas costas da parte mais fraca. E, no caso em questão, poderá até o coitado do caseiro ainda vir a ser condenado por ter tido a coragem de denunciar um, que eu considero, casca-grossa da política brasileira.Lamentável País de contrastes sociais e de descriminação de penas! Aos pobres, negros e desafortunados o rigor da lei. Às fístulas de colarinhos brancos e de poderes políticos, todas as garantias legais, salvo-condutos e muito etc. nisso. Afinal, nós pagamos as contas desses políticos fajutos para continuarem transgredindo, rindo de nossa cara, violando os nossos sigilos bancários e ainda com toda cara de pau exercer mandato político e com grandes pretensões futuras.Quem manda sermos trouxas? Na realidade, está tudo contaminado: STF, Executivo e Congresso Nacional. Moral da história: o caseiro mentiu, o seu sigilo bancário não foi violado e o Palocci está aí, leve e faceiro absolvido. E não se surpreendam se ele não vier solicitar do Estado uma indenização por danos morais. Era só o que faltava!

quarta-feira, 26 de agosto de 2009

As invasões defendidas pela CTB/RS*

Todo o tipo de ação que não respeite os limites democráticos dos direitos legais não pode ser racionalmente aceito. Se no País vigora uma Constituição que garante o direito de propriedade, esta sem dúvida deve ser respeitada. E a sua violação, sob qualquer pretexto, é inadmissível porque afronta a normalidade do Estado Democrático de Direito. Ademais, a manutenção da ordem democrática deve atingir a todos independentemente de posição filosófica, partidária e política.
Na ocorrência de qualquer incidente social se a autoridade pública deixar de intervir, ela é tachada de incompetente e omissa. Se agir com rigor, no estrito cumprimento do dever legal, para restabelecer a ordem social e democrática, é considerada por alguns de violenta.
Lamentamos a morte de invasor rural, no município de São Gabriel (RS), durante a desocupação pela Brigada Militar na fazenda Southall. Mas cabe aqui uma observação: os segmentos sociais urbanos, por exemplo, de desempregados, de sem tetos etc., são ordeiros e se manifestam sem o emprego agressivo das invasões. Por que os segmentos rurais dos sem-terra se acham no direito de desrespeitar a ordem democrática e legal, e decidem pela invasão de propriedades públicas e privadas?
Não sou político e nem tenho preferência partidária, por isso não vejo o tal jeito tucano covarde de agir do governo gaúcho como querem rotular. A ordem social e democrática sempre que for violada tem que ser restabelecida.
Quanto aos movimentos ditos sociais dos sem-terra e similares, é necessário enfatizar que o governo Lula sempre trazia patente em sua bandeira o compromisso de fazer a real reforma agrária no País, e até agora não a realizou. Logo, a CTB deveria se dirigir ao Planalto e exigir do governo federal e seus políticos o cumprimento assumido em campanha.
Os movimentos sociais ordeiros e democráticos são legítimos e devem ser respeitados. Mas não podemos aceitar as manifestações antidemocráticas que são empregadas em invasão de propriedades alheias como solução para os problemas agrários no País.
Ao contrário do que afirma a CTB/RS, o governo (federal, estadual e municipal) e o Judiciário têm o dever de defender todas as propriedades públicas e privadas. É o mínimo que se pode exigir dessas autoridades. Todavia, cabe ao Judiciário examinar os excessos de defesas porventura empregados por essas autoridades.
*Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil-CTB/RS

sábado, 22 de agosto de 2009

Política sem seriedade

A política deveria ser tratada com mais seriedade. Quando alguém se presta para desmoralizar as instituições públicas, denegrindo a imagem, por exemplo, do Senado Federal, com manobras espúrias e de mau exemplo, só temos a lamentar a qualidade moral de nossos políticos. O presidente Lula e seus acólitos (deputado Ricardo Berzoini e senadores Ideli Salvatti, João Pedro e Delcídio Amaral) deveriam não fazer política de baixo nível, para manter o indecoroso senador José Sarney no trono do Senado, como peça estratégica, no PMDB, de apoio à candidatura da ministra Dilma Rousseff, aquela que não foi diplomada pela Unicamp. A política não deveria ser tratada com trapaça, mas como compromisso sério diante do eleitor e da nação. O que temos constatado - e a recente decisão do Planalto e da direção do PT ao Conselho de Ética do Senado corrobora - é que onde termina a política começam infelizmente a trapaça, o jogo sujo e os interesses escusos pelas glórias do poder. Tenho observado muitos jovens desinteressados pela política. Por quê? Porque atitudes como a do presidente Lula e seus acólitos contribuem para enxovalhar a seriedade política brasileira. E isso é muito preocupante. O governo petista não deveria confundir política com trapaça. O senador Mercadante fez muito bem recusar-se a participar de ignóbil apoio ao arquivamento das acusações contra o senador José Sarney. Há pessoas ilustres no PT, como o equilibrado senador Eduardo Suplicy. Mas são poucas. E aquelas poucas vão deixando paulatinamente o partido. Sai a injustiçada senadora Marina Silva, combatente defensora das florestas, do meio ambiente. O outro equilibrado e respeitável senador Flávio Arns, envergonhado com o comportamento do PT, também está indo embora. O que está ficando é a escória petista que aceita ser manipulada pelo governo federal a participar de conchavos espúrios. Mas todas essas manobras imorais custarão caro nas próximas eleições. Ninguém engana a todos por muito tempo. O eleitor, aos poucos, está mais atento. E o tiro poderá sair pela culatra nesse apoio ao senador Sarney em prol da candidatura da não-diplomada pela Unicamp Dilma Rousseff. E não se esqueçam, presidente Lula e seus acólitos, de que, caso a senadora Marina Silva seja também concorrente ao Planalto, muito votos do PT deixarão de ir para as urnas de Dilma Rousseff.

sexta-feira, 21 de agosto de 2009

Senador Aloízio Mercadante amarelou

O senador Mercadante faz tipo no Senado. Deveria ter palavra e cumprir com a sua decisão de renunciar a liderança da bancada do PT. Demonstrou ser um senador lero-lero, obediente ao rei Lula, o qual faz de seus acólitos verdadeiros atores mambembes ou fantoches, que não têm discernimento próprio. Antigamente, o fio de bigode merecia respeito, seriedade e cumprimento de palavra.É assim que se comportam os nossos senadores da República: sem seriedade. Por isso o questionamento da sociedade, que não é beócia como alguns senadores arguem, acerca da continuação do Senado Federal, dispendioso, cheio de político lero-lero e sem credibilidade.

sábado, 8 de agosto de 2009

Epa, não somos beócios!

Um fato me chama a atenção nos entreveros do Senado Federal. Por que o senador Fernando Collor, do alto de sua vanglória de valentão, não aparteia senadores antagônicos para refutar insinuações de que ele e outros fazem parte da tropa de choque que protege o senador Sarney por ocasião do término dos trabalhos? Ao senador Pedro Simon, se arvorou e teve aquele lamentável comportamento, o qual servirá de momentos inesquecíveis e peça de mau exemplo parlamentar, presenciados por muitos, no Senado Federal.E nesse contexto de enegrecimento do Senado, que culminou na quinta-feira, dia 6/8/2009, com o pronunciamento acusatório do senador Renan Calheiros contra senador Arthur Virgílio, eis que o ilustre senador Demóstenes Torres faz veemente manifestação censurando o comportamento de membros daquela Casa. Tudo seria elogiável se o respeitável representante goiano não tachasse de beócios (ignorantes) muitos brasileiros que desejam o fechamento do Senado Federal. Foi uma indelicadeza com a qual não concordamos, pois as manifestações democráticas devem ser respeitadas. Há poucos dias, o presidente Lula chamou os opositores do Bolsa Família de imbecis e ignorantes. Se a moda pegar...O senador Demóstenes Torres deveria se retratar, pois: ou se respeita quem tem cultura política para ter coragem de dizer que esta ou aquela instituição pública não cumpre os seus deveres constitucionais, o que recomendaria, portanto, a sua inexistência; ou deverá prevalecer, no País, a sociedade alienada, politicamente, que não se importa com nada, elege qualquer um, fica calada e aceita como está o trôpego, dispendioso e inoperante Senado Federal. "To be or not to be".Vejam, senhores, que a falta de vergonha tomou conta do Senado. O senador José Sarney se considera um injustiçado e a gente tem que "engolir e digerir" todas as suas inverdades. O Senado não pode se transformar num circo de atores mambembes. O seu Conselho de Ética, formado por muita gente em dívida com a Justiça e compromissada com o senhor Sarney, é o espelho da desmoralização. Para que serve, então, o Senado? Para gastar o dinheiro do contribuinte? Logo, para que votar em senador?As práticas viciadas, a subsistência, em pleno século 21, da força dos coronéis do (sertão) Norte/Nordeste, o olhar furioso e mordaz do senador Collor, o deboche explícito de Renan Calheiros, Wellington (suplente) Salgado, Paulo (suplente) Duque, Gilvam Borges e outros indecorosos dão o tom da falta de decoro da Casa. O Senado Federal é o retrato preto e branco desbotado da imagem política brasileira, maltratada por mau comportamento de políticos que só querem tirar proveito das benesses públicas, sugam o dinheiro da Nação e enganam o povo. Há políticos honestos no Senado, mas são poucos.O que nos resta? Só Deus sabe... porque enquanto o regime presidencialista, o sistema político e bicameral não forem modificados e introduzidos princípios de democracia direta e semidireta, tudo continuará como está. E nós não podemos ou poderemos ser chamados de beócios.

domingo, 2 de agosto de 2009

Quem é mais ignorante?

O presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, se comporta como o "ditadorzinho" da Venezuela, Hugo Chávez. Não respeita a opinião pública. Pensa que ainda está no ambiente de sindicalistas e que manda no País. E com seu vocabulário chulo tenta desmoralizar cidadãos brasileiros, que não vivem das benesses públicas e são diuturnamente explorados com altas cargas tributárias incidentes sobre os seus salários.Deveria ter a educação de respeitar o contraditório democrático. Chamar de ignorante e imbecil quem não concorda com a sua política assistencialista do Bolsa Família não é posição civilizada de um presidente da República, mas de um déspota.
Recentemente, em discurso, a presidente da Argentina, Cristina Kirchner, declarou que pobreza se combate com emprego digno. Aqui no Brasil, se combate com bolsa eleitoreira.Como o presidente sabe manipular muito bem a população miserável, que se contenta com qualquer ajuda e com isso não vai procurar trabalho, Lula faz do bolsa esmola a sua bandeira de governo. Deveria ter dignidade de propiciar trabalho honesto para todos, em vez da fazer proselitismo político e atingir com palavras despropositadas quem não concorda com as suas ideias assistencialistas e eleitoreiras.A pátria não é o Lula. A pátria somos todos nós, que também viemos do nada, mas não tivemos a indolência de estudar para adquirir educação social, bem como formal para enfrentar o mercado de trabalho. O que hoje somos e temos, contribuintes brasileiros, não é decorrente de nenhuma facilidade ou esperteza política, como muitos se beneficiam. Por isso, o presidente Lula equivoca-se e deveria ter mais respeito com a opinião pública.Nós, contribuintes brasileiros, somos pessoas especiais e comuns de acordo com o Art.5° da Constituição, e merecemos muito, muito respeito. Podemos não ser (graças a Deus) iguais a José Sarney, Lula, Renan Calheiros, Fernando Collor e outros indecorosos, mas somos cidadãos brasileiros honestos e sérios, que não aceitamos que ninguém venha nos enganar e bravatear.

O passado e o presente político

O mundo dá muitas voltas. Mas deveria ser para melhorar o caráter das pessoas. A política, infelizmente, é a arte da trapaça, dos compadrios espúrios e dos interesses inconfessáveis que conspurcam a imagem dos políticos, do Parlamento e da Nação. O cidadão brasileiro, trabalhador, sem comprometimento político ou partidário, que é diariamente esfolado por tanto imposto cobrado para manter indecorosos políticos em atividade usufruindo as benesses públicas, já está cansado com essa pouca-vergonha que permeia a nossa classe política sem caráter e trapaceira. Em dados momentos, os adversários políticos se odeiam e se xingam; em outros, se irmanam audaciosamente, porque os interesses políticos (sujos) revelam a trapaça recôndita em que se transforma a política.
Vejam as nuanças do cenário político brasileiro com as suas metamorfoses: o ex-presidente Fernando Collor de Melo por muito menos corrupção em seu governo foi defenestrado do poder com a participação dos cara-pintadas; o presidente Lula defende a imoralidade corrupta de seu governo, blinda José Sarney, e os cara-pintadas não mais aparecem para pedir a sua exclusão, porque a UNE está hoje subvencionada pelo governo federal; o José Sarney, uma vergonha unânime nacional de imoralidade pública, está sendo defendido pelo Lula, pelo Renan Calheiros e pelo senhor Collor de Mello, e não mais existem os cara-pintadas para exigir a cassação de seu mandato.Assim, a gente fica perplexo ao ver hoje Lula, Collor e Sarney de aliança feita. Essa realidade nos leva a dizer que a política é a arte da trapaça; a arte de conquistar e manter o poder a qualquer preço. E é com essa finalidade que se disputam eleições no Brasil. A luta pelo poder inebria tanto o ego do político que as punhaladas maquiavélicas do passado se tornaram indolores, como se pode observar na presente aliança Lula, Collor e Sarney, antigos desafetos políticos.

Aqui se faz, aqui se paga

Tudo não é por acaso. As coisas acontecem positiva ou negativamente como uma moeda de duas faces: a face do bem e a face do mal. O Criador dá oportunidade a todos. Ou você caminha pelo lado do bem, ou pelo lado do mal. As consequências quem vai sentir será o próprio agente e/ou também os seus agregados familiares.Transportando isso para o plano político, encontramos hoje no topo das denúncias a emblemática família Sarney. E é muito preocupante quando, em pleno século 21, oligarquias continuam a resistir e a interferir danosamente na vida política brasileira. E a gente fica perplexo com a frialdade com que o velho lobo maranhense tenta amenizar a sua situação, como se tudo fosse conspiração da sociedade e da mídia contra os políticos brasileiros. Mas o senador Sarney, no recôndito de suas emoções, certamente deve estar sofrendo muito, não só pelo desgaste nacional de sua imagem política e exposição pública dos procedimentos suspeitos de sua família, como também pela fragilidade de saúde da sua filha política, Roseana Sarney, saída de delicada cirurgia, mas nem por isso deixou de assumir o governo do Maranhão, por manobras políticas. E ainda para completar o drama, a sua esposa, Marly Sarney, fraturou o ombro em uma queda doméstica.Aqui se faz, aqui se paga. O Criador não caminha com maus peregrinos. Principalmente com aqueles que só querem tirar vantagem.

quinta-feira, 23 de julho de 2009

Emília Fernandes versus Yeda Crusius

Emília Fernandes não tem de tomar as dores do Cpers. Deveria ter grandeza de ser prudente. Falta de respeito e de civilidade são condições indispensáveis aos cidadãos. O recinto da residência de quem quer que seja é inviolável. Indivíduos mal-educados e antidemocráticos não sabem respeitar os seus limites. Por que não vão fazer bagunça em frente da sede do governo? A deputada federal suplente erra e se equivoca ao dar respaldo a baderneiros. Aliás, como professora deveria estar exercendo a sua profissão em vez de usar o cabide de emprego político. A "deputada" Emília não se envergonha de ficar usufruindo as benesses públicas? Foi uma senadora eleita por acidente de percurso, e depois amargou uma grande derrota na tentativa de reeleição. No Senado, teve uma atuação medíocre. A governadora Yeda Crusius pode ter os seus defeitos, mas teve competência técnica e administrativa para tirar o RS do buraco da insolvência, deixado por todos os governos anteriores, inclusive o pior deles, o do incompetente Olívio Dutra que deu um tremendo prejuízo ao Estado e ao município de Guaíba ao expulsar a Ford do RS. Fale menos, Emila Fernandes, e se olhe no espelho, porque o PT é como um rosto, um nariz que sofreu plástica para não mostrar os seus defeitos.

segunda-feira, 20 de julho de 2009

A indústria automobilística gaúcha

Se o truculento bicho do mato, Olívio Dutra (PT), ex-governador do Rio Grande do Sul, não tivesse espulsado a Ford, aquele Estado estaria hoje numa posição extraordinária. Vejam os comentários do informativo videVersus.Governo Yeda Crusius e GM anunciam o maior investimento no Rio Grande do SulEm uma reunião na manhã desta quarta-feira, em Brasília, que contou com a presença do presidente Lula e da governadora do Rio Grande do Sul, Yeda Crusius (PSDB), a GM confirmou o investimento de R$ 2 bilhões para a duplicação da fábrica da montadora, em Gravataí. Com esse investimento, o maior anunciado pela iniciativa privada no Brasil após a eclosão da crise econômica que Lula chamou de "marolinha" e derrubou o PIB nacional, a GM pretende fabricar dois novos modelos de automóveis em Gravataí, a partir de 2012, onde a empresa já produz os modelos Celta e Prisma, que serão projetados por engenheiros brasileiros.Assim, dessa forma, o Rio Grande do Sul recupera o volume de investimento que a Ford teria investido no Estado, se não tivesse sido escorraçada pela gestão fundamentalista guasca e tosca de Olívio Dutra e do PT. O presidente da GM no Brasil, Jaime Ardila, informou: "Trata-se de um investimento adicional aos R$ 3 bilhões que já tínhamos anunciado nos dois últimos anos". Ele esclareceu que, no total, a empresa investirá US$ 2,5 bilhões no Brasil até 2012. Do total dos recursos, 50% do novo investimento será desembolsado diretamente pela GM do Brasil, enquanto 30% serão financiados pelo BNDES e os 20% restantes pelo Banco do Estado do Rio Grande do Sul - Banrisul. Segundo o empresário, a capacidade de produção da fábrica em Gravataí aumentará dos atuais 230 mil veículos para 380 mil unidades ao ano. "Teremos uma capacidade mais de três vezes superior à inicial (120 mil unidades), quando a fábrica foi inaugurada, em 2000", disse Jaime Ardilla. O projeto, acrescentou Ardilla, gerará mil novos empregos diretos em Gravataí, sem contar os postos que serão criados pelas empresas que abastecem a fábrica. No total, serão no mínimo 40 mil novos postos de trabalho gerados na cadeia produtiva da montadora no Rio Grande do Sul. É absolutamente inacreditável que o governo Yeda Crusius, em meio a uma fuzilaria ideológica sem limites, tenha conseguido conduzir com sucesso essa negociação e levado à confirmação desse bilionário investimento no Estado. Essa é outra demonstração da competição e do sucesso de sua gestão, que ainda deverão ter o reconhecimento necessário dos gaúchos. A primeira grande realização foi ter eliminado o déficit fiscal do Rio Grande do Sul. Nesta quarta-feira, também os operários gaúchos se mostraram muito satisfeitos. O presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de Gravataí, Valcir Ascari, líder operário-metalúrgico de grande competência e liderança (dirigente da Força Sindical), conhecido como Quebramolas, disse na solenidade de anúncio do investimento, no Palácio Piratini, em Porto Alegre: "Vai representar muito para nós. A GM fala em mil empregos diretos, mas analisamos que isso pode chegar a 4 ou 5 mil. A planta atual começou com 500 trabalhadores. Então com o passar do tempo sabemos que isso vai gerar muitos empregos. O que nós analisamos é que leve em torno de dois ou três anos. E o Rio Grande do Sul e o Brasil vão ter mais uma demonstração da força do operário metalúrgico gaucho". O presidente da GM, Jaime Ardilla, no Palácio Piratini, ao lado da governadora Yeda Crusius (PSDB), foi enfático: "Podem ter certeza que não vamos desapontar vocês. Estamos comprometidos com o futuro do Estado. O mercado brasileiro está preparado para ser um dos maiores do mundo e pode superar 3 milhões de unidades ao ano nos anos seguintes. É um dos países mais atrativos do mundo. No caso da GM, o Brasil é o terceiro mercado mais importante depois dos Estados Unidos e da China". A governadora Yeda Crusius destacou a importância do investimento da GM: "Mais do que brasileira, a GM é gaúcha. Os olhos do mundo estão voltados para esse momento. Toda a Região Metropolitana está em festa. Este é o primeiro contrato da indústria automobilística firmado depois da crise ser deflagrada". Agora, houve um monumental vexame durante o dia. O presidente Lula, que vai a inauguração de qualquer cacimba no Nordeste, e aproveita para fazer mais um comício para a sua candidata Dilma Rousseff, mais uma vez teve um comportamento péssimo com o Rio Grande do Sul, deixando de comparecer em Porto Alegre para o lançamento do investimento. Os gaúchos não esquecerão. A nova unidade da GM será maior do que o primeiro projeto no Estado. Em 1997, a montadora iniciou a construção da fábrica, inaugurada em julho de 2000 com capacidade para produzir 120 mil veículos por ano. Em 2004, a capacidade foi ampliada para 230 mil automóveis. Agora, com o novo investimento, a capacidade instalada será de 150 mil veículos, o que representa aumento de 65% na capacidade do complexo industrial, totalizando 380 mil veículos por ano e demandando mil postos de trabalho.

sábado, 18 de julho de 2009

Fica Sarney! (2)

Fica Sarney, a imoralidade política precisa de ti. Tua competência no campo do cabide de emprego de parentes e amigos na administração pública é de invulgar aptidão. O paupérrimo Maranhão, de miseráveis cidadãos, é o retrato desbotado preto e branco de Estado maltratado pela locupletação do conhecido clã Sarney. Foi presidente da República por acaso sem receber um só voto, e deixou o país com a maior inflação de sua história: mais de 2000%. Coitadas das (suas) fiscais do Sarney que pagaram um tremendo "mico". Agora, envolvido até o pescoço com maracutaias, se considera um homem impoluto, vítima da mídia brasileira. Deveria ter vergonha de se eleger pelo Amapá, a maior trapaça da história política nacional.Infelizmente, a canalhice domina a política brasileira. Confiscar os bens desses ladravazes da nação seria o mínimo que - se houvesse Justiça com letra maiúscula neste País - se deveria fazer. E depois, cassar os seus mandatos e levá-los às barras dos tribunais.E a gente tem que ficar ouvindo o presidente Lula defender o Sarney, bem como a ministra sem diploma da Unicamp, Dilma Rousseff, xingar que queremos demonizar o "marimbondo de fogo". Merecemos!
Se o Brasil conhecesse a verdadeira história dos Sarney, que se locupletaram com a miséria do hoje paupérrimo Maranhão, o "marimbondo de fogo" não seria mais político. Mas todo o povo merece os ladravazes que elegem. Por isso, o nordeste padece e continuará padecendo de pouco desenvolvimento enquanto os "coronéis" e larápios de colarinho branco continuarem vivos e enganando a população.

terça-feira, 14 de julho de 2009

Fica Sarney!

Fica Sarney, a imoralidade política precisa de ti. Tua competência no campo do cabide de emprego de parentes e amigos na administração pública é de invulgar aptidão. O paupérrimo Maranhão, de miseráveis cidadãos, é o retrato desbotado preto e branco de Estado maltratado pela locupletação do conhecido clã Sarney. Foi presidente da República por acaso sem receber um só voto, e deixou o país com a maior inflação de sua história: mais de 2000%. Coitadas das (suas) fiscais do Sarney que pagaram um tremendo 'mico'. Agora, envolvido até o pescoço com maracutaias, se considera um home 'impoluto', vítima da mídia brasileira. Deveria ter vergonha de se eleger pelo Amapá, a maior trapaça da história política nacional.Infelizmente, a canalhice domina a política brasileira. Confiscar os bens desses ladravazes da nação seria o minimo que - se houvesse Justiça com letra maúscula neste País - se deveria fazer. E depois, cassar os seus mandatos e levá-los às barras dos tribunais.E a gente tem que ficar ouvindo o presidente Lula defender o Sarney,bem como a ministra sem diploma da UNICAMP, Dilma Rousseff, xingar que queremos demonizar o "marimbondo de fogo". Merecemos!!!!!

segunda-feira, 29 de junho de 2009

Everton Cleiton, o retrato do Brasil

O escritor Moacyr Scliar, com sapiência e sensibilidade, em seu artigo "Currículos", publicado no jornal Zero Hora, de 20/06/2009, aborda o caso de um cidadão "comum" - igual a muitos brasileiros desempregados e sem perspectivas neste País cheio de políticos corruptos - que foi preso no Rio de Janeiro, após assaltar, junto com dois companheiros, uma van de transporte coletivo.Relata o escritor: "E foi preso por causa de sua distração: na fuga, esqueceu a mochila, onde estava um currículo com vários de seus dados, incluindo o endereço. Igualmente engraçado, ou aparentemente engraçado, é o fato de que, no currículo, Everton se descreve como educado, de fácil trato, com facilidade para trabalhar em equipe, muita vontade de crescer profissionalmente e disponibilidade de horários".
Com objetividade e de uma leitura fácil, o artigo "Currículos" nos remete aos políticos (e governos) que deveriam estar empenhados em resolver os problemas sociais votando as leis deste País. Em vez de, por exemplo, o Senado Federal - uma excrescência porque já existe a Câmara dos Deputados - negligenciar o cumprimento de suas funções constitucionais, hoje transformado numa autêntica "casa dos horrores", onde tudo acontece de podridão, deveria estar trabalhando para que outros "Everton Cleiton" não figurassem nas estatísticas policiais.Certamente, se o nosso País não fosse regido por esses (políticos) apedeutas, de todas a matizes, não faltaria dinheiro para aplicar no social, e o infortunado Everton Cleiton, 21 anos, não estaria plagiando currículo nem assaltando ninguém. Mas o retrato do Brasil é este: um pobre e jovem cidadão, cansado por não encontrar emprego, resolve assaltar e é preso; no Senado Federal, uma quadrilha, do alto e baixo clero, malversa o dinheiro público, enxovalha a sua imagem e não é presa; o presidente do Senado, o imperador do Maranhão, José Sarney, mas eleito pelo Estado do Amapá - uma anomalia histórica da política nacional - desafia a todos dizendo que tem conduta "impoluta" e que tudo não passa de conspiração social (imprensa) contra a "candidez" dos políticos nacionais.E dessa forma, o Brasil segue o seu caminho tortuoso de contrastes (sociais). Enquanto o mordomo da ex-senadora e agora governadora do Maranhão, Roseana Sarney, presta-lhe triviais serviços particulares, recebendo dos cofres públicos do Senado a bagatela de R$ 12 mil de salários; o diretor-administrativo-financeiro, Raimundo Nonato Quintiliano Pereira Filho, da Fundação José Sarney, em São Luís, lotado no gabinete do senador Lobão (pai e agora filho), desde 1995, mas não dá expediente em Brasília, recebe dos cofres públicos R$ 3,2 mensais; quis o destino - não sei por quê - que o nosso brasileiro Everton Cleiton não fosse também bafejado pela sorte de ter um padrinho político da família Sarney.

A decadância do Senado Federal

Causa perplexidade saber que os senhores senadores assinam decisões sem a mínima preocupação com o desfecho desses atos. Essa falta de zelo, isto é, de responsabilidade com a coisa pública, representa hoje o maior escândalo que se tem notícia envolvendo os quadros políticos e administrativos do Senado Federal. Uma vergonha!O presidente do Senado, um mau exemplo de homem público, três vezes dirigindo a Casa, fala solenemente que não sabia de nada do que se passava na instituição. Mas os seus apadrinhados estão lá. E a gente aqui pagando altos impostos para manter a farra de uma instituição decadente, que pouco produz, transformada em verdadeiro refúgio de velhos políticos carreiristas que só dão despesas à Nação quando bastaria a existência de uma Casa Legislativa (Câmara dos Deputados) e com menos parlamentares.Para que serve atualmente o Senado? Não há justificativa plausível que recomende a sua continuação. O povo, o verdadeiro protagonista da democracia, tem demonstrado que não concorda mais com a manutenção do Senado Federal. É só fazer uma consulta popular para saber a posição da opinião pública. Por que não fazem a consulta? O povo não tem o direito democrático de se manifestar sobre as suas instituições públicas? Qual o medo? De perderem a "boquinha rica" das benesses de uma instituição decrépita, falida, inoperante e enxovalhada? Há no Senado pessoas ilustres, mas são poucas.