quinta-feira, 30 de abril de 2020

A caneta do presidente não pode desmoralizar a nação


Sérgio Moro era um dos principais ministros, que veio dar segurança às pilastras do governo. Não aguentou o tranco da cavalgadura e pediu para sair da forma honrosa como entrou.

Nem nos governos do PT se viu tamanha tentativa de interferência governamental na gestão de um ministro da Justiça para beneficiar interesses  não republicanos.

Mas, afinal,  quais os motivos plausíveis para fazer mudanças na Polícia Federal  senão os de interesses não republicanos como os fatos denunciaram? E os fatos estão comprovados com a decisão do ministro do STF, Alexandre de Moraes, que determinou a suspensão da nomeação de Alexandre Ramagem como diretor-geral da Polícia Federal, por infringir princípios constitucionais.

Ora, não se discute que é da essência do cargo de presidente da República indicar e substituir os seus subordinados. Mas há de haver decência, respeito e justificativa racional para operar mudanças.

As pessoas não podem ser tratadas com descasos e só se servirem delas quando lhes convém. Não foi Moro que pediu para fazer parte do governo. Ademais, abrir mão de uma carreira jurídica sólida para ajudar o país com o seu conhecimento é ato de nobreza de poucos e que falta ao presidente Jair Bolsonaro, acostumado a viver, ele e família, das benesses públicas.

Não resta dúvida de que o presidente agiu de forma pérfida, maquiavélica, ao descumprir a palavra empenhada de carta branca ao ex-ministro de poder indicar os seus assessores. Ou o famigerado “fio de bigode” – da época em que a palavra dada servia como nota promissória, como compromisso – não tem mais nenhum valor?

A verdade é que o presidente Bolsonaro não gosta de ser ofuscado por nenhum subordinado. Quando o ex-ministro Henrique Mandetta começou a se sobressair nas pesquisas,  a sua defenestração já estava preparada. E a contínua ascensão de Moro era uma pedra na vitrine política de Bolsonaro, que o incomodava.

Trata-se (Bolsonaro) de uma pessoa psicológica e emocionalmente afetada, que Freud explica muito bem. Bolsonaro queria comandar o ministério da Justiça  e a Polícia Federal para impedir que os podres de seus filhos fossem investigados (fake news e rachadinha na Alerj), inclusive querendo interferir no STF: muito audacioso!

Bolsonaro deu  um tiro em seu próprio pé ao se incompatibilizar com Moro, figura de grande projeção no cenário nacional e de percentual de aceitação muito superior ao presidente, o que significa dizer que as pretensões de Bolsonaro  à reeleição foram para o brejo. E se o presidente  achava que não tinha adversário à altura para derrotá-lo, deu com os burros n’água, pois se Moro for candidato ao Planalto, a sorte de Bolsonaro já está selada.

sexta-feira, 24 de abril de 2020

DEMISSÃO DE SÉRGIO MORO


E o rei tupiniquim Luís XIV, Jair Bolsonaro, aquele que se considera a própria Constituição,  agora de fato começou a governar ao seu estilo despótico -  que nem nos governos do PT coisa semelhante existia.

Pergunta-se aos bolsonaristas radicais obscurantistas e mais parvajolas que os petralhas:  qual a explicação razoável das atitudes quixotescas  do capitão Bolsonaro? Citem uma justificativa sequer, senão de caráter pessoal e familiar de Bolsonaro, para ele insistir na mudança do diretor-geral da Polícia Federal?

Ora, Sérgio Moro não foi para o governo para ser fantoche do presidente da República nem atuar de acordo com os interesses não republicanos do governo.

Pois bem, hoje assistimos à máscara cair daquele que tinha como bandeira de campanha combater a corrupção e a imoralidade pública e por isso foi buscar o ex-juiz Sérgio Moro para desempenhar tal função, dando-lhe carta branca para atuar e indicar os seus assessores. Carta esta que agora o presidente rasga  melancolicamente diante do país. Ou seja, falta ao presidente da República credibilidade nas palavras empenhadas.

Vale aqui evocar o escrito por um anônimo:  “A palavra reflete a atitude de cada pessoa. Se cumprida em sua totalidade há que se creditar na seriedade pessoal. Se descumprida tem nela embutida a mentira e por consequência a falta de credibilidade”.

Mas agora se sabe que Bolsonaro trazia recôndito o  seu repertório maquiavélico, pérfido pronto para aplicar quando fosse necessário. E assim não teve escrúpulo de apunhalar a principal pilastra do governo, Sérgio Moro,  que representava o símbolo  da moralidade. Mas Sérgio Moro não sabia que estava sendo enganado e caiu numa verdadeira cilada.

O país agradece a Sérgio Moro que soube se comportar de forma hercúlea ao não ceder e compactuar com as atitudes  não republicanas do presidente da República em interferir de maneira escusa nos trabalhos internos do Ministério da Justiça  e da Polícia Federal.

O pedido de demissão de Sérgio Moro faz ruir uma das grandes pilastras de sustentação do governo e desmascara a seriedade  do governo federal em combater os ilícitos, por exemplo, de agentes políticos, como no caso da “rachadinha” na Alerj, envolvendo o seu filho Flávio Bolsonaro,  até agora em processo recursal.

Cabe enfatizar que  o conteúdo da carta de demissão de Sérgio Moro compromete muito a lisura do governo e requer a atenção especial  do Legislativo e Judiciário.  

terça-feira, 21 de abril de 2020

Covid-19: por que tanto conflito de competência?



Tomando por base a manchete de que MP apura possível  crime de responsabilidade dos prefeitos de Montenegro e Novo Hamburgo, no Rio Grande do Sul, por permitirem a retomada da atividade comercial, contrariando decreto estadual, aproveito para fazer algumas considerações.

Uma polêmica (política) desnecessária, se o país não tivesse um presidente da República indisciplinado e que incita a população a descumprir o distanciamento social provisório.  Já começou com a briga dispensável do presidente da República contra os governadores de SP e RJ.

A preservação da vida e a precaução para que a escalada da pandemia não inviabilize o atendimento da rede hospitalar para todos os doentes deve ser uma atitude responsável de qualquer administrador público, não obstante saibamos que a economia precisa ser respeitada para garantia dos empregos, da manutenção das empresas e do desenvolvimento do país. No entanto, os danos na economia são recuperáveis, mas as vidas perdidas jamais.

Mas a situação atual  é delicada e exige o máximo cuidado com a proliferação do CORONAVÍRUS. Vejam os efeitos preocupantes: em SP, cinco hospitais têm 100% de ocupação na Unidade de Terapia Intensiva. No Rio, as principais emergências estão sem vagas na UTI. Em Manaus, contêiner frigorífico armazena corpos. Em Fortaleza, o nº de pacientes com ventilação mecânica dobrou em 24 horas.

O STF em decisão recente disse  que os estados e municípios têm poder para estabelecer regras sobre isolamento, contrariando entendimento do governo federal.

A incerteza e a insegurança jurídica se transformam no pior cenário para definir ações de combate à pandemia. Portanto,  é necessário que os entes federativos atuem de forma coesa com planejamento e ações conjuntas.

No limite da competência para fazer valer o enfrentamento do CORONAVÍRUS deve prevalecer o bom senso de decisão favorável à preservação da vida em relação à economia.

Assim, diante da COVID-19, é preciso que as divergências partidárias fiquem temporariamente esquecidas e que prevaleça o bom entendimento civilizado entre estados e municípios para que estes tenham a mesma orientação para o enfrentamento da pandemia sem necessidade de tanta polêmica.

sábado, 18 de abril de 2020

Conspiração para derrubar Bolsonaro



Coisa de loucos! Existe uma conspiração no planeta para derrubar Bolsonaro, veja só o que faltava.

Agora, na visão obscurantista de empedernidos e recalcitrantes defensores mórbidos de Bolsonaro - os idiotas soldados abobados do capitão -, todos aqueles que discordam das ideias de um psicológica e emocionalmente afetado é tachado de comunista e petista.

Vale a pena ler o artigo abaixo.

Netanyahu, Modi e Orbán também querem derrubar Bolsonaro?
Por Guga Chacra

O movimento anticiência que domina certos setores da sociedade brasileira difunde uma ideia surreal de que a "esquerda" estaria defendendo o isolamento social temporário da população como parte de uma conspiração internacional para derrubar o presidente Bolsonaro e implantar o comunismo no Brasil e no mundo. Este absurdo replicado inclusive por algumas autoridades dá a ideia de haver uma conspiração comunista comandada pela China (que vem a ser o maior parceiro comercial do Brasil e dos EUA).
O presidente Jair Bolsonaro e o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, no Muro das Lamentações | MENAHEM KAHANA/AFP
Se houver esta conspiração, fica a pergunta: seriam comunistas e estariam a favor da queda de Bolsonaro todas as autoridades internacionais que implementam estas políticas de isolamento para achatar a curva da pandemia, buscando evitar o colapso do sistema de saúde?
Se a resposta for positiva, alguns entusiastas deste movimento anticiência devem considerar como comunistas e integrantes da conspiração anti- Bolsonaro aliados do próprio presidente. Afinal, são defensores do isolamento social para combater a pandemia os direitistas e nacionalistas Benjamin Netanyahu (premier de Israel), Viktor Orbán (premier da Hungria) e Narendra Modi (premier da Índia). Além deles, o líder opositor italiano e também próximo a Bolsonaro, Matteo Salvini, critica o governo da Itália por não ter tomado medidas ainda mais restritivas.
Além destes aliados de Bolsonaro, também deveriam ser considerados comunistas os dois Estados mais ricos do capitalista EUA - a Califórnia e Nova York, que impõem o isolamento, assim como a quase totalidade dos outros Estados americanos, inclusive muitos governados pelos republicanos.
Também entrariam na lista de "comunistas" e "conspiradores" para derrubar Bolsonaro o conservador premier britânico, Boris Johnson, e a conservadora premier alemã, Angela Merkel, além dos líderes de quase todos os países europeus e da Rainha Elizabeth. Nova Zelândia, Austrália, Canadá também integrariam esta conspiração.
Não podemos esquecer também que, se seguirmos a lógica deste movimento anticiência, o Google, Apple, Microsoft, Facebook, Amazon e Twitter também integrariam este movimento "comunista" para derrubar Bolsonaro.
Portanto, Netanyahu, Modi, Orban, Salvini, Boris, Merkel, Macron, Trump (sim, ele também), Google, Amazon, Twitter, Microsoft, Twitter, Facebook, Trudeau, NBA, NFL, FIFA, COI e basicamente todos os médicos do planeta, na visão destes integrantes do movimento anticiência, conspiram para usar esta pandemia para "instalar um regime comunista global e derrubar Bolsonaro, verdadeiro "defensor do capitalismo e da sociedade cristã ocidental".


quarta-feira, 15 de abril de 2020

A cloroquina é uma faca de dois gumes


O professor Valdemar Gomes, 47 anos, fundador do cursinho popular PUC-SP morre  por coronavírus antes de receber o seu diploma de doutorado em Ciências Humanas e Sociais pela UFABC.
O professor não tinha comorbidade para ser considerado  da área de risco para o coronavírus. Contraiu a doença, usou CLOROQUINA no hospital  e o remédio teve  efeito colateral, levando-o a óbito.  E aí, presidente Bolsonaro! O seu remédio mágico, defendido com unhas e dentes,  é uma faca de dois gumes.
É preciso muito equilíbrio e responsabilidade  diante de um vírus devastador  ao recomendar o uso de uma droga, não comprovadamente eficaz contra o coronavírus, que poderá ter efeito contrário, ou seja, levar o indivíduo a óbito.

Ignorar a ciência, as opiniões abalizadas da comunidade científica da área médica e partir quixotescamente para soluções caseiras, tudo isso só  serve para confortar o ego de pessoa psicológica e emocionalmente perturbada.

O presidente da República ao se posicionar favorável ao uso  de CLOROQUINA  age por impulsos de cunho político na tentativa de salvar sua imagem arranhada por seus atos e palavras de incentivo à quebra das regras de precaução no combate mundial à expansão da Covid-19.

“Valdemar começou a ter um pouco de febre no dia 18 de março e foi à UPA de Itaquera, onde viu que o pulmão não estava afetado e recebeu medicamentos. Três dias depois, a febre persistiu e ele voltou ao médico. Desta vez, em vez de anti-inflamatório e antitérmico, foi receitado com antibiótico. Os sintomas melhoraram, mas na quinta-feira da semana passada o professor desmaiou, retornou ao hospital e ficou internado.
A falta de ar piorou na sexta, e o cateter nasal passou a ser utilizado. No sábado, Lidia foi chamada ao hospital e autorizou o uso de cloroquina no marido. Porém, o medicamento deu efeito colateral e Valdemar precisou tomar um remédio para desacelerar o coração. No domingo, ele foi transferido para o Emílio Ribas e aparentava estar mais tranquilo. "Saí às 18h do hospital, ele estava respirando só com máscara. Às 20h, me ligaram para avisar que ele tinha falecido depois de uma parada respiratória", diz Lidia.” – Fonte: Estadão.

sexta-feira, 10 de abril de 2020

A preocupação é salvar vidas ou a economia?




Em artigo intitulado “Medo e Coragem”, publicado na Folha, Osmar Terra volta a defender sua tese que é a mesma de Jair Bolsonaro. E diz que admira “a coragem do presidente de se posicionar contra uma correnteza de pânico, se recusando a pegar carona no medo”.

“Compartilho da mesma posição do presidente Jair Bolsonaro de que é possível superar a epidemia e reduzir as perdas humanas sem radicalizar com isolamentos que vão quebrar o país e jogar milhões de brasileiros na miséria.” – Fonte: O Antagonista.

O sarcasmo do deputado Osmar Terra não tem comparação diante do flagelo do coronavírus. Veja só a maledicência e despautério  de um parlamentar que vive interrompendo mandato e mamando nas tetas da nação: “Ficar em casa de quarentena curtindo Netflix é privilégio de poucos”.


Os frutos da política são deveras compensadores para que um médico permaneça na vida pública por todo este tempo. 

Observa-se que Osmar Terra e Jair Bolsonaro comungam da mesma opinião  ao  situar os interesses da economia acima da relevância da vida humana.

 brasileiro precisa de trabalho sem dúvida para ganhar o pão de cada dia, como também os empresários  para alavancar o desenvolvimento do país. Mas a situação atua é de grave aflição no país e no mundo,  senão, por exemplo, Nova Iorque não estaria praticamente fechada e parada e o governo americano não teria injetado na economia  dois trilhões de dólares para combater o coronavírus.

Ora, um país como o Brasil de grande dimensão territorial, de rede pública hospitalar sucateada e de governo que relativiza a epidemia como sendo uma gripezinha qualquer, já imaginou a ausência de quarentena/isolamento social  contra a Covid-19? Seria uma grande tragédia.


O caso de Espanha e Coreia do Sul, exemplos opostos de controle epidemiológico do coronavírus,
  serve de alerta ao Brasil. O país asiático conseguiu uma drástica redução do número de casos sem a necessidade de fechar grandes cidades, porque a população colaborou e o governo não desdenhou da epidemia. As medidas adotadas por ambos os países para fazer frente ao coronavírus, entretanto, foram diferentes.

É evidente que o indivíduo tem de trabalhar para prover o seu sustento, como também devem funcionar as empresas. Mas a liberação das atividades, neste momento, com aglomeração de pessoas, é uma irresponsabilidade. É como assinar o passaporte para a morte em massa, sem dúvida.      

Assim, é preferível pecar por excesso para não ser surpreendido pela disseminação incontrolável da doença - recomendando quarentena/isolamento,  zelando pela  vida das pessoas,  dos médicos,  dos enfermeiros e sem sobrecarregar a rede pública de  saúde - a se preocupar apenas com a saúde da economia, quando esta é perfeitamente passível de recuperação.

segunda-feira, 6 de abril de 2020

Hamilton Mourão é mais preparado para governar o Brasil


O triunvirato do clã Bolsonaro desgasta a nação e só contribui para consagrar o epíteto de “gabinete do ódio”.

Em época sombria por que passa o país e o mundo com a pandemia do coronavírus fragilizando os indivíduos e desafiando a comunidade médica científica, lamenta-se que alguém de aura perturbadora  venha desviar o foco para fazer considerações políticas rasteiras, que só descontroem as relações civilizadas.
Reporto-me  à crítica do vereador carioca Carlos Bolsonaro  contra o vice-presidente da República, Hamilton Mourão,  devido a uma mensagem postada pelo governador do Maranhão, Flávio Dino, após o encontro com governadores dos nove Estados da Amazônia Legal, realizado na quinta-feira 2:
 “Tivemos uma reunião com diálogo técnico, respeitoso, sensato. Claro que Mourão não é do meu campo ideológico. Mas, se Bolsonaro entregar o governo para ele, o Brasil chegará em 2022 em melhores condições”, escreveu o governador.
E Carluxo “tuitou”: “O que leva o vice-presidente da república a se reunir com o maior opositor SOCIALISTA do governo, que se mostra diariamente com atitudes completamente na contramão de seu presidente?”, escreveu o vereador. 
Segundo o colunista de UOL  Josias de Souza, Carlos Bolsonaro é o primeiro vereador federal a dedicar-se em tempo integral à tarefa de criar as assombrações que assustam o seu pai. Chama-se Hamilton Mourão o penúltimo fantasma criado pelo filho Zero Dois de Jair Bolsonaro. E sob a influência de Carluxo, o presidente sente a cadeira bamba. Confere a miúde a posição dos parafusos. Declara-se convencido de que gente graúda o espreita, à espera de um “tropeção” que sirva de pretexto para o impeachment.
Breves considerações.  Flávio Dino e os demais membros do PCdoB são todos, na realidade,  pseudocomunistas, pois não abrem mão de viver no mundo capitalista, senão já estariam todos radicados em Cuba ou em outra república comunista.

O falecido poeta maranhense Ferreira Gullar, em vida, deixou transparecer que foi um militante comunista de araque, como também são os atuais integrantes do partido comunista brasileiro. E antes de morrer deixou cunhada esta pérola: “Quando ser de esquerda dava cadeia, só alguns poucos assumiam essa posição. Agora, quando dá até emprego, todo mundo se diz de esquerda”, dito durante a fase do governo petista.

Agora,  tachar o vice-presidente de comunista ou traidor só porque cortesmente manteve algum diálogo com o governador maranhense, é beirar ao radicalismo extremo da ignorância. Afinal,  o bom político (e  estadista)  deve pensar grande e se relacionar com todas as vertentes políticas, principalmente quando estiverem em jogo os interesses do país.

Muito diferente de Jair Bolsonaro - beligerante por natureza e sem cacoete de estadista, por isso no caso do enfrentamento à pandemia  do coronavírus tem irritado a nação com pronunciamentos insensatos e comprando briga desnecessária com os governadores de SP e RJ, quando devia neste momento estar solidário para encontrar soluções racionais -,  o vice-presidente da República,  Hamilton  Mourão,  demonstra  em gesto de civilidade que  é mais preparado para governar o Brasil.

sexta-feira, 3 de abril de 2020

Devagar com o andor, presidente: a vida em primeiro lugar


“Vivemos situação impar na história recente, a de um presidente que para sobreviver precisa desmontar o próprio governo”, diz Merval Pereira.
“Para seu desespero, Bolsonaro hoje tem pelo menos três ministros indemissíveis. Aos superministros da Economia, Paulo Guedes, e da Justiça e da Segurança Pública, Sergio Moro, juntou-se nessa crise do Covid-19 o ministro da Saúde Luiz Henrique Mandetta.”
O general Eduardo Villas Bôas, em entrevista ao Estadão, disse que a Covid-19 “não é uma gripezinha”.
Ele elogiou o discurso mais conciliatório que Jair Bolsonaro fez alguns dias atrás: “Esta é a linha ideal”.  Sobre a perda de apoio do presidente, ele disse:
“Particularmente me preocupo com os panelaços. Pode significar perda de apoio. Isso psicologicamente é negativo (…) Está muito cedo para falar de reeleição. Mas panelaços podem demonstrar uma perda de apoio, embora estejam concentrados nos grandes centros”.
Fonte: O Antagonista.
O capitão parece perdido na tempestade do coronavírus. Age igual a Dom Quixote contra os moinhos. Devia ter postura de chefe de governo defendendo a população e  não salvaguardando os seus  interesses subjacentes visando à sua reeleição.
Lamentavelmente, o capitão não gosta de ser ofuscado por seus comandados. Critica a falta de humildade de ministros, mas de humildade o capitão não tem nada ao estufar o peito e dizer que o presidente é ele.