segunda-feira, 28 de fevereiro de 2011

"Conspiradores da pátria"

Os valores morais da República têm que ser observados, e a ordem jurídica nacional não pode ser manipulada por interesses deletérios daqueles que não respeitam o Estado Democrático de Direito. O Brasil não pertence a nenhum grupelho político para transformar suas instituições em balcão de negócios. Este torrão é de todos os brasileiros, honestos e trabalhadores, que com o seu suor dão estabilidade à pátria brasileira, e por isso exigem dos segmentos políticos imorais - que se assanham para interferir no Judiciário visando à absolvição de políticos petistas, processados por envolvimento no rumoroso caso dos mensaleiros do Congresso – muito respeito.

Como ensinou Rui Barbosa, “a pátria não é um sistema, nem uma seita, nem um monopólio, nem uma forma de governo: é o céu, o solo, o povo, a tradição, a consciência, o lar, o berço dos filhos e o túmulo dos antepassados, a comunhão da lei, da língua e da liberdade. Os que a servem são os que não invejam, os que não infamam, os que não conspiram, os que não sublevam, os que não desalentam, os que não emudecem, os que não se acobardam, mas resistem, mas ensinam,ma esforçam, mas pacificam, mas discutem, mas praticam a justiça, a admiração, o entusiasmo.”

A sociedade brasileira tem que estar mobilizada para impedir que os conspiradores da pátria desmoralizem as nossas instituições ao fazer pressão para que um bando de 40 transgressores públicos seja anistiado pelo Supremo Tribunal Federal (STF).

Nada justifica até o presente a morosidade do STF para manifestação sentencial dos mensaleiros senão a suspeitável interferência política dos representantes petistas através de seus olheiros dentro da suprema corte. E isso não é difícil verificar.

Quem não se lembra da grande interferência do ex-ministro político de toga, do STF, Nelson Jobim, a serviço do Planalto, para convencer o Supremo a votar favoravelmente pela taxação das aposentadorias e pensões dos inativos federais da Previdência Social, um verdadeiro confisco dos direitos adquiridos? Hoje, esse cidadão é o ministro da Defesa e já deu o seu primeiro aviso para tentar salvar a pele dos lobos petistas das garras da Justiça ao convidar o ex-deputado e ex-presidente do PT José Genoino – réu no mensalão por formação de quadrilha - para trabalhar como seu assessor.

Essa estratégia, para tentar influenciar o julgamento no Supremo Tribunal Federal, está muito clara. Dias atrás, o petista paulista, deputado federal João Paulo Cunha, que responde no Supremo por lavagem de dinheiro, corrupção passiva e peculato (mensalão), foi escolhido pelo PT para presidir a comissão mais importante da Câmara, a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ). Vejam o que disse o deputado petista paulista Devanir Ribeiro: “O Jobim deu um recado ao governo e ao PT. Por que nossos ministros não convidam companheiros processados para trabalhar? Vamos vencer a batalha da opinião pública”.

sábado, 26 de fevereiro de 2011

Tiririca é escolhido para a Comissão de Educação e Cultura da Câmara

Tiririca na Comissão de Educação e Cultura é o reflexo negativo da imagem do Parlamento brasileiro perante o país. Mas, pensando bem, a sua indicação está de bom tamanho, pois representa a falta de qualidade do inchado e inoperante Congresso Nacional, com 81 senadores e 513 deputados, que corrói o dinheiro da nação, abastecido por alta carga tributária de brasileiros.

Afinal, como a Educação e Cultura não são tratadas com seriedade devida no Brasil, Tiririca certamente vai se dar muito bem, trazendo "novas luzes" para a cultura brasileira. E quem sabe, logo, logo será convidado para assumir uma cadeira na Academia Brasileira de Letras. Se o Sarney pode, por que o deputado Tiririca também não pode ser merecedor?

Brasil, Brasil, acorda! O teu Parlamento está virado num verdadeiro circo de políticos mambembes! Chora Rui Barbosa de vergonha, lá de cima, porque a coisa aqui está preta. Não foi este o cenário que o insigne intelectual político baiano legou em sua passagem pela Casa do Povo. Tresloucada Câmara dos Deputados, os senhores perderam o senso!

sexta-feira, 25 de fevereiro de 2011

Dilma promete erradicar a miséra

A erradicação de miséria nacional é um dever moral e obrigacional de qualquer governo perante a Constituição brasileira. Não pode servir apenas de pretexto como bandeira de promessa de governantes. Assim como os governos não petistas não combateram a pobreza, o governo anterior também deixou muito a desejar.

Mas o que chama a atenção de qualquer brasileiro mais atento às promessas de políticos é a forma impactante empregada de dizer que vai cumprir uma determinada meta. O governo Lula disse que iria fazer em quatro anos muitas coisas, inclusive criar 10 milhões de empregos. Em quatro anos não cumpriu a metade prometida. Foram necessários mais quatro anos para surgirem alguns resultados positivos. E a miséria ficou longe de ser erradicada! E vejam que a presidente Dilma pertencia ao governo.

Agora, ela vem dizer que pretende combater ou erradicar justamente aquilo que Lula e Dilma não fizeram em oito anos? Não dá para entender... Aliás, até dá para entender como jogada política especiosa, de marketing promocional.

Como acreditar num país, que reelege, presidente do Senado, uma figura desgastada como Sarney, obscura em negócios políticos, e que só não foi cassado, em 2009, por interferência, no Conselho de Ética do Senado, do ex-presidente Lula? Como acreditar também em medidas governamentais se os gastos com a dívida pública interna continuam crescendo, estando hoje na casa de R$ 1,6 trilhão, e os gastos públicos de Brasília não são combatidos? E o que dizer dos parlamentares federais que se autorreajustaram, em desrespeito às demais classes trabalhadora brasileiras, nivelando a elite pública com salários absurdos de R$ 26.700,00, sem contar outros penduricalhos remuneratórios? Vamos falar sério aos brasileiros!

quinta-feira, 24 de fevereiro de 2011

A falta de respeito de um parlamentar

A moralidade pública deveria ser uma característica de qualquer parlamentar. Entretanto, o país assiste o Congresso Nacional ser formado por indivíduos da pior qualidade. Respeito aos valores institucionais e morais da República não existe mais.

Quando uma quadrilha de indecorosos políticos, hoje respondendo a processo no moroso STF, foi descoberta praticando graves irregularidades, ficou comprovado por que o Brasil ainda não acabou com a miséria social: o dinheiro público é gasto para sustentar a corrupção política brasileira.
A corrupção endêmica dos homens públicos brasileiros, e muitos, hoje, protegidos sob o manto podre da cúpula política do PT, transcende os limites da moralidade e desrespeita o eleitor, que é o responsável infelizmente pela qualidade de nossos parlamentares e governantes.

Pois bem, que (?) virtude moral e respeito com as instituições públicas brasileiras tem o deputado federal Devanir Ribeiro (PT-SP), ao declarar, conforme está publicado na revista Veja, que "o Jobim deu um recado ao governo e ao PT. Por que nossos ministros não convidam companheiros processados para trabalhar? Vamos vencer a batalha da opinião pública."

A sua irresponsabilidade com a desconsideração de apuração de um processo penal, ao ensejar clima de estado anárquico e antidemocrático, demonstra o baixo grau de moralidade pública de um parlamentar federal, cujo cabide de emprego político é bancado por brasileiros honestos, que são espoliados diariamente com a cobrança de alta carga tributária para manter um Congresso Nacional conspurcado de oportunistas, mascarados de representantes do povo.

Esse deputado deveria ser levado ao conselho de ética por suas irresponsáveis declarações, a despeito de sabermos que a Câmara dificilmente cassa político indecoroso. Mas se tivéssemos outra ordem política e constitucional, dando ao povo maior poder de decisão no Parlamento, político dessa espécie seria certamente banido da vida pública.

Deputado Devanir Ribeiro, mesmo contra a sua vontade, ainda vivemos num Estado Democrático de Direito, onde a opinião pública é livre para expressar, denunciar e exigir a punição de todos envolvidos na quadrilha dos mensaleiros, que chafurdou a história política brasileira.

quarta-feira, 23 de fevereiro de 2011

Vicentinho, relator do mínimo na Câmara

Já testemunhei muita bandeira de sindicalista tremular de raiva contra governos. Agora, boa parcela de sindicalistas, políticos, se comporta como verdadeiros arautos do paraíso. Mas para aprovarem salários imorais e em desrespeito aos próprios trabalhadores de salário mínimo, os políticos não têm nenhum escrúpulo de se autorreajustarem em R$ 26.700,00. Por outro lado, os parlamentares federais não movem um dedo sequer para aprovarem políticas de contenção dos gastos públicos, cortando na própria carne benefícios. Gastam sem se importar de que fonte brota o dinheiro público: de nossos impostos. Seus gabinetes são forrados de funcionários "fantasmas". O somatório de benesses públicas, desfrutado pelos parlamentares, não justifica a falta de qualidade e produção da maioria dos políticos, cabideiros de empregos.

Se o deputado Vicentinho e demais políticos, que fazem do mandato profissão - uma grande falha constitucional que permite a reeleição e o voto obrigatório - fossem mais responsáveis, lutariam para que o Congresso votasse leis que reduzissem os gastos públicos dos poderes Legislativo, Executivo e Judiciário. Hoje, a dívida pública interna brasileira oscila em torno de 1,600 trilhão de reais, para bancar os gastos do Congresso Nacional e de toda ilha da fantasia brasiliana. Por que o deputado Vicentinho não propugna por uma moralização dos gastos públicos igualmente como faz o Parlamento sueco? Deputado, procure estudar o Parlamento sueco sob a ótica dos gastos públicos para o senhor absorver um pouco de luz de moralidade.

Assim, gastos públicos para o deputado Vicentinho e demais escudeiros do governo petista, desde que se destinem aos seus benefícios, podem ser autorizados e não comprometem nenhum orçamento público ou meta inflacionária. Mas quando os recursos são para prover a necessidade básica constitucional dos trabalhadores de salário mínimo, o cenário muda de figura, e a cantilena governamental contrária ecoa mais alto. Rui Barbosa, o grande político brasileiro, se ainda vivesse teria certamente muita dificuldade de convivência com grande parte do Congresso Nacional.

O deputado Vicentinho ao concordar com o salário mínimo de R$545,00 esqueceu-se do que está na Constituição: “Art. 7.º São direitos dos trabalhadores urbanos e rurais, além de outros que visem à melhoria de sua condição social: IV – salário mínimo, fixado em lei, nacionalmente unificado, capaz de atender a suas necessidades vitais básicas e às de sua família com moradia, alimentação, educação, saúde, lazer, vestuário, higiene, transporte e previdência social, com reajustes periódicos que lhe preservem o poder aquisitivo, sendo vedada sua vinculação para qualquer fim”.

A Constituição não é uma peça para ser emoldurada em uma parede sem valor jurídico de cumprimento de obrigações. O trabalhador não pode continuar sendo enganado pelos governos com uma política salarial anticonstitucional.

Dilma pede que governadores do Nordeste que amadureçam debate sobre imposto para saúde

Dilma governa como Lula: só pensa em aumentar imposto. Ela tem de responder por que o governo do PT não corrigiu o erro encontrado ao continuar desviando os recursos da CPMF - destinados à saúde publica -, para outros fins não aprovados em lei.

Os governos FHC e Lula, bem como todos os parlamentares que permitiram o descumprimento da norma instituída para subvencionar o sistema público de saúde, deveriam ser responsabilizados e punidos com o ressarcimento do montante desviado, bem como deveriam ter os seus mandatos cassados se ainda desempenhassem algum mandato.

Essa seria a providência de um país sério, que primasse pela moralidade pública, e o seu Judiciário fosse afinado com o cumprimento legal. A sociedade não aceita mais um cambalacho tributário.

sexta-feira, 18 de fevereiro de 2011

Ficha suja até prova em contrário

O deputado federal João Paulo Cunha (PT-SP) vai presidir a Comissão de Constituição e Justiça da Câmara, a mais importante da Casa. Uma vergonha e falência de credibilidade da CCJ. O deputado responde a processo no Supremo Tribunal Federal (STF). Por que não escolher outro nome para preserva a seriedade da Comissão? Como pode demonstrar credibilidade o comportamento da Câmara Federal? Até prova em contrário o deputado é um ficha suja, e ponto final!

Está faltando respeito para com o eleitor brasileiro. Esse compadrio sujo só desmerece a seriedade do Legislativo Federal. É inaceitável que se aprove um nome suspeito de ter praticado ato irregular para presidir a CCJ no universo de parlamentares com folha ilibada.

Tresloucado Congresso Nacional! Parece que perdeu o senso. Funciona tal qual uma biruta ao sabor do vento da imoralidade. Sem respeitar o povo que o elege, parlamentares violam o pacto eleitoral de comportamento segundo as comezinhas regras da ética e da moralidade. Confundem mandato político com poder discricionário ao agirem na contramão dos sagrados interesses do povo ou da nação.

São 513 deputados, constituídos também de políticos honrados e sem mácula ou pendência judicial. Por que logo João Paulo Cunha - réu no rumoroso caso do esquema do mensalão, cujo processo por peculato, lavagem de dinheiro e corrupção passiva corre morosamente no Supremo Tribunal Federal – é indicado para presidir a Comissão mais importante da Câmara?

Os senhores deputados estão de brincadeira com a nação! E depois não querem que a sociedade manifeste o seu repúdio e descrédito com a Casa Legislativa Federal. Lênin – “Onde termina a política começa a trapaça”.

terça-feira, 15 de fevereiro de 2011

Câmara protege mau dirigente esportivo

A necessidade de maior transparência aos gastos das agremiações esportivas não pode ceder espaço ao lobby de cartolas no Congresso, que estão mal-intencionados com a administração dos clubes.

O Brasil não pode ser formado de políticos imorais, que só querem obter vantagem para si ou para grupo que representa. Lamentavelmente, o nosso sistema ultrapassado político do voto obrigatório não permite que o povo tenha voz ativa dentro do Congresso para cassar diretamente políticos solertes.

A dificuldade de se formar um Congresso com políticos honrados, alinhados com os valores morais da República, sem corporativismo, sem interesse pessoal, mas visando apenas resolver os grandes problemas de interesse da coletividade social, passa pela necessidade de uma ampla reforma política para acabar com o voto obrigatório, com a reeleição parlamentar, bem como para introduzir princípios de democracia direta e semidireta, dando ao povo maior poder de interferência (direta) no Congresso, porque está comprovado que somente o voto não seleciona o melhor político.

Tempos atrás, foi aprovada a imoral loteria esportiva para atender às dificuldades financeiras de clubes de futebol, uma vergonha diante dos demais brasileiros endividados, que não são bafejados com a sorte de ser político, e tem de pagar as suas dívidas sem apoio governamental.

Agora se tenta aliviar a responsabilidade de dirigentes de clubes de futebol, na votação do substitutivo à Medida Provisória 502/10, que trata das mudanças na Lei Pelé. É muito engraçado! O torcedor gasta para manter um clube, e o dirigente incompetente e malversador irresponsável comete irregularidade e não quer ser punido? Isso é uma palhaçada. Ladrão é ladrão, irresponsável é irresponsável, e todos perante a Constituição devem ser tratados da mesma forma. Por que o dirigente safado não deve ser responsabilizado por seus atos? Clube de futebol é uma empresa comercial como outra qualquer. Os seus sócios não podem ser lesados. Quem comete irregularidade não pode contestar a cobrança e muito menos deixar de pagar o dano causado. Que circo é esse, em que o público não pode exigir que o palhaço faça “palhaçada”? Está tudo errado. Quem malversa uma empresa tem mais é que ser punido, ó senhores deputados federais!

segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011

O vício esta no DNA do político

Li com satisfação a notícia moralista de que o deputado federal Dr. Rosinha (PT-PR) repudia as pensões de ex-governadores. E quem no Brasil não se indigna com tal imoralidade?

Esses falsos moralistas políticos, que se beneficiam do Erário, deveriam ser tratados com o rigor que a lei dispensa aos larápios. E ainda com o agravante, porque eles não escondem as suas artimanhas. Mas a coisa não é combatida no Brasil porque há muito interesse velado.
Sem querer atingir nomes deste ou daquele partido, vejamos, por exemplo, o petista gaúcho e ex-governador Olívio Dutra, hoje mamando do leite da imoralidade. Ele nunca moveu um dedo sequer para acabar com a safadeza das pensões no RS. E isso que o bigodudo se passava como pregador da moralidade política. Agora, o governador Tarso Genro vem - com a sua esperteza, visando preservar também uma fatia no bolo da imoralidade para depois de seu mandato -, apresentar ao Legislativo gaúcho uma alternativa de meia-sola, que reduz gastos, mas conserva o pagamento do benefício imoral. Trata-se, portanto, de uma proposta especiosa, que continua a manter privilégios.

Não é só no Paraná, de Álvaro Dias, Requião etc., que a safadeza ocorre, mas também em outros Estados. O Zeca do PT, em Mato Grosso, também mamava na teta estadual da imoralidade, e o STF considerou inconstitucional o seu benefício vitalício. Assim, há esperteza de ex-governadores em todos os partidos e em todos os lugares, que se locupletam com a imoralidade das pensões vitalícias, pagas por todos nós. O ex-governador petista acreano, hoje senador, Jorge Viana, também recebe a prebenda de ex-governador, na maior cara de pau, e acha tudo legal. O senador gaúcho Pedro Simon/PMDB, ex-governador, depois de vinte anos requereu o direito de receber a imoralidade da pensão. Com todo o respeito, fica difícil saber quem não é farinha do mesmo saco. Só querem tirar vantagem à custa de nossos impostos. Uns mais, outros menos.

Geralmente, o político não vê imoralidade nas vantagens obtidas com o mandato. Muitos brasileiros não sabem, mas os senadores e ex-senadores (e famílias) têm direito ao plano de saúde (gratuito) no Senado, sem jamais terem contribuído com nenhum real. Isso não afronta a igualdade dos direitos, bem como ao princípio constitucional da moralidade, impessoalidade? No entanto, nenhum dos 81 senadores jamais procurou corrigir essa imoralidade. Pois bem, ano passado, questionei os 81 senadores sobre a matéria, e somente um – Paulo Paim (PT-RS) - se manifestou, informando que tem plano de saúde privado. Os demais silenciaram.

Essa conduta censurável de tirar vantagem das coisas públicas parece estar enraizada no DNA do político brasileiro, e representa a herança maldita, imoral e patrimonialista deixado pela Coroa portuguesa no Brasil. Ainda não foi descoberta uma vacina contra a corrupção política brasileira.

sexta-feira, 11 de fevereiro de 2011

Pensões vitalícias imorais de ex-governadores

O governador Tarso Genro (PT) ao propor ao Legislativo gaúcho mudanças no pagamento das pensões vitalícias de ex-governadores, apenas está pretendendo fazer uma correção de meia-sola, pois a imoralidade dos benefícios continuará sendo paga pelo caixa do Erário estadual, mesmo em valores menores, e desrespeitando o contribuinte, que não paga imposto para manter a boa-vida de ex-governadores (e viúvas), que desempenharam somente mandatos transitórios sem nenhuma vinculação trabalhista.

Como advogado, o governador Tarso Genro sabe muito bem que é inconstitucional e imoral a benesse pública de pensão vitalícia de ex-governador. E sabe também que o benefício viola a isonomia de tratamento entre cidadãos - Art.5º constitucional (Todos são iguais perante a lei), bem como os princípios da legalidade, impessoalidade, moralidade - Art. 37 constitucional. Logo, o seu dever seria propor ao Legislativo a revogação geral dessa prebenda imoral, em vez de sugerir ao Legislativo adequações ao benefício.

Não reconhecer um erro, para não dizer uma imoralidade, contra os demais trabalhadores que precisam cumprir, para receber a sua aposentadoria, o tempo previdenciário de trabalho regulamentar, é revelar interesses particulares suspeitos ou proteger outros políticos usurpadores do Erário, com o dinheiro do contribuinte.

O fato de a Constituição gaúcha amparar o benefício, na verdade foi uma decisão arranjada entre políticos, sem o aval da sociedade. A legalidade do benefício é imoral, pois agride princípios constitucionais.

Qualquer cidadão esclarecido, sem conhecimento jurídico, sabe que o benefício é inconstitucional porque a Constituição de 1988, acertadamente, não contempla tal privilégio ou prebenda. Logo, porque o governador Tarso Genro não decreta o fim dessa imoralidade? Será para não magoar beneficiários como Olívio Dutra, Alceu Collares etc., ou porque já está plantando para também receber os frutos imorais depois de seu mandato?

A OAB ao propor o fim do benefício não está cometendo injustiça contra ninguém. Ao contrário, está cometendo justiça com os demais brasileiros, que pagam altos impostos e não são beneficiados com nenhum "arranjo legal" ou pensão pecuniária precoce. Com todo o respeito, a proposta do governador gaúcho não é uma solução para evitar injustiças. Não tem nada salomônico. Trata-se de uma jogada demagógica, de aparente equilíbrio, mas de fundo especioso, para continuar espoliando a fazenda pública, cujo dinheiro faz multa falta aos brasileiros, honestos e trabalhadores, que não têm plano de saúde, habitação decente etc., e não são bafejados com a sorte de ser político no Brasil.

Que os deputados estaduais gaúchos não se deixem levar pelas luzes da ribalta do poder e pelo contágio de políticos solertes, que só querem tirar vantagem. E que combatam, em nome da sociedade, essa herança maldita, de fundo patrimonialista, deixada pela Coroa portuguesa no Brasil.

segunda-feira, 7 de fevereiro de 2011

Luz de moralidade

Li na revista Veja elogios à postura do novel deputado federal, José Reguffe (PDT-DF), acerca dos gastos públicos parlamentares. Se tudo for verdade, os meus parabéns. Que os demais pares acompanhem o seu comportamento, e que o deputado traga ao Parlamento luzes de moralidade, porque a coisa está feia...

O referido deputado simplesmente “abriu mão do 14º e do 15º salários, reduziu o número de assessores no gabinete, cortou gastos com salários de assessores e diminuiu sua verba de atividade parlamentar. Como morador de Brasília, naturalmente também abriu mão do auxílio-moradia e das passagens aérea (Veja).”

Na Suécia, os gastos com os parlamentares são extremamente controlados. Lá, o dinheiro público não constitui farra parlamentar. Por que aqui é diferente? Porque faltam seriedade e caráter na maioria de nossos políticos.

A política para muitos representa cabide de emprego ou meio para atingir os seus inconfessáveis interesses. Uma das causas da corrupção política brasileira é a reeleição parlamentar. Mandato político não é profissão, é cargo transitório. Ninguém é insubstituível. A oxigenação é necessária para renovar e dinamizar as ideias políticas, bem como combater a acomodação e a mesmice de velhos políticos. O Parlamento - todo renovado em cada legislatura -, deveria ser uma regra, pois seria de grande eficácia para o país, e acabaria com o "político profissional" e o cabide de emprego.

Outra excrescência democrática é o voto obrigatório. O voto obrigatório tem levado ao Parlamento muitos políticos solertes, indecorosos e incompetentes. O voto facultativo é o voto de qualidade, que seleciona melhor o Parlamento. É o voto que expressa a decisão voluntária de cada cidadão. É o voto que certamente não elegeria os "tiriricas da vida".

Outra coisa que tem de mudar: os serviços nos gabinetes de parlamentares deveriam ser operados por funcionários exclusivamente concursados das carreiras específicas do Congresso Nacional, admitidos para esses fins, pondo termo à verba de gabinete e assessoria. Somente alguns tipos de consultoria técnica específica poderiam ser objeto de despesas especiais para contratação externa, mas com autorização dos presidentes do Senado ou Câmara Federal.
Vejamos como funcionam numa empresa pública os casos de verbas de gabinete e assessores. Por exemplo, quando é empossado um novo presidente do Banco Central ou nova diretoria, toda a assessoria de gabinete é exercida por funcionários de carreira da própria instituição. Por que no Congresso Nacional tem que ser diferente? Ou o cabide de emprego político para beneficiar os apaniguados - amigos, parentes, namorados/as -, não pode ser alterado?

quinta-feira, 3 de fevereiro de 2011

Pensões vitalícias imorais

Tarso Genro vai propor ao Legislativo mudanças no pagamento das pensões vitalícias de ex-governadores. Como advogado, o governador Tarso Genro sabe muito bem que é inconstitucional e imoral a benesse pública de pensão vitalícia de ex-governador. E sabe também que o benefício viola o Art.5º constitucional (Todos são iguais perante a lei), bem como o Art.37, que trata dos princípios da legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade etc. Logo, o seu dever seria propor ao Legislativo a revogação desse prebenda imoral, em vez de sugerir ao Legislativo adequações ao benefício.
Não reconhecer um erro, para não dizer uma imoralidade, contra os demais trabalhadores que precisam cumprir, para receber a sua aposentadoria, o tempo previdenciário de trabalho regulamentar, é revelar interesses particulares suspeitos e proteger outros políticos usurpadores do Erário, com o dinheiro do contribuinte.
Quando os senhores políticos vão tomar vergonha e deixar de tungar o bolso dos demais brasileiros honestos e trabalhadores (de verdade), que são vergonhosamente espoliados em impostos para sustentar políticos solertes? A sorte dos senhores políticos é que o povo brasileiro é desinteressado pelo que se passa na política nacional. Se fossem mais politizados, não permitiriam que os senhores desobedecessem a Constituição Federal ao usar, por exemplo, o dinheiro público para custear as remunerações vitalícias de ex-governadores, uma verdadeira aposentadoria precoce imoral.

quarta-feira, 2 de fevereiro de 2011

Sarney novamente presidente do Senado

O país parece não ter jeito mesmo. A eleição de Sarney é o retrocesso senatorial brasileiro. Aliás, o Senado Federal não deveria mais existir. Serve para quê? Para agasalhar velhos políticos, suplentes “biônicos” e outros oportunistas aprendizes políticos? As poucas exceções que lá existem não têm força suficiente para mudar nada. Enquanto isso, que perspectiva positiva o povo pode esperar do Congresso Nacional, novamente comandado por José Sarney?

As mesmas figuras polutas continuam distribuindo as cartas na mesa. Se não fosse a interferência de Lula no Conselho de Ética do Senado, em 2009, dando um pito no ex-senador Aloizio Mercadante, o longevo oligárquico maranhense, eleito pelo Amapá, certamente estaria hoje com o seu mandato cassado. E é justamente essa figura controversa de nossa história política, que hoje, mais uma vez, passou a comandar o Senado Federal. Triste país que não sabe recolher os seus féretros ambulantes...

Pois bem, com 70 votos favoráveis, dois em branco, um nulo e oito contra, do senador amapaense Randolfe Rodrigues (PSOL), o peemedebista Sarney, aliado do governo, foi reeleito para presidir o Senado no período 2011/2013, pela quarta vez. Isso mostra que o Brasil continua regredindo, com os mesmos homens públicos. Essa falta de credibilidade política tem contribuído para muitos jovens se distanciarem da política. Apenas os tiriricas da vida veem no cabide de emprego político a grande oportunidade de melhorar de vida. Pois, ser político no Brasil é uma grande dádiva caída do céu aos oportunistas, que podem desfrutar agora de um salário de R$26.700,00,sem contar os demais penduricalhos remuneratórios.