sábado, 29 de janeiro de 2011

Cacciola surfa em liberdade

O ex-banqueiro Salvatore Alberto Cacciola conseguiu na Justiça do Rio de Janeiro, na noite de quinta-feira, o direito à progressão para o regime semiaberto. Este país é uma casa de justiça da mãe Joana. Todo mundo manda. Até um condenado fujão. Desrespeitou a regalia do habeas corpus concedido e se mandou pra Itália. Agora, o ex-foragido ainda é festejado com nova regalia. Por que também não liberam o Fernandinho Beira-mar? Transgressor é transgressor, ou não é?

Uma autêntica vergonha o comportamento de nosso Judiciário. Aqui, para comprar a liberdade, basta ter cacife de poder pagar “especializados” advogados. Por maiores críticas aos norte-americanos, lá a Justiça funciona para todos. Onde está a segurança imparcial da Justiça brasileira, se ela demonstra funcionar de acordo com o status social do indivíduo acusado? Cacciola e outros congêneres são os exemplos negativos da leniência jurídica brasileira. E eu fico a divagar: com que seriedade os professores de Direito podem ensinar os fundamentos jurídicos aos futuros advogados, se os nossos tribunais procedem na contramão dos princípios jurídicos de justiça?

--------------------------------------------------------------------------------

Querem acabar com a nossa praia em Camboriú

Por que até hoje não foi realizada uma dragagem - de ponta a ponta – no fundo do mar da praia de Balneário Camboriú? Já está passando da hora. O acúmulo de detrito, misturado com a putrefação de algas ou outros elementos no fundo do mar, anualmente, despejado nas areias da praia, além de causar um péssimo aspecto ao meio ambiente, incomoda a nós moradores e principalmente aos visitantes em contato com a sujeira e o mau odor que exala. A Secretaria do Meio Ambiente não pode falar em preocupação com a balneabilidade ao demonstrar a aparente negligência com tal problema.

A dragagem da praia é uma necessidade que se impõe. É um investimento “turístico” com retorno certo. Tenho notícia de pessoas que já fizeram mergulhos "submarinos" e verificaram que o fundo de nossa praia apresenta muita sujeira acumulada, o que não seria recomendável ao banhista.

Agora, para realizar megaprojeto de alargamento da praia, tentando descaracterizar a beleza natural que até hoje atraiu o interesse turístico, os iluminados da administração municipal pretendem gastar o dinheiro do contribuinte com obras desnecessárias. Por que o alargamento da faixa de areia, se na maior parte do ano sobra espaço? Não é o espaço da praia que tem de se adequar ao fluxo turístico. A capacidade de absorção turística desta cidade deveria ser uma preocupação mais responsável das autoridades municipais. Já não basta a estupidez vertical de nossos prédios, e ainda querem acabar com a beleza natural da praia, alargando a sua faixa para tornar o banho perigoso como hoje ocorre em Copacabana? Será que o lobby das construtoras de prédios de alto luxo está fazendo a cabeça do secretário de Planejamento? As pistas de atletismo e áreas para práticas esportivas devem ser construídas em outros locais.

A reurbanização da Avenida Atlântica pode ser feita sem o alargamento da praia: melhoramento de sua calçada (esburacada), novos quiosques, banheiros individualizados, chuveiros públicos, melhor iluminação, policiamento mais efetivo, canalização das águas pluviais etc. Ademais, vamos deixar de destruir os nossos morros, cujo barro com as águas das chuvas tem poluído o nosso mar.

E vejam só! O estudo para alargamento da orla vai custar inicialmente R$450 mil. O dinheiro está sobrando...

quarta-feira, 26 de janeiro de 2011

Nem tudo que reluz é ouro

Li as justificativas do senador Álvaro Dias (PSDB-PR) acerca da capitulação ante o benefício vitalício de ex-governador, e tomo a liberdade para fazer algumas considerações.

Simplesmente, o senador me desaponta, eis que em tempo passado já havia exaltado o seu exemplar comportamento. Mas a gente não se surpreende mais com nada na ribalta política brasileira. Nem tudo que reluz é ouro...

Quanto à dispensa voluntária de R$15.000,00 mensais da verba indenizatória e de R$3.800,00 de auxílio moradia a que tem direito no Senado, revela uma visão sua positiva de consciência natural do excesso de mordomia pública paga pelos cofres da nação, que faz muito falta ao social: educação, saúde etc.

Quando o senador propôs acabar com o benefício aduziu que não houve repercussão e apoio. Trata-se de uma justificativa elementar de vez que o senador deveria perseguir o seu objetivo, no Congresso Nacional, em nome da moralidade pública e da coletividade social, que é espoliada com alta carga tributária e não vê retorno em serviços públicos de qualidade. O dinheiro do contribuinte não é para manter o privilégio de classe política.

“Não desejo causar constrangimento aos que constitucionalmente recebem”. O eleitor ou povo brasileiro espera dos representantes políticos comportamentos republicanos de nobreza com a coisa pública, independente de melindrar quem quer que seja. Causa muita estranheza essa reverência aos que se utilizam da imoralidade constitucional para se locupletarem com o dinheiro público. Esse compadrio, essa leniência, esse comportamento político têm que acabar. Não se pode compreender a inanição, o vazio de ação dos políticos brasileiros em não procurar corrigir os inúmeros erros que tanto têm contribuído para corromper o país. Qual a diferença entre não usar para si a bonomia pública e destiná-la a instituições de caridade? A imoralidade continua a mesma. O Art.37 constitucional continua sendo desrespeitado. As instituições filantrópicas têm que ser abastecidas por fontes essencialmente morais. Essa forma “salomônica” encontrada por alguns para emoldurar a sua boa imagem política não pode mais prosperar.

A pilantragem oficial, garantida em lei estadual imoral e respaldada numa Constituição feita ao sabor de também imorais políticos, sem o concurso direto da sociedade, comanda o país vergonhosamente roubando o Erário e desviando dinheiro público do social. Cabe a nós contribuintes contestar e exigir a revogação dessas leis leoninas, desleais para com a coletividade social, e exigir também a revisão de nossa Constituição para banir esses privilégios, que contrariam o próprio disposto no Art.5º constitucional: "Todos são iguais perante a lei..." E não esquecer, igualmente, de que os ex-presidentes da República mamam do mesmo leite imoral da remuneração vitalícia por pouco tempo trabalhado. Mandato político é cargo transitório e sem nenhuma vinculação trabalhista. Logo, estamos diante de uma grande imoralidade oficial, que precisa ser revogada.

terça-feira, 25 de janeiro de 2011

Desoneração da folha de pagamentos gera críticas das centrais sindicais

Parabéns ao governo pela medida. Os sindicatos, à moda antiga, têm dificultado o mercado de trabalho. Mais emprego existirão com a redução da carga tributária e previdenciária. A informalidade continuará a existir com a atual carga previdenciária.

A medida governamental é inteligente e objetiva. Os dirigentes sindicais continuam na Idade da Pedra. São bem remunerados e não querem perder a sua hegemonia no campo da relação de emprego. Só que continuam dificultando a vida do trabalhador. A flexibilização trabalhista deveria ser a saída para aumentar o número de empregados. O que é mais importante, um trabalhador desempregado ou um trabalhador empregado sob o prisma de uma flexibilização trabalhista?Parabéns ao governo como medida inicial para encontrar saída para o grande desemprego no Brasil!!!!

Quando as medidas são boas para o Brasil, independente da cor partidária, não podemos deixar de elogiá-las.

quinta-feira, 20 de janeiro de 2011

Parabéns à Ordem dos Advogados do Brasil (OAB)

Parabéns à OAB por finalmente representar os anseios sociais no STF contra a imoralidade pública das pensões de ex-governadores. Trata-se de uma prebenda inaceitável, fruto do viciado e longevo tecido deteriorado da política brasileira de tirar vantagem, que sempre dominou o país, mas que precisa urgentemente ser combatido. E fica provado que é cabide de emprego puro para a maioria dos governadores a decisão de um dia governar o seu Estado. Se não fosse, rejeitariam a indecente remuneração vitalícia.

Todos os demais trabalhadores brasileiros, para se aposentarem com módicos salários, têm de cumprir o tempo previdenciário regular de toda uma vida de trabalho. Por que os ex-governadores e ex-presidentes da República têm tratamentos privilegiados e não consentâneos com os princípios de igualdade de que trata o Art. 5º constitucional? Eles desempenharam apenas mandatos políticos transitórios e sem nenhuma vinculação empregatícia. Trabalharam pouco tempo e ainda levam para casa uma imoral remuneração vitalícia, custeada pelos contribuintes nacionais? Não está certo! Mas os “ilustres” políticos beneficiados não consideram isso imoral. Bem, quem não tem caráter não acha nada imoral. Só que os benefícios vitalícios dessas sinecuras são considerados legais porque a maracutaia foi criada pelos próprios políticos, sem o aval e sem o concurso da sociedade.

Esse tecido viciado (podre) da política brasileira continua a prosperar por culpa exclusiva de grande parte da sociedade brasileira, acomodada, como se estivesse deitada em berço esplêndido, que não reage contra os velhos vícios e abusos, que dilapidam, diuturnamente, a fazenda pública, e engordam os bolsos de políticos solertes, verdadeiras ratazanas roedoras da nação.
Este país é de paradoxal conceituação. Quando é para reajustar dignamente os salários dos “verdadeiros” trabalhadores brasileiros, surge a velha e surrada ladainha da falência da Previdência Social. São uns políticos hipócritas, fariseus desalmados. Só pensam neles. Só querem tirar vantagem da nação. E a plebe otária, que os elege, que se dane, pois os políticos não estão nem aí para dar satisfação de seus atos à sociedade. Recentemente, o Congresso Nacional autorreajustou, em 26.700 reais, os seus próprios salários, nivelando a elite pública (parlamentares federais, ministros de Estado, Vice-Presidente e Presidente da República, e refletindo em cascata nos entes estaduais e municipais).

O Brasil está precisando de um choque de moralidade pública. Entra governo e sai governo e tudo continua no mesmo. A dívida pública interna oscila hoje em torno de R$1,6 trilhão. Quanto dinheiro em vão é destinado às despesas políticas? Por que um Congresso inchado e inoperante com 81 senadores e 513 deputados, gastando sem parcimônia, cujo dinheiro seria mais bem empregado em educação, saúde etc.? Quanto se gasta com a máquina pública do Planalto? Você sabia que há ministros, que além de receberem, a partir de fevereiro, supersalário (26.700 reais) ainda vão abiscoitar boa grana com participação em conselhos de administrações públicas? Vejam alguns: Paulo Fernando, da Comunicação-Conselhos de Itaipu/17.000 reais e Correios/3.100 reais, total 46.800 reais; Guido Mantega, da Fazenda-Conselho da Petrobras/6.700 reais e Br Distribuidora/6.700 reais, total 40.100 reais; Fernando Pimentel, do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior-Conselho do BNDES/5.200 reais e BNDESPar/4.700 reais, total 36.600 reais; Carlos Lupi, do Trabalho-Conselho do BNDES/5.200 reais, total 31.900 reais. Você sabia que o brasileiro paga o plano de saúde dos senadores? E que todo ex-senador e família continuam usufruindo dessa imoral bonomia pública. Acorde, procure saber como o seu dinheiro está sendo empregado!

Se tivéssemos um Judiciário “justo”, com letra maiúscula, na defesa do equilíbrio da balança social, que não se utilizasse também das vantagens viciosas da nação, e que não fosse por outro lado de viés político, talvez se pudesse acreditar numa outra tomada de posição visando a corrigir muitas injustiças respaldadas em nossa própria Constituição.

sábado, 15 de janeiro de 2011

Eles são os mais ausentes da legislatura

Dos dez deputados que mais faltaram nos últimos quatro anos, três não compareceram sequer à metade das sessões realizadas

Ela alega problemas de saúde. Nice Lobão é a deputada mais ausente nos quatro anos da atual legislatura.

Por Renata Camargo, Edson Sardinha e Mário Coelho

Um grupo de deputados caminha para o final do mandato com uma marca pouco lisonjeira. São os dez parlamentares que acumularam maior número de faltas na Câmara durante toda a legislatura. Na média, eles não estavam presentes em quase metade dos 422 dias com sessões reservadas a votações no plenário ocorridas entre fevereiro de 2007 e dezembro de 2010. Três deles mais faltaram do que registraram presença.
A lista dos deputados que menos compareceram ao plenário na atual legislatura é composta por representantes de nove estados e oito partidos políticos. Encabeçam a relação os deputados Nice Lobão (DEM-MA), Jader Barbalho (PMDB-PA), que renunciou ao mandato em novembro, Vadão Gomes (PP-SP), Ciro Gomes (PSB-CE) e Marina Magessi (PPS-RJ). Marcos Antonio (PRB-PE), Miguel Martini (PHS-MG), Fernando de Fabinho (DEM-BA), Silas Câmara (PSC-AM) e Alexandre Silveira (PPS-MG) completam o ranking dos dez parlamentares que somaram mais ausências nos últimos quatro anos. De todos, apenas três foram reeleitos: Nice Lobão, Silas Câmara e Alexandre Silveira.

Fonte: Congresso em Foco, com base em dados da Câmara
Em tese, faltar a uma sessão deliberativa implica corte no salário. Mas, na prática, os parlamentares pouco sentem o peso de suas ausências no bolso. Das 1.862 faltas acumuladas por esses dez deputados, 1.713 (92%) foram abonadas pela Câmara, com a apresentação de justificativas, como problemas de saúde e compromissos políticos. Só 149 das ausências ficaram sem explicações, ou seja, sujeitas a desconto.

Os dados fazem parte de levantamento exclusivo do Congresso em Foco com base em informações oficiais da Câmara. Como as razões aceitas pela Casa vão além dos problemas de saúde, a pesquisa considera as ausências justificadas e as ausências sem justificativas. Os motivos apresentados por cada parlamentar, porém, não são divulgados pela Casa. Para saber as razões das faltas, o site entra em contato com os próprios parlamentares, que apresentam suas explicações. Desta vez, no entanto, nenhum dos dez retornou o contato feito pela reportagem.

Sem explicação

Entre os dez deputados mais ausentes, Jader Barbalho foi quem acumulou mais faltas sem justificativas. O deputado renunciou ao mandato em 30 de novembro do ano passado, alegando que protestava contra a decisão da Justiça eleitoral que barrou sua candidatura ao Senado com base na Lei da Ficha Limpa. Jader faltou a 216 (61,4%) dos 422 dias em que houve sessão deliberativa. Deixou 45 das ausências sem explicações.
O peemedebista tenta na Justiça provocar nova eleição para o Senado no Pará. Mesmo ausente, o paraense controlava no ano passado um orçamento de mais de R$ 7 bilhões por meio de afilhados políticos nos governos federal e estadual, conforme mostrou o Congresso em Foco. Em relação às justificativas de suas ausências, ele nunca retornou os contatos feitos pelo site.

Depois de Jader, quem menos justificou suas faltas no grupo dos dez menos assíduos da legislatura foi Ciro Gomes. O ex-governador do Ceará, que não disputou as eleições de 2010, esteve presente em 224 (54,4%) dos 412 dias com sessão deliberativa de que deveria ter participado. Ele justificou 147 ausências e deixou 41 sem justificativa. Ciro também nunca retornou ao site para explicar suas ausências justificadas. O terceiro colocado em faltas sem justificativas, entre os dez que menos compareceram ao plenário na legislatura, foi Marcos Antonio. O pernambucano deixou 18 faltas sem explicações.

De saúde a “caô”

O levantamento sobre a assiduidade parlamentar é realizado pelo site a cada seis meses. Em reportagens anteriores, alguns dos dez deputados que menos compareceram ao plenário chegaram a justificar suas ausências. Nice Lobão e Miguel Martini, por exemplo, explicaram que suas faltas ocorreram por problemas de saúde.

Dos 422 dias de sessões deliberativas em plenário em toda a legislatura, Nice Lobão compareceu apenas em 182 delas (43,1%). Em agosto do ano passado, a parlamentar contou ao Congresso em Foco que problemas na coluna e no joelho a impediam de ir às sessões plenárias. A justificativa foi referente às faltas no primeiro semestre de 2010. Mas em anos anteriores a parlamentar também figurava entre os mais ausentes.

No caso do deputado Miguel Martini, 65% de suas ausências ocorreram no ano de 2009. Ao site, em fevereiro do ano passado, o parlamentar explicou pessoalmente que, naquele ano, havia se submetido a um tratamento de quimioterapia, tendo ficado seis meses em recuperação. Ao todo, Martini teve 169 ausências em sessões plenárias durante toda a legislatura. Todas as faltas foram justificadas.

A deputada Marina Maggessi também justificou a maioria de suas faltas. Mas, ao menos em relação às ausências de 2009, a parlamentar não havia faltado por problemas de saúde. Marina justificou que, como presidente da Comissão de Segurança Pública, lhe era garantida a “prerrogativa” de não ir ao plenário. Em reportagem publicada em fevereiro de 2010, Marina considerou que presença em plenário era “caô”, uma gíria usada para designar algo falso, enganação.

“O meu partido vive em obstrução. Aquele plenário não me atrai. Não vejo nada de produtivo naquilo, é uma mentira aquele voto em plenário, estou falando isso de coração”, criticou a deputada. “Voto em plenário é ’caô’, uma expressão que a gente usa muito no Rio”, disse Marina.

Os dez deputados mais ausentes foram procurados por e-mail e por telefone para esclarecer suas ausências. Como nenhum deles retornou o contato, o Congresso em Foco reitera que os deputados podem procurar o site a qualquer tempo para apresentar as suas justificativas.

FONTE: CONGRESSO EM FOCO

Considerações
Não tem outro adjetivo. São pilantras eleitos por eleitores irresponsáveis. Na iniciativa privada, os pilantras faltosos seriam demitidos. Como se pode acreditar na seriedade do Congresso, que mais parece casa da mãe Joana e não pune ninguém? Vejam o caso do Maranhão, que continua no buraco da pobreza, mas ainda há eleitores que reelegem Nice Lobão!

quarta-feira, 12 de janeiro de 2011

Bizarrice de um deputado estadual

O deputado estadual gaúcho, Gilmar Sossella (PDT), protocolou, dia 11, o documento que propõe que a Mesa Diretora da Assembleia Legislativa tome as providências necessárias a fim de declarar os Senhores Ronaldo de Assis Moreira, conhecido como Ronaldinho Gaúcho, e seu irmão e empresário Roberto de Assis Moreira, persona non grata no Rio Grande do Sul. E tudo porque o Ronaldinho preferiu o Flamengo ao Grêmio.

Com todo o respeito ao deputado e à sua vida pública, não é por essa forma que se pretende educar uma sociedade e preservar a cultura gaúcha. Revanchismo não faz parte de povos civilizados. E eu fico a imaginar até que ponto vai a extravagância conservadorista e provinciana desse parlamentar. Como considerar "persona non grata" a família Moreira, que recolhe impostos ao Estado com os investimentos imobiliários que aí possui e cujas contribuições vão pagar justamente as benesses públicas dos senhores parlamentares? Ora, o deputado está indiretamente provocando a agressividade pública contra cidadãos. E isso é inaceitável. Vivemos em pleno século 21, e será que a crucificação de Cristo ainda não serviu de exemplo negativo aos acusadores irresponsáveis? Vamos devagar com o andor, deputado! Não confunda alhos por bugalhos. Não traga ao Parlamento problemas de foro particular e clubístico. Não seja ridículo perante o Brasil. Ostente a bandeira do Rio Grande com altivez, sem picuinhas domésticas. O senhor não pode falar em nome do povo gaúcho para defender o glorioso Grêmio Futebol Clube. E como ficam os torcedores do Internacional? Eles concordam com essa moção de repúdio estapafúrdia?

SOS Rondônia

Fala-se das grandes conquistas do governo Lula, do novo Brasil. Mas isso é verdade? Ou uma farsa dos institutos de pesquisas? Será que o mundo exterior conhece a realidade brasileira, por exemplo, dos serviços públicos de saúde? Essa imagem negativa o governo soube maquiar com muita maestria. Passou oito anos sem corrigir erros passados e cometendo os mesmos deslizes com o serviço público de saúde. Não deu exemplo de retidão ao continuar desviando a finalidade sagrada da CPMF. Se tivesse destinado 100% dos recursos dessa contribuição provisória para a saúde pública brasileira, o país não estaria passando vergonha de não poder atender com dignidade humana às camadas mais necessitadas da população. Não queremos nova CPMF, queremos correção de caráter dos senhores políticos. Queremos austeridade com os gastos públicos. Queremos que sejam cumpridos integralmente os ditames constitucionais com os direitos dos cidadãos: educação, saúde etc., porque dinheiro o país tem.

Revolta-me ao assistir agora, no jornal da TV Globo, o quadro deprimente dos hospitais públicos de Porto Velho, em Rondônia. Pessoas sendo tratadas como coisas, deitadas no chão, sem a dignidade de poder curar as suas enfermidades. Hospitais sucateados. Sujos. Uma total falta de respeito humano com os mais necessitados. E o governo federal o que fez em oito anos? Mas todos os políticos e governos têm Plano de Saúde, pagos pelos contribuintes. Que país é este, de muitas mentiras, em que a realidade brasileira é outra? A rigor, cada brasileiro descamisado, que não tem amparo público de saúde, deveria acionar o Estado por não cumprir integralmente a sua função social. Não adiantam megaprojetos governamentais sem que os fins sociais sejam primeiro atendidos. Não dói no coração dos governantes e políticos, da agora presidente Dilma Rousseff, ver todo esse caos na saúde pública brasileira? Se os senhores estivessem nessa situação, quais seriam as suas reações?

--------------------------------------------------------------------------------

terça-feira, 11 de janeiro de 2011

Bondade social

Projeto enviado pelo governo do Rio Grande do Sul à Assembléia Legislativa sobre anistia do pagamento de pequenas dívidas de agricultores gaúchos beneficia 43 mil famílias, ou seja, 150 mil pessoas. É um escândalo!

O rombo financeiro estadual, de muitos anos, sanado por Yeda Crusius em quatro anos de governo, agora começa a ser reaberto pela "BONDADE SOCIAL", de pura esperteza política do comunista Tarso Genro, já visando a obter dividendos eleitoreiros futuros, ou pagando dívidas de promessas de campanha.

O Tesouro Estadual não é casa da mãe Joana! Não é propriedade de político! O governador Tarso Genro (PT) tem que ter postura de administrador público e cuidar muito bem dos créditos a receber de quem quer que seja o devedor estadual. Por acaso, o senhor governador, ao administrar o seu patrimônio particular, costuma ter essa generosidade demagógica com os seus devedores? Administrar a fazenda pública com seriedade e responsabilidade, senhor governador, não é diferente do zelo que o senhor certamente sabe dispensar à sua casa ou ao seu patrimônio familiar.

Dívidas financeiras de terceiros a favor do Erário Estadual, quaisquer que sejam os seus valores, devem ser resgatadas na forma da lei. Equivoca-se o governante ao privilegiar cidadãos em detrimento dos demais. De acordo com a nossa Constituição Federal, todos são iguais perante a lei, logo não pode haver privilégio entre classes ou devedores. Perdoar pequenas dívidas de agricultores, por força do lobby de representantes políticos do PT, é dar continuidade ao viciado sistema de clientelismo, que tanto tem denegrido a imagem de seriedade dos políticos brasileiros. A fazenda pública não é propriedade de político. Não foi para remir dívidas de ninguém que o contribuinte continua sendo esfolado com alta carga tributária. Devagar com o andor...

terça-feira, 4 de janeiro de 2011

Lula mudou o Brasil?

Bem, não podemos desconhecer os avanços das políticas governamentais. Mas o presidente Lula tinha o dever de trabalhar em prol do Brasil, pois foi eleito para isso. Se o fez, foi apenas no cumprimento de sua obrigação.
O presidente Lula não foi nenhum Messias, salvador da Pátria. Ele não recebeu o país do marco zero. Se não fosse a política econômica fortalecida de FHC – Plano Real -, o Lula não surfaria em ondas plácidas com a crise mundial. A decantada marolinha foi marolinha porque o governo anterior – mesmo que o Lula e a claque petista não se dignem de reconhecer – legou uma economia estabilizada com o Plano Real. A grande jogada e esperteza do Lula foi não tentar reinventar a roda ao dar continuidade, com algumas pinceladas, à política econômica de FHC. O fato de Lula ter conclamado o povo a gastar, para aquecer a economia, o tempo vai dizer se ele estava certo ou foi uma irresponsabilidade, pois muita gente hoje está endividada com cartão de crédito, crediário etc., devido a compromissos contraídos acima de sua capacidade financeira.
É muito romântico ver cidadãos de classe B ou C ostentando a aquisição de móveis e utensílios em suas casas. Só que tudo foi adquirido por meio de crediários com juros escorchantes, que o governo fingiu combater.
Não é cego quem discordou do governo lulista. O Brasil mudou graças ao somatório de ações positivas e negativas de todos os governantes. E esperamos que o novo governo não seja marcado por notícias de tanta corrupção administrativa e política (loteamento dos cargos públicos pela companheirada, violação dos sigilos bancário e fiscal dos cidadãos, escândalo do mensalão etc.), e que os velhinhos aposentados do INSS, endividados até o pescoço com o empréstimo consignado – a alegria dos banqueiros proporcionada por Lula -, consigam sair desse sufoco. Pois é inacreditável que um aposentado, no Brasil, para poder sobreviver, tenha que se submeter à agiotagem oficial. E ainda nos chamam de cegos...