sábado, 29 de janeiro de 2011

Cacciola surfa em liberdade

O ex-banqueiro Salvatore Alberto Cacciola conseguiu na Justiça do Rio de Janeiro, na noite de quinta-feira, o direito à progressão para o regime semiaberto. Este país é uma casa de justiça da mãe Joana. Todo mundo manda. Até um condenado fujão. Desrespeitou a regalia do habeas corpus concedido e se mandou pra Itália. Agora, o ex-foragido ainda é festejado com nova regalia. Por que também não liberam o Fernandinho Beira-mar? Transgressor é transgressor, ou não é?

Uma autêntica vergonha o comportamento de nosso Judiciário. Aqui, para comprar a liberdade, basta ter cacife de poder pagar “especializados” advogados. Por maiores críticas aos norte-americanos, lá a Justiça funciona para todos. Onde está a segurança imparcial da Justiça brasileira, se ela demonstra funcionar de acordo com o status social do indivíduo acusado? Cacciola e outros congêneres são os exemplos negativos da leniência jurídica brasileira. E eu fico a divagar: com que seriedade os professores de Direito podem ensinar os fundamentos jurídicos aos futuros advogados, se os nossos tribunais procedem na contramão dos princípios jurídicos de justiça?

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