sábado, 6 de setembro de 2014

Diga não à reeleição política

Eleitor, no dia da eleição, para o bem da democracia e do fortalecimento do Legislativo, diga não à reeleição de qualquer político. Política não é profissão. Mandato político é exercício transitório. Tanto o Parlamento quanto os Governos precisam de constante renovação.  

A reeleição política é responsável pelo cabide de emprego, pela falta de novas cabeças pensantes tão necessárias à saúde do Legislativo, pela corrupção e pela formação de dinastias familiares políticas espraiadas pelo país, um traço viciado da estrutura política brasileira que o eleitor precisa combater.

Temos que barrar o “político profissional”, que tem como objetivo defender os seus inconfessáveis interesses e de grupos que representam, bem como desfrutar as benesses públicas. É incrível que se tenha no Parlamento Federal, por exemplo, o deputado Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN) exercendo a sua 11ª legislatura. Aqui, podemos responsabilizar o imoral instituto do voto obrigatório, que arrasta às urnas incautos eleitores, que elegem e reelegem qualquer um em troca de falsas promessas.
 
O Parlamento não pode continuar sendo ambiente de político profissional. Ninguém é insubstituível. Os grandes vultos dos segmentos sociais, educacionais, políticos, científicos etc. se foram para a eternidade e, no entanto, as instituições não pararam por essas ausências. 
 
A renovação política é salutar para evitar o comodismo e o continuísmo de grupos que pretendem se eternizar no poder, como o PT que defende a recondução do partido à Presidência da República, sob a pretensiosa argumentação de que os programas de governos precisam ser concretizados.
 
Temos de combater a equivocada concepção feudal do político brasileiro, que teima em continuar exercendo mandato político como se o cargo público fosse sua propriedade privada. A sua astúcia está no gozo das benesses públicas. Neste sentido, certa feita o jornal espanhol El País escreveu que ser político no Brasil é um grande negócio, tantas são as vantagens auferidas.
 
O eleitor não deve reeleger políticos, principalmente aqueles que não honram os seus mandatos e vão exercer cargos nos governos, como, por exemplo, Maria do Rosário (PT-RS), que até recentemente era Secretária de Direitos Humanos e agora voltou para tentar a reeleição .

Trata-se de políticos solertes, imorais, descompromissados com o eleitor e que pouco se importam com as suas condutas indignas, mas em épocas de eleições se apresentam como cordeirinhos desmamados para pedir votos. Veja a lista de políticos federais que não merecem ser reeleitos ou votados: http://Congressoemfoco.uol.com.br/noticias/dos-513-deputados-federais-399-disputam-reeleição/

 

quarta-feira, 3 de setembro de 2014

Corrupto é o outro...


Neste período de eleição em que alguns senadores tentam a reeleição ou eleição a deputado federal/estadual, e outros pretendem ser governantes, é oportuno analisar até onde os ilustres senadores são éticos e morais diante do respeito à coisa pública.

Evocando a frase “corrupto é o outro”, aproveito o ensejo para fazer a seguinte constatação de corrupção consentida no Senado Federal. Pois bem, muitos eleitores não sabem, e se soubessem certamente ficariam indignados, que no Senado Federal todos os senadores e famílias, bem como os ex-senadores têm direito gratuitamente e de forma perene à assistência médico-hospitalar, e tudo pago pelo contribuinte.

A benesse pública não está amparada em lei, mas sim em ato normativo interno do Senado. Os "ilustres" senadores jamais combateram essa imoralidade, que afinal representa “corrupção passiva” – recebimento de vantagem indevida, Art. 317 do Código Penal. No entanto, os senhores senadores não veem nenhum problema em seus comportamentos éticos e morais dentro do estamento.

Assim, com que lisura de caráter público pode o senador pretender disputar algum pleito se ele não é exemplo de moralidade pública?