quarta-feira, 29 de dezembro de 2010

Como encontrar emprego

Meu amigo, se você quiser ter emprego farto e bem remunerado, com grandes perspectivas de enriquecimento (ilícito) e ainda levar, de lambuja, uma boa aposentadoria vitalícia para seu cruzeiro turístico, faça como muitos espertalhões brasileiros e abrace, com toda a força, a "espinhosa" carreira política. Não precisa de nenhum pré-requisito intelectual, ou frequentar cursinho, basta apenas saber rabiscar o seu nome e gostar da ribalta do poder para ter sucesso garantido. Senão, vai ter de ralar a vida toda e comer o pão que o diabo amassou!

Espelhe-se em nosso guru presidencial: tem vida boa, pega onda e faz caça submarina em Fernando de Noronha à nossa custa, e, para seu regalo, já tem algumas prebendas vitalícias garantidas, e tudo isso sem ter precisado fazer muito esforço ou queimado pestanas em elucubrações mil.

E a gente começa a questionar: para que estudar tanto - neste País de nove dedos políticos -, concluir curso superior, pós-graduação etc., etc. se outros conseguem status social e financeiro na moleza, e não há emprego para a maioria ou quando encontra é mal-remunerado? É claro que existem pessoas bem-sucedidas, mas são exceções dentro do contexto nacional.

E o nosso bem abonado presidente da República, que nunca teve preocupação com estudo, fingiu não conhecer a realidade brasileira (falta de grana) e mandou a vassalagem gastar para esquentar a economia. Só que ele não emprestou o seu cartão corporativo para a plebe passear, por exemplo, na paradisíaca Ilha de Fernando de Noronha. E, já no ocaso de seu governo, não perdeu o hábito de abrir a boca para tecer comentários inadequados.

quinta-feira, 23 de dezembro de 2010

STJ decide suspender processos sobre bebida ao volante

O STJ (Superior Tribunal de Justiça) suspendeu por tempo indeterminado todos os processos em segunda instância que questionam as provas obtidas para condenar um motorista por dirigir bêbado.

A medida foi adotada após duas decisões opostas terem sido tomadas por duas turmas do próprio tribunal.

Em outubro, a 6ª turma decidiu trancar uma ação penal contra um motorista de São Paulo que se recusou a se submeter ao bafômetro.

Os ministros entenderam, na ocasião, que não havia como provar que ele havia violado a legislação.

Como a Lei Seca determina uma quantidade específica de álcool para caracterizar o crime (seis decigramas de álcool por litro de ar expelido dos pulmões), o teste foi considerado imprescindível.
A legislação anterior não citava uma quantidade específica de álcool para a configuração de crime, falava apenas em dirigir "sob a influência de álcool" e expor uma outra pessoa a risco.

Já em dezembro, a 5ª turma do STJ, com outra composição de ministros, decidiu o contrário e negou habeas corpus a um motorista do Rio Grande do Sul que se recusou a passar pelo bafômetro, mas teve a embriaguez constatada em exame clínico.

Segundo o perito que o examinou, ele tinha "vestes em desalinho", "discurso arrastado", "hálito alcoólico", "marcha titubeante", "reflexo lento" e "coordenação muscular perturbada".

Para uniformizar o entendimento, o STJ decidiu que caberá agora à 3ª seção, que tem ministros das duas turmas, decidir sobre o tema, em um caso específico no Distrito Federal com data ainda indefinida.

Levantamento publicado pela Folha em setembro do ano passado, feito na Justiça estadual do país inteiro, mostrou que 80% dos motoristas que se recusaram a passar pelo bafômetro ou fazer exame de sangue acabaram sendo absolvidos por falta de provas.
Fonte: Folha Online

Comentários

Infelizmente, vivemos em um país onde a própria autoridade judicial é conivente com a irresponsabilidade civil ao não respaldar os procedimentos de segurança das normas de trânsito.

É muito simples: quem não deve não teme, logo não deveria invocar a máxima constitucional de que ninguém é obrigado a fazer prova contra si próprio. Trata-se aqui de um lamentável equívoco constitucional, empregado em sentido amplo, utilizado pelo infrator para a desobediência social, que já deveria ter sido corrigido pelo Legislativo, se efetivamente tivéssemos um Judiciário compromissado com a moralidade para exigir o aperfeiçoamento de nossa Carta Magna. Essa leniência com os infratores de trânsito só enfraquece a autoridade policial. Assim, para que a Lei Seca, se o próprio Judiciário não garante a sua aplicação?

sexta-feira, 17 de dezembro de 2010

A farra salarial parlamentar

Infelizmente, o eleitor brasileiro é o principal responsável pelo baixo nível de seriedade parlamentar porque vota em qualquer um. E o resultado negativo, todos conhecem: Congresso Nacional conspurcado de imorais e incompetentes políticos (Sarney, Maluf, Jáder Barbalho etc.); de fichas sujas; de cabideiros de emprego; de oportunistas em busca das glórias do poder; de fisiologistas; de trambiqueiros travestidos de colarinho branco, dando prejuízos a esta nação de fortes contrastes sociais. Por outro lado, São Paulo ainda peca ao eleger, com quase 500 mil votos, Paulo Maluf, e o oportunista Tiririca, com votação expressiva, cujo "palhaço" deve ser mais honesto que a maioria dos atuais congressistas.

Este país padece por não ter um Parlamento sério. Quanto se gasta em vão para manter a despesa (pública) política, que seria mais bem empregada se fosse aplicada no social? Ser político no Brasil é uma grande dádiva caída do céu. É um bilhete premiado. Quem entra não quer mais sair: médico, advogado, empresário, funcionário público (em desvio de função) etc. Tiririca disse, com a sabedoria de sua irônica ingenuidade, que teve muita sorte em entrar para a política. E indagado acerca do seu primeiro projeto (político), ele foi autêntico: comprar um apartamento.

Para manter os gastos públicos, da máquina "brasiliana" do Planalto, o Brasil tem hoje uma dívida interna que oscila na faixa de 1,600 trilhão de reais. Há parlamentar que não sabe o que isto representa de endividamento público. Se realmente soubesse, não estaria aplaudindo os reajustes imorais dos parlamentares, ministros de Estado, vice e presidente da República, com reflexo nos aumentos em cascata dos poderes políticos estaduais e municipais.

Se o deputado federal Abelardo Camarinha (PSB-SP) não faz do Parlamento cabide de emprego, por que contribuiu votando favoravelmente para receber reajuste superior às demais categorias de trabalhadores brasileiros? Onde estão a sua seriedade e de outros parlamentares, que defendem reajuste salarial em causa própria no Congresso, em detrimento dos demais brasileiros, que não são bafejados por essa sorte? Embora os nossos parlamentares diretamente não metam a mão nos cofres do erário, indiretamente se locupletam de benesses públicas, por exemplo, reajustando elevadamente os seus próprios salários do dia para a noite.

Nenhum trabalhador brasileiro pode concordar com essa orgia salarial, arbitrada pelos senhores congressistas, ou seja, elevando o nível salarial da grande elite política a R$26.723,13, pago pelos contribuintes com reajustes que variam entre 61,83%, 133,96%, 148,63%. Os senhores parlamentares não têm vergonha dos contribuintes nacionais, dos miseráveis sem teto, dos desempregados etc.?

Por que o deputado Camarinha não contribui para moralizar os salários públicos - sem faixa extravagante de R$26.723,13, bem como para estabelecer índice de reajuste salarial igual para todas as categorias públicas?

Causa perplexidade, tédio e revolta assistir à fleuma desses pulhas políticos, que não demonstram nenhum sentimento com a austeridade dos gastos públicos, e ainda riem de nossa cara, no Parlamento, como o deputado Camarinha fez ao desdenhar a atitude de alguns de seus pares, que se manifestaram contra o inflado reajuste, em plenário da Câmara.

Agora, a PEC 300, que significa dignidade salarial justa aos policiais brasileiros, os senhores oportunistas políticos não aprovam. Que falsidade farisaica é essa!

O deputado Abelardo Camarinha deveria conhecer, para rever os seus conceitos de políticas públicas, como procede o parlamento sueco com os gastos de seus políticos. Na Suécia não existe o esbanjamento do dinheiro público. Lá existe, sim, respeito ao dinheiro do contribuinte.

terça-feira, 7 de dezembro de 2010

Dignidade salarial aos policiais

A politicagem parlamentar não pode postergar ou sobrestar a solução dos graves problemas nacionais. A falta de investimento em Segurança Pública com reflexo negativo na dignidade salarial dos policiais tem mostrado ao país a vulnerabilidade das instituições policiais brasileiras, mal-remuneradas, sujeitas à corrupção criminosa por recebimento de propinas ou de outras remunerações clandestinas. As consequencias nefastas de tudo isso estão estampadas no corpo desnudado brasileiro, em todo o quadrante, em que a falta de uma política justa, honesta e séria salarial dos servidores policiais, bem como de logística das polícias têm escancarado a fragilidade do sistema de repressão nacional diante do poder dos narcotraficantes, e o pior, atente para isto: os agentes policiais brasileiros são mal-remunerados, (muitos) vivem nas mesmas condições de pobrezas da periferia ou moram ao lado de marginais, e por isso são facilmente corrompidos. E a culpa é do Estado, representado pelo Congresso Nacional e Poder Executivo, que teimam em não prover a Segurança Pública nacional dos rudimentos de sobrevivência e de trabalho. Os resultados negativos estão aí em nossas caras. A bandidagem desrespeitando a sociedade trabalhadora, o problema social de contrastes brasileiro grave, cujo governo só desperta quando eclode, por exemplo, um "Complexo do Alemão".

Por outro lado, já está na hora de ajustarmos com equidade a nossa Constituição. A República Federativa Brasileira não pode continuar sendo regulada por critérios estaduais diferenciados. O país é um todo. Tem uma só língua. Deveria ter uma só lei de efeito social para todos. Não é razoável que o brasileiro de qualquer rincão, por exemplo, pague preço diferenciado para tirar uma carteira de motorista. Assim, por que o valor salarial de um policial do Distrito Federal não pode ser igual aos demais da federação brasileira? Isso tem que ser revisto com mais seriedade.
Quanto se continua gastando inutilmente com a máquina pública brasileira? A dívida interna nacional oscila hoje em torno de 1,600 trilhão. Igualmente, quanto se gasta para manter o Congresso Nacional, as despesas do Planalto etc.? Agora, vir tergiversar que o reajuste dos policiais pode comprometer o orçamento estadual, guardadas as devidas proporções, é como negar alimento para sua própria família. Ademais, a falta de uma política pública de segurança competente para todos é um dos grandes problemas de nossa sociedade. Sem segurança a sociedade não pode trabalhar, estudar etc. Então, não se compreende essa politicagem barata de não querer atender às justas reivindicações policiais, respaldadas hoje na PEC 300, que já foi aprovada em primeiro turno na Câmara Federal.

Assim, cheira jogo sujo do governo, como manobra para satisfazer os governantes eleitos, pretender agora comissão especial para segurança pública, quase seis meses depois da votação da PEC 300 em primeiro turno do plenário. Consequência: representantes da categoria sinalizam paralisação geral da polícia no dia da posse da presidente eleita, Dilma Rousseff.

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segunda-feira, 6 de dezembro de 2010

Analfabetos no Congresso Nacional

O Parlamento brasileiro, infelizmente, é o reflexo da pouca seriedade do eleitor, que vota em qualquer um. Contribui para isso o indecoroso voto obrigatório, que os políticos teimam em não expurgá-lo de nossa Constituição para preservar as suas facilidades eleitorais.
E é justamente a decepção com a falta de seriedade de nossos políticos, que pouco produzem de útil ao país, que leva muitos eleitores a externar o seu descontentamento votando em candidatos bizarros como Tiririca e outros mentecaptos do Congresso Nacional.

Se essas demonstrações negativas da sociedade, que não são de hoje, fossem levadas a sério pelos tribunais eleitorais e partidos políticos, certamente o poder constituído pertinente não estaria pagando o mico por ter autorizado a candidatura de quem se supunha analfabeto, e agora eleito legitimamente por mais de 1,3 milhão de votos. Pretender impugnar a eleição de Tiririca a esta altura do campeonato, não deixa de ser uma grande presepada de nosso Judiciário.

Mas o Brasil está cheio de atitudes quixotescas. Pois bem, na contramão do esforço governamental e de todos os brasileiros que desejam erradicar o analfabetismo do país, bem como ver este torrão verde-amarelo conduzido por cidadãos alfabetizados em todos os níveis escolares, eis que surge das trevas do inferno a voz do senador “evangélico” Magno Malta (PR-ES) propondo a eleição de analfabetos. E depois não querem que a sociedade se indigne com a manutenção do Senado Federal.

Com algumas exceções, o Parlamento está repleto de políticos de idéias estapafúrdias, os quais só sabem gastar o dinheiro do contribuinte para mal representar a população. Aliás, os representantes do todas as igrejas estão de viés trocado. Deveriam estar trabalhando dentro de suas instituições religiosas e não usufruindo das benesses públicas.

O fato de o país ter 14 milhões de analfabetos não justifica a sua representação específica no Congresso. Se fosse assim, teriam que ter assento no Congresso Nacional também os representantes de traficantes, de larápios, de prostitutas etc.

Para que o senador Malta, infelizmente, foi eleito? Não foi para representar todos os segmentos sociais no Parlamento? Ou o senador quer fazer média eleitoral com essa fatia de analfabetos? Tenha senso de ridículo, senador! Enquanto se defende a educação formal para todos, para que o país cresça culturalmente em prol de seu desenvolvimento, o representante capixaba vem retroceder para permitir que pessoas analfabetas exerçam mandatos políticos.

Por que o senador não se empenha para banir o analfabetismo de 14 milhões de cidadãos brasileiros em vez de vir fazer demagogia barata?

Não basta só ter caráter, sentimento e coração para exercer o Parlamento como o senador apregoa. É preciso também que as nossas instituições públicas sejam exercidas por pessoas competentes e de boa formação cultural.

Ora, é inadmissível que um representante político não tenha cultura suficiente para saber ler e entender as leis que serão submetidas no Parlamento. Se o senador peca por apenas comer pela mão dos outros, ou seja, não tem competência para redigir um projeto, não deveria subestimar a capacidade dos demais. E a bem da verdade, a Constituição brasileira não deveria permitir que um membro do Parlamento nacional não tivesse no mínimo o segundo grau completo.

Por outro lado, a ingenuidade do senador é muito grande ao afirmar que Tiririca foi eleito pelo voto de nordestinos (só de nordestinos?) e que “a coisa pegou porque Tiririca é pobre”. Senador, vá se penitenciar com Deus!

A estupidez em dose vertical

Responsabilidade ou irresponsabilidade daqueles que estão desfigurando e transformando Balneário Camboriú em uma cidade compactada ao gosto do empresariado da construção civil, que está mais interessado nos lucros de suas operações?
Hoje, constatamos que a cidade tenta se adequar à frenética ebulição de seu aumento populacional – mais transitório que fixo -, demolindo morros, abrindo novas ruas, invertendo a direção do fluxo de veículos etc., e tudo isso para atender ao conceito de cidades cosmopolitas.
Do ponto de vista de desenvolvimento equilibrado, Balneário Camboriú não deveria perder a sua vocação de cidade voltada para a exploração de suas belezas naturais, bem como o seu lado lúdico de bares, restaurantes, casas noturnas de divertimentos etc. Balneário deveria se preocupar apenas com investimento direcionado à área turística, e não ceder espaço à exploração comercial desmedida da construção civil, cujo objetivo único é a obtenção do lucro irracional em detrimento da desfiguração da cidade.
É verdade que a construção civil tem impulsionado a economia da cidade. Mas também é verdade que o empresariado da construção civil não demonstra muita preocupação com a degradação, aérea e terrestre, do meio ambiente.
Se o efeito do aquecimento imobiliário, com a venda de imóveis, traz divisas ao município, por outro lado o inchamento populacional da cidade traz também problemas crônicos à estrutura municipal que não está preparada para enfrentar uma demanda de serviços públicos básicos à população. Se quisermos manter a estabilidade de um bom padrão de vida da cidade, não deveríamos incidir nos mesmos erros, por exemplo, da vizinha capital Florianópolis, que se depara, hoje, com graves problemas de ordem social etc.
Balneário Camboriú deveria obedecer a um padrão imobiliário, cuja construção vertical não ultrapassasse a doze andares. Lamentavelmente, os nossos dirigentes políticos municipais são lenientes com a especulação da construção civil ao permitir que a cidade seja engolida, cada vez mais, pela fúria insaciável dos construtores de espigões, que estão descaracterizando a cidade em nome de um falso progresso, e deixando as ruas da cidade precocemente escuras, antes do final do dia, por causa dos monstrengos verticais que constroem. Ademais, ninguém vem ao Balneário para ver o artificialismo urbanístico de verticalidade da cidade, mas para desfrutar de sua beleza natural e outros divertimentos.
É plausível que o empresariado da construção civil diga que impulsiona a economia local e que proporciona quatro mil empregos diretos. Só que ele está desfigurando a cidade de forma implacável, e está mais preocupado com a fatura de lucro do que com o total de trabalhadores empregados.
Que as cidades brasileiras não se transformem em canteiros de obras especulativos de interesses comerciais da construção civil, desrespeitando o meio ambiente!

domingo, 14 de novembro de 2010

O viés político do STF

14 processos na fila do Ficha Limpa esperam por solução no STF (Supremo Tribunal Federal)! E o processo dos 40 "aliladrões" mensaleiros que já se arrasta, ou melhor, engavetado pelo ministro Joaquim Barbosa, e ainda não solucionado?
O descrédito nacional pela seriedade de nossa magna corte, palco vergonhoso de insultos entre ministros, revela o seu lado pernicioso de comprometimento político pela natureza de indicação de seus membros.
O Brasil deveria ter uma corte jurídica de alta independência política. Uma corte de juízes profissionais do Direito, sem laivos que maculem a sua correção e liberdade de poder julgar os fatos independentemente do estrato social ou político.
A nossa suprema corte está contaminada. Não exala o odor de justiça, de decisões equilibradas de que tanto a sociedade espera. As suas decisões são polêmicas dentro do próprio núcleo judiciário. O STF está carecendo de reforma.
Urge, para salvar a credibilidade de nossa corte suprema, que o Congresso Nacional escute a voz do povo e proceda a alterações constitucionais para modificar o critério político de indicação dos membros desse Tribunal. Como está não pode continuar.
O Supremo Tribunal Federal deveria ser provido somente por egressos, em atividade, do próprio Judiciário e de indicação da OAB, sem nenhuma vinculação partidária ou política.
Até quando os senhores parlamentares vão continuar lenientes com essa forma absurda e incompatível com a independência do Poder Judiciário, que tem a sua corte máxima submetida a critérios de indicação política do presidente da República?
O Poder Judiciário deveria ser um órgão da República totalmente independente dos demais poderes, sem ferir a sua harmonia, para poder exercer, sem interferência externa de outro poder, a sua sagrada missão de julgar com neutralidade. Por ser um órgão de indicação política, o STF tem se mostrado, algumas vezes, receptivo ao Poder Executivo ao apreciar demandas de interesse do governo federal. E foi assim, por exemplo, quando o servidor federal aposentado teve o seu direito adquirido quebrado, por ação do governo e obediência do Supremo, ao instituir a taxação previdenciária sobre os seus proventos.

sábado, 6 de novembro de 2010

A chantagem da volta da CPMF

José Sarney, moribundo presidente do Senado, já acha viável o Congresso retomar a proposta de recriar a CPMF. Isso, sim, é um golpe contra a população brasileira. Por que esse tema não foi objeto de transparência dos candidatos durante as campanhas eleitorais? Onde termina a política começa a trapaça.E já começaram a trapacear o incauto eleitor brasileiro, com o aceno da volta da CPMF. Uma vergonha! E o Sarney e outros chaleiristas governamentais deveriam respeitar a opinião contrária da maioria de brasileiros. Esses políticos que avalizaram o desvio de finalidade da CPMF são os maus exemplos da política brasileira.

Os autores do desvio de finalidade da CPMF deveriam, há muito tempo, ter sido processado ou estar sofrendo processo, se realmente tivéssemos um Judiciário forte, apolítico, sério e que exercesse, na plenitude de seu dever constitucional, a sua função sagrada de guardião da Constituição, no caso, o "político" STF. Ora, no momento em que uma lei, do porte da que criou a contribuição provisória, destinada exclusivamente à Saúde Pública, foi desrespeitada no seu objetivo, era para o Judiciário ter questionado o Congresso e o Poder Executivo.
Esperava-se que o partido da "vestal" desmascarada - PT -, quando assumiu o governo, mostrasse moralidade pública e, no caso da CPMF, destinasse a totalidade da referida arrecadação para a saúde, mas o PT cometeu o mesmo erro do PSDB de FHC e continuou dando destino torpe àquela arrecadação, sem se importar com o grito moribundo da sociedade pobre, que não pode pagar Plano de Saúde privado.
Nada justifica, por desonestidade política, recriar a CPMF ou qualquer tributo que penalize mais o bolso do brasileiro. Essa cambada que avalizou o desvio da CPMF deveria pagar por seus erros.
O Brasil peca por só encontrar forma de resolver - mas não resolve - os seus graves problemas criando mais imposto. Por que a máquina pública federal não é moralizada para reduzir os gastos faraônicos de Brasília, e destinar parte dessa economia para a saúde da pobreza brasileira? Por que não se institui, por exemplo, mais uma loteria qualquer destinada exclusivamente a prover mensalmente o setor de saúde pública nacional?
Não se trata de fazer mágica, para resolver o sistema falido de saúde pública, sem que haja a fonte de arrecadação. O problema está na falta de caráter do homem público nacional, que desvia o dinheiro do erário, sem sofrer punição, e depois a sociedade é chamada para pagar a conta.

sexta-feira, 29 de outubro de 2010

A mentira do PT tem perna curta

Petista Ildo Sauer, ex-diretor da Petrobras, diz que Dilma privatizou, sim, parte do pré-sal, e fez entreguismo a Eike Batista
Petista Ildo Sauer acusa Dilma de privatizar pré-salAlçada ao centro do debate eleitoral, a ameaça de "privatização" do petroléo já é uma realidade, na opinião do petista Ildo Sauer, ex-diretor da estatal (2003-2007) no governo petista de Lula. Segundo ele, o modelo de concessões criado no governo Fernando Henrique Cardoso (PSDB) foi ampliado pelo governo Lula (PT). E mais grave: os leilões ocorreram mesmo depois da descoberta do pré-sal - o chamado "filé mignon" das reservas brasileiras - e abrangeram blocos conhecidamente promissores, como o arco do Cabo Frio.
O petista Ildo Sauer, militante ligado a José Dirceu, sustenta que a candidata Dilma Rousseff, ex-presidente do Conselho de Administração da Petrobras, tinha conhecimento do que ocorria e foi conivente com o favorecimento de pelo menos uma empresa privada, a OGX, do empresário Eike Batista, que recrutou executivos estratégicos da Petrobras meses antes do leilão de 2007 (9ª rodada). Diz Ildo Sauer: "Em 2006, a ANP e o governo - o presidente da República e a chefe da Casa Civil e presidente do Conselho de Administração da Petrobras - foram avisados de que a Petrobras, depois de muitos anos de estudo, resolveu furar o sal. Tínhamos feito um poço em Tupi que não encontrou petróleo até o sal, um fracasso. Mas era o lugar ideal para fazer o teste e saber se o pré-sal existe ou não existe. Em julho, furaram e encontraram o petróleo. Portanto, em julho, a especulação de mais de duas décadas estava confirmada. O governo foi avisado. E a ANP foi avisada, conforme manda a lei. O que faltava era dimensionar a reserva. O conselho de todos os técnicos da Petrobras e dirigentes que tinham acesso ao governo, sindicalistas e o grupo de engenharia do Rio de Janeiro, pediram para suspender todos os leilões. No entanto, em 2006 o leilão não só foi mantido como limitava, na oitava rodada, a quantidade de blocos que a Petrobras poderia comprar. Dos 280 blocos que iam a leilão, a Petrobras poderia comprar menos de 60". Ildo Sauer complica ainda mais a situação da candidata petista Dilma Rousseff: "A ANP arbitrariamente resolveu limitar a possibilidade da Petrobras, com apoio do governo porque dizia que era contra o retorno do monopólio da Petrobras. Como era discriminatório contra a Petrobras, houve ação judicial e teve ganho de causa, uma liminar de suspensão do leilão. O leilão já tinha vendido alguns blocos sobre o pré-sal, um deles para a empresa estatal italiana, quando foi bloqueado. Até hoje não terminou. Isso foi em 2006. O ministro Lobão volta e meia ameaçava retomar o leilão, mesmo sabendo que a maior parte dos blocos dessa oitava rodada estavam sobre o pré-sal’. Por que o governo Lula fazia isso? O petista Ildo Sauer acusa: "Ele que tem que explicar. Porque tudo isso contradiz o discurso que faz agora a então ministra da Casa Civil e então presidente do conselho da Petrobras. Naquele tempo ela agia na outra direção, de acelerar a entrega do petróleo, fazer leilão e concordava com a redução da participação da Petrobras. Parecem duas pessoas completamente distintas. Eu fazia duas perguntas naquele momento: ou eles não entendiam a dimensão do que estava em jogo ou a ANP e a Casa Civil - o que é grave - entenderam e mesmo assim insistiram em entregar o petróleo".

O petista Ildo Sauer vai mais longe: "O que aconteceu na nona rodada, em 2007? Entramos com força, imploramos para suspender o leilão. Mantiveram. Tudo que fizeram foi retirar 41 blocos premiados. Novamente, o que me deixa perplexo é que, sabendo que o pré-sal era verdadeiro, já confirmados os campos de Tupi, Cacharel e Pirambu, mesmo assim fizeram o leilão de 2007. Diziam que iriam leiloar fora do pré-sal. Mas leiloaram a franja do pré-sal, em 10 blocos. Uma empresa, que foi criada em 2007, que arrancou de dentro da Petrobras o dirigente máximo da área de exploração, que era o gerente-executivo Paulo Mendonça, com toda sua equipe. Ele saiu de lá a peso de ouro e foi trabalhar para investidor privado que, por sua vez, foi assessorado por ex-integrantes do governo anterior e do atual, pagos a título de consultoria". Nesse caso ele está falando de Eike Batista, e chega à beira, a um passo, de apontar prática de pirataria. O petista Ildo Sauer informa: "Nos negócios normais do capitalismo, quando uma empresa subtrai de outra núcleos estratégicos do conhecimento, as pessoas ficam impedidas de trabalhar, em quarentena técnica ou legal. Neste caso, a presidenta do Conselho de Administração da Petrobras, sabendo que o núcleo estratégico foi retirado, não fez nada e ainda manteve o leilão. Recrutaram a equipe em meados de 2007 e, em novembro, compraram os blocos. Em julho do ano seguinte, venderam 38% de seu capital por R$ 6,7 bilhões. E, desde ano passado, vem anunciando descobertas, confirmando tudo aquilo que nós já dizíamos sobre aquelas áreas, que eram promissoras. Já anunciaram de 2,6 a 5,5 bilhões de barris. Em valor de mercado, em torno de R$ 50 a R$ 80 bilhões, valor maior que a capitalização da Petrobras. Fora esses barris entregues ao Eike Batista, há tantos outros entregues durante os anos. O governo Lula leiloou mais blocos sobre o pré-sal e verteu por mais tempo o modelo inventado pelo Fernando Henrique do que o próprio Fernando Henrique. Fernando Henrique começou a leiloar em 2000, fez quatro rodadas. Lula leiloou seis rodadas, das quais cinco tinham blocos sobre o pré-sal". O petista Ildo Sauer confirma a gravidade das acusações que faz ao governo Lula e à candidata Dilma, ex-presidente do Conselho de Administração da Petrobras, quando ocorreu tudo isso: "Eram blocos que abrangiam áreas onde depois foi confirmado o pré-sal. Em 2006 e 2007 eles continuaram fazendo de conta que era pós-sal, mas já sabiam que o pré-sal estava lá. E o governo sabia sim. Em 10 de julho de 2007 é a comunicação formal, carimbada e juramentada de que o sal foi furado e o petróleo foi encontrado. Mas, politicamente, eu sei que o presidente da Petrobras, meu colega, porque fui diretor também, comunicou tanto a presidenta do conselho quanto o presidente da República. Minha perplexidade desde então está baseada na entrega do petróleo do Arco do Cabo Frio. Foi um dos maiores enriquecimentos individuais da história do capitalismo. Agora, o detentor desse patrimônio ainda é visto como figura benemérita ao fazer filantropia, por exemplo, comprando em leilão o terno de posse do presidente da República. Para quem ganhou tantos bilhões tão facilmente, é uma migalha. Por isso eu tomei a peito, mesmo correndo todos os riscos, de contar essa história publicamente, para que isso seja debatido antes das eleições". O petista Ildo Sauer faz acusação direta à candidata petista Dilma Rousseff: "Dilma não dizia nada porque não dava explicação, apenas mandava. Em algumas reuniões, ela costumava dizer que a Petrobras tentava enganar o presidente. Era frase costumeira dela: ’Presidente, a Petrobras está te enganando, não acredite na Petrobras. A Petrobras pensa primeiro nela e depois no povo brasileiro’. Agora, eu espero que ela tenha se convertido para sempre e, se for eleita, não tenha uma recaída".

FONTE: BLOG videVERSUS

quarta-feira, 27 de outubro de 2010

Não tropece, eleja o melhor candidato

Quem assistiu ao debate político da Rede Record de Televisão na noite de ontem, dia 25, entre os presidenciáveis José Serra e Dilma Rousseff, teve a oportunidade de ver o grande desempenho do candidato do PSDB, que demonstrou, de forma absoluta, estar mais bem preparado para governo o país.
Com efeito, José Serra é um homem público de competência política e administrativa comprovada, experiente, honesto e sem nenhuma mácula que desabone a sua conduta. E quem já exerceu vários cargos políticos, com imensa folha de serviços prestados à nação, e governou com ética, moralidade e competência o maior centro populacional, econômico e financeiro brasileiro - São Paulo - está sobejamente credenciado a exercer a Presidência da República. Ao posso que a candidata Dilma Rousseff, com pouca experiência de administração pública federal, se apresenta como uma oportunista coadjuvante do presidente Lula, ambiciosa pelas glórias do poder.

Quem assistiu ao debate testemunhou o grande desempenho de José Serra, que de forma absoluta atropelou com argumentos contundentes a candidata do PT, e disse ao país por que quer ser presidente. Dilma Rousseff ficou desnorteada com a eloquência de Serra. Desequilibrada, gaguejou, tropeçou nas palavras e não via o tempo passar. Não soube explicar a relação corrupta do governo do PT, do qual fez parte, desde o acender das luzes com o escândalo do Caixa Dois (José Genoíno e trupe) até a relação promíscua com Erenice Guerra, Valter Cardial, bem como não foi convincente para explicar a inconsistência do PAC, as questões da Petrobras e o discutível pré-sal, que o Lula - como não pôde ser o pai da Petrobras - pretende deixar cunhado o seu nome como o "inventor".

O certo é que o PT e o Lula não souberam, talvez por imposição do presidente, ter discernimento suficiente em saber escolher um candidato de expressão, de grandeza, de liderança, de competência comprovada, de identificação com a massa social. Mas, desapontando os brasileiros responsáveis e pacíficos, Lula impôs uma candidata com passado político violento, cuja ficha revolucionária está aberta para todos verem na Internet.

sábado, 23 de outubro de 2010

Pela vida ou pelo aborto?

A Igreja Católica, como qualquer outra instituição religiosa séria, prima pelos conceitos morais que devem sempre nortear a relação fraterna entre as pessoas.
Quando ela se manifesta contrária ao aborto, é porque faz parte de sua natureza defender a preservação da vida em toda a sua concepção e extensão. Assim, com todas as restrições que porventura se possa fazer às suas posições dogmáticas e seculares, ela ainda é o ponteiro que orienta a maioria das famílias brasileiras para o bem.

O ministro da Saúde, José Gomes Temporão, certa feita disse que "o aborto deve ser tratado como um problema de saúde pública e um direito de ser discutido de maneira laica pelas mulheres, com todas as condições que o Estado tem de oferecer". Não se discute a laicidade do aborto, mas o aspecto moral e de responsabilidade das mulheres em suas relações sexuais voluntárias.

A mulher moderna, do alto de sua liberdade, tem afirmado que é dona de seu corpo, que paga imposto e que pode decidir se deseja ou não interromper uma gravidez indesejada. Com todo o respeito ao livre arbítrio de decisão defendida por parcela de mulheres, não é bem assim, de forma liberal, que o tema deve ser resolvido. A interrupção de uma vida não pode ser levada para o terreno da banalidade.

Gravidez indesejada se poderia falar em caso de estupro. Na pior das hipóteses, o aborto terapêutico seria necessário para salvar a vida da mulher em caso de risco ou na circunstância de má-formação fetal, especialmente anencefalia, como já tem se manifestado favoravelmente o Poder Judiciário. Não sendo dessa forma, é preciso que a mulher e o homem tenham mais responsabilidade e assumam as consequências de seus atos negligentes demonstrados ao não se cercar dos cuidados necessários de usar os meios anticoncepcionais existentes ou conhecidos, hoje bastante difundidos pelo Ministério da Saúde.

O aborto proposital de uma relação sexual voluntária deve ser combatido como forma de preservação dos valores morais, dentro de um quadro de responsabilidade que deve coexistir entre os seres humanos. É verdade que o aborto clandestino tem aumentado a estatística de acidentes com mortes de mulheres. Mas a sua legalização será o passaporte para consagrar a promiscuidade sexual - juvenil e adulta.

Que a candidata Dilma Rousseff tenha mais respeito pela vida. E que assuma as suas declarações sobre a descriminação do aborto. Não se pode servir, ao mesmo tempo, a Deus e ao diabo. Não se pode ter duas caras: uma para o eleitor e outra pessoal. O Brasil não pode ser presidido por quem não tem coragem de assumir as suas próprias declarações, que ficaram registradas em todos os jornais: "Acho que tem de haver a descriminalização do aborto. Acho um absurdo que não haja (04/10/2007)" e "Eu, pessoalmente, sou contra. Não acredito que haja uma mulher que não considere o aborto uma violência (29/09/2010)". Exigimos um governante sem tergiversação e que tenha caráter, ética e moral - de cumprimento de palavra.

Como cidadã, a senhora Dilma Rousseff tem todo o direito de emitir suas opiniões, mas não pode falsear a verdade. Quem garantirá que ela cumprirá os seus compromissos de campanha diante desse "disse-não-disse" a respeito do aborto? Assim, fica muito difícil aos cidadãos brasileiros depositar confiança em um candidato ou candidata que esconde a sua verdadeira face: a da verdade.

terça-feira, 19 de outubro de 2010

Tucano não é peru

Os quase 54 milhões de eleitores brasileiros (53.938.719) - bastante responsáveis - souberam dizer não à messiânica política do presidente Lula, que pretendia eleger, em primeiro turno, a despreparada candidata Dilma Rousseff, sua invenção surrealista.

O resultado das urnas, em 3 de outubro, derrubou as pesquisas dirigidas de intenção de voto, que davam como certa, em primeiro turno, a vitória da candidata do governo. E não foi só isso, o resultado melou o oba, oba festivo de vitória antecipada que ecoava da corte palaciana do Planalto e de seus caudatários.

O desespero já tomou conta do partido da vestal desnudada. Os petralhas estão avoados, tontos como uma nau sem rumo e sem bússola em mar de calmaria. Perderam o norte da vitória. Principalmente agora ao saber que o rufar dos tambores estão ecoando das alterosas Minas Gerais. Lá quem está orquestrando o tom político é o vitorioso senador eleito Aécio Neves, que mostrou a sua força política ao eleger o desconhecido Antonio Anastasia seu sucessor ao governo estadual, com 6,3 milhões de votos. Assim, Minas Gerais poderá definir o resultado das urnas em favor de José Serra, e tudo isso para desespero dos petralhas.

Por que agora os petralhas empedernidos não mostram as suas caras? Estão acuados? Antes, tudo eram flores. Coitados, pensavam que o Brasil era uma nação de eleitores tiriricas vermelhos! Eles desconheciam que 53.938.719 eleitores não eram portadores de "capitis diminutio" petista. Ou seja, eleitores que não foram contagiados com a incapacidade de enxergar a real diferença entre o joio e o trigo. Como diz o velho ditado popular: "Quem morre na véspera é peru". E tucano não é peru.

quinta-feira, 7 de outubro de 2010

Presidência da República não é refúgio de oportunistas

O resultado das urnas à Presidência da República, em 03/10/2010, surpreendeu a candidata Dilma Rousseff, a claque petista e partidos de apoio, que se valeram das questionadas pesquisas eleitorais para cantarem vitória antecipada. Tudo já estava preparado na corte palaciana do Planalto para a grande comemoração, que não ocorreu. Com maturidade, o eleitor respondeu que o Brasil não respira a pseudoatmosfera ventilada pelos arautos do governo. Assim, mais uma oportunidade se abriu, com o segundo turno, para que o eleitor brasileiro possa reflitir com maior responsabilidade sobre a escolha daquele ou aquela que deverá conduzir os destinos desta nação. Lembrando que ninguém ou nenhum grupo político é insubstituível.

O Brasil é hoje um somatório de trabalho de todos os seus governantes. Os erros e acertos fazem parte das administrações. A tentativa de enaltecer somente a gestão do governo petista, para se perpetuar no poder, propende, perigosamente, para os indesejáveis regimes totalitários, e isso não é bom para a democracia brasileira.

Dos candidatos de expressão sabatinados em primeiro turno, ficou evidenciado de forma inequívoca que a representante petista, Dilma Rousseff, foi a que demonstrou maior despreparo para dirigir o país. Escudada na imagem carismática do presidente Lula, como trunfo de candidatura, o seu desempenho nos debates públicos foi pífio, titubeante, confuso e impreciso em suas manifestações. Limitou-se apenas a defender a gestão do governo Lula e a fazer promessas de cumprimento de programas, que não foram, em realidade, executados em oito anos de governo, como o combate à erradicação da miséria e do desemprego, a falta de uma política positiva de saúde pública, bem como de segurança pública nacional. Dilma Rousseff mascara a realidade brasileira de um pais com graves problemas sociais ainda não resolvidos, fazendo promessas que não cumprirá.


Vale aqui lembrar a sábia lição do poeta Olavo Bilac, em O Trabalho: "Não nasce a planta perfeita, Não nasce o fruto maduro, E para ter a colheita, É preciso semear." O governo Lula, Dilma Rousseff e outros petralhas não plantaram nada. Não semearam para colher. Não ensinaram o povo humilde a trabalhar. Apenas como medida assistencialista e eleitoreira criaram o Bolsa-Família, cujo instrumento veio formar uma legião de cidadãos adultos parasitários, que preferem viver à custa do asssistencialismo a procurar emprego. Ademais, o governo federal está colhendo os frutos de árvores plantadas pelos governos anteriores, não obstante o seu não reconhecimento. Sem o Plano Real, com a redução da inflação, que possibilitou a retomada do desenvolvimento brasilero, o governo petista não teria condição de atingir resultados safisfatórios. O grande mérito do governo Lula foi ter dado continuidade à política econômica de FHC.


Iludem-se aqueles que pensam que o eleitor brasileiro não sabe distinguir o joio do trigo. Isso ficou patente com o grande desempenho eleitoral da candidata Marina Silva, que foi beneficiada com os eleitores petistas descontentes com o envolvimento do PT/Dilma Rousseff/Erenice Guerra com os episódios dos dossiês, quebra de sigilos na Receita Federal e suspeitas de tráfico de influência.

O Brasil não pode ficar na mão de aventureiros, sem experiência e competência administrativa. Não faça do governo federal um refúgio de oportunistas. O candidato José Serra já provou que tem experiência e competência para dirigir o país, pelos inúmeros serviços públicos prestados à nação. Quem já foi prefeito e governou o maior polo econômico e industrial brasileiro, São Paulo, com competência e sem mácula de corrupção, está credenciado a ser o nosso presidente da República.

Lembrem-se, senhores eleitores brasileiros, de que a ex-presidente chilena, Michelle Bachelet, também brilhou nas pesquisas em final de governo com excelente aprovação (cerca de 80%). Mas na hora H o povo chileno, inteligente, viu que o continuísmo não era uma boa solução. E não elegeu o candidato do governo. Assim, vote com responsabilidade, elegendo em segundo turno o candidato José Serra, mais bem preparado, e que sem revanchismo dará continuidade aos bons programas em andamento, bem como saberá com competêncai e experiência conduzir o Brasil ao desenvolvimento e reparar as injustiças sociais.

sábado, 18 de setembro de 2010

Dilma mascara a sua verdadeira face

Dilma Rousseff mascara a sua verdadeira face, e o tempo mostrará aos ingênuos eleitores, se eleita, a sua forma autoritária e soberba de atuar, sem realizar as suas promessas. E vai trazer problemas de relacionamento interno ao próprio partido. Quem viver verá. Ela está louca pelo poder. Está prometendo revolucionar o país, ou seja, fazer justamente o que ela e o governo Lula não fizeram em oito anos: não combateram, com eficiência, a dívida social; o Nordeste brasileiro concentra as maiores camadas de povos desassistidos; a dívida interna pública é da ordem de 1, 600 trilhão de reais; a saúde pública é uma vergonha; a falta de segurança pública idem; as escolas públicas têm qualidades sofríveis; a reforma agrária é uma piada; os velhinhos aposentados do INSS estão endividados até depois de mortos com o Empréstimo Consignado, que fez a alegria dos banqueiros; a malha rodoviária federal esburacada mostra o retrato do governo; dentro de poucos anos, haverá uma legião de devedores de crediários de empresas, que, incentivados irresponsavelmente pelo governo, compraram sem capacidade de pagar eletrodomésticos, carros etc.
Agora, ela, Dilma Rousseff, surge do nada para dizer que tem a vara mágica para resolver o que o seu governo Lula não fez. Parece piada. É ter muita ousadia para enganar o povo com suas imposturas, ou seja, não tem nenhuma cerimônia para iludir o populacho xucro, e o pior: pessoas medianas e intelectuais também se deixam levar pelas lábias e fantasiosas promessas irrealizáveis da esperta ex-guerrilheira e burguesa, Dilma Rousseff, a falsa defensora do proletariado brasileiro.

Comissão de Ética da Presidência aplica 'censura ética' em Erenice

Publicada em 17/09/2010 às 13h50m
O Globo

Chico de Gois

BRASÍLIA - Um dia depois de pedir demissão do cargo de ministra-chefe da Casa Civil, Erenice Guerra sofreu uma "censura ética" da Comissão de Ética da Presidência, por não ter prestado informações sobre patrimônio, sociedade em empresas e a relação de seus parentes com o serviço público, quando tomou posse na pasta, em abril. A comissão também decidiu, por unanimidade, converter o processo de apuração preliminar das denúncias de tráfico de influência contra Erenice em um processo de apuração ética. ( Entenda o escândalo na Casa Civil)

- A Comissão deliberou também que, ainda no âmbito do procedimento preliminar, já havia uma falta ética da ex-autoridade - disse o relator do processo, Fábio Coutinho.

De acordo com a comissão, Erenice não apresentou a Declaração Confidencial de Informações (DCI), a que todo servidor público graduado está sujeito, mesmo tendo sido cobrada mais duas vezes posteriormente. Esse documento deve ser apresentado no prazo de até 10 dias depois a posse da autoridade.

A DCI serve para que a autoridade informe sua variação patrimonial, relacione o nome das empresas das quais é sócia, relação de parentes que trabalham no setor público ou que mantenham negócios com o poder público.

Embora não tenha um caráter prático de punição - Erenice poderá, por exemplo, voltar a trabalhar no serviço público - a censura ética ficará registrada na ficha funcional da ex-autoridade por três anos, o que pode dificultar sua contratação em outros órgãos públicos.

Na quinta-feira, Erenice deixou a Casa Civil depois de mais uma acusação : um empresário de Campinas afirmou que o filho dela, Israel Guerra, queria cobrar R$ 240 mil e mais 5% de comissão para facilitar um empréstimo de R$ 9 bilhões do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).

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MEU COMENTÁRIO

Censura ética é um eufemismo encontrado para suavizar a conduta nebulosa de Erenice, amiga de Dilma Rousseff, na Casa Civil. A Casa Civil presidencial tem sido palco de episódios rumorosos. José Dirceu foi despejado da Casa Civil pelo seu envolvimento como o mensalão e teve o seu mandato de deputado federal cassado e os seus direitos políticos suspensos, e responde a processo no STF. Dilma Rousseff com as suspeitas de dossiês, sigilos fiscais Receita Federal, bem como episódio com ex-secretária da Receita, Lina Vieira, que afirmou ter tido encontro sigiloso com Dilma Rousseff. E a mais recente hóspede da Casa Civil pediu ou foi obrigada a pedir demissão? A fumaça nebulosa sempre acompanhou o governo Lula. E não poderia ser diferente ao apagar das luzes.

A verdade é que, a contragosto dos petistas recalcitrantes, jamais se presenciou, no Brasil, um governo, um partido político tão envolvido com irregularidades. E não fosse o governo ter contaminado as instituições com o seu aparelhamento partidário, para lhe dar sustentação, já era para ele ter sido chamado à responsabilidade. Como se justifica, até agora, a omissão do STF com o julgamento dos mensaleiros? O governo Lula consegue se safar dos entreveros em que se mete com muita facilidade porque plantou pra isso. O aparelhamento foi muito bem montado.

terça-feira, 14 de setembro de 2010

O eleitorado tiririca

Em São Paulo, Tiririca lidera a corrida por vaga à Câmara Federal. Não se trata de nenhuma surpresa. O Tiririca é o termômetro da qualidade eleitoral brasileira, que certamente vai eleger a criatura inventada por Lula: Dilma (Poste) Rousseff.

Um país que já elegeu Macaco Tião, Cacareco etc. pode perfeitamente eleger Tiririca, Dilma (Poste) Rousseff, Funqueira Tati Quebra-Barraco e por aí vai. Este é o Brasil da irresponsabilidade eleitoral e política.

Tiririca e Dilma Rousseff são dois oportunistas que vão ficar registrados nos anais da história política brasileira.

sexta-feira, 10 de setembro de 2010

O desrespeito à Constituição Federal

Nenhuma força política tem legitimidade para desrespeitar a Constituição Federal. A violação dos sigilos bancários e fiscais não pode servir de instrumento a nenhum partido político. É muito grave o que está ocorrendo no País, e o STF, como guardião constitucional, não pode ficar na retaguarda, em estado de passividade, vendo a banda passar e ofender o Estado Democrático de Direito. Não obstante os membros do STF sejam de indicação política, essa vinculação política deveria ser rompida imediatamente após a posse de seus ministros para que houvesse o pleno exercício independente da instituição.

Assim, causa espécie a qualquer brasileiro sério e que paga alta carga tributária neste País presenciar a omissão do STF ao não se pronunciar oficialmente em defesa dos valores da República, aqui representados pelas regras constitucionais, que estão sendo violadas em prejuízo dos cidadãos brasileiros. Como fica a segurança do direito dos cidadãos em ter os seus sigilos bancários e fiscais preservados, quando eles estão sendo violados e confirmados naturalmente por nossas instituições públicas federais?

Não é demais dizer que, em diversas oportunidades, os tribunais superiores brasileiros julgaram ilícita a quebra do sigilo fiscal sem uma decisão judicial fundamentada, considerando isso uma afronta à Constituição Federal, vez que viola o princípio da intimidade/privacidade.

A sociedade brasileira espera uma resposta do Supremo Tribunal Federal.

terça-feira, 7 de setembro de 2010

Buraco negro

Aqueles que não respeitam a dignidade política e se valem de todos os meio imorais para tirar proveito deveriam ao menos ter consideração com os brasileiros honestos e que pagam a alta carga tributária no país. Esses políticos fajutos, sorrateiros e desonestos, que participam direta ou indiretamente de ações desleais, para ofender a dignidade de seus adversários, não mereceriam continuar exercendo a vida pública.
Diante do presente quadro político em que suspeitas gravíssimas e cercadas de indícios substantivos dão conta de que o partido governamental tem a chave dos sigilos bancários e fiscais de brasileiros, bem como o poder de interferência nos órgãos públicos, só nos resta a lamentar este momento delicado em que vivemos.

O país, com o descaso de brasileiros, está sendo engolido direitinho pelo buraco negro petista. Hoje, qualquer cidadão de bem, mais responsável e sem sectarismo partidário, não tem dificuldade de identificar que está em curso, no Brasil, a ordem petista: o estado paralelo aos direitos constitucionais, que emprega métodos autoritários utilizados na Rússia de Vladimir Putin, que desrespeita os tribunais, que invade a privacidade dos sigilos bancários e fiscais dos cidadãos e adversários políticos, que aparelha as instituições públicas para uso partidário, enfim, está em curso uma lamentável desmoralização do Estado Democrático de Direito.

Assim, estamos diante de um fato singular, inusitado: alguém se acha todo-poderoso para questionar os valores da República, porque que tem o apoio inconsequente de grande parcela de eleitores, que não sabe avaliar o atual momento de desrespeito aos sagrados direitos constitucionais.

Se o PT não tem explicações a dar, como tergiversa o seu presidente José Eduardo Dutra, qual outro partido teria interesse em mandar violar os sigilos fiscais de seus adversários?

Perplexidade! A que ponto se presta um político, sem escrúpulo, sem respeito aos brasileiros que pagam a sua mordomia no Senado, para vir, com frágil argumento, tentar blindar o governo e a candidata Dilma Rousseff: "O governo não bisbilhota ninguém. A informação da Receita é que há requerimento da filha do Serra pedindo a quebra do sigilo e Darf do pagamento apresentado para pedir a quebra do sigilo - Romero Jucá (PMDB-RR), líder do governo no Senado."

Romero Jucá é um recorrente porta-voz brejeiro, sem senso de ridículo, afeito a fazer qualquer defesa do governo. Só que deveria ser prudente, pois o tal requerimento, apresentado à Receita Federal pelo contador Antônio Carlos Atella, petista de carteirinha, era apócrifo: assinatura falsa e autenticada por carimbos falsos.

sábado, 4 de setembro de 2010

A criatura inventada por Lula

Vejam o poder de “síntese”, de “clareza” e de muito lero-lero da criatura política, inventada por Lula, que o Brasil poderá engolir e padecer de muita indigestão maligna:
30/08/2010
Dilma fala sobre saúde da criança e da “boneca que vai cuidar da cabeça”. E foi do humor involuntário ao cinismo
No sábado, o programa de Dilma na TV tratou da saúde — e também foi esse o assunto sobre o qual ela falou na entrevista coletiva daquele dia. O vídeo segue abaixo. Se não quiserem ver tudo, recomendo um trecho que é imperdível, entre 4min8s e 5min08s. Isto é Dilma — sem João Santana — tentando expor uma idéia. No trecho, ela explica detalhes de seu programa de atendimento especial a crianças em hospitais. Transcrevo em vermelho:
“Uma das propostas que conjuga, assim, não só, né?, tecnologia de ponta, tecnologia sofisticada para o tratamento da criança, mas também tem um grande nível de humanização, porque eles usam todo o…, toda aquela questão do envolvimento da criança, mostrando que a boneca vai, tamém (sic), cuidar da cabeça, ou, quando a criança é submetida a algum nível de tratamento mais estressante, tomar o cuidado para garantir que, psicologicamente, ela se, enfim, ela tenha um, uma chegada maior a um processo que inclusive é de dor.”
Comento
A gente quase consegue entender o que ela quer dizer. Desde a primeira vez em que vi Dilma falar em público, tive uma certeza: ela está naquela categoria de pessoas que não conseguem fazer a distinção entre o geral e o particular, entre a árvore e a floresta, entre o principal e o secundário. O que terá ela tentado dizer com “tomar o cuidado para garantir que, psicologicamente, ela se, enfim, ela tenha um, uma chegada maior a um processo que inclusive é de dor”? A fala da boneca que também vai cuidar da cabeça é memória da propaganda dos Laboratórios Fleury…
É, amiguinhos… Dá para entender por que o PAC empacou. Os ministros não entendem o que ela fala.
E que se note: o seu “Rede Cegonha” (que ela trata como se já fosse um programa do governo federal e não uma proposta de campanha) é cola, sim, da proposta de Serra, que anunciou que estenderá a todo o país o Mãe Paulistana. Mesmo no meio dessa fala tumultuada, a gente entende mais ou menos o que ela quer dizer — e esse é o programa que existe em São Paulo, inspirado numa experiência da prefeitura tucana de Curitiba.
No governo, o PT pegou os programas sociais da gestão anterior e os rebatizou. Desta feita, o partido não esperou nem a candidata ganhar a eleição. Já foi batendo a carteira das propostas alheias ainda na fase da disputa. Na sexta, aliás, Dilma prometeu levar UPAs para todo o Brasil. Na forma como ela anunciou o “programa”, está colando os AMEs (Ambulatório Médico de Especialidades), que existem em São Paulo e que o tucano afirmou que levara para todo o Brasil se eleito. Também é cola. E essas não são as únicas tungadas dos petistas. Mas isso fica para outra hora.
Ali pelo fim da entrevista, Dilma se lembra de que João Santana lhe falou para fazer digressões sobre a sua família, sobre o fato de que vai ser avó. Aos 9min33s, do nada, ela dá uma pausa, fita o vazio, como se ouvisse um ponto eletrônico, e desanda a falar sobre sua experiência pessoal. Bem, notem com que naturalidade, doçura e simpatia ela trata do assunto. E ainda aproveitou para lembrar um “ditado de Minas”, que saiu todo atrapalhado: “Barriga de mulher, boca de urna e cabeça de juiz, ninguém controla”. Huuummm. Por que o ditado? Também não ficou claro. Eu conheço uma outra versão: “De barriga de grávida, bolsa de mulher e cabeça de juiz, ninguém sabe o que pode sair”. Dilma talvez tenha se mancado que não seria muito lisonjeiro com os meritíssimos…
Uma repórter pergunta à candidata do PT sobre o Mãe Paulistana, lembrando que Serra a acusou de copiar o seu projeto, o que é verdade. E o que disse Dilma Rousseff, a candidata do PT, aquela que pretende substituir Lula, o homem do “nunca antes na história destepaiz”? Isto:
“Esta mania de as pessoas se adonarem de projetos que estão em curso no Brasil é errado”!!!
A entrevista, até ali, era só engraçada. Aí ficou cínica. Como se sabe, Lula jamais “se adonou” de programas que outros lançaram… Não demora, e os petistas ainda vão dizer que criaram o Plano Real!!!
Por Reinaldo Azevedo

quinta-feira, 2 de setembro de 2010

Devagar, a renovação é necessária

A ex-presidente chilena, Michelle Bachelet, também brilhou nas pesquisas em final de governo com excelente aprovação (cerca de 80%). Mas na hora H o povo chileno, inteligente, viu que o continuísmo não era uma boa solução. Afinal, ninguém é insubstituível.
As ideias, ou seja, o conjunto de pensamentos de um indivíduo ou grupo político não pode ser tomado de forma absoluta durante todo o tempo, e deve, com a devida prudência, ceder espaço à renovação natural do pensamento humano, filosófico e político. Assim, é salutar que haja descontinuidade de filosofia política no comando da Nação, ou que não se radicalize com a ideia de que, sem a presença de alguém ou sem o seu apoio na direção presidencial, o Brasil não vai pra frente.

Por outro lado, um dirigente de uma Nação não deveria subestimar os esforços de todos os governos anteriores, pois eles serviram - de alguma forma como alerta -, de antecedentes históricos positivos ou negativos para a condução das políticas públicas dos novos governantes. Da mesma forma, nenhum governo deveria supervalorizar alguns resultados porventura considerados positivos de sua administração como resposta a seus antecessores. Governar não é participar de concurso de desforra política

Aqueles que pregam a continuação de governo não devem esquecer de que qualquer hegemonia política só levará o País ao implacável autoritarismo. O que, aliás, já se vem sentindo, por exemplo, com os desmandos presidenciais ao Tribunal de Contas da União (TCU), que fez restrições às obras do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). A invasão dos sigilos bancários e fiscais dos cidadãos (Palocci/caseiro Francelino/CEF, Eduardo Jorge e outros ligados ao PSDB, filha de Serra/Receita Federal). A interferência para que negócios suspeitos de correligionários ou apoiadores não sejam apurados (família Sarney - Receita Federal/exoneração de secretária).

A tentativa de privatização partidária das instituições públicas é um prenúncio da desmoralização democrática. Os governos democráticos precisam de constantes renovações. E todos deveriam ter essa conscientização.


É um grande erro achar que alguém seja insubstituível no Brasil, embora as pesquisas lhe sejam favoráveis. O Chile deu o grande exemplo de democracia, refutando a hegemonia de poder, ao derrotar nas urnas o candidato da ex-presidente, Michelle Bachelet, cujo governo desfrutava de alto índice de aprovação.

terça-feira, 31 de agosto de 2010

O eleitor de Dilma Rousseff Lula da Silva

O eleitor de Dilma Rousseff Lula da Silva sabe que os estados mais desiguais do país ainda estão na região Nordeste? Pois bem, os nove estados da região têm o maior número de pobres e miseráveis das 27 unidades federativas. Alagoas, de Fernando Collor, lidera esse ranking de pobreza, com o maior número de pessoas vivendo na pobreza absoluta (56,6%) e também o maior número de miseráveis (32,3%). Em seguida vem o Maranhão, de Jose Sarney, com 55,9% de pobres e 27,2% de miseráveis. O terceiro lugar é ocupado pelo Piauí, onde a pobreza absoluta atinge 52,9% das pessoas e a pobreza extrema alcança 26,1%. Em Pernambuco, do presidente Lula, 50,1% da população vivem numa situação de pobreza absoluta, enquanto 24,7% estão em condições de pobreza extrema (miséria). Fonte: Relatório do Ipea

Segundo o relatório da ONU (Pnud), divulgado em julho, aponta o Brasil como o terceiro pior índice de desigualdade no mundo. Quanto à distância entre pobres e ricos, nosso país empata com o Equador e só fica atrás de Bolívia, Haiti, Madagáscar, Camarões, Tailândia e África do Sul (Fonte: Frei Betto).

A verdade é que em oito anos de administração, no plano de política de infraestrutara social, o governo fez muito pouco. Dinheiro sempre houve em caixa para manter a máquina pública federal "brasiliana, palaciana". Agora, para aplicação de verdade no social, o que vimos foi apenas o investimento no cabide eleitoral do Bolsa-Família. E veja que, se hoje a dívida pública interna brasileira se situa em torno de 1,600 trilhão, ela não foi originada de compromissos sociais, pois milhões de brasileiros ainda vivem abaixo da linha de pobreza em sub-habitações com o esgoto correndo a céu aberto para todos verem pelo Brasil afora. O estado de Pernambuco, terra do presidente Lula, como de resto todo o país, clama há muito tempo misericórdia para que seja erradicada a miséria no Brasil. Paradoxalmente, o governo se preocupa com os problemas sociais externos de países estrangeiros, mas não resolve os seus. Afinal, que país é este? Respondam os eleitores de Dilma Rousseff Lula da Silva presentes nas pesquisas favoráveis ao governo?

Assim, a sorte do governo federal, e disso o presidente Lula sabe muito bem tirar proveito, inclusive a candidata Dilma Rousseff já aprendeu bastante a arte do ofício com o "mestre", é que esse incauto cidadão brasileiro , o Zé-povinho xucro, descamisado, sabe se contentar muito bem obrigado com as migalhas que recebe deste governo, sem nenhuma reação. E dessa forma, esse povo enganado com "cala-boca" federal torna-se presa fácil nas mãos de governantes espertos, os quais estão mais interessados nas glórias e mordomias do poder, para depois de cumprirem os seus mandatos usufruírem do erário generosas aposentadorias vitalícias, bem como proteção de segurança pública para si e família, coisa que o brasileiro trabalhador com carteira assinada não tem.

Por que anistiados políticos não pagam Imposto de Renda?

A consagrada sentença jurídica diz que ninguém pode alegar desconhecimento da lei, para justificar o seu descumprimento. Nem o presidente da República e nem a sua assessoria jurídica. E isso está fundamentado na Lei de Introdução ao Código Civil - Art. 3º do Decreto nº 4657/42, e não foi alterado pelo novo Código Civil.
Muita gente não sabe, mas deveria saber que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva assinou o Decreto nº 4897, publicado no Diário Oficial de 26 de novembro de 2003, que isentou de Imposto de Renda anistiados políticos, e ele é um deles, ferindo os artigos constitucionais nº 5º (igualdade dos direitos e deveres de todos) e 37 (princípios de impessoalidade, legalidade e moralidade), configurando-se, assim, falta grave sujeita a perda do cargo por legislar em causa própria.

Se tivéssemos um Judiciário sério e sem laivo político, e que defendesse os direitos dos cidadãos e a própria Constituição - com isenção, imparcialidade, equidade, justiça -, o Decreto nº 4897, tendencioso a agasalhar privilégios de grupos, seria denunciado por ser inconstitucional. Mas o nosso tribunal maior (STF) é uma casa de bondade política, muito bem remunerada, e os seus hóspedes ilustres não se preocupam em arguir ou fazer valer a defesa intransigente das regras constitucionais. Eles são guardiões da Constituição naquilo que lhes convenham.

Ora, não precisa ser versado em conhecimentos jurídicos para constatar que o Decreto 4897 é inconstitucional, não só porque convalida a legitimidade de transgressores da pátria, mas também porque privilegia com isenção de Imposto de Renda cidadãos iguais aos demais.

A falta de ética ou de moralidade pública é uma característica marcante no presidente da República. Vamos nos queixar a quem? Entretanto, não podemos silenciar.

quarta-feira, 25 de agosto de 2010

Eles querem visitar o passado? Ótima idéia

O eleitor de Lula, bem como os neopetistas de ocasião, que cegamente se manifestam a favor de uma oportunista e inexperiente candidata, vestida artificialmente - trajes e trejeitos - pelo marqueteiro João Santana, deveriam ler o artigo abaixo.

’Lula e Sarney hoje são bons companheiros e cúmplices em manobras políticas imorais ou ilegais’

AUGUSTO NUNES*

Entre uma lágrima e outra pela perda iminente do empregão, o presidente Lula resolveu queixar-se do Senado que, sob o comando do amigo de infância José Sarney, vêm há anos consumando, com zelo de vassalo interesseiro, todos os serviços sujos encomendados pelo Planalto. E continua criticando obsessivamente Fernando Henrique Cardoso. Dilma Rousseff, entre uma frase sem final e outra sem começo, tenta dizer que oposição "quer baixar o nível da campanha". E desafia José Serra a discutir o passado.


O que espera a oposição para aproveitar essas bolas levantadas pela dupla e partir para a goleada? A viagem pelo tempo poderia começar em 1969. O Brasil saberia que Dilma Rousseff jamais renegou a opção pelo stalinismo farofeiro feita na juventude, trocou o PDT de Leonel Brizola (que a qualificou de "traidora") pelo PT para continuar no secretariado gaúcho e - fora o resto - não tem uma única foto que a mostre numa das incontáveis manifestações em defesa da democracia. Só aquela em que se fantasiou de Norma Bengell.

E o que espera Serra para uma esclarecedora mirada no retrovisor? Tanto Lula quanto a Dilma precisam ser urgentemente confrontados com os incontáveis momentos vergonhosos que escurecem a trajetória do PT.

Em novembro de 1984, por não enxergar diferenças entre Paulo Maluf e Tancredo Neves, o Partido dos Trabalhadores optou pela abstenção no Colégio Eleitoral que escolheria o primeiro presidente civil depois do ciclo dos generais. Em janeiro de 1985, por entenderem que não se tratava de um confronto entre iguais, três parlamentares do PT - Airton Soares, José Eudes e Bete Mendes - votaram em Tancredo. Foram expulsos pela direção.

Em 1988, num discurso em Aracaju, o deputado federal Luiz Inácio Lula da Silva qualificou o presidente José Sarney de "o grande ladrão da Nova República". No mesmo ano, a bancada do PT na Constituinte recusou-se a assinar o texto da nova Constituição. Lula e Sarney hoje são bons companheiros e cúmplices em manobras políticas imorais ou ilegais.

Em 1989, derrotados no primeiro turno da eleição presidencial, Ulysses Guimarães, candidato do PMDB, e Mário Covas, do PSDB, declararam que ficariam ao lado de Lula na batalha final contra Fernando Collor. Rechaçado de imediato, o apoio acabou aceito por insistência dos parceiros repudiados. Num comício em frente do estádio do Pacaembu, Ulysses e Covas apareceram no palanque ao lado do candidato do PT. Foram vaiados pela plateia companheira.

Durante a campanha, o candidato à presidência do PT acusou o adversário Fernando Collor de "filhote da ditadura". Depois do impeachment, qualificou-o de "corrupto" mais de uma vez. Hoje Lula e Collor são comparsas. O ex-presidente disputa o governo de Alagoas com o apoio do atual, que em 1989 considerava "ignorante", "cambalacheiro" e "incapaz de distinguir uma fatura de uma duplicata".

Em 1993, a ex-prefeita Luiza Erundina, uma das fundadoras do partido, aceitou o convite do presidente Itamar Franco para assumir o comando de um ministério. Foi suspensa e acabou empurrada para fora do PT. Em 1994, ainda no governo de Itamar Franco, os parlamentares petistas lutaram com ferocidade para impedir a aprovação do Plano Real. No mesmo ano, transformaram a revogação da providencial mudança de rota na economia, que erradicou a praga da inflação, numa das bandeiras da campanha presidencial.

Entre o começo de janeiro de 1995 e o fim de dezembro de 2002, a bancada do PT votou contra todos os projetos, medidas e ideias encaminhados ao Legislativo pelo governo Fernando Henrique Cardoso. Todos, sem exceção. Uma das propostas mais intensamente combatidas foi a que instituiu a Lei de Responsabilidade Fiscal.

Em janeiro de 1999, mal iniciado o segundo mandato de Fernando Henrique, o deputado Tarso Genro, em nome do PT, propôs a deposição do presidente reeleito e a convocação de uma Assembleia Nacional Constituinte. O lançamento da campanha com o mote "Fora FHC!" foi justificado por acusações, desacompanhadas de provas, que Tarso enfeixou num artigo publicado pela Folha de S. Paulo. Trecho: "Hoje, acrescento que o presidente está pessoalmente responsabilizado por amparar um grupo fora da lei, que controla as finanças do Estado e subordina o trabalho e o capital do país ao enriquecimento ilegítimo de uns poucos. Alguns bancos lucraram em janeiro (evidentemente, por ter informações privilegiadas) US$ 1,3 bilhão, valor que não lucraram em todo o ano passado!"

O que diriam Tarso, Lula e o resto da companheirada se tal acusação, perfeitamente aplicável ao atual chefe de governo, fosse subscrita por alguém do PSDB, do DEM ou do PPS? Coisa de traidor da pátria, inimigo da nação, gente que aposta no quanto pior, melhor, estariam berrando todos. "Tem gente que torce pra que tudo dê errado", retomaria Lula a ladainha desde janeiro de 2003. Desde a ressurreição da democracia brasileira, a ação do PT oposicionista foi permanentemente orientada por sentimentos menores, miúdos, mesquinhos. É compreensível que os Altos Companheiros acreditem que todos os políticos são movidos pelo mesmo combustível de baixíssima qualidade.

Depois da eleição de 2002, Fernando Henrique Cardoso impediu que a inflação fosse ressuscitada pelo medo decorrente da folha corrida do PT, comandou a primeira transição civilizada da história republicana e entregou a casa em ordem. Para manter a política econômica fixada pelo governo anterior, Lula entregou a direção do Banco Central a Henrique Meirelles, eleito deputado federal pelo PSDB de Goiás. Assim que tomou posse, o sucessor começou a recitar a falácia da "herança maldita.

Desfigurado pela metamorfose nauseante, o chefe de governo não teria sossego se o intratável chefe da oposição ainda existisse. O condutor do rebanho não tem semelhanças com o Lula do século passado, mas continua ouvindo os balidos aprovadores do rebanho companheiro. O caçador de gatunos hoje é padroeiro da quadrilha federal. O parlamentar que recusou a conciliação proposta por Tancredo é o presidente que se reconcilia com qualquer abjeção desfrutável. O moralizador da República presidiu e abafou o escândalo incomparável do mensalão.

Mas não admite sequer críticas formuladas sem aspereza pelo antecessor que atacava com virulência. É inveja, grita Lula. O espelho reflete o contrário. Nenhum homem culto prefere ser ignorante, nenhum homem educado sonha com a grosseria, gente honrada não quer conversa com delinquentes.

Lula jamais esquecerá que foi derrotado por FHC duas vezes, ambas no primeiro turno. E sabe que o vencedor nunca inveja o vencido.

(*) Jornalista

O ilusionista

Vale a pena ler o artigo "O ilusionista"

Por Adriana Vandoni*

Já tivemos presidentes para todos os gostos, ditatorial, democrático, neo-liberal e até presidente bossa nova.

Mas nunca tivemos um vendedor de ilusão como o atual.

Também nunca tivemos uma propaganda à moda de Goebbels no Brasil como agora.
O lema de Goebbels era uma mentira repetida várias vezes, se tornará uma verdade.
O povo, no sentido coletivo, vive em um jardim de infância permanente.
Vejamos alguns dados vendidos pelo ilusionista.

O governo atual diz que pagou a divida externa, mas hoje, ela está em 230 bilhões de dólares.

Você sabia ou não quer saber?

A pergunta é: pagou?

Quitou?

Saldou?

Não.

Mas uma mentira repetida várias vezes torna-se verdade.

Pagamos sim, ao FMI, 5 bilhões de dólares, o que portanto mostra apenas quão distante estamos do que é pregado para o povo.

Nossa dívida interna saltou de 650 bilhões de reais em 2003, para 1 trilhão e 600 bilhões de reais hoje, e a nossa arrecadação em 2003 ano da posse do ilusionista que foi de 340 bilhões, em 2008 foi de 1 trilhão e 24 bilhões de reais.

Este ano a arrecadação caiu 1% e, olhem bem, as despesas aumentaram 16,5%.
Mas esses dados são empurrados para debaixo do tapete.

Enquanto isso os petralhas estão todos de bem com a vida, pois somente com nomeação já foram 108 mil, isso sem contar as 60 mil nomeações para cargos de comissão.

É o aparelhamento do Estado.

Enquanto isso os gastos com infra-esturutra só subiram apenas 1%, já as despesas com os companheiros subiram para mais de 70%.

Como um país pode crescer sem em infra-estrutura, sendo essa inclusive a parte que caberia ao governo?

O PT vai muito bem, os companheiros estão todos muito bem situados, todos, portanto, estão fora da marolinha, mas nos outros estamos sentindo o peso do Estado petista ineficiente, predador e autoritário.

Nas áreas cruciais em que se esperaria a mão forte e intervencionista do governo, ou seja, na saúde, educação e segurança o que temos são desastres e mais desastres, mortandades.

O governo Lula que fala tanto em cotas raciais para a educação, basta dizer que entre as 100 melhores universidades do mundo, o Brasil passa longe.
Já os Estados Unidos (eta capitalismo) possuem 20 universidades que estão entre as 100 melhores.

O Brasil não aparece com nenhuma..

São números.

O governo Lula também desfralda a bandeira da reforma agrária.

O governo anterior fez mais pela reforma agrária que o PT, mas claro, esses números não interessam.

Na verdade não deveriam interessar mesmo.

Basta dizer que reforma agrária é mais falácia do que coisa concreta em beneficio da sociedade.

Se querem saber, em todos os países onde houve reforma agrária, logo em seguida eles se tornaram países importadores de alimento.

A ex-URSS, Cuba e China são exemplos claros do que estou afirmando.

Mas continuamos com o discurso de reforma agrária.

A URSS quando Stalin coletivizou a terra, passou a ser importadora de alimento e consequentemente a ser um dos responsáveis pelo aumento do preço do alimento no mundo.

Entendam.

Cuba antes da comunização com Fidel, produzia 12 milhões de toneladas de açúcar do mundo, hoje não produz nem 2 milhões.

A Venezuela tão admirada por Lula produzia 4 mil quilos de feijão por hectares, depois da reforma agrária praticada pelo coronel Hugo Chaves só produz 500 kg por hectares.

Mas os socialistas não sabem nem querem saber dessas questões, o trabalho que dá para produzir, para gerar alimentos, isso porque eles tem a sociedade para lhes pagar o salário, as contas e as mordomias, além de dinheiro do contribuinte para colocar comida na sua mesa.

Mas eles não sabem nem querem saber sobre o que é produzir, cultivar, plantar alimentos.

Pois bem, os companheiros acreditam nos milagres da reforma agrária.

Dizem que estão mudando o país.

É para gargalhar.

Agora incrível, e hoje está mais do que comprovado, que a diminuição dos impostos nos setores de eletrodoméstico fez o comércio e indústria neste setor produzir e vender mais.

O aquecimento na venda de carros também surtiu efeito com a redução de impostos.

O que fica definitivamente comprovado que imposto nesse país é um empecilho ao progresso e ao desenvolvimento.

Mas o discurso dos petistas é outro.

Ou seja, uma mentira repetida várias vezes torna-se verdade.

É o ilusionismo de Lula.

*Mulher de coragem que fala o que deve, está sendo punida pelo governo Lula!
Publicado por Adriana Vandoni em 10 novembro, 2009, às 13h31
O Blog de Adriana está censurado por ordem judicial.

sexta-feira, 20 de agosto de 2010

Governo sem caráter

O assessor especial da Presidência da República, Marco Aurélio Garcia, considera que o "caráter errático de comportamento" prejudica a conduta do PSDB ao Planalto, e chama José Serra de "biruta de aeroporto". E sobre a discussão levantada por Serra do loteamento dos cargos em ministérios, verbera: "O que eles chamam de fisiologismo é uma prática generalizada da política brasileira. Quem é o governo Serra e os governos que ele participou para falar de fisiologismo? Governaram com os partidos mais fisiológicos que esse país teve. Isso é para a plateia e reflete essa desidratação da candidatura dele."
Marco Aurélio Garcia, o episódio do mensalão do PT foi a marca mais cavilosa que poderia sofrer um partido dito da moralidade, mas de vestal desmascarada. Em um país sério, o presidente Lula teria sido cassado por falta de responsabilidade pública ao conhecer o caixa dois do PT e ter afirmado que conhecia o mesmo problema nos demais partidos, sem, entretanto, ter tomado as devidas medidas moralizadoras. E se não fosse a leniente instituição de indicação política - STF - ter engavetado por tanto tempo o processo de 40 ladrões da política nacional, muitos deles já teriam sido condenados e outros não estariam hoje exercendo o Parlamento ou disputando cargo eletivo. O seu PT é favorecido pela fragilidade de nossa instituição jurídica superior, que ainda não julgou o comportamento poluto dos mensaleiros do Congresso. Assim, comportamento errático sempre teve o seu guru Lula, que demonstrou não ter ética e moral para tratar com seriedade os valores da República. Quem exerce o papel de biruta de aeroporto é a candidata Dilma Rousseff. Ela, sim, se direciona ao sabor do vento Lula e não tem projeto (próprio) para o Brasil. Se for eleita, o seu programa de governo será apenas a continuação de uma administração que não teve competência para pagar a dívida social brasileira. E não foi por fatal de dinheiro para o investimento em infraestrutura social, mas por falta de caráter dos componentes do governo. E esse povo cativo do assistencialismo governamental poderá continuar em situação de indigência social se cair no erro de eleger uma candidata inexperiente e oportunista, sem jamais ter exercido um mandato legislativo, bem como sequer administrado um município. A candidata Dilma Rousseff se vale apenas do prestígio político da figura do presidente Lula como cartão de visita eleitoral.

O Marco Aurélio Garcia é um hipócrita. Ao admitir o fisiologismo em larga escala no governo petista, arguindo que também havia em governo passado, demonstra que o PT não tem caráter, pois não teve coragem e responsabilidade para moralizar a ingerência política nos órgãos públicos. Vejam, por exemplo, o Banco do Brasil e o seu fundo de pensão, controlados pelos petralhas. A edição de Veja, 11/08/2010, traz a confissão de um ex-diretor da Previ, que conta os bastidores polutos da instituição, comandada pelo PT.

Ideli Salvatti e seus subterfúgios políticos

O povo catarinense precisa conhecer melhor a sua personalidade. Acostumada a se comportar como uma extrema defensora do governo Lula no Senado, a ponto de participar do grupo que não aceitava ver o governo ser investigado por qualquer suspeita de irregularidade política, a senadora Ideli sempre soube tirar proveito de sua aparente seriedade. Sim, falo de aparente seriedade, pois quem se utiliza de subterfúgios políticos para tentar incriminar adversários não pode merecer credibilidade de ninguém, principalmente agora que pretende ser governadora estadual de Santa Catarina. Mas, certamente, grande parte do eleitor catarinense desconhece os seus métodos de fazer política. E quem procede de forma capciosa não merece governar Santa Catarina.

A revista Veja, edição de 11/08/2010, apresenta o ex-diretor da Previ, Gerardo Santiago, que conta que produziu dossiês contra oposicionistas - para desmoralizar os adversários - a mando do presidente do fundo de pensão do Banco do Brasil, Sérgio Rosa, controlado pelo PT, que presidiu a Previ até maio deste ano. É uma pena que o Banco do Brasil e seu fundo de pensão estejam contaminados pela ingerência de fajutos políticos petistas em suas direções.

Vejam trechos da entrevista de Veja com Gerardo Santiago: -"O senhor foi escalado para produzir dossiês contra adversários do governo Lula? Em dezembro de 2005, quando a CPI dos Correios estava encurralando o PT, o Sérgio Rosa me chamou à sala dele e disse que eu reunisse informações sobre investimentos problemáticos na Previ que estivessem ligados a políticos da oposição (...). - Como foi esse trabalho? Eu sabia que o Conselho Fiscal da Previ havia separado uma série de investimentos de riscos, que exigiam atenção especial. Quando Sérgio Rosa me deu a orientação, resolvi pesquisar nesse arquivo, que era uma bela matéria-prima (...). Aí consegui juntar denúncias contra o governador ACM, contra o governador José Serra e contra o então presidente do PFL, o senador Jorge Bornhausen. Depois de trinta dias de trabalho, fiz o texto, juntei documentos, encadernei e entreguei ao Sérgio Rosa, que o guardou para usar na hora certa. - Qual foi o uso que o Sérgio Rosa fez desse material? Em uma sessão da CPI no fim de fevereiro de 2006, o deputado ACM Neto (DEM-BA) estava atacando o governo e perturbando a senadora Ideli Salvatti (então líder do PT no Senado). Então, ela perguntou a um grupo que a assessorava: "Ninguém aí tem nada que possa calar a boca desse moleque?". Aí eu falei: "Senadora, contra o rapaz, não. Mas eu tenho uma munição pesada contra o avô, não serve?"Ela começou a pular, a comemorar. Ligou para o Sérgio Rosa, e a coisa andou. O Sérgio enviou o dossiê para o gabinete dela. Duas semanas depois, estava tudo na capa da revista Carta Capital (a reportagem foi publicada na edição de 8 de março de 2006)."

Essa é a senadora Ideli Salvatti, maquiavélica, tirando proveito de dossiês chantagiosos para defender o seu PT e chamuscar adversários. É com esse espírito bélico e revanchista, de métodos sorrateiros e de seriedade duvidosa, que a candidata Ideli Salvatti pretende governar Santa Catarina? O eleitor catarinense precisa conhecer melhor a sua personalidade.

Revisão de indenização a anistiados

É muita hipocrisia e esperteza dessa turma de anistiados que se valeu de indenizações ditas por perseguição política. E as pessoas que foram vítimas desses agitadores e que perderam a vida, deixando as suas famílias desamparadas, isso não significa nada na consciência espúria desses falsos moralistas e defensores de anarquistas? Por que somente o outro lado subversivo fez jus a reparo pecuniário de "injustiça sofrida", sendo indenizado pelo Estado? E o pior, algumas indenizações extrapolaram a razoabilidade, motivo pelo qual o Tribunal de Contas da União (TCU), como órgão fiscalizador das contas públicas, vai proceder a uma verificação.
Essa corja de agitadores comunistas, ou grupo de esquerda, que promovia ação armada contra o regime, era formada por gente como a candidata Dilma Rousseff, que queria transformar o Brasil numa célula socialista bolchevista, como hoje o PT deseja. E graças à intervenção militar, o país hoje respira livre das mãos de comunistas.

Excessos existiram de ambos os lados. Mas quem entrou na chuva teve que se molhar. Entretanto, a maioria dos brasileiros não participou de nenhuma anarquia. E muitos que vivenciaram esse período conturbado brasileiro não foram molestados por ninguém. Ao contrário, foi um período interno de segurança nacional a todas as famílias que não tinham envolvimento suspeito com política. Não havia grade de segurança nas casas e edifícios, bem como inexistia o poder dos narcotraficantes a desmoralizar a sociedade. No Brasil havia segurança pública em todo território nacional.

O Tribunal de Contas da União não quer tirar indenização política de ninguém, como falaciosamente questiona o senhor Luiz Couto (PT-PB), mas corrigir distorções porventura existentes. Ademais, o decreto que concedeu indenização aos "perseguidos políticos" (Decreto 4897/03), assinado por um dos beneficiados, presidente Luiz Inácio Lula da Silva, trouxe uma benevolência inexplicável ao conceder isenção de Imposto de Renda a essas aposentadorias excepcionais, mas silenciada pelo Judiciário, por quê?

Luiz Couto, Pedro Vilson, Paulo Abrão, Antônio Modesto da Silveira e outros deveriam demonstrar a sua preocupação e humanidade também com os familiares das vítimas de ações terroristas dos ditos perseguidos políticos. Por que se omitem?

terça-feira, 17 de agosto de 2010

A lei não é para ser flexibilizada

É preciso que no Brasil se passe a respeitar os dispositivos legais vigentes e não se tente flexibilizar a sua aplicação para atender aos interesses de políticas públicas governamentais transitórias.

A seriedade de um país também se mede pelo cumprimento de suas normas públicas e decisões dos tribunais. É muito preocupante aos cidadãos de um Estado Democrático de Direito presenciar o seu país ser governado por alguém, ou grupo político, que não se sintonize com os padrões que devem ser observados em democracias devidamente constituídas.

Contornar os ditames legais existentes através de aprovação de medidas provisórias para atender a interesses políticos ou satisfazer projetos de efeitos transitórios é uma medida irresponsável daqueles que querem impor a sua forma de governar em desacordo com o espírito democrático saudável de se conduzir exemplarmente no país. E isso põe em dúvida a seriedade de nossas autoridades, que demonstram não respeitar as normas escritas nacionais.

Assim, como a população civil tem que saber conviver com o espírito democrático de um país, politicamente organizado, respeitando as suas regras, da mesma forma o Estado, representado por seu governo, não pode ficar pretendendo administrar a federação pela flexibilização de suas leis.

O Executivo bem que gostaria que não existisse a Lei de Responsabilidade Fiscal para poder gastar à vontade. Recentemente, o senhor presidente da República reclamou que o Tribunal de Contas da União (TCU) dificulta o seu governo ao fazer restrições às obras do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC).

Agora, está em pauta no Congresso a MP 489/10, que autoriza a União a integrar, na forma de consórcio público de regime especial, a Autoridade Pública Olímpica (APO), entidade coordenadora das ações governamentais dirigidas aos Jogos Olímpicos e Paraolímpicos de 2016. Participam do consórcio o governo do Rio de Janeiro e a prefeitura do Rio de Janeiro. A medida provisória flexibiliza os procedimentos da Lei das Licitações (Lei nº 8.666/93), ao propor um regime específico para a aquisição de bens e a contratação de obras e serviços, inclusive de engenharia e na infraestrutura aeroportuária, visando, além das competições de 2016, a Copa do Mundo de 2014. Segundo o governo, as medidas são necessárias para evitar atrasos. (Fonte: Congresso em Foco).

Mais uma vez o governo se utiliza de artifícios para tentar burlar uma norma legal. E isso é muito preocupante porque cria precedente inaceitável às regras jurídicas nacionais, que devem ser aplicadas com seriedade e observadas por todos, inclusive pela administração pública governamental.

sábado, 14 de agosto de 2010

Ficha Limpa aterroriza petralhas e outros

O Tribunal Regional Eleitoral do Rio Grande do Sul rejeitou nesta quarta-feira, dia 11, por unanimidade, dois recursos da deputada federal petista Maria do Rosário, e manteve a cassação de sua candidatura por irregularidade nas contas de campanha de 2008 à prefeitura de Porto Alegre.
A esperteza dos petralhas, acostumados a subverter a ética e a moralidade, como bem faz o desobediente Lula, pensam que podem tudo, inclusive desrespeitar as regras eleitorais. Pilhados em irregularidades políticas ficam agora esperneando e desorientados com o advento do Ficha Limpa. Bem feito! Quebraram a cara com a nova regra eleitoral. Vão ter que procurar outro cabide de emprego político, ou mostrar competência profissional aqui fora para disputar o mercado de trabalho, se quiserem ganhar mais ou menos o que abiscoitavam em salários com as benesses públicas parlamentares, ou vão ter que se sujeitar à remuneração de suas antigas profissões. Aliás, mandato não é profissão. O Parlamento não é refúgio de oportunistas. E a renovação política é importante e deveria ser obrigada constitucionalmente em todos os pleitos. A reeleição é um dos caminhos de perpetuação da corrupção e acomodação política. O eleitor deveria ter esta consciência responsável: não reeleger ninguém.
Assim, o Ficha Limpa veio contribuir para a moralização política, retirando as pulhas que enxovalham de todas as formas o Legislativo brasileiro e Executivo, ao mesmo tempo em que contribui para a não reeleição de oportunistas e profissionais políticos em débito com a Justiça brasileira. E a deputada Maria do Rosário sabe que cometeu irregularidade e tenta fugir de sua responsabilidade.

terça-feira, 10 de agosto de 2010

Dilma Rousseff, um mal secreto

Oito anos de governo e o Brasil continua com problemas sociais graves. Não fossem os erros e acertos dos governantes anteriores, que culminou com Plano Real, dando estabilidade econômica ao Brasil, e que possibilitou o governo Lula prosseguir e enfrentar a tempestade da recente crise financeira mundial, não se estaria a gora soltando foguetes tentando ensinar a comunidade estrangeira a ter mais responsabilidade. Não foi isoladamente o governo Lula que soube se comportar diante da crise financeira mundial. Mesmo que o PT disfarce e diga não, terá de reconhecer que sem o programa de política econômica austero, que encontrou do governo anterior, não seria possível governar o País a partir do marco zero, com a sua suposta cartilha econômica.

Mas, a despeito do oba-oba esfuziante do governo federal, soprado aos quatro ventos, de que a situação do cenário econômico e social do Brasil é de fazer inveja aos governos anteriores e adversários do PT, cabe registrar que a miséria nos bolsões periféricos das cidades brasileiras e principalmente no Nordeste continua a céu aberto para todos verem. Multidão de famílias continua vivendo, pelo País afora, sem nenhuma infraestrutra habitacional, com o esgoto correndo a céu aberto, e outros tantos desempregados, sem lares, passando fome, dormindo pelas calçadas e bancos de praças de muitas cidades brasileiras e que a cada dia aumenta mais.

Então, sem esquecer a baixa qualidade do ensino público brasileiro e a falta de política pública de segurança nacional, que País é este de dívida social não resolvida cujo governo se dá ao luxo de ajudar países como Cuba, bem como perdoar dívidas de nações africanas? O que adiantou a manobra política de pagar o FMI, para passar para a condição de credor externo, se o País continua tendo uma a dívida social brasileira ainda não paga? Por acaso o populacho xucro que vota em Lula conhece o montante da dívida pública interna nacional? Em 2003, quando Lula assumiu o governo, a dívida interna era da ordem de R$ 892,4 bilhões, e agora está em torno de R$ 1,519 trilhão. Dívida Pública Interna significa despesa contraída pelo governo para financiar o seu desenvolvimento, mas que é mal-administrada pela máquina gastadora governamental.

Segundo o relatório da ONU (Pnud), divulgado em julho, aponta o Brasil como o terceiro pior índice de desigualdade no mundo. Quanto à distância entre pobres e ricos, nosso país empata com o Equador e só fica atrás de Bolívia, Haiti, Madagáscar, Camarões, Tailândia e África do Sul (Fonte: Frei Betto). Mas assim mesmo o País arrota falso progresso social e quer se comportar como nação desenvolvida, perdoando dívidas de países devedores.

Um governo que não olhou primeiro para os seus graves problemas sociais internos - enganando a pobreza social com bolsa-esmola eleitoreira, não pode se considerar melhor do que ninguém.

Por outro lado, só temos a deplorar a candidatura da senhora Dilma Rousseff ao governo federal. Trata-se de uma candidata inexperiente para governar o País, com passado de ativista política comprometedor, e que se vale apenas do prestígio político da figura do presidente Lula como cartão de visita ao eleitor brasileiro. Tanto é verdade que ele (Lula) está sempre presente em seus comícios pagando multa eleitoral para contrabalançar a figura indecisa e confusa demonstrada em suas manifestações públicas.

O País não precisa de um rosto angelical, maquiado de plásticas para nos conduzir. Mas de alguém com a seriedade de José Serra, de competência administrativa comprovada, digno de selo de qualidade pelos serviços públicos exercidos, inclusive como governador de São Paulo, sem laivos de envolvimentos com dossiês chantagiosos, ou de interferência nos serviços internos da Receita Federal para proteger os rolos das empresas de Fernando Sarney, filho do senador José Sarney, cujo fato culminou com a exoneração da ex-Secretária da Receita Federal, Lina Maria Vieira, que exercia o seu trabalho fiscalizador no estrito cumprimento de suas funções públicas.

A senhora Dilma Rousseff é um mal secreto. Quando tiver a oportunidade de governar o País, mostrará a sua verdadeira face conhecida no governo: autoritária, soberba e cara de poucos amigos. E quero vê-la ter a serenidade de negociar com o Legislativo Federal e com a sociedade em momentos de divergências.

sexta-feira, 30 de julho de 2010

A questão é racial ou social

A sociedade atual não tem nenhuma dívida com a época da senzala. Não pode esta sociedade, que não participou (ou vivenciou) da época do pelourinho escravocrata lusitano no Brasil, continuar sendo chamada para rever ou pagar injustiças passadas e cometidas contra o negro africano aqui introduzido. Certa feita, a ex-ministra da Secretaria Especial de Política da Promoção da Igualdade Racial (Seppir), Matilde Ribeiro, revelando reminiscências revanchistas e preconceituosas, afirmou que "não é racismo quando um negro se insurge contra um branco." E disse mais: "a reação de um negro de não querer conviver com um branco, eu acho uma reação natural. Quem foi açoitado a vida inteira não tem obrigação de gostar de quem o açoitou". Ora, a sociedade atual cognominada "branca" não açoitou nenhum negro no passado. Todos os cidadãos brasileiros, pobres, padecem da mesma forma de segregação. O problema está na falta de políticas públicas sérias e responsáveis de nossos políticos e governantes, que não se comprometem com o investimento maciço de recursos em uma educação (pública) de alta qualidade, para todos, capaz de nivelar, por competência educacional e cultural, negros e brancos. Não é, pois, com a instituição de um estatuto racial legal que se pretenda corrigir um grave problema de ordem social do negro no Brasil. Se a nossa Constituição fosse observada com respeito pelos governantes políticos, dando educação de qualidade para todos, não haveria agora de se questionar sobre as diferenças sociais entre raças brasileiras: negros, brancos, índios etc. O que nivela raças, no plano social, é a qualidade de educação recebida do Estado, em igualdade para todos, negada por políticas públicas governamentais. Estatuto da Igualdade Racial é mais um desses instrumentos jurídicos extravagantes. Assim como existe negro pobre, também existem brancos, índios, mamelucos etc. pobres. O estado atual de pobreza ou de diversidade social do negro é culpa exclusiva de má política pública de nossos governantes, que descumprem os investimentos sociais e culturais previstos na Constituição brasileira. Assim, o que falta no Brasil são políticas afirmativas multirraciais de inclusão social de todos nos diversos segmentos da vida cultural, social e produtiva brasileira.

O preconceito racial não se resolve com leis impositivas ou corretivas. A questão preconceitual está no caráter de cada indivíduo. E este, quer por sua situação de status social, orgulho, soberba ou sentimento mórbido de superioridade, manifesta o seu desamor pelo próximo como se ele fosse um ser superior, constituído de matéria imperecível, mas que vai se desfazer na natureza da mesma forma como qualquer ser vivo. O preconceito é próprio da natureza do ser humano.


A causa de o negro no Brasil encontrar dificuldade de ascensão social e sair desse espectro de marginalização, como ente inferior, não pode ser somente debitada à Abolição, que não promoveu a integração social do escravo, mas também deve ser cobrada das autoridades públicas brasileiras, que não cumprem as disposições constitucionais vigentes. O Art. 5º de nossa Carta Magna prescreve, de forma clara, que "Todos são iguais perante a lei (...)". Se todos são iguais perante a lei - negros, brancos, índios etc. -, não haveria necessidade de estatuto do negro para protegê-lo. O advento desse estatuto só faz criar mais preconceito inter-racial? Então, por que não se questionar também a ausência de estatuto de igualdade do branco, pobre? Vê-se, assim, desnecessariamente, a extravagância de criação de uma lei, cuja essência objetiva já está contemplada no texto constitucional vigente, só que não é observada.


Por que os negros bem-sucedidos financeiramente não são solidários com os seus iguais? Tomemos, por exemplo, o caso de jogadores negros do futebol brasileiro, que preferem se relacionar com mulheres brancas (louras) a escolher uma negra. O próprio negro não é preconceituoso com a sua raça?

Tribunal e políticos sem escrúpulos

Lamentavelmente, no Maranhão, até as instituições jurídicas estão contaminadas de corrupção ou de vícios, que conspurcam a imagem de um Estado, cuja seriedade política deixa muito a desejar no plano nacional.

Os candidatos à reeleição, deputados federais Cleber Verde (PRB-MA) e Sarney Filho (PV-MA), escapam das restrições impostas pelo projeto recentemente aprovado Ficha Limpa, graças às interpretações capciosas de membros do Tribunal Regional Eleitoral (TRE) maranhense, que revelam não demonstrar sintonia com o princípio de moralidade política, defendida pela maioria dos brasileiros e pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

Esses senhores políticos são mais uns oportunistas, que usam a política para fazer carreira profissional e desfrutar os prestígios, as benesses públicas e as glórias do poder. Infelizmente, a maioria do eleitor não tem cultura política. Se tivesse não reelegeria ninguém, mas levaria ao Parlamento somente gente nova, sem ficha suja, para oxigenar melhor o Congresso Nacional, tão desacreditado e "avacalhado" por essas fístulas políticas, que não fazem nada e só sabem se locupletar com o dinheiro da nação.

terça-feira, 20 de julho de 2010

Mercadante em pele de cordeiro

O candidato ao governo de São Paulo, Aloizio Mercadante, com o seu ar irônico, cuja soberba escorre pela almofada de seu bigode, não gostou da comparação PT/FARC, feita pelo vice de José Serra, Índio da Costa. Ao fazer-lhe comentários desprezíveis sobre o seu despreparo político e deslumbramento, Mercadante esqueceu-se de que o seu guru, Lula, sempre foi um homem apenas preparado para a esperteza política e que ficou deslumbrado com o poder a ponto de se considerar acima do bem e do mal ao desafiar as decisões de nossos tribunais.

E, por outro lado, que preparo político tem, por exemplo, a candidata não diplomada pela Unicamp, Dilma Rousseff? Nenhum. Apenas foi uma ativista subversiva, com ficha pregressa política. Aliás, a "doutora" Dilma, em suas entrevistas, não tem demonstrado desembaraço, mostra-se muito confusa (sente a falta de seu guia espiritual), inclusive assinou o programa de governo petista, entregue ao STE, sem conhecer o seu conteúdo.

Candidato Mercante, se o Índio da Costa está deslumbrado, o que dizer com os oito anos de deslumbramento com o poder do guru Lula? O deslumbramento com as glórias do poder foi tanto que o Lula se considerou o dono do pedaço e não teve escrúpulo para obrigar o senador Mercadante a mudar de posição em relação ao caso Sarney, envolvido com os atos secretos do Senado, cujo Conselho de Ética, não fossem as manobras espúrias, certamente teria proposto a sua cassação.

O eleitor paulista deveria conhecer estes vacilos, estas hesitações políticas do candidato Mercadante: ora se mostra valentão, arrogante, ora foge como galo covarde. Só tem papo. E viu a sua arrogância ruir quando o tio Lula o obrigou a votar a favor do Sarney para ele não ser cassado. Ficou beiçudo e arreliado, mas teve que engolir salgado e obedecer direitinho ao tio Lula. O caso serviu para mostrar que o candidato Aloizio Mercadante é um político que não tem firmeza em suas posições, e imaginem governando São Paulo?

E não se esqueçam os senhores eleitores paulistas de que o candidato Aloizio Mercadante já decepcionou 10 milhões de eleitores ao transigir com a imoralidade política, no Senado Federal, abstendo-se de votar pela cassação do senador Renan Calheiros, em 2007. E só para refrescar a memória, a revista Veja, edição 2026, de 19 de setembro de 2007, assim escreveu: "Protegidos por uma sessão secreta, em apoio e o aval do PT, senadores condenam a ética e absolvem Calheiros". E Aloizio Mercadante foi um dos que ajudou a salvar a pele de Renan Calheiros.