terça-feira, 20 de julho de 2010

Mercadante em pele de cordeiro

O candidato ao governo de São Paulo, Aloizio Mercadante, com o seu ar irônico, cuja soberba escorre pela almofada de seu bigode, não gostou da comparação PT/FARC, feita pelo vice de José Serra, Índio da Costa. Ao fazer-lhe comentários desprezíveis sobre o seu despreparo político e deslumbramento, Mercadante esqueceu-se de que o seu guru, Lula, sempre foi um homem apenas preparado para a esperteza política e que ficou deslumbrado com o poder a ponto de se considerar acima do bem e do mal ao desafiar as decisões de nossos tribunais.

E, por outro lado, que preparo político tem, por exemplo, a candidata não diplomada pela Unicamp, Dilma Rousseff? Nenhum. Apenas foi uma ativista subversiva, com ficha pregressa política. Aliás, a "doutora" Dilma, em suas entrevistas, não tem demonstrado desembaraço, mostra-se muito confusa (sente a falta de seu guia espiritual), inclusive assinou o programa de governo petista, entregue ao STE, sem conhecer o seu conteúdo.

Candidato Mercante, se o Índio da Costa está deslumbrado, o que dizer com os oito anos de deslumbramento com o poder do guru Lula? O deslumbramento com as glórias do poder foi tanto que o Lula se considerou o dono do pedaço e não teve escrúpulo para obrigar o senador Mercadante a mudar de posição em relação ao caso Sarney, envolvido com os atos secretos do Senado, cujo Conselho de Ética, não fossem as manobras espúrias, certamente teria proposto a sua cassação.

O eleitor paulista deveria conhecer estes vacilos, estas hesitações políticas do candidato Mercadante: ora se mostra valentão, arrogante, ora foge como galo covarde. Só tem papo. E viu a sua arrogância ruir quando o tio Lula o obrigou a votar a favor do Sarney para ele não ser cassado. Ficou beiçudo e arreliado, mas teve que engolir salgado e obedecer direitinho ao tio Lula. O caso serviu para mostrar que o candidato Aloizio Mercadante é um político que não tem firmeza em suas posições, e imaginem governando São Paulo?

E não se esqueçam os senhores eleitores paulistas de que o candidato Aloizio Mercadante já decepcionou 10 milhões de eleitores ao transigir com a imoralidade política, no Senado Federal, abstendo-se de votar pela cassação do senador Renan Calheiros, em 2007. E só para refrescar a memória, a revista Veja, edição 2026, de 19 de setembro de 2007, assim escreveu: "Protegidos por uma sessão secreta, em apoio e o aval do PT, senadores condenam a ética e absolvem Calheiros". E Aloizio Mercadante foi um dos que ajudou a salvar a pele de Renan Calheiros.

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