terça-feira, 31 de julho de 2018

Começou a festa de candidatos às luzes da ribalta do poder


Balneário Camboriú terá quatro vereadores tentando voos mais altos na política. Vejam: André Meirinho (PP)-deputado estadual, Leonardo Piruka (PP)-deputado federal, Lucas Gotardo (PSB)-deputado federal e Roberto Souza Júnior (MDB)-deputado federal.

Trata-se sem dúvida de vereadores oportunistas em busca da continuação do cabide de emprego político. André Meirinho e Lucas Gotardo ainda nem bem esquentaram a cadeira de vereador e já estão de olho grande no poder. A verdade é que o salário e as benesses parlamentares fascinam quem não tem competência para se estabelecer aqui fora ou exercer com êxito as suas profissões de origem.

A política nacional está transformada em refúgio de oportunistas que só querem saber das luzes da ribalta do poder e tirar proveito da coisa pública. Agora, trabalhar em prol do bem-estar social e do país essa cambada de parlamentares, estufada de benesses, não é capaz.

Hoje, votar é perda de tempo. E só serve para dar emprego a mequetrefes travestidos de políticos.

Ao aceitarem interromper a vereança, os vereadores demonstram não ter nenhum respeito ao eleitor e ao cumprimento de mandato. Agem como se fossem donos dos mandatos denegrindo a imagem do Parlamento. Por isso, a substantiva desconexão da classe política com a sociedade, hoje ululante, leva o cidadão a proclamar que os partidos e os políticos não mais o representam.

Os referidos vereadores não são os únicos, no país, a desmoralizar o cumprimento de mandato. O Brasil está repleto desses políticos oportunistas de ocasião, cuja missão, no Parlamento, é desfrutar o cabide de emprego bem remunerado e tirar o máximo proveito da coisa pública.

A interrupção de mandato, além de ser estelionato eleitoral porque há uma ruptura nos compromissos de campanha, embora não seja crime, revela a pouca seriedade de elementos eleitos que hoje inundam o Parlamento nacional. Por isso, a sociedade tem de rifar, banir políticos trambiqueiros que interrompem o mandato e costumam dar uma banana ao eleitor.

A minha crítica representa, certamente, o sentimento da maioria da sociedade que está cansada de assistir à falta de compromisso e de respeito do político para com o eleitor.

A política é para ser exercida com toda a seriedade. O respeito ao voto recebido e o cumprimento integral de mandato são apanágios inarredáveis de parlamentares íntegros, sérios e responsáveis

Projeto água com açúcar

A Câmara de Vereadores de Balneário Camboriú aprovou por unanimidade o Projeto 177/2017, do vereador Lucas Gotardo (PSB), que institui o Dia da Caminhada pela Valorização e Inclusão da Pessoa com Deficiência, denominado "Paraday".

Nada contra as pessoas com deficiências, pelo contrário, todas merecem o meu alto respeito e consideração, pois são seres iguais a todos nós.

Agora, a Câmara de Vereadores vir perder tempo e gastar dinheiro do contribuinte para aprovar projeto água com açúcar, é expor que há vereadores em demasia na instituição sem ter o que fazer.

Por isso, ficam inventado projetos descabidos, eleitoreiros e que apenas servem para compor o currículo do edil, que revela não ter capacidade de apresentar matéria de real interesse social e da cidade.

E vejam só o dislate: o projeto, que teve a aprovação da unanimidade dos parlamentares, condiciona que o "Paraday" só poderá ocorrer se houver possibilidade orçamentária e estrutural. Se não houver suporte não haverá festa. Trata-se de projetinho de m...

Por que também não instituem o dia da caminhada pela valorização e inclusão dos garis, das empregadas domésticas, dos vendedores ambulantes, dos pescadores artesanais, das prostitutas etc.?

A Câmara de Vereadores tem de revestir-se do manto da seriedade e terminar com esses projetinhos ordinários inexpressivos, que dizem respeito a homenagens, denominações de ruas e espaços públicos, concessões de títulos honoríficos, acréscimos de datas comemorativas no calendário municipal etc.

Ademais, está na hora de se reduzir a quantidade de vereadores em BC. Um município de pequena extensão territorial não precisa de tantas cabeças representativas. Representativas de para quê?

Ou o interesse pela vereança está na cobiça pelo cabide de emprego para aqueles que não têm competência de exercer alguma profissão aqui fora? Ou, se possuem competência, preferem o salário e mordomias da Câmara - por serem compensadores - a suar a camisa trabalhando no lado de cá?

Deveria ser alterada, no Brasil, a legislação para eleição da Câmara de Vereadores de municípios com menos 200 mil habitantes. O vereador só poderia ser eleito com mais 10 mil votos e o suplente não poderia ter menos de 5 mil votos. Hoje, qualquer punhado de votos leva ao Parlamento municipal oportunistas em busca do cabide de emprego. O vereador, autor do projeto água com açúcar, foi eleito com apenas 1.236 votos.

domingo, 29 de julho de 2018

Roseana Sarney e Flávio Dino disputam o capital eleitoral de Lula


A cretinice de políticos mequetrefes é uma constatação nacional. Em busca de seus inconfessáveis interesses são capazes até de se irmanar com o diabo para chegar ao poder, como se observa agora nos comportamentos de Roseana Sarney e Flávio Dino.

A política maranhense, com poucas exceções, é produto da velha e solerte corporação oligárquica que até hoje usou a política para tirar proveito da coisa pública sem se preocupar com a miserabilidade de seu povo e do fortalecimento estadual nas áreas da educação, saúde, segurança, moradia, infraestrutura básica de cidades onde os esgotos ainda correm a céu aberto.

Os novos políticos maranhenses pouco diferem da velha-guarda. A maioria demonstra não ter competência para exercer profissão na área privada e opta pela política como cabide de emprego e meio de desfrutar as luzes da ribalta do poder para descolar compensadores salários e múltiplas mordomias. E eis como exemplo o clã Sarney, eternamente mamando nas tetas da nação.

A sorte dessa corja velhaca é que a maioria do eleitor nacional não tem alfabetização suficiente para saber escolher e vota movido por promessas de receber compensações de toda a sorte, inclusive de dentaduras. E os resultados são os Tiriricas da vida e toda essa calhorda de engomadinhos, filhos de jurássicos políticos, em atividades nos legislativos nacionais.

Assim, somente eleitores parvajolas alienados, sem discernimento e decisões próprias, podem ser levados facilmente pelas lábias de políticos espertos para votar em candidatos, que se valem da imagem de uma liderança partidária, como Lula, para abiscoitar votos.

Ambos, Roseana Sarney e Flávio Dino, ao disputarem a imagem do ex-presidente Lula para alavancar as suas campanhas, protagonizam momentos caricatos e ridículos, característicos da velha maneira de se fazer política no Brasil.

O Maranhão é o exemplo de unidade federativa onde ainda persiste o maior índice de miséria do país. Mas isso não envergonha a sua classe política, que só pensa em usar o mandato para obter vantagens pessoais, favorecer com cargos públicos parentes e amigos, preparar terreno para reeleições ou a pleitos mais elevados etc.

Assim, é escandaloso e esquizofrênico o comportamento de Roseane Sarney e Flávio Dino ao disputarem o capital eleitoral do maior impostor da República, que foi legalmente condenado e preso por corrupção passiva e lavagem de dinheiro.

sexta-feira, 27 de julho de 2018

Eleição e acordos partidários


A política de acordos partidários para satisfazer interesses e ganhar eleição é uma imoralidade que afronta e afasta o eleitor que tem posicionamento ideológico e político e que não quer ver o seu partido abraçado com agremiações sem identificação política e ideológica.

A profusão de partidos no Brasil é uma festa cara para o bolso de cada contribuinte. Para que tantos partidos, ou seja, para que serve esse cipoal de siglas partidárias sem nenhuma identificação política e ideológica que se verifica entre os seus membros? São tantos partidos que os políticos oportunistas, sem respeito eleitoral, estão sempre pulando de galho em galho em busca de outras agremiações.

Por exemplo, o Psol, nada mais é que um puxadinho do PT, com as mesmas ideologias e por onde desfilam ex-petistas como Luiza Erundina, Chico Alencar, Ivan Valente etc. Assim como é o PCdoB, que de comunista não tem nada, pois de corpo e alma o partido está sempre vestindo a camisa e empunhando a bandeira dos ideais petistas.

Essa brincadeira toda custa muito caro aos cofres do país. Se já não bastasse o Fundo Partidário, a casta política nacional - muita criativa para encontrar fontes de recursos para os seus deleites, e visando contornar a proibição judicial de pessoas jurídicas poderem fazer doações a candidatos - através do iluminado Congresso criou o Fundo Eleitoral no valor de 1,7 bilhões de reais, sacrificando recursos da área da saúde e da educação.

A alternativa plausível e mais econômica para um país de muita desigualdade social e da falta de investimento em educação seria a instituição da candidatura avulsa sem nenhuma vinculação partidária.

Neste momento de busca de votos pelos candidatos, é necessário dizer que a desconexão da classe política com a sociedade é um fato ululante. A classe política depois de eleita se esquece completamente da sociedade eleitoral e de seus compromissos de campanhas, não responde às demandas ou solicitações e só procura a sociedade em épocas de eleições. Por isso, muitos cidadãos brasileiros, cansados da enganação política, proclamam com razão que os partidos e os políticos não mais os representam.

Eleitores, não reelejam ninguém, não recambiem para o cenário político elementos que já cumpriram mandatos no Parlamento ou no Executivo. A oxigenação na política com novas cabeças pensantes é necessária. Política não é profissão e nem refúgio de incompetentes. O país precisa desatar o nó da corrupção que tem empobrecido principalmente a sociedade mais carente e impedido o desenvolvimento da nação.

Escolham candidatos de reputação ilibada e de boa formação cultural (curso superior completo). Não elejam ocupantes de cargos públicos que estejam atuando fora de suas áreas para as quais foram aprovados em concurso, pois estes são oportunistas em busca das luzes da ribalta do poder, das mordomias e dos altos salários.

terça-feira, 17 de julho de 2018

Os políticos de toga desmoralizam o STF

Quando se espera que os ministros do STF sejam os primeiros a enobrecer a instituição, levando à sociedade uma imagem de tribunal sério, imparcial e comprometido, além de guardião da Constituição, em fazer justiça aos conflitos, em última instância, eis que a decepção faz perder a nossa esperança.

Para que serve uma decisão majoritária da Suprema Corte, independentemente do placar apertado, se alguns ministros desobedecem ao resultado do colegiado sobre a prisão em segunda instância? Ou o tribunal é uma Corte de mentirinha, de políticos de toga etc.?

Não é este o Brasil que queremos de impunidade aos políticos corruptos causadores do empobrecimento da nação e nem de tribunais superiores complacentes com os larápios da República.

Os três pilares da Lava-Jato, as prisões preventivas alongadas, os acordos de delação premiada e o cumprimento da pena após condenação em segunda instância, são ameaçados pelo trio da Segunda Turma do STF, conhecida como “Jardim do Éden”, Ricardo Lewandowski, Dias Toffoli e Gilmar Mendes, que se especializaram em soltar presos e suspender ações de investigações. É por isso que o PT quer que o pedido de liberdade de Lula seja apreciado pela Segunda Turma.

Eis aqui algumas decisões decepcionantes perante a sociedade, protagonizadas pelo trio da Segunda Turma do STF: trancou uma ação penal contra um deputado do PSDB, manteve a liberdade de um operador financeiro do MDB, anulou a busca e apreensão no apartamento de uma senadora do PT, garantiu a liberdade de um ex-assessor do PP, absolveu a petista Gleisi Hoffmann e, na decisão mais imoral, concedeu a liberdade de José Dirceu, condenado a mais de 30 anos por corrupção, lavagem de dinheiro e organização criminosa.

Essas decisões tendem a abalar as estruturas da Lava-Jato. Mas graças à posição minoritária do trio no plenário do STF, composto de onze ministros, podemos ver hoje preso o ex-presidente Lula, o ex-deputado Eduardo Cunha e saber que mais de 300 criminosos de colarinho branco já foram parar na cadeia.

Até o advento da Operação Lava-Jato, a bandidagem de colarinho branco abastada gozava de natural liberdade e impunidade por contratar bons advogados para postergar indefinidamente o cumprimento da pena, através de interminável lista de recursos, e tudo alicerçado no jargão jurídico de que ninguém será considerado culpado até o “trânsito em julgado”.

Ora, os exemplos de eficiência de punição dos criminosos de colarinho branco não podem ser ignorados em democracias, como Estados Unidos, Reino Unido e Canadá, que prendem os condenados na segunda instância e, em alguns casos, até mesmo depois de condenado em primeiro grau. E ninguém diz que esses países não respeitam o princípio da presunção de inocência.

segunda-feira, 9 de julho de 2018

O audacioso habeas corpus para soltar Lula


A audácia do PT para libertar Lula já extravasou o limite da razoabilidade, da decência e da tolerância. Lula, à luz da Constituição Federal, deve ser tratado como qualquer condenado.

Portanto, a liberdade de Lula implica a imediata soltura dos demais presos, em obediência ao princípio constitucional da igualdade dos direitos. E se isso ocorrer, só resta ao país a pronta intervenção militar para restabelecer a ordem e prender toda essa corja que tenta denegrir o Estado Democrático de Direito.

Ainda não vivemos em estado de anomia ou de anarquia como pressupõem os saltimbancos e agregados petistas. Aqui ainda vige o respeito ao imperativo legal, não obstante a rebeldia do desembargador plantonista Rogério Favreto, bem como de alguns ministros do STF - Lewandowski, Toffoli e Gilmar Mendes - componentes da Segunda Turma do STF, os quais têm se comportado de forma antirrepublicana ao autorizar a liberdade de criminosos de colarinho branco, desrespeitando assim as decisões de segunda instância.

O comportamento do desembargador plantonista do TR4, Rogério Favreto, petista de carteirinha, ao receber e dar andamento ao pedido da liberdade de Lula sem que houvesse algum fato novo que justificasse o pedido, é de questionável lisura.

O seu plantão foi obra ardilosa de petistas desnorteados para lograrem êxito por caminhos sinuosos, pois até agora os empedernidos defensores de Lula só acumularam derrotas em cima de derrotas no Judiciário. Assim, os tiros do PT por volta do meio dia de domingo (8) foram apenas de festim, ou seja, fizeram muito barulho mas sem nenhum efeito.

Vejam o que disse o ex-presidente do STF, Carlos Velloso: “Um sujeito espera um juiz plantonista, ideal para impetrar um habeas corpus, um mandado de segurança, e ter a certeza da obtenção de uma liminar. Isso é velho conhecido na Justiça.”

A sociedade tem que ficar atenta para impedir que os indecorosos e traidores da República, travestidos de políticos sérios e honrados, não achincalhem a nação, desrespeitando a ordem jurídica a ponta de poder causar a sua instabilidade.

O país é muito maior do que a arrogância ensandecida de uma liderança partidária, legalmente condenada e presa, que devia se manter silenciosa na cadeia.



Bacharel em Direito e servidor federal aposentado
Balneário Camboriú-SC