quinta-feira, 22 de fevereiro de 2018

Porto Alegre merece melhor tratamento


Aproveito o ensejo da notícia de que as os obras da Copa serão retomadas em 30 dias, quase na véspera de início do mesmo evento na Rússia, para fazer algumas observações acerca da velha Capital gaúcha.

A velha e suja Porto Alegre, de políticos e partidos inimigos entre si, deveria ser olhada de forma progressista, mas infelizmente não é. Por outro lado, o porto-alegrense deveria ser mais exigente no asseio de sua cidade e cobrar de todos os políticos e governantes, independente de partido, o respeito que a cidade merece.

Causa má impressão a qualquer pessoa que vai a Porto Alegre ver o envelhecimento da cidade: prédios velhos e encardidos, praças e ruas mal conservadas. Então, a Cidade Baixa e o Centro parecem lugares abandonados e de aspectos horripilantes, com sujeira por todos os lados e mendigos dormindo pelas esquinas, o que, aliás, é uma realidade em toda a Capital.

Quem adentra a Capital pela Avenida Farrapos tem a impressão de que está numa cidade em decadência ao testemunhar tantos prédios fechados e velhos.

O que está havendo com os vereadores e outros parlamentares que transigem com o desleixo da cidade e que não fiscalizam e não exigem a recuperação da Capital? Por que não é proposto, por exemplo, um desconto ou isenção do IPTU aos proprietários de prédios antigos e sem pinturas, há muito tempo, para que eles restaurem os seus imóveis e resgatem a paisagem limpa e urbanística da Capital?

Ora, o munícipio tem dinheiro para pagar e muito bem o grande número de vereadores, assessores, secretários e prefeito. Agora, para investir na recuperação urbanística da cidade não tem recursos?

Não me conformo com a inércia da Câmara de Vereadores, que demonstra pouco empenho e responsabilidade para com a fiscalização do município.

Se os vereadores não cumprem as suas obrigações, não deveriam receber regiamente os seus salários. Pois, ficar na Câmara Municipal “brincando” de instituir projeto de lei para homenagear os mais diversos setores e pessoas, bem como dar nomes a ruas, avenidas e outras baboseiras mais, é preferível fechar a Câmara e destinar todo esse dinheiro, que alimenta os vereadores, a causas sociais.

Ademais, se o prefeito não tem competência para administrar a cidade, deveria renunciar o mandato. Ressalve-se, entretanto, que o desleixo com a Capital já vem de longa data, ou seja, de outras administrações.

terça-feira, 20 de fevereiro de 2018

Vitória da intervenção federal na segurança pública do Rio de Janeiro


A oposição foi derrotada na Câmara Federal, de forma acachapante, por 340 votos a favor e 72 contra, chancelando a intervenção na segurança pública do RJ. Agora, nesta terça-feira (20), o Senado confirmou a intervenção.

PT, PC do B e Psol são três siglas partidárias mequetrefes, que só querem ver o circo pegar fogo. Mesmo diante de uma situação realística da insegurança pública no Rio de Janeiro, ainda assim os partidos preferem a picuinha e a politicagem rasteira para contrariar o governo federal, o qual, independente de sua ideologia, apenas fez cumprir a Constituição a uma situação incontestável por que passa o Estado do Rio de Janeiro.

Os deputados Alessandro Molon, Benedita da Silva, Celso Pansera, Chico Alencar, Glauber Braga, Jandira Feghali, Jean Wyllys, Luiz Sérgio e o suplente Wadih Damous deveriam ter mais responsabilidade, principalmente com seu Estado, em vez de engrossar o coro da rebeldia ao governo federal. Pois há momentos na vida que se devem esquecer as animosidades políticas para de forma solidária reunir forças e ideias para enfrentar questões cruciais, por exemplo, como as referentes à segurança de ir e vir de uma população.

É evidente que “agente não tem de estar sempre de acordo com a maioria”, como se manifestou Chico Alencar, mesmo porque as pessoas racionais devem saber distinguir o joio do trigo.

Mas é inaceitável que, diante da real situação da insegurança pública no RJ, suplicada solução pela grande maioria de sua população, venham Chico Alencar, Humberto Costa, Lindbergh Farias e outros insensatos políticos usar o subterrâneo da politica para tentar impedir que o povo carioca ou fluminense possa respirar um pingo de segurança em seu direito de ir e vir.

É mais que natural que os políticos contrários à intervenção sejam penalizados eleitoralmente na disputa pelo governo do Rio, bem como nas demais eleições em todo o país. O Brasil não pode ter cor partidária. Os políticos devem respeitar as necessidades dos Estados e da população.

sábado, 17 de fevereiro de 2018

Decreto presidencial a favor do Rio de Janeiro

Senador Humberto Costa (PT-PE),

Somente um parvajola de sua espécie tem o desplante e a insensibilidade de dizer que a intervenção na segurança pública do RJ pode comprometer a democracia.

Ridícula, parva e recheada de animosidade contra o governo federal, a sua manifestação só encontra amparo entre os bandidos, travestidos de políticos, que, diante de uma situação gravíssima, ainda usam a politicagem rasteira para alfinetar medida positiva a favor de todo o povo do RJ.

Gostaria de vê-lo morando com a sua família nas regiões periféricas cariocas, tendo de se deslocar todos os dias pela Linha Vermelha e outras vias conflagradas pelos narcotraficantes, sob intenso tiroteio diário, para agora vir fazer considerações despropositadas relativas à integridade de nossa democracia.

O corrupto governo do PT passou mais de 13 anos no poder e foi incapaz de trazer uma solução compartilhada com a administração carioca, e isso que Lula e Dilma eram amigos do outro corrupto, preso, Sérgio Cabral.

Agora, no maior descaramento, ouve-se desse senador que o PT votará contra a aprovação do decreto presidencial em prol da segurança pública carioca, com estapafúrdias justificativas.

Senador, deixe dessa cretinice extremada, desse ranço perverso e dessa picuinha pueril contra o governo federal, o qual apenas está tomando medida constitucional para salvaguardar a integridade física de ir e vir do povo carioca.

Não confunda alhos por bugalhos. Não confunda politicagem com política. Não traga para o problema carioca resquícios do atavismo medieval, da truculência, do desatino petista, diante de um problema tão grave.

segunda-feira, 5 de fevereiro de 2018

Os novos ricos da Lava-Jato

Os profissionais do Direito deveriam zelar pela licitude da fonte que paga os seus honorários advocatícios. Senão, onde ficam a ética e a decência de advogados que recebem honorários sabidamente de origens ilegais? Por que até hoje a OAB e o Congresso não arrostaram a matéria, de maneira a moralizá-la?

A revista Veja, edição de 29/11/2017, estampa em sua capa, fumando charuto importado de R$ 350 reais a unidade, o criminalista Adriano Bretas, que enriqueceu na Lava-Jato: “Desfruto de um padrão de vida que jamais sonhei ter”.

Não se discute a competência profissional de ninguém para fazer jus aos polpudos honorários recebidos. O que nos chama a atenção é que a fonte pagadora desses honorários é de clientes encalacrados na Lava-Jato, a qual investiga justamente a indecorosidade desses clientes em operações irregulares de desvios dinheiro público.

É difícil acreditar que os honorários advocatícios dos novos ricos da Lava-Jato venham de fontes lícitas. A Receita Federal deveria investigar a legalidade desses honorários.

De todos os contribuintes nacionais é exigida por ocasião da declaração de Imposto de Renda a comprovação das receitas lícitas auferidas. Portanto, os honorários advocatícios não podem camuflar dinheiro oriundo de operações criminosas.

“A Lava-Jato produz uma nova casta de milionários: os advogados criminalistas pagos a peso de ouro para livrar das grades os ricos acusados de corrupção”.

Que certos empresários possam pagar a peso de ouro os seus defensores até não se discute. Mas políticos, por exemplo, como Palocci, Geddel Vieira, Lula, Renan, Jucá, Cabral e outros não têm cacife para bancar com recursos próprios a casta de advogados milionários. E Geddel Vieira mostrou muito bem de onde vem o dinheiro que paga os seus advogados: malas e mais malas abarrotadas de notas de reais e dólares, encontradas em seu bunker, em Salvador, na Bahia.

Assim, dinheiro ilícito está enriquecendo seletos grupos de advogados na Lava-Jato e precisa ser investigado.