domingo, 25 de outubro de 2009

Lula reclama de fiscalização

É muita pieguice as extravagantes considerações do presidente da República acerca da burocracia ou entraves de natureza administrativa brasileira. Ele revela não conhecer os velhos problemas burocráticos de nossa administração pública. Se realmente conhecesse, desde o início de seu governo já teria tomado providências para dar continuidade ao projeto de desburocratização do País, iniciado há 30 anos pelo ex-ministro da desburocratização Hélio Beltrão.
Como o presidente Lula estava acostumado a conviver na vida sindical, onde com as suas bravatas falava o que queria contra todos os governos, inclusive enganando os incautos brasileiros de que seria a solução para os crônicos problemas nacionais, agora sob a vigilância de regras constitucionais se vê tolhido de implementar a sua maneira de agir. Por isso, cospe fogo declarando que encontra dificuldade para governar ao não poder chancelar obras governamentais para a sua vitrine política, chegando ao ridículo de desqualificar a autoridade de um funcionário público de quarto escalão que - por erro ou má fé - tenha causado a paralisação de uma construção.
Ao afirmar, durante a cerimônia de posse do novo advogado-geral da União, que o país está "travado" por órgãos de fiscalização, ele deveria saber que preside uma Nação constituída por regras constitucionais. E que a Constituição brasileira ainda não foi alterada para satisfazer o seu sabor político. Talvez insinue ou tenha inveja da forma dissimulada ditatorial de seu amigo Hugo Chávez, que manipula a Constituição venezuelana ao seu modo de governar.
Lula sugeriu que fosse instituído um comitê ou câmara "inatacável", para decidir sobre paralisação de obras públicas de seu governo. Bem, o que ele deseja mesmo é que a "competente" companheirada do PT assumisse esse posto para, à revelia legal, dar andamento a seu projeto expositivo político de inaugurar obras, visando fortalecer a candidatura da ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff, à Presidência da República.

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