quinta-feira, 12 de novembro de 2009

Gazeteiros da Câmara Federal

Esses parlamentares que faltam aos trabalhos ou transigem com os gazeteiros na Câmara Federal deveriam respeitar o contribuinte, que é surrupiado para, entre outras coisas, bancar o salário de políticos. Em qualquer empresa privada quem não comparecer ao trabalho ou não ficar até o final do expediente - sem justa causa - é penalizado. Por que no Parlamento brasileiro é diferente? Nas segundas-feiras já não fazem nada e nas quintas idem porque muitos só vão ao plenário bater ponto e logo debandam a seus estados. Aos políticos brasileiros falta fiscalização externa da sociedade, com poder de punir e cassar, por exemplo, os gazeteiros inescrupulosos. Essa leniência com procedimentos irregulares de parlamentares demonstra a falta de seriedade da política brasileira, formada por parlapatões esmerados em enganar o eleitor nacional.
Os senhores deputados Michel Temer (PMDB-SP) e Marco Maia (PT-RS), respectivamente, presidente e vice-presidente da Câmara Federal, dão maus exemplos de dirigentes políticos (irresponsáveis) ao condescenderem com os políticos gazeteiros. E isso não é surpresa, pois no caso dos "passeadores" com cotas de viagem, o presidente da Câmara Federal, Michel Temer, não teve a coragem de chamá-los à responsabilidade e passou uma borracha imoral naquele episódio. Da mesma forma contestamos o corregedor da Câmara, deputado Antônio Carlos Magalhães Neto (DEM-BA), bem como o procurador, deputado Sérgio Barradas Carneiro (PT-BA), que também defendem os gazeteiros.
Lamentavelmente, este é o quadro deplorável de comportamento do Parlamento brasileiro: políticos irresponsáveis, não cumpridores de suas obrigações, e sem respeito social, arvoram-se em poderosos para mandar e desmandar, e trabalham quando querem, mas recebem mensalmente suas benesses custeadas às nossas custas. Há exceções de políticos responsáveis, mas são poucos.
Triste País onde proliferam políticos oportunistas, parlapatões e que só sabem tungar o dinheiro da nação. E graças ao voto obrigatório, trocado por qualquer dinheiro ou promessa, elementos indecorosos vão continuar sendo eleitos.

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