sábado, 5 de dezembro de 2009

Bobo da corte internacional

No rumoroso esquema de corrupção do governo do Distrito Federal, segundo Lula as imagens não falam por si. Genial, presidente! Somos, patuléia, por acaso um bando de cegos, beócios e desvairados, para não atestar que naquelas cenas está o triste retrato do comportamento de boa parcela de nossos políticos?
Essas ocorrências nefastas, proporcionadas por indignos cidadãos políticos, têm contribuído negativamente para a imagem parlamentar brasileira. Mas o que nos chama a atenção é a forma contemplativa como tem se posicionado o nosso governo federal na tentativa de amenizar a culpabilidade de políticos envolvidos. Esse comportamento presidencial cortesão representa um grande desrespeito à ética e à moralidade, porque envolve a coisa pública.
Em vez de o presidente da República, precipitadamente, vir tecer comentários descabidos, como se fosse o juiz da verdade, em defesa de indecorosos, deveria comedir suas palavras, para não ferir a decência pública. O presidente fala pelos cotovelos como se ainda estivesse empunhando um microfone nas épocas de militância sindical.
No plano de políticas externas, o presidente da República se comporta como o bobo da corte internacional tentando cooptar platéia. Faz muito bem o papel de truão, divertindo com suas chalaças os chefes de governos estrangeiros em suas andanças. É o cara! Talhado para ser mambembe. Ele é o próprio contraditório. Vende no exterior a imagem de um Brasil irreal. Não sabe o que diz, aliás, quando esquece a decoreba do texto, dana-se a dizer estultices. Quem já considerou Sarney um exemplo de passado político não pode mesmo ter noção do que diz.

Nenhum comentário: