No Parlamento nacional existem muitos
profissionais da administração pública direta e indireta que estão exercendo
mandatos políticos, quando deveriam estar prestando serviço nas instituições
para as quais fizeram concurso público.
O fato remete à prática imoral do
político que se ele, interrompe o mandato e vai exercer outras atividades nos
governos.
No entanto, ambas as situações são
legais, mas deveriam ser corrigidas. O país precisa rever os seus equívocos
constitucionais.
A Constituição Federal se equivoca ao
permitir que um agente ou servidor público concursado interrompa as suas funções para se
candidatar a mandato eletivo. Todos os agentes ou servidores públicos concursados, para
exercerem mandatos políticos, deveriam pedir demissão dos serviços após a
diplomação dos mandatos.
Não é justo que as entidades onde tais
agentes ou servidores públicos trabalham fiquem desfalcadas devido ao exercício político.
O exercício político deveria ser para aqueles descompromissados com as
obrigações públicas, assumidas por concurso público.
A administração pública direta e
indireta não deveria ser contaminada com posições político-partidárias de seus
agentes, interessados em disputar mandatos políticos.
Os altos salários e mais vantagens têm
contribuído para que agentes ou servidores públicos concursados, em exercício de mandato, continuem na política e não queiram voltar para as suas origens trabalhistas.
Não é a representação de suas classes trabalhistas no Parlamento que motiva
tanto os servidores ou agentes públicos de optarem pela política, mas o que
fascina são os alentados salários e mordomias à disposição de parlamentares.
A título ilustrativo, os deputados
federais e senadores no Brasil têm direito a auxílio moradia, ao ressarcimento
integral de suas despesas com saúde (benefício estendido ao cônjuge e
dependentes com até 21 anos de idade). Eles também têm direito à cota para o
exercício de atividade parlamentar, que cobre passagem aérea, hospedagem,
combustível, verba para contratação de pessoa e a outros penduricalhos.
Esses benefícios colocam os
parlamentares brasileiros entre os mais bem pagos do mundo e da América Latina.
Sendo importante ressaltar que, quando se fala apenas de salário, a renda dos
parlamentares está muito além da realidade nacional, isto é, 528 vezes a renda
média da população.
Com efeito, ser político no Brasil é um
grande negócio, dadas as grandes vantagens concedidas.
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