Tomou
posse no dia de hoje (18) como ministro das Comunicações o deputado federal Fábio
Faria (PSD-RN). Trata-se de recriação de ministério cujas atividades estavam a
cargo do Ministério de Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações.
A recriação do ministério com a indicação de um membro do Centrão
– que o general de pijama Augusto Heleno cantarolou de ladrão - para conduzir a
pasta é mais uma jogada presidencial em busca de apoio político para barrar
eventual processo de impeachment, bem como representa um gasto desnecessário à
nação em tempos de dificuldades financeiras.
O velho Centrão é um bloco de partidos que reúne políticos sem
identificação ideológica e está sempre servindo a todos os governos mediante a
prática deletéria do fisiologismo do toma lá, dá cá, que o presidente prometeu
combater.
O presidente ao aderir ao balcão de negócios para distribuir
cargos a partidos trai o povo brasileiro pelo compromisso assumido de combater
a velha política.
Quando o presidente acenou com uma nova política, ela apenas
estava blefando para atrair incautos
seguidores e conquistar votos. Mas a política a ser praticada seria a mesma de
todos os dias: vistas grossas ao combate da corrupção senão não teria se
indisposto com o ex-juiz Sérgio Moro; proteção aos seus filhos mimados de não
serem investigados (feke news e “rachadinha” na Alerj); balcão de negócios para
distribuição de cargos a partidos e a novidade: interferência na Polícia
Federal e Ministério da Justiça a favor de interesses do governo, familiares e
de amigos.
Quanto à nova atividade do deputado Fábio Faria, impende registrar
que - embora seja legal, mas
imoral – a interrupção de mandato para o exercício de cargos fora do Parlamento
configura-se numa grande excrescência que deveria ser proibida, revogando-se o Art. 56-I da CF. Ademais, trata-se de traição e estelionato eleitoral praticados por políticos
inescrupulosos.
O político que foge de suas obrigações parlamentares para
trabalhar em governos deveria renunciar ao mandato, assim recomenda a boa ética
e moralidade.
Somente políticos sacripantas, biltres e sem compromissos
eleitorais deixam de cumprir a
integralidade de mandatos. Mas em épocas de eleições, os candidatos se
apresentam como pobres cordeirinhos desmamados para
mendigar votos nas casas dos eleitores.
Portanto, como se pode acreditar na seriedade de nossos políticos se depois de eleitos se comportam como
verdadeiros moleques diante dos eleitores? Respeitamos obviamente algumas
exceções.
No Brasil, já estamos calejados de ver políticos desonrarem os
seus compromissos e nada lhes acontecer. E o pior: respaldado pelo imoral
instituto do voto obrigatório que elege e reelege qualquer mequetrefe, incautos
e irresponsáveis eleitores continuam a votar nesses pulhas que enganam o
eleitor e a nação.
Nas eleições de 2018, Bolsonaro disse que se fosse eleito a
escolha de ministro seguiria critérios técnicos. Assim, que embasamento técnico tem o deputado Fábio
Faria para comandar a área das comunicações? O presidente novamente falseia a
verdade.
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