sábado, 17 de março de 2018

Que paradoxo é esse?

Agora a esquerda incoerente e hipócrita quer transformar em mártir a vereadora assassinada Marielle Franco (Psol-RJ), fazendo considerações estapafúrdias de natureza social, racial, sexual etc., enfim, politizando o fato.

Curioso é que Caetano Veloso, Chico Buarque, parlamentares esquerdistas e outras figuras sociais manifestaram estrondoso repúdio ao assassinato da vereadora, mas a mesma comoção jamais foi ecoada pela morte diária de brasileiros, que são ceifados de forma violenta. Que paradoxo é esse?

Miríades de policiais perdem as vidas em defesa da sociedade, mas os defensores dos direitos humanos, Caetano Veloso, Chico Buarque e outros fariseus nunca se preocuparam com esses brasileiros.

Em junho de 2016, uma médica, trabalhadora, que salvava vidas, morreu na Linha Vermelha, vitimada por marginais, protegidos pelos direitos humanos. Por acaso, houve alguma comoção social em repúdio pela morte da médica? Caetano, Chico Buarque e a patota parlamentar de esquerda e dos direitos humanos se condoeram e foram para as ruas reprochar a brutalidade?

A falta de segurança no RJ e em todo o país é uma constatação inequívoca. Mas não se pode particularizar morte de ninguém com suspeições as mais absurdas, quando outras vítimas não recebem o mesmo tratamento daqueles favoráveis a Merielle Franco.

Leia o texto abaixo da coluna da jornalista Mônica Bergamo - Folha de S.Paulo - e tire as suas conclusões.

A desembargadora Marilia Castro Neves, do Rio de Janeiro, escreveu nesta sexta (16) no Facebook que a vereadora Marielle Franco (PSOL), assassinada nesta semana, "estava engajada com bandidos".

Afirmou ainda que o "comportamento" dela, "ditado por seu engajamento político", foi determinante para a morte. E que há uma tentativa da esquerda de "agregar valor a um cadáver tão comum quanto qualquer outro".

A magistrada fazia um comentário abaixo de um texto postado pelo advogado Paulo Nader na rede social em que afirmava entender a comoção gerada pela morte de uma "lutadora dos direitos humanos e líder de uma população sofrida".

A desembargadora então postou o seguinte texto: "A questão é que a tal Marielle não era apenas uma 'lutadora', ela estava engajada com bandidos! Foi eleita pelo Comando Vermelho e descumpriu 'compromissos' assumidos com seus apoiadores. Ela, mais do que qualquer outra pessoa 'longe da favela' sabe como são cobradas as dívidas pelos grupos entre os quais ela transacionava."

E seguiu: "Até nós sabemos disso. A verdade é que jamais saberemos ao certo o que determinou a morte da vereadora mas temos certeza de que seu comportamento, ditado por seu engajamento político, foi determinante para seu trágico fim. Qualquer outra coisa diversa é mimimi da esquerda tentando agregar valor a um cadáver tão comum quanto qualquer outro".

Um grupo de advogados que leu o texto começou a fazer campanha nas redes para que Marilia Castro Neves seja denunciada ao CNJ (Conselho Nacional de Justiça) por ter "ironizado" a morte de Marielle.

A desembargadora afirmou à coluna que apenas deu a sua opinião como "cidadã" na página de um colega já que não atua na área criminal.

Ela afirma ainda que nem sequer tinha ouvido falar de Marielle até a notícia da morte. "Eu postei as informações que li no texto de uma amiga", afirma.

"A minha questão não é pessoal. Eu só estava me opondo à politização da morte dela. Outro dia uma médica morreu na Linha Amarela e não houve essa comoção. E ela também lutava, trabalhava, salvava vidas", afirma.

Nenhum comentário: