sexta-feira, 21 de fevereiro de 2025

Bolsonaro é um problema psiquiátrico?

Podemos conjecturar que Jair Bolsonaro é um problema psiquiátrico. Após denúncia da PGR incriminando-o como o líder do episódio de 8 de janeiro em Brasília, Bolsonaro demonstra frieza ao continuar a criticar o STF e a fazer troça da prisão.  

Se fosse uma pessoa normal, com responsabilidade, era para estar preocupado com a situação.  

Não se deve afastar a hipótese de Bolsonaro vir a pedir asilo a alguma embaixada, como a dos EUA. 

Vejam o que disse os advogados de Bolsonaro: "Bolsonaro não vai fugir e nem pedir asilo em embaixada se for condenado, diz defesa. (Estadão Conteúdo - 21/02/2025)". 

Mas vejam a intenção de Bolsonaro, que contradiz os advogados de Bolsonaro: 

O ex-presidente brasileiro Jair Bolsonaro, indiciado em três processos que podem acarretar-lhe dezenas de anos de cadeia se for condenado, não afasta a possibilidade de pedir asilo político numa embaixada estrangeira no Brasil, caso a sua prisão seja decretada pela justiça. Em entrevista ao site UOL, do Grupo Folha de S. Paulo, publicada esta quinta-feira, o antigo mandatário deixou a entender que essa é uma possibilidade que considera. 

“Embaixada, pelo que eu vejo na história do mundo, quem se vê perseguido, pode ir para lá. Corro risco (de ser preso), sem dever nada corro risco, vivemos no mundo das arbitrariedades. Agora, eu não posso ir dormir preocupado se a polícia vai estar na minha casa amanhã cedo. Se o STF (Supremo Tribunal Federal) fizer essa arbitrariedade, vamos ver as consequências.”-Afirmou Bolsonaro, reconhecendo que pode ter a prisão decretada a qualquer momento sem confirmar, mas também sem rejeitar, a possibilidade de se refugiar numa representação diplomática. 

Em Fevereiro passado, horas após ter sidsurpreendido por uma operação da Polícia Federal de busca e apreensão na sua casa de praia em Angra dos Reis, no litoral do estado do Rio de Janeiro, Bolsonaro acreditou que o próximo passo da justiça seria prendê-lo e voou para Brasília, ficando quatro dias na Embaixada da Hungria, país governado pelo seu amigo de extrema-direita Victor Orban. Ao sair, negou que tivesse ido pedir asilo, declarando que ficou quatro dias e quatro noites na embaixada a fazer contactos políticos com o governo da Hungria na qualidade de líder internacional. 

A versão não convenceu, mas o assunto foi deixado de lado até à semana passada, quando a Polícia Federal incriminou Jair Bolsonaro e a outras 36 pessoas e enviou ao Supremo Tribunal Federal o relatório final sobre a tentativa de golpe de Estado que ele supostamente planeou dar no final de 2022 para se manter no poder após ter perdido as presidenciais desse ano.

Nos últimos dias, aumentaram muito os rumores de que Jair Bolsonaro poderia tentar fugir do país ou asilar-se numa embaixada, surgindo como principais possibilidades, além da da Hungria, a de Israel, do também seu amigo Benjamin Netanihau, a da Argentina, do igualmente radical de direita Javier Milei, e a dos EUA, onde Donald Trump, com quem sempre teve uma boa relação, toma posse em 20 de Janeiro e não negaria refúgio ao brasileiro, que se diz inocente de todas as acusações e perseguido. 

“Sou um arguido sem crime. Fui condenado, tornado inelegível pelo TSE (Tribunal Superior Eleitoral) sem crime nenhum. Que plano era esse (de dar um golpe de Estado, como a PF o acusa)? Dar um golpe com um general da reserva (Mário Fernandes, preso na semana passada), três ou quatro oficiais e um agente da PF? Que loucura é essa? O golpe de Estado não é o que o presidente quer. Ele tem de se articular com as Forças Armadas, com políticos, classe empresarial. Tem de ter recursos, tropa na rua.” - argumentou Bolsonaro. 

Fonte: Correio da Manhã, Portugal, 28/11/2024.

quarta-feira, 19 de fevereiro de 2025

O dia do Juízo Final: Bolsonaro é denunciado por liderar trama golpista


Após três meses de análise, o procurador-geral da República, Paulo Gonet, denunciou o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e mais 33 pessoas — sendo 24 militares — por organização criminosa armada, golpe de Estado, tentativa de abolição do Estado democrático de Direito, dano qualificado pela violência, grave ameaça contra patrimônio da União e deterioração de patrimônio tombado. Nas 272 páginas (íntegra) encaminhadas ao Supremo Tribunal Federal, Bolsonaro é acusado de liderar a tentativa de golpe de Estado para impedir a posse de Lula, juntamente com o general Walter Braga Netto. “Ambos aceitaram, estimularam e realizaram atos tipificados na legislação penal de atentado contra o bem jurídico da existência e independência dos poderes e do Estado”, escreveu Gonet. Segundo o procurador-geral, Bolsonaro adotou desde 2021 “tom de ruptura com a normalidade institucional em seus repetidos pronunciamentos públicos”. Gonet menciona a reunião de Bolsonaro com os comandantes das Forças Armadas e o então ministro da Defesa, Paulo Sérgio Nogueira, em 14 de dezembro de 2022, como uma ação preparatória para o golpe. “Quando um Presidente da República, que é a autoridade suprema das Forças Armadas, reúne a cúpula dessas Forças para expor planejamento minuciosamente concebido para romper com a ordem constitucional, tem-se ato de insurreição em curso, apenas ainda não consumado”, diz o texto. De acordo com a denúncia, Bolsonaro sabia e concordou com o plano para matar o presidente Lula, o vice Geraldo Alckmin e o ministro do STF Alexandre de Moraes. (g1)

Os atos golpistas de 8 de Janeiro, segundo a PGR, eram a “última esperança” para reverter a eleição de Lula. Segundo Gonet, a organização liderada por Bolsonaro “incentivou a mobilização do grupo de pessoas em frente ao Quartel General do Exército em Brasília, que pedia a intervenção militar na política”. Para o procurador, o 8 de Janeiro “foi fomentado e facilitado pela organização” e, por isso, ela “deve ser responsabilizada por promover atos atentatórios à ordem democrática, com vistas a romper a ordem constitucional e impedir o funcionamento dos Poderes”. (CNN Brasil)

Entenda a estrutura da denúncia da PGR e o papel de cada um dos envolvidos. (Meio)

Cabe ao STF avaliar se aceita a denúncia e transforma os 34 acusados em réus, o que deve acontecer ainda este ano. A decisão será tomada pela Primeira Turma da Corte, integrada por Moraes, Luiz Fux, Cármen Lúcia, Cristiano Zanin e Flávio Dino. Se for aceita, o processo correrá sob a relatoria de Moraes até o julgamento. Caso seja processado e condenado, Bolsonaro pode ser sentenciado a até 43 anos de prisão. Entre os denunciados também estão os ex-ministros Augusto Heleno (Gabinete de Segurança Institucional), Anderson Torres (Justiça), o ex-comandante da Marinha Almir Garnier Santos e o ex-ajudante de ordens de Bolsonaro Mauro Cid, que firmou acordo de delação premiada e deve obter benefícios. (Folha)

A equipe da PGR ainda analisa se há provas suficientes para apresentar denúncias também por fraudes em certificados de vacina contra a Covid-19 e venda de joias no exterior. Gonet priorizou a denúncia sobre a trama golpista por considerar que havia elementos mais robustos. (UOL)

José Múcio, ministro da Defesa, afirmou que a denúncia contra o ex-presidente e outros 23 militares representa um “constrangimento”. “É o que estávamos esperando, há um constrangimento, mas o bom é que isso acaba.” Para Gonet, o Exército foi “vítima” do plano golpista, que, segundo ele, não se concretizou porque os principais comandantes da Força se recusaram a colocá-lo em ação. (Globo)

Bolsonaro não se pronunciou após a denúncia, mas horas antes, em visita ao Senado, negou as acusações. “Nenhuma preocupação com essa denúncia, zero”, disse. Sua defesa chamou a denúncia de “inepta” e criticou a delação de Mauro Cid, chamando-a de “narrativa fantasiosa” — mesmo termo usado pelos advogados de Braga Netto, que está preso, que também classificaram a peça de Gonet de “fantasiosa”. (Globo e Estadão)

segunda-feira, 17 de fevereiro de 2025

A Lei da Ficha Limpa é princípio constitucional pétreo

A Lei da Ficha Limpa é uma conquista da sociedade e um exemplo de moralidade pública, cujo predicado falta ao caráter da direita bolsonarista.

A população brasileira (apartidária), defensora do Estado Democrático de Direito, não permitirá que parlamentares relapsos e descompromissados com a moralidade pública alterem a Lei da Ficha Limpa.
A direita bolsonarista, em vez de se preocupar com o fajuto mito, deveria estar propondo soluções para combater as organizações criminosas, bem como para minorar a vida sofrida de milhões de pessoas carentes, desempregadas, sem lares e passando fome.
O desrespeito parlamentar com o povo, idealizador da Lei da Ficha Limpa, é uma constatação lamentável. Parece até que não é o povo que elege o Parlamento. 
Ora, quando políticos como o senador Weverton Rocha (PDT-MA), deputado Bibo Nunes (PL-RS) e outros micuins errantes se posicionam visando a alterar a Lei da Ficha Limpa - uma conquista da sociedade - para satisfazer interesses não republicanos e imorais de políticos descompromissados com o Estado Democrático de Direito e acostumados a desrespeitar as regras democráticas, fica evidente que estamos diante de grupos políticos mal-intencionados, cujo objetivo é conflagrar a República
As regras propostas pelo povo e aprovadas pelo Parlamento devem ser respeitadas como princípios constitucionais pétreos.
O Parlamento não pode se transformar em circo de atores mambembes. O Congresso foi instituído para votar as leis de interesse social, da nação e não para facilitar a vida de políticos corruptos, indecorosos e com ficha suja.

quinta-feira, 6 de fevereiro de 2025

As controvertidas emendas parlamentares


Na abertura dos trabalhos do Legislativo e do Judiciário, o novo presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União Brasil-AP), referiu-se ao incômodo com o bloqueio das emendas parlamentares: “As decisões do STF devem ser respeitadas, mas é indispensável garantir que este Parlamento não seja cerceado em sua função primordial de legislar e representar os interesses do povo, inclusive levando recursos à sua região."  
Ameaças veladas ao STF acerca das emendas parlamentares é um desrespeito à lisura dos trabalhos da suprema corte, a qual tem o dever de não transigir com qualquer irregularidade. 
Cabe aos senhores parlamentares comportamentos éticos e morais e trabalharem com integridade ao lidar com o dinheiro público, ou seja, dos contribuintes. 
O senador se equivoca redondamente ao insinuar a interferência do Judiciário sobre o Legislativo na questão das emendas parlamentares, bloqueadas pela suprema corte. 
O Legislativo tem de atuar com responsabilidade, seriedade, confiança e não direcionar recursos de forma ilegal ou indevidamente para não ensejar a manifestação do STF. 
Ademais, o Legislativo tem de representar os anseios sociais e da nação e não os negligenciar, como a sociedade tem testemunhado, para tratar de interesses políticos, pois a omissão do legislativo em legislar tem levado o Judiciário a responder aos pleitos da sociedade. 
Quanto às emendas parlamentares, o ministro Flávio Dino conhece as mutretas de nossos representantes políticos, porque já integrou a bancada do Congresso e sabe muito bem como as emendas parlamentares e para as ONGs são uma autêntica orgia dos gastos com o dinheiro público. 
Como membro do STF, o ministro demonstra atuar com imparcialidade ao julgar fatos atinentes à coisa pública. E o ministro está coberto de razão, embora esteja gerando descontentamento e antipatia de fajutos parlamentares que não zelam pelos gastos do Erário.

quarta-feira, 5 de fevereiro de 2025

As "viúvas" de Jair Bolsonaro, no Congresso, estão impossíveis

 

A oposição decidiu apostar em uma articulação para alterar a Lei da Ficha Limpa e reduzir o tempo de inelegibilidade de oito para dois anos. De autoria do deputado bolsonarista Bibo Nunes (PL-RS), a proposta diz que o prazo passaria a contar a partir da eleição que ensejou a punição. A ideia é abrir caminho para o ex-presidente Jair Bolsonaro disputar o pleito de 2026. O projeto traz a assinatura de 73 deputados, a maioria do PL, mas também do MDB, Patriota, PP, PSD e Republicanos, partido do novo presidente da Câmara, Hugo Motta. E tende a ganhar a simpatia de outros partidos, já que a inelegibilidade atinge políticos de todos os espectros. (g1).

CONSIDERAÇÕES:

O Deputado Bibo Nunes é a vergonha do povo gaúcho. Trata-se de político suplente sem qualidade para representar o Rio Grande do Sul no Congresso Nacional.  

O deputado, ao incitar as “viúvas” do inelegível Jair Bolsonaro a mudar as regras da Lei da Ficha Limpa, demonstra o seu espírito impatriótico de desrespeitar as normas democráticas!  

 A Lei da Ficha Limpa é uma conquista da sociedade e um exemplo de moralidade pública, cujo predicado falta ao caráter desse fajuto parlamentar.   

A população brasileira (apartidária), defensora do Estado Democrático de Direito, não permitirá que parlamentares relapsos e descompromissados com a moralidade pública alterem a Lei da Ficha Limpa.  

O deputado Bibo Nunes deveria exercer o mandato com lealdade às disposições constitucionais e não subverter as suas funções para defender interesses políticos de ex-presidente da República, ainda insatisfeito com a derrota legítima nas urnas.  

É lamentável que o parlamentar se esqueça dos grandes problemas que afligem o Rio Grande do Sul em decorrência das recentes inundações e venha se preocupar com a inelegibilidade sacramentada de Jair Bolsonaro.   

Em vez disso, o deputado deveria mostrar total solidariedade às causas do Rio Grande do Sul, apresentando e defendendo proposta de soerguimento do Estado, bem como se preocupar em encontrar meios de minorar a vida sofrida de milhões de pessoas carentes, desempregadas, sem lares e passando fome.  

O Parlamento não pode se transformar em circo de atores mambembes. O Congresso foi instituído para votar as leis de interesse social, da nação e não para facilitar a vida de políticos corruptos, indecorosos e com ficha suja. 

Bolsonaro fica possesso da vida

 O presidente Lula venceria todos os candidatos da oposição na disputa pela presidência da República, segundo pesquisa Quaest divulgada ontem. As intenções de voto do petista variam entre 28% e 33%, a depender da composição da disputa. No cenário com maior número de candidatos, o presidente aparece com 30%, seguido pelo governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), com 13%; o cantor sertanejo Gusttavo Lima, que indicou intenção de disputar o Planalto e ainda não tem um partido, com 12%; e o ex-coach Pablo Marçal (PRTB), com 11%. Ciro Gomes (PDT) marca 9% dos votos, seguido por Romeu Zema (Novo) e Ronaldo Caiado (Un.ião Brasil), com 3%. Em um eventual segundo turno, o presidente venceria qualquer candidato. (CNN Brasil)