sexta-feira, 12 de dezembro de 2008

Trem da alegria de vereadores

A Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado parece que não está muito preocupada com os gastos públicos e tampouco com a desgastada imagem do Congresso aos olhos da sociedade brasileira. Ao aprovar o aumento do número de vereadores, no País, de 51 mil para 57 mil, consagra mais um trem da alegria para deleite daqueles que só querem abocanhar uma fatia no bolo imoral de dinheiro público. Uma vergonha. E não adiantou o STF ter-se posicionado contrário à farra dos vereadores. Prevaleceu a máxima prerrogativa de o Legislativo votar as leis ao sabor de seus inconfessáveis interesses.
Quem não sabe que em muitos lugares os vereadores representam um curral de votos para deputados e senadores? Por isso, o interesse do estamento federal por sua majoração.
Quando se deveria enxugar a máquina pública, para sobrar dinheiro destinado a atender às necessidades municipais, mais uma vez prevaleceu o interesse paroquial dos políticos em agradar com dinheiro público os seus apaniguados correligionários.
Para que tantos vereadores pelo país afora? Há municípios em que os vereadores não cumprem expediente semanal integral: só se reúnem algumas horas para "jogar conversa fora". Só querem "mamar" nas tetas do erário público.
Esse é o Congresso Nacional corporativo, dos interesses inconfessáveis, do jeitinho espúrio, da pouca-vergonha, e que não dá exemplo de conduta moral.

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