terça-feira, 13 de abril de 2010

Ratinho pisou na bola

O fato de o espalhafatoso apresentador de programa de televisão Ratinho ter pisado na bola ao entrevistar o ex-ator Guilherme de Pádua, que em 1992 matou Daniela Pérez, não é motivo para se questionar a liberdade de comunicação da mídia. Defendo a liberdade ampla de expressão da mídia, com responsabilidade. A Justiça é o foro competente para se recorrer. E o povo é que tem que começar a exigir melhor qualidade de programas, de entrevistas etc., e fazer as suas críticas a estas instituições de televisão e radiodifusão. Há muita gente que adora o Ratinho e as suas palhaçadas. Mas tenho certeza de que muitos ficaram desapontados com essa infeliz entrevista.

No intuito de aumentar a sua audiência, o Ratinho pisou na bola e foi com muita sede ao pote. A verdade é que não soube conduzir a entrevista com quem não deveria ser convidado. Realmente, um palhaço só sabe mesmo é fazer palhaçada. E foi o que ele fez ao dar fôlego a um assassino covarde de mulher, de voltar a ter espaço na mídia nacional. Não deveria ter remexido num passado triste de Glória Perez.

Eu pergunto: se a filha assassinada fosse do Ratinho, ele concordaria com esse tipo de entrevista, de promoção midiática do assassino de sua filha? E o Ratinho o perdoaria se ele viesse lhe pedir perdão?

As manifestações críticas que o fato provocou ao Ratinho e ao SBT já representam uma censura, que deverá servir de exemplo. Por isso, não sou favorável que nenhuma censura venha interferir na liberdade da mídia em geral. Cabe à sociedade procurar fazer a seleção dos programas de televisão, porque sem audiência não haverá patrocinador, e o resultado será, sem dúvida, um conteúdo programático de melhor qualidade. Mas só poderemos fazer essa seleção, assistindo, de vez em quando, a essas porcarias, para poder avaliar a sua qualidade.

Mesmo com a discordância daqueles que ainda nutrem fobia ao período de governo militar, uma coisa não podemos olvidar: tínhamos uma vida mais respeitosa no Brasil. Só quem não gostava era a turma do Lula, Dilma terroristas, José Dirceu, José Genoíno & Cia.

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