terça-feira, 16 de dezembro de 2014

A agonia do hospital municipal Ruth Cardoso

 
Conforme noticiou o Jornal Página3, “O prefeito Edson Renato Dias assinou ontem decreto declarando situação de emergência no atendimento do Hospital Municipal Ruth Cardoso que já fechou a UTI Neonatal e está sob risco de fechar a maternidade, a sala de partos, a ortopedia e o pronto socorro”.
É preocupante saber que o hospital municipal passa por situação tão delicada, cujas consequências nefastas são sentidas principalmente pela camada mais necessitada da sociedade.
 
Ora, a aparente luxúria de Balneário Camboriú esconde problemas graves que não poderiam existir em município de padrão elevado e que arrecada muito com cobrança de impostos, principalmente daqueles proprietários de imóveis residenciais, que, por não morarem aqui, poucas despesas dão ao município. Então, onde está sendo emprego o dinheiro do contribuinte, já que o município demonstra não ter condição de sustentar, de forma contínua, a saúde desse hospital, pagando aos seus profissionais salários condizentes com os serviços prestados?
 
Não adianta fazer propaganda externa do município, trazendo mais gente para cá, porque, quando a sua população fixa e transitória necessitar de atendimento médico-hospitalar municipal, não será atendida.
 
A preocupação com a manutenção do hospital em perfeitas condições de atendimento deveria ser uma das prioridades do prefeito se não fosse a sua megalomania de gastar o dinheiro público com obras faraônicas, como a ponte da Barra Sul, superfaturada e sobrestada por irregularidade. Se pagasse salário razoável aos profissionais, não faltaria médico para atendimento.
 
É uma vergonha que se faça tanta festa em Balneário Camboriú, e a administração municipal se esquece das atividades prementes e necessárias à população mais carente. Enquanto isso, as construtoras da elite: FG, Embraed etc., derramam miríades de prédios no município, mas não se preocupam em pressionar o prefeito a custear devidamente o Hospital Ruth Cardoso. Assim, temos uma cidade capenga, que arrota "Primeiro Mundo", mas tem o seu rabo atolado na sujeira.
 
E os senhores vereadores, por que não se preocupam em fiscalizar a cidade para saber se os serviços públicos colocados à disposição da sociedade estão funcionando satisfatoriamente, bem como se os gastos do prefeito estão obedecendo à moralidade pública? E ainda querem aumentar a quantidade de vereadores num município de dimensões territoriais modestas: para quê? Para aumentar o cabide de emprego político, pago pelos contribuintes!
 
A bem da verdade, o cargo de vereador não deveria ser remunerado, pois se trata de uma prestação de serviço cívico à sociedade, de forma temporária. E isso combateria a corrupção municipal e o interesse daqueles oportunistas que só querem mamar nas tetas do Erário exercendo o cabide de emprego político de vereador.
 

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