sexta-feira, 9 de janeiro de 2015

Nuances políticas de Balneário Camboriú

O Vereador Ninson Probst (PMDB), presidente reeleito da Câmara Municipal de Balneário Camboriú, é pré-candidato ao Paço Municipal em 2016. Trata-se de mais um oportunista político em busca da ribalta do poder. Entrevistado por jornal da cidade, o vereador fez algumas considerações, que merecem reflexões.

Vereador, ninguém é obrigado a participar das sessões da Câmara, mesmo porque sempre irão prevalecer as ideias dos vereadores, em contraposição às opiniões da população. Assim, é descabido dizer que a população é desinteressada ao não comparecer às audiências públicas. Ademais, na era da internet, a Câmera deveria levar em consideração as pesquisas de opinião. Basta postar o tema na internet para obter o feedback.
 
Por outro lado, o vereador Probst e demais pares têm que ter responsabilidade com os gastos públicos,  em respeito ao contribuinte municipal, bem como tratar a Lei Orgânica ou o Plano Diretor com a competência devida e sempre tomando como objetivo a integridade municipal e o bem-estar da sociedade.
 
O contribuinte municipal, independente de participar ou não das audiências públicas, é o principal pagador dos salários dos vereadores. Portanto, ele sempre terá direito de criticar as tomadas de posições equivocadas da Câmara Municipal.
 
Em cidades do porte de Balneário Camboriú, os seus vereadores não deveriam ser remunerados. Deveriam receber apenas uma ajuda de custo e nada mais. Se a função de vereador é tão espinhosa, porque insistem na reeleição? Ora, enquanto os vereadores forem eleitos e continuarem sendo pagos pelos contribuintes, é de sua obrigação atender aos cidadãos que os procuram, sem reclamar.
 
O vereador Probst fala muita tolice. Se fosse mais responsável com os gastos públicos e também com o dinheiro do contribuinte, não teria, por exemplo, manifestado solidariedade com a criação de subprefeitura ou com o aumento do número de vereadores, em um município de extensão territorial exígua de apenas 46,8 km2. Aumentar a representatividade para quê? Para propiciar o cabide de emprego político?
 
O vereador Probst deveria vestir a camisa do contribuinte e fiscalizar os gastos do prefeito com obras desnecessárias e superfaturadas: a imoral ponte da Barra Sul está sobrestada por irregularidades. Enquanto isso, o Hospital Ruth Cardoso não é tratado com o empenho devido da prefeitura e dos vereadores, e a população mais carente fica com o atendimento médico-hospitalar prejudicado.
 
O vereador Probst deveria trabalhar para impedir o adensamento da cidade, bem como para que as construtoras não continuem desfigurando Balneário Camboriú e trazendo mais problemas sociais ao município.
 
Balneário Camboriú, em gestões anteriores, não era uma cidade tão suja e pichada como atualmente. As calçadas estão bastante esburacadas, o lixo rola pelo chão e o desprezo com o asseio da cidade é gritante.
 
O vereador Probst deveria sair de seu gabinete e percorrer a cidade, principalmente a praia, a Avenida Atlântica e adjacências, cujos moradores ou proprietários são os que mais contribuem com a carga de impostos, mas não veem retorno em serviços públicos de qualidade.
 
Nós, contribuintes, temos o direito de exigir, cada vez mais, que a nossa cidade seja limpa, não tenha os defeitos de outras urbes e que sirva de referência positiva como era em gestões passadas. A grande quantidade de prédios, que pouca despesa dá porque a maioria de seus proprietários aqui não reside, produz arrecadação fabulosa ao município, o que o obriga a manter a cidade invariavelmente em condições excepcionais de qualidade de vida.
 

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