O respeito aos gastos públicos deveria
ser uma missão de qualquer homem público honrado, principalmente quando se
exerce a presidência das Casas Legislativas.
Milhões de pessoas estão
desempregadas, passam as piores necessidades, não têm serviço médico público de
qualidade, idem educação, segurança etc., porque os políticos e governos
deslavadamente afirmam que a nação não tem dinheiro para enfrentar essas
necessidades.
Mas a nação tem dinheiro para
bancar a orgia dos gastos do Congresso Nacional com os parlamentares federais,
inclusive com o auxílio-mudança daqueles
que foram reeleitos.
Ora, quem foi reeleito já estava
morando em Brasília, logo, à luz dos princípios da impessoalidade e da
moralidade, prescritos no Art. 37 da CF,
não deveria receber auxílio-mudança.
O deputado Rodrigo Maia, que
concorda com tal imoralidade, não se
envergonha diante do país ao defender o auxílio-mudança aos parlamentares reeleitos,
quando miríades de cidadãos pobres, que não tiveram a sorte de ser políticos, sofrem
as mais perversas humilhações por não ter dinheiro para sustentar as suas famílias?
O deputado Rodrigo Maia porventura
teria competência, fora da política, para exercer alguma profissão que lhe
proporcionasse salário igual ao que desfruta no Legislativo? Pense nisso!
Por que o deputado não se espelha
no Parlamento sueco, onde o parlamentar respeita os gastos públicos e não goza
de toda essa safadeza de benesses?
O juiz que aceitou a ação popular
agiu muito certo em defesa da moralidade pública e do Erário, não invadindo, de
forma alguma, a jurisdição do Poder
Legislativo.
O país precisa ser passado a
limpo, incluindo o Congresso Nacional.
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