terça-feira, 13 de agosto de 2019

Do trampolim político para a embaixada nos EUA


Infelizmente, o poder inebria alguns políticos. O deputado Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) ao aceitar a indicação de seu pai para o cargo de embaixador do Brasil em Washington deveria encarar a política com mais seriedade e refletir que foi eleito com  quase 2 milhões de votos para representar os seus eleitores dentro do Parlamento.

O país não pode continuar com as velhas práticas políticas de só desejar tirar proveito da coisa pública ou de se beneficiar do poder.

Ora, quem demonstra não ter seriedade para cumprir mandato eleitoral não possui  credencial bastante para representar o país como embaixador, cuja função deveria ser  exclusividade de egressos do Itamaraty, que estudaram para essas missões.

Por ter apoiado a eleição de Jair Bolsonaro,  tenho o direito  de questionar os seus equívocos. É imoral sim a  indicação de seu filho para a embaixada nos Estados Unidos. Neófito, inexperiente e despreparado para ser embaixador do Brasil  na mais importante nação do planeta, não basta, pois, que fale fluentemente “javanês”.  

Lembre-se, deputado, de que é estelionato eleitoral o descumprimento de mandato. É quebra de confiança eleitoral. Talvez, tudo isso pouco lhe tenha importância. Mas, no futuro, certamente o deputado ainda voltará a pedir voto ao eleitor.

O caso  é sim de nepotismo lato senso. E o presidente não devia se desgastar diante da sociedade. Por que somente os filhos do presidente são mais competentes e merecedores de confiança?
A indicação de Eduardo Bolsonaro é decerto um desprestígio ao Itamaraty.

Lamentavelmente, o presidente Bolsonaro compra briga desnecessária. O presidente devia mostrar que é diferente dos anteriores dirigentes. Contribuir para que o seu filho interrompa o mandato é dar continuidade à velha política encardida que desmoraliza o Brasil.

O Senado não deveria homologar a provável  indicação do deputado. É o que espera a sociedade apolítica e defensora da moralidade.



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