Os tribunais de contas (TCs) do país fiscalizaram, entre os dias 24
e 26/4, 1.082 escolas públicas, estaduais e municipais, de 537 cidades e do
Distrito Federal, e chegaram à conclusão que 57% delas são inadequadas como
local para aulas. As vistorias confirmaram que, nessas escolas, a educação
sobrevive em cenário caótico.
Os
tribunais constataram como problemas principais das escolas: janelas,
ventiladores e móveis quebrados; iluminação e ventilação precárias;
infiltrações; e paredes mofadas. A limpeza e higienização também foram
identificadas em 20% dos casos como longe do ideal. A pesquisa foi conduzida
pela Associação dos Membros dos Tribunais de Contas do Brasil (Atricon), em parceria
com o Tribunal de Contas do Estado de São Paulo (TCESP) — com base em
informações do Censo Escolar, realizado pelo Instituto Brasileiro de Geografia
e Estatística (IBGE).
De
acordo com levantamento, 31% das escolas não têm coleta de esgoto; 89% não dispõem
de Auto de Vistoria do Corpo de Bombeiros; 85% não têm hidrantes; 43% não têm
extintores; 28% possuem extintores com prazo de validade vencido; 62% não possuem bibliotecas; 63% não têm sala de
leitura; 88% sem laboratório ou sala de informática; 80% não disponibilizam
equipamento de informática para os alunos; 57% não têm câmera de segurança; 85%
não têm botão de pânico ou equipamento equivalente; 16% têm muro ou parede com
buracos, que permite o acesso de estranho; 8% têm portão danificado; 10% têm
controle de portaria inadequado; 82% das escolas, com cozinhas, estão sem
alvará de funcionamento da vigilância sanitária (cozinhas sem tela,
revestimento impróprio, infiltração, mofo); 32% dos alimentos são armazenados
incorretamente nas despensas: sem termômetro
para congelados, alimentos próximos ao forro ou parede, vencidos (8%).
Este é o triste retrato do país, governado por políticos
mequetrefes e desqualificados - que são eleitos e reeleitos pelo instituto do
voto obrigatório -, que não tratam a educação com seriedade, como agora se observa
com o encerramento das escolas cívico-militares, um exemplo de qualidade de
ensino, onde disciplina e hierarquia, tão ausentes hoje em dia, são pilares de
uma boa educação.
Causa indignação ver a escola pública continuar sendo tratada de
forma negligente, sem fiscalização, e com a sua infraestrutura básica
comprometida. Tal fato é uma realidade no país.
A educação, em todo o seu conjunto, deveria merecer da
administração pública - estadual e municipal - tratamento de alta qualidade. Se
os filhos de políticos fossem obrigados a estudar em escolas públicas, decerto,
teríamos educandários qualificados.
Pergunta-se: por que o Legislativo, como representante do povo, se
omite no dever de fiscalizar também as escolas públicas? Agora, para pedir
votos e praticar politicagem, os políticos são hábeis.
O cenário da educação pública desestimula professores e
estudantes, fazendo com que eles desistam da profissão e a juventude não queira
ser professor. A educação deveria ser tratada como instrumento mais importante
do país.
Nenhum comentário:
Postar um comentário