A proposta de emenda à Constituição (PEC) que busca fixar um tempo de mandato para os ministros do Supremo Tribunal Federal (STF), de autoria do senador Plínio Valério (PSDB-AM), começou a tramitar e será relatada pela senadora Tereza Cristina (PP-MS). O congressista afirmou nesta quarta-feira, 6, que a emenda, se aprovada, vai aperfeiçoar o STF e “reduzir as polêmicas.
Em pronunciamento no
plenário, o parlamentar defendeu a proposta, vista como uma forma de limitar os poderes dos
ministros frente ao clima pouco amistoso entre o Congresso e
o Supremo. Parlamentares criticam atuação do Supremo em temas como drogas e
aborto e alegam que a Corte está “legislando” sobre os assuntos.
A PEC 16/2019 propõe o
mandato de oito anos para o cargo de ministro, sem direito à recondução. Para o
autor da proposta, a nova regra será capaz de trazer “garantia de segurança
jurídica”. Hoje, os ministros do STF têm vitaliciedade: depois que tomam posse,
só deixam o Tribunal com a aposentadoria e têm direito a continuar usando o
título de ministro até o final da vida. Essa é uma das garantias que a Lei
Orgânica da Magistratura dá a todos os magistrados do País.
O texto estabelece ainda prazos máximos para a
indicação do nome ao cargo pelo presidente, a apreciação pelo Senado e a efetiva nomeação, com o objetivo de evitar que
o STF fique incompleto por tempo indeterminado. Para o senador, o texto
“garante, assim, maior eficiência da Corte Suprema em seu funcionamento
regular, sem períodos longos de sobrecarga de trabalho dos ministros, como
infelizmente já ocorreu em diversas oportunidades”, referindo-se às nomeações
dos ministros André Mendonça e Flávio Dino.
O senador que afirmou ter
“plena confiança na competência da senadora Tereza Cristina para avaliar essa
proposta”, em referência à relatora designada pelo presidente da Comissão de
Constituição e Justiça (CCJ), Davi Alcolumbre (União-AP).
Em relação à limitação dos
poderes do Judiciário, o senador aponta que a renovação planejada não
fere a independência da Corte, tendo como referência países europeus, como
Alemanha e França, que adotaram o modelo.
Fonte: Estadão.
CONSIDERAÇÕES:
Atentem! Para o país ter uma Suprema Corte de
credibilidade e sem laivos políticos, não basta mudar o tempo de vitaliciedade
de seus ministros para oito anos. Temos que instituir Proposta de Emenda
Constitucional (PEC) para alterar a forma de indicação (política) pelo
presidente da República dos ministros dos tribunais superiores (STF), porque
essa é reclamação da sociedade
A despolitização do STF é uma necessidade inadiável
para que o órgão atue com total independência e imparcialidade. Assim, as vagas
dos tribunais superiores – principalmente do STF – deveriam ser preenchidas
apenas por indivíduos pertencentes ao quadro de carreira da magistratura, sem
indicação do presidente da República. Portanto, caberia aos magistrados a
tarefa de eleger, dentre os seus pares, os ministros do STF, bem como dos demais
tribunais superiores.
Por outro lado, os ministros dos tribunais
superiores poderiam ter mandatos fixos de oito ou dez anos e não poderiam ser
reconduzidos ao cargo.
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