O aumento acelerado de ofertas de CDBs de pequenos e médios bancos prometendo alta rentabilidade — 140% do CDI — com o seguro do Fundo Garantidor de Crédito (FGC) tem incomodado grandes instituições financeiras e preocupado o Banco Central.
No Brasil, o pequeno e médio investidor, para garantir rentabilidade, como alternativa, e valorização de seus ativos financeiros, costuma fazer aplicações em instituições, fiscalizadas pelo Banco Central.
Esses recursos investidos vão alimentar as necessidades de caixa de uma profusão de pessoas físicas e jurídicas, bem como financiar moradias, etc. Não se trata de dinheiro de especuladores do mercado de capitais.
Mas os doutores economistas governamentais estão sempre vigilantes para impedir que o pequeno e médio investidor tenha sucesso em suas aplicações.
Foi assim com a Caderneta de Poupança, durante o governo Dilma Rousseff, em que foram implementadas mudanças na política econômica que impactaram a rentabilidade das cadernetas de poupança.
Em 2012, foi criada uma nova regra para a remuneração da poupança, que passou a ser atrelada à taxa Selic. Quando a Selic está abaixo de 8,5% ao ano, a poupança rende 70% da Selic mais a Taxa Referencial (TR).
Agora, querem impedir ou dificultar, pelas razões as mais absurdas, ou para favorecer os interesses dos grandes conglomerados bancários, que os mesmos investidores tenham rentabilidades maiores em instituições financeiras de menor porte. Este país carece de muita seriedade.
Veja, se todas as instituições financeiras bancárias são auditadas ou fiscalizadas pelo BC, a sua saúde operacional é reconhecida pelo órgão fiscalizador, o que representa sinalização de segurança aos clientes investidores.
Logo, não há razão para restringir ou impedir que uma instituição financeira de menor porte ofereça aos seus clientes rentabilidades maiores. A verdade é que os grandes conglomerados bancários querem continuar faturando alto e se sentem incomodados por sofrer a concorrência de financeiras que oferecem mais rentabilidades aos seus clientes.
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