quarta-feira, 16 de julho de 2008

Candidato ficha suja

Num País sério e de cultura política apurada, certamente todos os indecorosos, envolvidos em irregularidades e com processos na Justiça, teriam as suas candidaturas indeferidas a bem da moralidade.
O presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministro Ayres Britto, bem que tentou amenizar essa ignomínia, concordando com a divulgação de lista de candidatos com ficha suja, mas foi sufocado pela bulha daqueles que preferem ver o País na contramão da regularidade.
Como continuar a acreditar e votar em pessoas com ficha suja ou num Parlamento comprometido com os princípios morais, cuja fração significativa dos atuais congressistas, bem como de ex-parlamentares candidatos, não possui ficha ilibada para poder concorrer?
Enquanto não for realizada uma reforma política séria – com a participação substantiva da sociedade organizada, para, entre outras coisas, dar autonomia ao povo de poder cassar o mandato de políticos indecorosos, que não se comportam dentro da ética e da moralidade e deixam de cumprir os compromissos assumidos em palanque -, o povo deveria abster-se de votar nas próximas eleições até que o Congresso Nacional tomasse vergonha e votasse a reforma política.
Julio César Cardoso
Balneário Camboriú-SC

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