segunda-feira, 25 de janeiro de 2010

Banheiro unissex

A “genialidade” dos idealizadores da construção de banheiros unissex, anexos aos quiosques, ao longo da Avenida Atlântica merece ser glorificada com a esfinge de ferro de um bizarro burro de chifre, tal a falta de visão e bom senso municipal para resolver efetivamente o problema.
Que solução tacanha e provinciana tiveram os gestores públicos municipais - diante da importância e do glamour que representa este balneário turístico na vitrine brasileira e quiçá internacional – ao aprovarem a construção (paliativa) de modestos banheiros para atender à necessidade de usuários da praia, e o pior: para serem usados – pasmem, senhores! - por ambos os sexos. Não tiveram nem a devida consideração com o sexo feminino, que tem de se sujeitar a utilizar o mesmo vaso sanitário usado pelos homens. Isso é um absurdo, uma falta de respeito, e a Justiça deveria impugnar essa nefasta obra e obrigar que fossem construídos banheiros separados de acordo com a natureza de seus usuários.
Como pretendem os doutos representantes municipais – Prefeitura e Câmara de Vereadores – divulgar no cenário turístico nacional e internacional o bom nome de Balneário Camboriú se não têm visão (turística) de munir o município de condições básicas, adequadas e modernas para receber bem os seus visitantes e moradores efetivos? Falta de recursos não pode ser, pois a arrecadação municipal é muito grande, haja vista que grande parte dos prédios durante o ano permanecem vazios e não dão despesas ao município. Logo, tudo aqui deveria ser construído com conforto, espaço, alta qualidade e não com “puxadinhos” de quiosques, tipo meia sola, para enganar incautos.
Por outro lado, a cobrança monetária pelo uso desses banheiros representa um desrespeito ao contribuinte. É dever do município, em contrapartida ao que arrecada, promover serviço público dessa natureza a todos de forma gratuita. A sua indevida cobrança significa tungar, enganar, burlar o bolso do contribuinte.
Por que entre cada quiosque não se desativa um espaço reservado a vendedor de milho para a construção de banheiros decentes e devidamente adequados para ambos os sexos?
Porque, a exemplo do que já existe na pequena Praia de Cabeçudas, não são instalados pontos de chuveiros públicos, gratuitos, ao longo de nossa orla marítima?
O contribuinte, seja morador ou não, exige respeito.

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