sexta-feira, 25 de dezembro de 2015

Fim de pensão vitalícia para ex-governadores


A jovem deputada estadual, Any Ortiz (PPS-RS), teve mérito ao propor o fim da pensão vitalícia de ex-governador do Rio Grande do Sul, mas não deixa de ser uma meia-sola a proposta aprovada e sancionada pelo governador Ivo Sartori.

O correto seria acabar inclusive com as pensões dos ex-governadores que já mamam nas tetas do RS, particularmente aquelas havidas a partir da vigência da Carta de 1988, que não ampara tais privilégios? O fim das novas pensões vitalícias é uma meia-sola aprovada que não deixa de ser um início de moralização. Mas a deputada e Sartori tiveram o cuidado de não ficar mal com os ex-governadores, preservando as suas pensões, bem como as pensões de futuros governadores que passarão a receber a benesse por quatro anos depois de encerrado o mandato. Porém Sartori é muito esperto, ele não teve coragem de se excluir da pensão vitalícia, ou seja, Sartori corrobora o dito popular: "quem parte ou reparte e não fica com a maior parte, ou é burro ou não entende da arte". Sartori não ficou com a maior parte, mas abocanhou a sua parte vitalícia. De burro Sartori não tem nada, mas de esperteza solerte demonstrou ser diplomado.

Como é difícil no país moralizar a coisa púbica. O político não tem escrúpulo diante do contribuinte ou do trabalhador brasileiro, que precisa labutar muitos anos para fazer jus a modestas aposentadorias, enquanto ex-governadores, que receberam regiamente os seus salários pelo mandato desempenhado por pouco tempo, ainda se acham no direito de descolar pensão vitalícia. Assim, não é difícil concluir-se que há muitos ex-governadores que são larápios descarados do Erário Nacional.


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