quarta-feira, 9 de maio de 2018

O contribuinte continua sustentando Plano de Saúde do Senado e pensões de ex-governadores


Neste Brasil de desigualdade, a classe política sempre quer tirar vantagem e isso que ela é eleita para servir à sociedade e ao país.

Enquanto a sociedade se mantiver em estado de letargia, não se preocupando como o seu dinheiro está sendo usado sorrateiramente pelos políticos, estes continuarão se locupletando e a população carente, cada vez mais, esquecida na pobreza.

Pois bem, muita gente não sabe como o dinheiro do Tesouro Nacional é mal empregado, ou se sabe não se preocupa, mas está sempre reclamando da alta carga tributária do país. Trato aqui de duas situações absurdas de gastos com políticos e ex-políticos, que considero um acinte aos contribuintes e um desrespeito à população necessitada.

1. Plano de Saúde gratuito e vitalício de senadores, ex-senadores e familiares.

Em 24/06/2012, o Estadão publicou excelente matéria informando que os senadores têm planos de saúde com mais privilégios entre os Poderes. E que benefício vitalício e sem restrição pago pela Casa atende até a familiares de suplentes que ocuparam cargo por no mínimo seis meses.

A reportagem do Estadão é atualíssima porque persiste a indecência do Plano de Saúde do Senado Federal aos senadores, ex-senadores e familiares, de forma integral, vitalícia e gratuita, cuja concessão afronta os artigos 5º e 37 da Constituição Federal, bem como o respeito aos contribuintes brasileiros.

2. Pensão Vitalícia de ex-governadores.

Como se explica a continuação da imoralidade do injusto pagamento de pensão vitalícia a ex-governadores, não prevista na Constituição Federal e ainda existente em muitos estados da federação? É uma vergonha que um mandato de governador de apenas quatro anos dê-lhe direito a uma prebenda vitalícia. E o absurdo é tão enorme que, em Santa Catarina, o deputado estadual Leonel Pavan, que exerceu a governança estadual por apenas oito meses, hoje embolsa polpuda aposentadoria de ex-governador. Isso se explica pela deformação de caráter do político que confunde o público com o privado, vota leis em seu favor, e só quer tirar vantagem da coisa pública.

A verdade é que a corrupção corrói a dignidade dos políticos nacionais, com raras exceções, pois só querem levar vantagem. Fingem-se de homens públicos dignos, retos, honestos, honrados e responsáveis com a res pública, mas não passam, a maioria, de safadões, parlapatões, escroques e larápios da República.

Esses fingidos homens públicos são os que votam as leis do país ao sabor dos seus interesses solertes e que sempre estão se apresentando como candidatos nas reeleições, inclusive para presidente do país.

O trabalhador brasileiro honesto e que não vive das benesses políticas, ou é atendido no SUS, ou paga de seu bolso plano de saúde para ele e família. Mas os safados do Senado Federal não se envergonham de desfrutar, sem terem contribuído com um só centavo, de assistência médica e hospitalar integral, vitalícia e gratuita, inclusive para pagar serviços ocorridos no exterior.

Esses excrescentes gastos com o dinheiro público, isto é, dos contribuintes, só existem porque não temos uma Justiça capaz de impedir tais imoralidades.

Júlio César Cardoso

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