sexta-feira, 26 de novembro de 2021

STF vê "PEC da bengala" como vingança contra orçamento secreto, diz jornal

 

A Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara aprovou nesta terça-feira (23) a Proposta de Emenda da Constituição (PEC) que reduz a idade da aposentadoria compulsória de ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) de 75 para 70 anos.

Elaborada pela deputada federal Bia Kicis (PSL-DF), a chamada “PEC da Bengala” foi aprovada na CCJ com apoio da bancada governista e de partidos do centrão. Segundo o jornal O Globo, a decisão foi encarada por ministros do STF como retaliação à proibição das emendas parlamentares de relator, o “orçamento secreto”.

O caso é mais um episódio do conflito entre poderes pelo qual atravessam o Executivo e o Judiciário. A PEC também pode ter sua legalidade questionada pela suprema corte.

A medida iria afetar dois ministros do STF: Ricardo Lewandowski e Rosa Weber, ambos com 73 anos.

No entanto, o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), afirmou que não acredita que a PEC possa ser aprovada. “Não acredito em hipótese alguma que possa acontecer a evolução disso nem na Câmara dos Deputados”, declarou Pacheco à GloboNews.

Segundo o Estadão, o presidente da Câmara, Arthur Lira (Progressistas-AL), não pretende levar a PEC ao plenário – a medida ainda precisaria passar por outra comissão especial depois da aprovação pela CCJ.

Fonte: ISTOÉ DINHEIRO.

 

CONSIDERAÇÕES:

É uma vergonha como parcela de parlamentares a serviço do governo, lamentavelmente, sempre estão em busca de um jeitinho indecoroso para satisfazer interesses não republicanos.

Revanchismo é uma ação que não deveria ser praticada no Parlamento Federal, pois todas as medidas propostas pelos parlamentares deveriam ter como objetivo satisfazer as necessidades da nação e não atender a interesses solertes de bancada política.

Qual o resultado positivo da tal PEC da Bengala no contexto dos problemas nacionais? Nenhum! Apenas fica evidente um gesto de vingança de grupos de parlamentares da bancada governista e de partidos do centrão, compromissados com o presidente Bolsonaro, diante de posicionamento da Suprema Corte contrário aos interesses do governo.

O país carece de políticos com maior grau de seriedade. A deputada Bia Kicis não demonstra compromisso de natureza republicana.

Esperamos que a matéria seja abortada no Senado Federal

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