O Brasil é vítima da corrupção política, que desmoraliza e
empobrece a nação. A maioria vai para vida pública apenas para tirar proveito
da coisa pública, através do enriquecimento ilícito ou por meio das
negociatas.
Muitos políticos se consideram íntegros mesmo fazendo vistas
grossas ou não denunciando as falcatruas na República, como o balcão de
negócio, por exemplo, no Ministério da Educação do ex-ministro Milton Ribeiro,
onde pastores combinavam o recebimento de propinas até em barra de ouro.
O presidente Bolsonaro alardeia que não existe corrupção em seu
governo. Mas quando os fatos são denunciados, o presidente sai pela tangente
isentando o governo.
Durante uma das suas lives que faz semanalmente, o presidente Jair
Bolsonaro havia defendido o ex-ministro da Educação, Milton Ribeiro, alvo de
mandados de prisão e busca e apreensão nesta quarta-feira, junto dos
pastores-lobistas Arilton Moura e Gilmar Santos, por suspeitas de crimes na
liberação de recursos do Ministério da Educação para prefeituras. Na ocasião, o
presidente afirmou: "eu boto a minha cara no fogo pelo Milton".
Por que agora o presidente muda de narrativa e diz que só bota a mão no fogo?
Aliás, Bolsonaro só pensa depois que fala.
Além do presidente, a primeira-dama, Michelle Bolsonaro, também
defendeu Ribeiro. Ao ser questionada por repórteres sobre as acusações contra o
então ministro, ela respondeu que "Deus vai provar que ele é uma pessoa
honesta". Ora, Deus não prova a honestidade de ninguém. Ademais, é pura
blasfêmia usar o nome de Deus em vão.
Como já era esperado acontecer,
o desembargador Ney Bello, do tribunal Regional Federal da 1ª Região, mandou
soltar o ex-ministro Milton Ribeiro, os pastores Gilmar Santos e Arilton Moura.
Nenhum comentário:
Postar um comentário