A última tentativa da defesa de Jair
Bolsonaro de prolongar a principal ação que corre contra ele no Tribunal
Superior Eleitoral (TSE) fracassou na última quarta-feira, dia 8. Em audiência,
o ministro do TSE Benedito Gonçalves negou o pedido da defesa do ex-presidente
de abrir prazo para a convocação de novas testemunhas.
Os advogados de Bolsonaro alegaram que, dada
a inclusão da chamada "minuta do golpe" no processo (decidida
anteriormente pelo ministro e referendada anteontem pelo plenário do TSE),
seria necessário arrolar novos nomes para tratar do documento.
O advogado Walber Agra, que representa o PDT,
autor da ação contra o ex-presidente, argumentou que a inclusão da minuta no
processo não configuraria "fato novo", mas prova. O ministro acatou o
argumento de Agra e negou o pedido de abertura de prazo, indicando, assim, que
não há mais provas a serem produzidas e que a instrução está encerrada.
A seguir o curso natural do processo,
Benedito Gonçalves, que é corregedor-geral da Justiça Eleitoral e relator do
processo, deve pedir em breve as alegações finais às partes. A expectativa é de
que o ministro faça isso depois do feriado de Carnaval. T
Tanto a defesa de Bolsonaro quanto os
advogados do PDT terão, então, cinco dias para apresentar seus documentos. A
partir daí, o ministro já pode preparar seu voto e levá-lo ao plenário do TSE
para julgamento.
Dos sete ministros do tribunal sairá então o
acórdão que pode decidir pela improcedência da ação ou pela inelegibilidade de
Bolsonaro por oito anos. Embora não haja prazo para o juiz apresentar seu voto,
Benedito Gonçalves deve fazê-lo ainda em março ou, no máximo, abril. Isso
porque há um consenso nos bastidores do tribunal de que o julgamento de
Bolsonaro deve ocorrer antes da saída por aposentadoria do ministro Ricardo
Lewandowski, planejada para abril, e da sua substituição por Kassio Nunes
Marques, indicado por Bolsonaro.
Diante da hipótese cada vez mais provável do
ex-presidente ficar legalmente impedido de concorrer a cargo eletivo pelos
próximos oito anos, o PL, seu partido, continua investindo na ex-primeira-dama
Michelle Bolsonaro.
Ontem, ela reuniu-se pela primeira vez na
sede do partido, em Brasília, com o presidente da sigla, Valdemar Costa Neto, o
líder do PL na Câmara, Altineu Cortês, e deputadas do PL. Na conversa, Michelle
prometeu se empenhar no cargo de presidente do PL Mulher, que assume no mês que
vem, mas pôs um freio no entusiasmo do partido. Reiterou que não é candidata a
nada, que não é política, e que, como mãe, tem disponibilidade limitada e
prioridades familiares.
A ex-primeira-dama queixou-se, por exemplo,
de que a filha Laura tem sofrido com as hostilidades de que vem sendo alvo em
Brasília e disse que, neste momento, a adolescente precisa dela. Michelle
continua próxima da senadora Damares Alves (PL), com quem pretende gravar
vídeos nesta semana alertando meninas sobre a necessidade de proteger-se contra
assédios sexuais no Carnaval e denunciar investidas indesejadas. Michelle
receberá do PL um salário de R$ 33,7 mil, o equivalente ao de um deputado
federal. Já Bolsonaro, também funcionário do PL, tem prometida uma remuneração
de "ministro do Supremo" (R$ 39 mil, antes do reajuste de dezembro) —
mas só receberá se trabalhar, o que não tem feito desde janeiro, quando
refugiou-se na Flórida.
Fonte: Thaís Oyama.
CONSIDERAÇÕES:
1. Bolsonaro pode ficar inelegível e isso é bom para a República.
2. Este país é uma "esculhambação. Veja, tudo indica que Michelle
Bolsonaro vai descolar uma grana alta no PL e Bolsonaro idem. Onde estão os escrúpulos
desses dois viventes, que só querem mamar com dinheiro dos contribuintes, os
quais sustentam os partidos políticos?
3. Vejam bem, ilustres, se Michelle tem competência para, pelo menos,
ser aprovada em concurso público de nível médio? E depois esses sacripantas não
querem ser criticados! Enquanto isso, a patuleia, que não tem padrinho político,
continua desempregada e comendo o pão que o diabo amassou!!!
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