quinta-feira, 16 de fevereiro de 2023

Liderança do PT aconselham Lula a baixar a bola contra o BANCO CENTRAL

 

BRASÍLIA – A queda de braço entre o governo federal e o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, foi tema de conversas ao longo do jantar de aniversário do PT, promovido ontem à beira do Lago Paranoá, em Brasília. Três lideranças petistas relataram à reportagem que fizeram chegar ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) nos últimos dias a avaliação de que é momento de deixar as críticas ao presidente do BC com os parlamentares da base e “despersonificar” o ataque aos juros altos.

A preocupação do PT é de, na ânsia de criticar Campos Neto, acabar dando impulso político a ele. O alerta foi ligado após a comunicação do partido identificar um salto de buscas no Google por “quem é Campos Neto”. “Daqui para frente é bater sem citar o nome”, resumiu um parlamentar com cargo diretivo na legenda.

Como mostrou o Estadão, ministros já haviam orientado o presidente Lula a baixar a temperatura no confronto contra o presidente do BC. Em seus dois mandatos anteriores, Lula terceirizava os ataques – ora na figura do então vice-presidente José Alencar, ora com Guido Mantega, ministro da Fazenda. Agora, Lula vem ele mesmo atirando os torpedos na direção do banco.

 

No jantar, a avaliação que circulava era de que Campos Neto foi bem no programa Roda Viva, da TV Cultura, na noite da última segunda-feira: conseguiu se defender, reduziu as tensões com o governo e fez acenos de diálogo a Lula. “Nossa pressão deu certo e, por isso, tem de continuar. Ele recuou. Mas Lula não pode mais ir para o ataque, um presidente da República não precisa disso. Foi até onde deu e está ótimo”, afirmou um outro líder, que prometeu “matar no peito” a ofensiva sobre Campos Neto no Congresso.

Mas os mesmos petistas que defendem a posição mais serena de Lula reconhecem que, se o juro demorar a cair e o governo sentir que Campos Neto está fazendo algo para “boicotar” as políticas do Palácio do Planalto, o presidente pode retomar a temperatura elevada. “Lula anda com menos paciência. Ele tem pressa para fazer o Brasil crescer, é quase uma obsessão”, relata um auxiliar do Executivo.

Seja como for, o “conselho” apresentado por aliados a Lula já deu os primeiros sinais. Na última segunda-feira, na comemoração do aniversário do PT com a militância, o presidente focou na história do partido e terceirizou o tema dos juros para a presidente do PT, Gleisi Hoffmann. Fonte: Estadão.

CONSIDERAÇÕES:

Lula e Bolsonaro são dois fanfarrões e falastrões. Cada um age a seu modo e pensam que podem tudo.

O BC, por exemplo, um órgão técnico, deve ser respeitado por Lula, que patina em conhecimentos econômicos.

Lula pode ter obsessão de ver o Brasil crescer, mas não deve esquecer de que o PT, em mais de treze anos de governo, deixou o país à beira da bancarrota, com mais de treze milhões de desempregados, empresas quebradas, inflação alta, descrédito na comunidade financeira internacional e a Petrobras saqueada.

No primeiro governo Lula, ele teve relativo sucesso porque surfou nas ondas do Plano Real, que deixou pavimentado caminho para Lula. Já no segundo governo, Lula começou a naufragar até a eleição de Dilma Rousseff, cassada legalmente e que queria “exportar vento".

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