segunda-feira, 13 de outubro de 2025

A Fé Não Deve Ser Cega: Reflexão sobre Religião e Moralidade

 

A recente prisão de um pastor em Canoas-RS, acusado de abusar de uma jovem quando ela tinha apenas 12 anos, reacende um debate necessário: até que ponto devemos confiar irrestritamente em figuras religiosas? Casos como esse não são isolados. Padres, pastores e outros líderes espirituais, que se apresentam como representantes de Deus na Terra, muitas vezes se revelam transgressores da própria moral que pregam. 

A fé, quando direcionada a figuras humanas, torna-se vulnerável à decepção. Acreditar em Deus, como entidade superior e criadora do Universo, é uma escolha espiritual legítima. Mas é preciso compreender que Deus não realiza milagres nem intervém diretamente nos acontecimentos terrenos. Cada ser tem sua missão, e todos, inevitavelmente, sucumbirão um dia. Nenhum santo, pastor ou padre pode proteger alguém do destino inevitável da vida. 

A existência humana está profundamente ligada aos comportamentos individuais. Nem Deus, nem Jesus, nem santo algum impedirão que tragédias ocorram. Acreditar cegamente nas narrativas bíblicas como verdades absolutas é ignorar que elas são registros milenares, moldados por crenças e interpretações de épocas passadas. 

Além disso, há um paradoxo gritante entre o discurso e a prática de muitos líderes religiosos. Pregam humildade, desapego aos bens materiais e simplicidade — exaltando Jesus como um homem de vestes modestas e pés descalços — enquanto pastores e padres vivem cercados de bens materiais. Igrejas evangélicas movimentam bilhões de reais, como a instituição liderada por Edir Macedo. A Igreja Católica, por sua vez, ostenta riquezas monumentais em Roma, contrastando com os valores que proclama. 

A fé deve ser livre, consciente e crítica. Não se trata de abandoná-la, mas saber distinguir intermediários que se aproveitam da devoção alheia para exercer poder e acumular riqueza. 

sábado, 11 de outubro de 2025

A liberdade de expressão não pode ser considerada um direito absoluto ilimitado

STF - Com a aposentadoria do ministro Barroso, a vaga deveria ser preenchida, de preferência, por uma mulher da carreira da magistratura


O STF passa por um momento de turbulência em que sua credibilidade é contestada. E não é somente o STF, a política nacional precisa também ser pacificada.
Com a aposentadoria do ministro Barroso, alguns nomes para o STF são especulados pela imprensa. Este é o momento de começar a melhorar a imagem da Suprema Corte: indicando uma mulher, de preferência, que seja da carreira da magistratura, pois o órgão que representa a instância máxima da Justiça brasileira não é formado majoritariamente por juízes.
O STF deveria ser composto apenas por magistrados de carreira e ter mandato fixo de 10 anos, sem recondução ao cargo — A composição e o processo de escolha dos ministros do STF têm sido alvo de críticas e propostas de reforma há anos. Na visão de muitos brasileiros — inclusive a minha —, é urgente repensar o critério de nomeação — que não deveria ser político — e permanência na mais alta Corte do país.
Magistratura como requisito essencial — O STF é a instância máxima do Poder Judiciário. No entanto, sua composição atual reflete uma predominância de nomes oriundos da advocacia, da academia e da política, em detrimento da magistratura de carreira. Isso gera um paradoxo: o órgão que representa o ápice da Justiça brasileira não é formado majoritariamente por juízes.
A nomeação de ministros que nunca exerceram a função judicante compromete, em certa medida, a identidade institucional do STF. A magistratura exige formação técnica, vivência prática e compromisso com a imparcialidade — atributos que deveriam ser indispensáveis para quem julga questões constitucionais de extrema relevância.

quarta-feira, 8 de outubro de 2025

Governo confiscador: a máquina de tributar sem cortar gastos

Nada justifica a irritação de parlamentares petistas quanto à desaprovação da Medida Provisória 1.303. O brasileiro não pode continuar a ser chamado para pagar a conta de administrações públicas que não fazem o dever de casa, ou seja, cortar gastos. 

Qualquer dona de casa responsável corta gastos desnecessários para sobrar dinheiro para as suas necessidades. Assim, deveria proceder o governo federal. Antecipo que não tenho predileção partidária ou política por ninguém. O meu partido é apenas o Brasil, sem corrupção política e com respeito ao Estado Democrático de Direito.
Pois bem, sem tergiversações e direto ao ponto: não é preciso ser de direita ou de esquerda para afirmar que temos, no Brasil, um partido e um governo com perfil confiscador. Sim, confiscador do dinheiro privado, ao adotar uma política fiscal baseada na cobrança de impostos intermináveis para suprir suas necessidades de caixa, enquanto se omite em implementar os cortes necessários nas despesas públicas. 
O governo opta pela forma mais fácil — e injusta — de buscar recursos para cobrir suas contas: tributar os ativos e as aplicações financeiras da sociedade, bem como os empreendimentos empresariais.  
Ora, tanto as aplicações financeiras quanto os empreendimentos no mercado de capitais são operações de risco, que podem ou não dar certo. São iniciativas que fomentam empregos e contribuem para a geração de riqueza no país.  
Portanto, não deveriam ser alvo da ânsia arrecadatória de um governo que demonstra habilidade apenas para criar tributos, mas revela incompetência — ou incúria — para reduzir seus gastos públicos. 
Impressiona a vocação arrecadatória dos governos petistas, que insistem em taxar ou prejudicar os cidadãos como se todos fossem especuladores ou super-ricos. O histórico é claro: 
  • Em 2003, o presidente Lula taxou aposentadorias e pensões dos servidores públicos em 11%, violando o direito adquirido. 
  • No governo Dilma Rousseff, a regra da caderneta de poupança foi alterada, prejudicando pequenos poupadores. 
  • Recentemente, o governo impôs IOF de 5% sobre aportes em previdência privada, atingindo trabalhadores que pouparam com esforço.  
  • Trata-se de bitributação a taxação das aposentadorias e pensões dos servidores públicos, como também o IOF sobre aportes em previdência privada, pois o dinheiro já foi tributado como salário ou indenizações. 
Agora o governo, seguindo a sua linha arrecadatória, emitiu a Medida Provisória 1.303 que tratava da taxação de aplicações financeiras, incluindo fundos de investimento e apostas online, mas a Medida perdeu a validade e não foi aprovada pelo Congresso Nacional.  
Esse espírito socialista exacerbado, arrecadador, de onerar a sociedade e empresas, sem corrigir os gastos da ilha da fantasia Brasília representa tirar de quem colhe frutos do esforço, competência e trabalho para dar a quem muitas vezes não quer trabalhar e prefere viver de programas sociais federais. Isso não é justo com quem produz e paga imposto.