quinta-feira, 27 de novembro de 2025

Farpas pela candidatura em Santa Catarina do forasteiro Carlos Bolsonaro

Durante uma live transmitida em 8 de novembro, as deputadas Júlia Zanatta (PL-SC) e a deputada estadual catarinense Ana Campagnolo (PL) protagonizaram um embate acalorado ao discutirem a possível candidatura de Carlos Bolsonaro ao Senado por Santa Catarina. Campagnolo se posicionou de forma veemente contra a ideia, o que elevou a tensão da transmissão. A situação se intensificou com a entrada do senador Jorge Seif (PL-SC), que tentou apaziguar os ânimos, mas acabou sendo alvo de críticas de Campagnolo, que classificou o ambiente como “desagradável” antes de abandonar a live. 
Troca de Acusações. O clima hostil se estendeu para além da transmissão. Jorge Seif acusou Campagnolo de traição e de deslealdade ao ex-presidente Jair Bolsonaro. Em resposta, a deputada ironizou nas redes sociais, dizendo ser “mais macho” que o senador e insinuando que ele já não simpatiza com ela há tempos. Seif, por sua vez, defendeu a formação de uma “chapa pura” do PL ao Senado, destacando a importância da coesão partidária. No entanto, foi confrontado por Júlia Zanatta, que lembrou haver somente duas vagas disponíveis, inviabilizando múltiplas candidaturas dentro do mesmo grupo político. 

Repercussões PolíticasAs trocas de acusações escancararam uma crise interna no PL catarinense, evidenciando as divisões em torno da candidatura de Carlos Bolsonaro. Antes de seu nome surgir como opção, a deputada Carol de Toni (PL-SC) era considerada a favorita para disputar o Senado. Agora, diante da pressão e da reconfiguração do cenário, ela cogita deixar o partido. 
 
ConsideraçõesÉ lamentável o nível a que chegou a política parlamentar, dominada por interesses pessoais e disputas por espaço em cargos públicos.  
O bem coletivo parece ter sido substituído pela busca por protagonismo e poder. Jorge Seif representa uma geração de políticos que ascenderam colados à imagem de Jair Bolsonaro, sem apresentar propostas concretas ou compromisso com a coletividade.  
Ele mesmo admite ter sido eleito não por mérito próprio, mas pela força do bolsonarismo. Agora, a mesma lógica se repete com Carlos Bolsonaro, mais um “poste” que a ala bolsonarista — liderada por Seif e o governador catarinense Jorginho Mello (PL) — tenta fincar em solo catarinense. Um projeto de poder que pouco dialoga com a democracia e muito com a autopreservação de um grupo político. 

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