terça-feira, 1 de maio de 2012

Caos na Saúde Pública

Sob o título de “Veja quem criou o caos na Saúde Publica de Sergipe”, o blog do deputado federal Almeida Lima (PPS-SE) faz severas críticas aos políticos sergipanos Marcelo Dáda, Rogério Carvalho, Antônio Carlos Valadares e João Alves, apresentando cenas deploráveis.

É desgastante ver essas cenas macabras de seres humanos sendo tratados com menoscabo e com viés político. Lamentavelmente, o triplé - Educação, Saúde e Segurança -, que é uma obrigação constitucional, não é levado muito a serio pela maioria de nossos políticos e governos.

O Brasil padece de homens públicos sérios e honestos. A maioria de nossos políticos abraçam a vida parlamentar ou política, para satisfazer os seus interesses particulares ou de grupos que representam. Eles não estão interessados com a situação precária de seus circunstantes sociais, mas em época de eleições se apresentam como "cordeirinhos" para pedir votos dos incautos eleitores, e depois desaparecem.

Quando a sociedade questiona o gasto com a manutenção de nosso inchado e inoperante Congresso Nacional ou com os legislativos em geral, os senhores políticos não gostam. Agora mesmo a mídia investigativa brasileira denunciou que o legislativo maranhense agraciava cada deputado com 18 salários anuais. Por causa da notícia, eles recuaram para 15 salários, mas jogaram pedras na sociedade.

Assim, o que se gasta em vão com as despesas dos legislativos brasileiros se fosse reduzido à metade, com o enxugamento da quantidade de parlamentares no País, sobraria muito dinheiro para as necessidades sociais, o Brasil tomaria outro rumo social e o triplé, Educação, Saúde e Segurança, seria revitalizado para o bem do Brasil.

É evidente que não somente os gastos com os políticos brasileiros são as causas negativas para abastecimento do referido triplé, mas também a corrupção endêmica dos órgãos públicos, onde o dedo político é a causa da indicação de apaniguados corruptos que vão dilapidar o Erário, desfalcando recursos para socorrer a Educação, a Saúde e a Segurança. Portanto, os gastos exacerbados com os nossos legislativos somados com os rombos das falcatruas políticas formam um grande buraco de desperdício de dinheiro público responsável potencialmente pela pobreza e morte de muitos descamisados brasileiros.

Não vejo um pingo de responsabilidade e de boa vontade da maioria de nossos homens ou mulheres públicas. Não vejo, também, nenhum engajamento deles ou delas com propósitos firmes e moralizadores de combater a falta de uma boa educação escolar pública, de um sistema público de saúde de qualidade - temos um SUS tão claudicante que até o presidente Lula que o considerava "à beira da excelência" não teve coragem de se socorrer dele para tratar de seu câncer–, bem como de um sistema de segurança pública capaz de proteger todos os brasileiros.

Parece omundo cão ver pobres contribuintes brasileiros serem tratados em portas, corredores ou leitos fétidos de hospitais públicos como animais. Esse quadro degradante não é desprivilegio de Sergipe, mas é quase uma realidade na maioria das cidades brasileiras. Recentemente, cenas idênticas foram mostradas em Rondônia.

Então, vejo como pouco produtivo um político ou partido criticar o outro por desleixo de ordem educacional, saúde e segurança. Quando o justo e correto seriam os políticos ou partidos respeitarem a sociedade e trabalharem de forma solidária em prol do bem-estar social.

Quando eu vejo essas cenas deploráveis de pessoas mendigando assistência médica pública porque não têm condição de pagar um plano de saúde, no Senado Federal o dinheiro corre solto. Todo o senador, ex-senador e familiares, de forma perene, dispõem de assistência médica e hospitalar gratuita sem terem contribuído com um só centavo. Aqui está um caso de injustiça social, de desrespeito ao Art.5º constitucional, bem como de infração aos princípios esculpidos no Art. 37, da Constituição Federal. Os senadores usam de um privilégio imoral e ilegal que os demais brasileiros não têm. O deputado Almeida Lima já passou pelo Senado e, certamente, deve desfrutar com a sua família das bonomias médicas e hospitalares daquele órgão, pagas por todos os contribuintes. Para se ver como o dinheiro que falta, por exemplo, para o sistema público de saúde abastece os bem-aventurados do Senado Federal. Curiosamente, sobre o assunto, já questionei, nesta e na última legislatura, todos os 81 senadores, mas nenhum teve a gentileza, a coragem ou a decência de me responder, por que será?

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