O Brasil não tem condição nem de fiscalizar o uso de bebida
alcoólica por motoristas e menores de idade, ainda mais controlar quem está
plantando maconha para fins medicinais, para uso próprio ou através de clube de
cultivo, ou adquirindo através de um sistema de registro controlado pelo
governo. É ingenuidade ou muita irresponsabilidade das autoridades ao pretender
legalizar o uso da maconha. Só falta agora o país se transformar em exportador
de maconha.
Não podem os (pusilânimes) políticos soçobrarem diante da
força minoritária dos maconheiros, lamentavelmente. Quem sabe a maconha hoje
não é um passatempo ou divertimento também de muitos parlamentares?
O país é muito extenso para fiscalizar o uso (medicinal) da
maconha. A sua legalização é uma enorme irresponsabilidade, pois serão
imprevisíveis as consequências nefastas na saúde dos novos usuários. O álcool é
outro vício que arrasa o cidadão, mas a maconha é muito mais destruidora porque
é a iniciação para experimento de entorpecentes mais pesados.
A liberação da
maconha é a mesma coisa que a permissibilidade para a venda de cigarro, o qual
tem causado danos graves e irreversíveis à saúde dos cidadãos e dado muita
despesa aos hospitais públicos nacionais. Com a cumplicidade do Congresso
Nacional e dos governos, as empresas tabagistas, ou seja, empresas das
deformações humanas e da morte, continuam existindo quando elas deveriam ser
fechadas. Trata-se aqui de potencial arrecadação de impostos ao Estado, mas
decorrente de fonte causadora da desgraça humana.
Talvez muitos dos
senhores parlamentares não tiveram filhos que foram vítima do vício da maconha.
Não conhecem os efeitos malignos causados na saúde de um menino ou jovem
viciado. Se soubessem não aceitariam a liberação. E não precisa ser
especialista para atestar que a maconha contamina a personalidade de um
indivíduo, deixa-o em estado de delírio, de desatenção, de desinteresse pelo
estudo e pela sua própria higiene. A maconha é a porta de entrada para outras
drogas pesadas.
Senadores, o paraíso
artificial das drogas é bem a imagem de uma civilização reduzida a pó. Não
queiram exterminar com a nossa sociedade de jovens. Abram os olhos e não sejam
teimosos e irresponsáveis como infelizmente se posicionou favoravelmente o
ex-presidente FHC.
Uma sociedade às
voltas com problema de pobreza extrema e sem política pública substantiva de
educação não pode ser abandonada para que seus jovens sejam iniciados
legalmente na maconha. Em vez de nossas autoridades combaterem os
narcotraficantes com mão de ferro e não permitirem que a maconha entre aqui
facilmente vinda do Paraguai, ou seja plantada no Nordeste do
país, preferem simplesmente tratar de sua legalização.
Não interessa que
outros países tenham descriminado o uso da maconha. Por exemplo, na Holanda
onde a maconha é descriminada há mais de 30 anos existem cerca de dois mil
pontos de venda legal. Um detalhe: 50%
dos presídios do país são ocupados por
autores de crimes relacionados com a
droga.
Em 1994, o pesquisador
G. Chester apresentou num congresso de farmacologia um estudo mostrando que ‘o
THC é o 4 mil vezes mais potente que o álcool ao produzir uma diminuição no
desempenho de um motorista em condições adequadamente controladas’. Em 1994,
uma investigação canadense encontrou THC no sangue de 10% dos motoristas em
casos de acidentes fatais e em 8% dos pedestres mortos por veículos.
Já se catalogou cerca
de 50 efeitos relacionados ao consumo de maconha. Alguns deles: tremor
corporal, vertigem, náuseas, vômitos, taquicardia, excitação psíquica,
diarreia, alterações sensoriais, lentidão de raciocínio, oscilação involuntária
dos olhos, zumbidos, desorientação, medo de morrer, depressão, alucinações,
amnésia temporária, pânico, ideias paranoides... O uso constante causa
problemas respiratórios e, em homens, reduz o número de espermatozoides. Um
estudo aprofundado de cinco anos (1992 a 1997) feito pela OMS mostrou que a
substância interfere na memória de curto prazo, reduz sensivelmente a
capacidade de apreender e raciocinar, causa lesões na traqueia, nos brônquios e
nas células de defesa, chamadas macrófagos alveolares. ”- Fonte: Livro DROGAS
PORQUE COMO E QUANDO, de David Ferreira Neto, 1ª Edição.
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