sábado, 30 de maio de 2020

O compartilhador-geral do Palácio do Planalto



Enquanto Donald Trump dizia que o Brasil escolheu um caminho diferente de combate ao coronavírus e está passando por um período muito difícil (com 27.878 mortes e a suspensão da entrada nos EUA de viajantes vindos do país), Filipe Martins, militante virtual lotado no terceiro andar do Palácio do Planalto como assessor internacional, batia boca no Twitter com o humorista Danilo Gentili e o youtuber Nando Moura.

Depois de uma série de farpas trocadas, Nando Moura publicou uma foto em que Martins aparece sentado no sofá com Bolsonaro e escreveu que “hoje o Brasil é visto como um pária no mundo graças aos ‘bons’ conselhos” do assessor, que Danilo Gentili chamou em seguida de ‘Talentoso Ripley de Sorocaba’, em referência ao sociopata – interpretado no cinema por Matt Damon – personagem que sabia fazer pose para subir na vida, até precisar de métodos mais drásticos para manter sua mamata.

Para um negacionista das fake news bolsonaristas e do gabinete do ódio, Martins teve uma reação curiosa: passou a retuitar uma série de postagens de contas diferentes que continham rigorosamente o mesmo texto com ataques a Gentili e Moura. Flagrado explorando mais uma ação coordenada da militância que espalha fake news nas redes sociais, Martins apagou os compartilhamentos. Mas os prints são eternos, assim como as acusações alheias de que o assessor de Bolsonaro, sem querer, teria ‘logado’ na conta ‘errada’ – a oficial – para turbinar a ação, também registrada em vídeo. Fonte: Por Redação o Antagonista.

Considerações:

Os robozinhos oficiais do Planalto agem descaradamente contra a sociedade, que discorda da forma suja, pérfida e não republicana como Jair Bolsonaro governa o país.
Os robozinhos oficiais do Planalto são como ingênuos papagaios de estimação, disparam repetições de mensagens como se os demais mortais não tivessem a capacidade de identificar a fonte criminosa da ação.

Mas o STF vai cortar a crista de cada calhorda, mesmo contra as ameaças do despótico Jair Bolsonaro, a maior decepção, que até hoje não fez nada de positivo ao Brasil, mostrou-se pusilânime e de forma equivocada enfrenta a Covid-19 com o desprezo às recomendações científicas.

E para culminar o caótico quadro do governo Bolsonaro, a fatídica reunião do conselho de ministros, revelada por ordem do decano  do STF, Celso de Melo, verdadeiro circo dos horrores, dos xingamentos, dos palavrões chulos, das acusações levianas, das ameaça às instituições, expôs  o modus operandi do governo e o vídeo reafirmou a veracidade do depoimento do ex-ministro Sérgio Moro.
                               
“O vídeo traz uma fala bastante clara do presidente dizendo que não mediria esforços para interferir em estrutura governamental – no caso, a Polícia Federal – para proteger familiares e amigos. Isso corrobora a versão do ex-ministro Sérgio Moro”, diz Eloísa Machado, professora de direito constitucional na FGV Direito de São Paulo.

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