A grave crise por que passa o
país em decorrência dos efeitos da Covid-19 não é uma situação indesejada que
afeta apenas o Brasil. O mundo todo sofre com a pandemia.
Agora, o Congresso não pode
ficar a meio pau funcionando a ponto de ignorar os pedidos de natureza
disciplinar contra atos do presidente da República.
Recentemente, de forma bombástica, o
ex-ministro Sérgio Moro devolveu o boné ao Planalto alegando interferências não
republicanas na pasta da Justiça pelo primeiro mandatário do país. O que levou
o STF - uma vez instado por partido político - em decisão monocrática do
ministro Alexandre de Moraes a suspender a nomeação do novo diretor-geral da
Polícia Federal, Alexandre Ramagem, por infringir
princípios constitucionais.
A crise
da Covid-19 é grave, como também se reveste de gravidade o comportamento do
senhor presidente da República diante do país. Portanto, não podemos fazer vistas grossas às irregularidades
praticadas por políticos, mormente aquelas supostamente atribuídas ao presidente
Jair Bolsonaro e que culminaram na demissão do ex-ministro Sérgio Moro.
Como já
insinuou o presidente da Câmara Federal, Rodrigo Maia, a nação não pode se
envolver com pedidos de impeachment nesta fase da Covid-19. Ora, pelo que se
sabe, as instituições públicas estão todas funcionando:
Legislativo, Judiciário e Executivo.
Então, tem-se de encontrar
época adequada para apreciar questões de natureza disciplinar que ferem o
decoro da República? Que país estranho é este? Algum país perdido no espaço
sideral?
As investigações e instaurações
de processos disciplinares no Parlamento têm que seguir o seu curso normal. O
Parlamento foi eleito para cumprir as suas obrigações constitucionais e entre
elas as estabelecidas nos artigos 51 e 52 da Constituição Federal.
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