sexta-feira, 17 de julho de 2020

Angelical do Piauí combate a Covid-19 com hidroxicloquina, azitromicina e ivermectrina


Conforme reportagem do Portal GP1, o médico cardiologista Paulo Márcio divulgou nesta sexta-feira (17) um vídeo com uma “mensagem de positividade” sobre o tratamento do novo coronavírus (covid-19). Paulo Márcio destacou que a cidade de Angical, distante 132 quilômetros de Teresina, é um caso de sucesso no combate à doença utilizando os medicamentos hidroxicloroquina, azitromicina e ivermectina.

Cardiologista não é médico sanitarista e entende tanto quanto ou um pouquinho mais de coronavírus que qualquer leigo em medicina.

Se o cardiologista Paulo Márcio tivesse responsabilidade e respeitasse o juramento médico de sua formatura,  não apoiaria nenhum tratamento sem base científica, cujo efeito colateral pode ser fatal. Para enganar incautos cidadãos e cidadãs, o país está cheio de curandeiros e charlatães.

Se o coquetel de drogas contra o coronavírus apoiado pelo médico cardiologista tivesse eficácia, então, o Piauí já deveria ter reivindicado a patente do antisséptico, do antídoto para a pandemia e não haveria mais necessidade de a comunidade médica e cientifica mundial se preocupar tanto em encontrar a vacina para a Covid-19.

Não devemos cair na lábia dos curandeiros de plantão, “A ciência é o grande antídoto do veneno do entusiasmo e da superstição” – Adam Smith.

Se a cloroquina, por exemplo,  fosse a solução, o seu grande defensor e garoto-propaganda, Jair Bolsonaro, não estaria agora contaminado e recluso no Palácio do Planalto.

Ora, todas as drogas indicadas - ivermectina, hidroxicloroquina, azitromicina -, conforme as suas bulas, têm destinações especificadas sem contemplar coronavírus. Logo, é uma irresponsabilidade receitar remédio sem eficácia científica comprada para a Covid-19.

Enquanto não surgir a vacina preventiva  contra a Covid-19, ou remédio cientificamente comprovado para estancar a doença, experimentar qualquer droga existente significa pôr em risco  a sua própria vida.

No momento, o combate mais eficiente contra o coronavírus só  depende apenas de nós: respeitar e pôr em ação as recomendações mundiais de saúde.

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